All language subtitles for METEOR.2021.WEB-DL.

- Charlotte.

Charlotte.

Por que você estava correndo pelo meu campo?

Eu vi suas pegadas até a porta.

Você está ferida?

Eu tenho um kit de primeiros socorros.

Pegue o que precisa dele e depois vai embora.

Olhe para mim, eu disse: "Olhe para mim".

Qual é seu nome?

- Hanna.

- Onde você está ferida?

- Eu não sei.

- Do que você estava fugindo?

- Eu preciso de água.

- Eu te fiz uma pergunta.

- Um homem, três, na verdade.

- Por quê?

- Eu não sei.

Acho que eles talvez quisessem me levar.

- Esses homens te seguiram até aqui?

Esses homens sabem que você veio à minha casa?

- Eu não sei.

Por favor, você tem que me ajudar.

- Eu já te ofereci primeiros socorros.

- Por favor, você tem que me esconder.

- Esconder você?

Isso está fora de questão.

Vai contra o meu melhor
julgamento deixá-la

ficar aí sabendo que você
tem três homens atrás de você.

São os curativos e só.

Entendido?

- Água.

- Água é difícil de se conseguir.

Cinco minutos, e não
toque em nada aí dentro.

Vai lá.

Boa sorte para você.

Espero que você encontre onde quer que
seja necessário estar.

Muito bem.

- Mudou de ideia?

- Não podemos ser vistos
aqui ao ar livre assim.

Vamos.

Vamos.

Preciso que você pense bem
antes de me responder.

- Quem eram os homens que estavam te perseguindo?

- Eu já te disse, eu não sei.

- Eu vi o helicóptero lá fora hoje.

Diabos, eu não vi um
desses desde antes da enchente.

Você aparece, e de repente

Tenho helicópteros voando por toda minha terra.

Diabos, eu nem sabia
que você poderia encontrar combustível

para esse tipo de coisa mais.

- Eu não sei nada
sobre nenhum helicóptero.

- Não?

Bem, meu palpite é que
alguém está procurando por você.

Digamos que os caras que te perseguiram?

- O que você quer que eu diga?

- Bem, ao menos me diga
como eles eram.

Isso é o mínimo que você pode fazer.

- Eram caras da cidade.

Definitivamente, não daqui.

- Eles estavam vestindo roupas militares?

- Não.

- Eles estavam armados?

- Acho que não.

Quero dizer, talvez?

Eu tava correndo.

- Você não olhou para trás?

- Eu não sei.

- Olhe, estou tentando ajudá-la.

Mas você tem que entender,

dependendo de quem são esses homens

podemos estar ambos em grande perigo.

- Você vive sozinho?

- O que isso importa?

- Só fazendo conversa.

- Você ainda não vai ficar.

Tenho uma amiga na cidade que pode te ajudar

muito mais do que eu posso.

Vou deixá-la dormir aqui essa noite,

e partiremos pela manhã.

Desde que não vejamos nenhum
helicóptero entre agora e lá.

- Por que você está me ajudando?

- Pegue o quarto.

O sofá é melhor para mim de qualquer forma.

Dormiu bem?

- Essa é sua casa?

- Minha esposa e eu moramos aqui por 20 anos.

- Onde ela está?

- Ela morreu.

- Quando o meteoro atingiu?

- Não.

Antes de tudo isso, ela ficou doente.

- Por que você corta a crosta?

- Porque essa é a
maneira que ela gostava deles.

- O que é isso?

- Eu não sei.

Vai até o final do corredor.

Feche-se no armário, faça isso agora.

Posso ajudá-los?

- Espero bem que sim.

Meu nome é Zephyr.

Estou à procura de alguém.

- Ninguém aqui além de mim.

Você teria que estar realmente
solitário para minha companhia.

- Você vive sozinho por aqui?

Um pequeno truque, você não acha?

Para evitar atenção durante todo esse tempo?

- Onde você o achou?

- O caminhão, o caminhão foi fácil.

Agora a combustível, o combustível é a parte mais difícil.

A casa é linda.

Você a construiu?

- Restaurei ela após a enchente.

Ainda assim, não significa que eu possa ajudá-los muito.

- Muito bem, deixa eu tentar novamente.

A garota que estou procurando ela é,

Não sei, dessa altura.

Ela é minha irmã.

Estaria realmente me ajudando
se você dissesse que a viu.

- Gostaria de poder ajudar, mas como eu disse,

Não vejo ninguém por aqui
há muito tempo.

- É realmente importante que eu a encontre.

Minha irmã.

- O melhor que posso fazer é ficar
atento para vê-la.

- Agradeço muito, velhote.

- Como posso entrar em contato
com você se ela aparecer?

Vou te dizer uma coisa, de vez em quando eu
apareço.

Nunca se sabe.

- Hanna!

Esses homens são mercenários.

Você tem alguma ideia do que isso significa?

- Não.

- Eles foram contratados para encontrar alimentos

para as pessoas que sobreviveram ao meteoro.

Alimentos para os ricos imbecis

e seus jatos particulares e suas mansões.

- Eu não sei do que você está falando.

- Eles o levarão para alguma ilha afastada

e vendê-la como gado
a quem fizer a maior oferta.

Você tem alguma ideia de como
essas pessoas são poderosas?

Ou a tempestade de merda que você
acabou de chover em cima de nós?

- Nós?

- Sim, nós!

- Então eu irei embora.

Eu só vou e você pode
esquecer que já me viu.

- É tarde demais para isso.

Agora eles já viram meu rosto

e eles sabem que eu
menti para te cobrir.

Pior ainda, eu sabia que era
uma má ideia para começar.

Vamos partir dentro de cinco minutos.

Qualquer coisa que você deixar para trás,
nunca mais verá novamente.

Vamos, vamos.

- Você conhece alguém que mora aqui?

- Se tivermos sorte.

- Minha nossa, Liam.

- Não queria assustá-la.

- Um pouco tarde para isso, você não acha?

Quem é sua amiga?

Você geralmente vem sozinho.

- Clandestina.

- Sim, ela é a razão de eu estar aqui.

- Entre em meu escritório.

Saia desta chuva horrível.

Modos?

- Certo, desculpe.

Hanna, essa é minha boa
amiga Doutora Tracey.

- É bom ver um novo rosto.

- Você é uma doutora de verdade?

- Costumava ser.

Esse lugar era um hospital
antes da enchente.

É um pouco difícil de realizar uma prática

quando todos os seus pacientes estão mortos.

Ou pior.

- O que é pior que a morte?

- Hanna, por que você não nos dá um minuto?

Eu sei o que você vai dizer.

- Ela é um pouco jovem, você não acha?

- Eu pensava que a idade só importava
quando se tratava de queijo.

- Ainda assim.

- Não é bem isso.

Ela apareceu no rancho
no outro dia, sem aviso prévio.

- E você a trouxe aqui?

Por quê?

- Transporte.

- Transporte?

Como, ela é uma criminosa?

- Ela não é uma criminosa.

Pelo menos eu não acho que ela seja.

- Muito bem, então, o que é isso?

Liam, há quanto tempo eu
conheço você e Charlotte?

- Alguém está atrás dela.

E pelo que eu posso
dizer, eles foram contratados.

Não se trata de um grupo de pessoas que passam fome.

em busca de uma refeição quente.

Esses são mercenários, três deles.

Eles foram até a casa à procura dela.

- Minha nossa, Liam.

- Eu sei que você pode conseguir
documentos de transporte.

- Sim, mas boa sorte para conseguir uma garota

dessa idade através do controle populacional.

Especialmente se ela é procurada nas ilhas.

- Não se ela tiver documentos do governo.

- Mesmo assim, é um risco.

Se algo até cheira mal

eles a colocarão em correntes

e torturá-la até
que ela dê a eles nossos nomes.

- Não se os papéis forem legítimos.

- E então eles matarão
nós dois por tentarmos ajudar.

E isso é mais um risco
do que eu estou disposta a correr.

- O que você costumava dizer?

Ajudar as pessoas no caminho subindo

em caso de você as ver no caminho descendo?

Olhe, eu não sei por que eu
escolhi ajudar a garota.

Acredite em mim.

Mas eu fiz, e não posso ajudar

mas ouço a voz de Char na minha cabeça

me dizendo que era
a coisa certa a fazer.

Era exatamente a mesma coisa
que ela teria feito.

- Charlotte faria qualquer coisa
para ajudar alguém em necessidade.

Eu sempre pensei que era isso que trouxe

vocês dois juntos
em primeiro lugar.

Mas agora a vida é como um
rolo de papel higiênico.

Longo e útil, mas quando
acaba, você está fodido.

- Você pode fazer isso por mim ou não?

- Passem a noite.

Encontre para você um buraco em algum lugar.

Preciso enviar uma palavra
a alguns amigos.

- Ela vai nos ajudar, sua amiga?

- Esperemos que sim.

Vamos ficar quietos até
sabermos uma forma ou outra.

- O que isso significa?

- Bem, ela pode pegar suas mãos

em alguns papéis para tirá-la do estado.

Qualquer pessoa que atravesse a fronteira

tem que verificar através do controle populacional.

A partir daí, você estará por sua conta e risco.

- E você?

Você não quer sair?

- É tão fácil sair,
até que você realmente saia.

E então é a coisa mais difícil e
amaldiçoada por Deus no mundo.

Eu não te invejo.

- Obrigada.

- Não me agradeça ainda.

Fragmentos, isso é tudo.

Só pequenos lembretes.

Isso é tudo.

- Muito bom.

- Meu último pão de forma.

Minha esposa e eu, nós tínhamos, eu tinha planejado

para esse dia, muito antes de
qualquer meteoro ter chegado.

De onde você é?

- Texarkana.

- É um longo caminho daqui.

- De vez em quando, eu encontrava um grupo.

Viajava com eles.

Mas os bastardos apareceram para mim.

Eu não sei por quanto tempo eu
corri, eu só continuei.

- Isso é a adrenalina.

Algumas pessoas a têm e outras não.

Vai em frente, termine-o.

Você vai precisar de sua energia.

- Eu também nunca gostei da crosta.

- Eu preciso da garota viva.

Tudo bem, os compradores
não gostam de frutas machucadas.

- O velhote?

- De qualquer forma.

- Zephyr, responda,
avistamos a garota.

Câmbio.

- Chefe.

Rádio.

- O helicóptero conseguiu uma pista sobre a garota.

Iremos para a cidade.

- O que aconteceu com sua esposa?

- Eu te disse, ela adoeceu.

- Eu sei disso, mas o que aconteceu com ela?

- Ela está morta e eu não
quero falar sobre isso.

- Certo.

Então sobre o que você quer falar?

Escuta, eu não posso me sentar aqui assim.

Eu odeio silêncios desconfortáveis.

- Certo.

Se você quer conversar, vamos conversar.

Sem besteiras.

Você conhecia aqueles caras lá atrás
no meu rancho, não conhecia?

O que aconteceu, eu pensei
que você queria conversar?

- Eu os conheci no Leste.

Eu fiquei presa em um acampamento lá.

Após a morte de meus pais, eu
tentei procurar meu irmão,

mas eu nunca o encontrei.

De qualquer forma, ouvi as pessoas dizerem
que era melhor

chegar acima do nível do mar,
sabe, esperar as coisas melhorarem.

Levou tanto tempo e todos nós
começamos a passar fome lá.

Esses caras, eles pareciam falar a verdade.

Eles tinham outro lugar, eles disseram,

poderia ser um porto seguro para
nós se pudéssemos chegar lá.

- Uma ilha.

- É isso mesmo.

- Sim.

Eles te atraíram.

Você estava sendo traficada.

- Quanto mais eles falavam sobre isso,

mais parecia que eu
não tinha escolha.

Eu disse a eles que não ia com eles

e eles tentaram me raptar.

Eu fugi a pé e
o resto é história.

Olha, eu sei que foi
ingênuo da minha parte confiar neles

mas era um momento fodido
naquela época, sabe.

Eles foram legais comigo.

- Você mentiu para mim.

- Eu não te conhecia muito bem.

- Bem o suficiente para me pedir que
me arriscasse para escondê-la.

Eles te teriam comido.

Sabe disso, certo?

Em vez disso, eles vão
vendê-la para outra pessoa

que muito provavelmente vai
fazer a mesma coisa.

- Jessie, eu...

- Não é Jessie.

- Olhe, eu não sei quem
você é ou o que você quer.

Mas você deve saber que eu não
tenho nada de valor algum.

- Sente-se para mim, por favor.

Por favor...

O valor está no olho do
observador, Doutora.

É isso o que você costumava ser?

Antes das rochas espaciais, e
inundações, e toda essa merda?

Sim.

Eu te conheço.

Eu conheço todas as pequenas travessuras
que você faz por aqui.

Papéis de transporte.

Você é uma falsificadora.

- O que você quer?

- A garota.

- Que garota?

- Suplico-lhe que não me teste.

Por favor.

A garotinha, o velhote.

Eu sei que eles estavam aqui.

- Eles estavam.

Eles partiram.

Eles queriam que eu conseguisse
os papéis de transporte para eles.

Eu disse a eles que era muito
perigoso por causa da idade dela.

- Isso é inteligente.

É muito inteligente.

Eles nunca chegariam
em um desses trens.

As pessoas para as quais trabalhamos,

eles pagam muita grana por uma pele tão clara.

- Eu sei.

Eu disse isso a eles, e eles foram embora.

Provavelmente de volta ao lugar de onde eles vieram.

- Duvido disso.

- O que você vai fazer comigo?

- Eu vou matar você.

Isto é se você puder me dizer
onde posso encontrar a garota.

- Por que eu faria isso?

Se você vai só me matar de qualquer maneira.

Se você não nos disser,

vamos nos
divertir um pouco com você, primeiro.

E depois vamos
comer um lanche leve.

E então eu te matarei.

Ok, então, a outra maneira só
nos poupa uma tonelada de energia.

- Onde você estava quando o meteoro caiu?

- Eu tava em casa, sentado no
alpendre, bebendo uma cerveja gelada.

A primeira coisa que me lembro foi
como tudo ficou brilhante.

O reflexo na água.

A energia elétrica foi desligada cerca de uma hora depois.

E tudo aconteceu tão rápido.

No momento em que perdemos o sinal de rádio,

três quartos da costa oriental
estava debaixo d'água.

Os ricos fugiram.

Eles sobreviveram, como baratas.

Irónico, não é?

- Eu tinha sete anos de idade,
louco como já se passou uma década.

- Eles desaparecem como navios afundando.

- O quê?

- As décadas.

Os anos são gratuitos, mas sem preço.

O tempo passa por nós

e mais cedo ou mais tarde estaremos todos

fazendo desculpas para o porquê
desperdiçamos tanto.

Agora, não há nenhuma boa razão
para nem mesmo acompanhar a situação.

Ou o quanto nos resta.

- Você tem filhos?

Você e sua esposa?

- Não.

Ela não podia.

Tínhamos ido ao médico, mas nada resultou.

- Me lembro quando eu era
uma garotinha indo à igreja.

Na escola dominical eles nos contaram a história

sobre Noé e O Dilúvio.

- E o que tem?

- Bem, o arco-íris era uma promessa.

Um sinal de Deus que

ele nunca mais inundaria a terra, certo?

Então, eu quero dizer, o que aconteceu?

- Você era muito jovem para ver
o que tínhamos feito a esse lugar.

- Que lugar?

- O planeta.

Um estágio tão pequeno
nesta vasta arena cósmica.

E o que nós fizemos com ele?

Destruímos, isso sim.

O único mundo que pode abrigar a vida

e estamos presos nele
sem nada melhor para fazer

do que descobrir formas de sugá-lo até secar

de cada recurso natural
a que podemos colocar nossas mãos.

Deixou de ser sobre a necessidade de cada homem

e se tornou sobre a ganância de todo homem.

Você quer saber por que Deus
nos tirou da maneira que Ele nos tirou,

é porque Ele estava farto de nossas merdas.

Pegamos Sua joia da coroa e
a roemos até o osso.

Aquele meteoro foi seu botão de reset.

O último a sair, apague as luzes.

- O que é isso?

- Temos que ir.

Vamos, vamos, vamos, vamos, vamos.

Venha aqui.

Fique abaixada, fique abaixada, fique aí.

- O que você vai fazer?

- Vou fazer algo
estúpido para nos dar mais algum tempo.

- Vamos pesquisar cada centímetro quadrado

desse maldito lugar.

Você, vai por ali.

Apollo, venha comigo.

- Perdoe-me Pai.

- Ele se foi.

- Abaixe-se, abaixe-se!

- Filho da puta!

- Vai!

Vai, vai, vai!

Recuar, recuar, recuar, recuar.

- O que você quer fazer?

- Coloque-o na porra do caminhão.

Você fodeu tudo, velhote!

Eu sei que você está aí dentro!

Não tenha medo, eu voltarei em breve.

- O quê?

- Onde iremos?

- Vamos voltar para o rancho.

Eu tenho mais armas lá.

Vamos precisar de mais
poder de fogo para combater esses caras.

- Eu não sei como
atirar em uma dessas coisas.

- Pegue-a, vai em frente, pegue-a.

Isso fará você se sentir melhor.

Me dá isso.

- O que é isso?

- Essa é a minha subsistência.

Isso é tudo o que temos.

Eu tinha algumas caçadeiras,
mas a ferrugem chegou até elas.

Isso deve ser suficiente.

Vamos, siga-me, nós
não temos muito tempo.

- Onde você está indo?

- Te ensinar a atirar
uma dessas malditas coisas.

Muito bem, aqui vamos nós.

Coloque isso bem no seu ombro.

Você quer colocar esse monóculo
acerca de 5 centímetros de seu olho.

Quando você olhar por ele,
você verá a mira

e você quer colocar esse frasco

bem no meio da mira.

Você o vê?

- Entendi.

- Certo.

Agora, então, você quer relaxar.

Seus braços, suas pernas, sua
respiração, tudo.

Só relaxar.

Concentre-se nesse alvo.

Agora, imagine no que
você está atirando.

- Um jarro.

- Eu sei que é um frasco.

Nada é impossível de matar.

É que às vezes
depois que você mata alguma coisa,

você tem que continuar atirando
até que pare de se mover.

Fale-me de seu irmão.

- O que tem ele?

- Bem, você disse que foi

procurar por ele após a enchente.

- Ele era três anos mais velho do que eu.

Estudando para ser pediatra antes.

De qualquer forma, ele não falava muito.

Mas ele era meu irmão mais velho, sabe.

Ele me fazia sentir segura.

Depois que meus pais morreram, eu realmente não

tenho ninguém mais para recorrer.

- Alguma ideia de para onde ele possa ter ido?

- Ouvi dizer que um trem sobe
as montanhas do Colorado.

Dizem que havia uma colônia
lá em cima, e ele era inteligente.

Se ele estiver vivo, é lá que ele estará.

- Novamente.

- Merda.

- É chamado de O Convênio.

Eu também já ouvi falar disso.

- É real?

- Bem, é difícil saber ao certo.

Minha amiga médica estava tentando

conseguir alguns papéis que
te levariam ao Novo México,

e supostamente deve haver lá
algumas cidades fronteiriças que

falam de um trem que passa
no meio da noite.

- Você não acha que é real.

- O que me denunciou?

- Por que você não me conta
o que aconteceu com sua esposa?

- Bem, eu ainda a vejo às vezes.

Só que ela não é velha, como eu.

Ela é sempre a mesma que
ela era quando isso aconteceu.

Você, você não pode se proteger da morte

sem se proteger
da felicidade.

Eu, eu te disse que ela estava doente.

Ela sofria de ataques de ansiedade.

Principalmente sobre o fim do mundo.

Bipolar.

Chame do que quiser.

Ela nem sempre foi assim.

Na noite anterior a sua morte

ela entrou e sentou-se
na mesa de jantar

e ela me perguntou,

ela disse: "por que as pessoas
têm que ser tão solitárias?

Qual é o objetivo de tudo isso?

Milhões de pessoas, todas elas ansiosas.

Procurando outros para se satisfazerem

mas se isolando.

Por quê?

A terra foi colocada aqui
só para alimentar a solidão humana?"

Eu nunca pude responder isso para ela.

No dia seguinte, ela foi para o celeiro

e se enforcou com

uma corda de campo de duas
polegadas e meia de espessura.

Encontrei ela depois do almoço no celeiro.

Seus pés ali pendurados como
se fossem dados no retrovisor.

Algumas noites atrás eu peguei uma pistola

e a coloquei sob meu queixo,
e puxei o gatilho.

Nada aconteceu.

Falhou a disparar, eles o chamam.

No dia seguinte, você apareceu.

Tão sutil quanto aquela bala.

Existem dois tipos de
pessoas no mundo.

Aquelas que preferem ficar tristes entre outras,

e aquelas que preferem ficar tristes sozinhas.

- Qual delas é você?

- Vivi sozinho durante dez anos naquela casa

até você aparecer lá no rancho.

Novamente.

- Desculpa.

- Você não a matou, querida.

- Não, quero dizer, eu sei que você não
pediu por isso para me ajudar.

- Parte de ser humano
é só ajudar os outros.

- Você pode morrer.

- Tem coisas piores do que a morte.

- O que vamos fazer a respeito desses homens?

- Nós vamos matá-los.

- Apollo, vem aqui.

Muito bem, os compradores
ainda querem a garota.

Muito bem, ei Apollo, o velhote.

- Vou nele.

- Perdoe-me.

- Você fodeu tudo, velhote!

Agora eu vou ter que matar você!

Vou te dizer uma coisa, vou te fazer um acordo!

Se você desistir agora, eu o farei sem dor!

Lucy!

Cheguei!

Saia, saia onde quer que você esteja.

Ninguém vai machucá-lo, meu velho.

Nós só queremos a garota.

Temos o que você quiser.

Tabaco, uísque.

Porra, até mesmo mulheres!

Eu não sou um cara mau, uma vez
que você me conhece.

(música de suspense)

Tudo o que eu quero fazer é conversar.

Merda!

Porra.

- Largue!

Eu disse para largar!

- Você ouviu o que ela disse, largue a arma!

- Ah, seu maldito povo.

- A próxima está acima do pescoço.

- Você realmente acha que
vai se safar com isso?

Eles vão encontrá-lo.

Eles vão comer a garota.

Então eles vão fazer de você um
exemplo, meu velho.

- Vou te dizer uma coisa,

por que você só não põe a mão no seu bolso

e me dá seus documentos de transporte.

Hanna!

Se ele fizer qualquer coisa, qualquer coisinha
, você puxa o gatilho.

Não hesite.

Se eu estiver no caminho, você atira.

Entendeu?

- Não é preciso gritar.

- Esses não!

Eu quero os papéis do governo,
eu quero os papéis interestaduais.

Quero os que você usa

para ir e voltar para a
ilha e seus amigos ricos.

- Os interestaduais?

Você vai pegar um trem?

Hã?

Deixa-me te dizer uma coisa.

O Convênio, novidade, velhote.

Não é real, porra.

- Papéis!

- É preciso cavar fundo.

- Não!

- Shh, shh.

- Você está muito ferido.

Você tem alguma coisa dentro?

Podemos suturar isso.

Me diz o que fazer.

- Está tudo bem.

Eu estou bem, eu preciso pegar

pegar os papéis do bolso de trás dele,

e ir até a fronteira
e encontrar O Convênio.

Encontre-o se você puder.

- Podemos ir juntos, você e eu.

- Não podemos.

Não, não.

Você vai, encontra o seu, encontra o seu.

Seu irmão e o encontre se, se você puder.

- Por favor, não vai.

Por favor.

Eu não posso fazer isso sozinha.

- Estou a caminho.

- Você está pronto?

- Você não tem nem ideia.

- Olá.

- Parado.

Dê outro passo e
será seu último.

- Desculpe, não era minha intenção
aparecer assim para você.

Eu vi o que aconteceu lá em cima.

Seu amigo.

- E você não ajudou?

- Estou desarmado.

Mesmo assim, eu vi o que você fez.

- Então sabe que eu sou uma
boa atiradora agora, não sabe?

- Eu não pretendo descobrir.

- Então, qual é o seu negócio aqui?

- O Convênio.

- Ouvi dizer que o trem é um mito.

- Não é um mito.

- Da última vez que eu confiei em alguém como você,

eles tentaram me vender
para comida para os ricos.

- É real.

Eu sei, eu já estive nele.

Já vi onde ele leva
pessoas como você e eu.

- Sério, e que pessoas são essas?

- Sobreviventes.

A cada alguns meses,

nós nos espalhamos e tentamos
encontrar pessoas que possam nos ajudar

e possam querer se juntar a nós.

- Juntar-se a você em quê?

- Começar de novo.

Temos lugares seguros
para ficar, comida, água.

- O trem sobe
até Colorado Springs?

- Sim.

- Já ouviu falar de um Doug lá em cima?

- Tem tantos de nós
agora que não consigo realmente me lembrar,

mas venha comigo e nós
podemos procurá-lo juntos.

Você estará a salvo com os outros.

- Eu tenho papéis de transporte.

- Você não vai precisar desses para onde iremos.

Então, esse Doug do Colorado, quem era ele?

- Ele era meu irmão.

Você pode me ajudar a encontrá-lo?

Tradução
Cassio Carvalho

Tradução
Cassio Carvalho
Dubladores:
Fernando Kadllu
Gabriel F. Schimmelpfeng

Dubladores:
Fernando Kadllu
Gabriel F. Schimmelpfeng

Dubladores:
Fernando Kadllu
Gabriel F. Schimmelpfeng
Karina Renck

Karina Renck

Karina Renck
Casting
Elina Santero

Casting
Elina Santero

Casting
Elina Santero
Pós-produção
Sebastian Trejo

Pós-produção
Sebastian Trejo

Pós-produção
Sebastian Trejo
Coordenação
Aleksa Fernandez

Coordenação
Aleksa Fernandez