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Voc�.
Voc� est� me deixando louca.

O que foi que eu fiz?

Minhas l�grimas por voc�
deixam tudo turvo.

C�us azuis tornam-se nublados.

S�o verdadeiros os amigos que v�m me animar.
Acredite, eles sabem.

Mas voc�, foi o que me magoou
e me deixou quando mais precisei de voc�.

Voc�.
Voc� est� me deixando louca.

O que foi que eu fiz com voc�?

O que foi que eu fiz?

Minhas l�grimas por voc�
deixam tudo turvo.

Parem com isso, rapazes.

S�o verdadeiros os amigos que v�m me animar.
Acredite, eles sabem.

Mas voc�, seu cachorro, foi o que me magoou
e me deixou quando mais precisei de voc�.

Voc�.
Voc� est� me deixando louca.

O que foi que eu fiz?

Eu realmente quero saber o que houve.

O que foi que eu fiz?

Eu n�o dou a m�nima.

Ou�a, oficial.
Eu posso me identificar.

Eu posso mostrar quem eu sou.

-Oi, garotas.
-Oi, Bascom

-Eu sou o Martin. N�o � o turno dele.
-Mande um abra�o para ele.

-N�o por aqui, garotas.
-O que houve, Joe?

Seis caras descobriram que tinham um encontro
com a mesma garota. As coisas ficaram feias.

-Ent�o vamos pela outra porta.
-Isso j� est� virando costume.

-Voc� � ninfoman�aca?
-N�o diga isso, irm�.

N�o me chame assim.
N�o quero que saibam que somos parentes.

Tenha cora��o, querida.
Eu ignoro todos eles. Ajude-me.

Por que eu? Outras pessoas
t�m irm�s normais, com jeito de gatinha.

-Mas eu tenho o cora��o partido por um bom tempo.
-N�o diga isso, Connie.

Eu n�o vou quebrar nossa promessa.
Eu os rejeito e os rejeito...

Voc� n�o rejeita ningu�m.

O que eu posso fazer? Homens querem
se casar e me escolhem. Isso � proibido?

N�o, mas bigamia �.

Mas eu n�o vou me casar com todos eles.
Pelo menos n�o de uma vez.

Voc� s� precisa dizer n�o, querida.
E "n�o" quer dizer "n�o".

Voc� � muito leviana.
Precisa tomar cuidado com as consequ�ncias.

Eu tenho uma confiss�o.

-Eu n�o consigo sequer lembrar deles.
-Eu sei.

-Eu n�o consigo dizer n�o.
-N�o consegue dizer nem talvez.

Eu resolvo n�o levar o cara a s�rio.

Mas ent�o ele me prop�e casamento,
e algo em mim ressoa.

-Eu ou�o sinos. De casamento.
-Eu desisto.

-O que �?
-Correio.

Para variar.

-Irm�s Jones? Muito prazer.
-�timo. Entregue e saia.

-O que �?
-Um telegrama.

De Lafayette.

Que Lafayette?

"Selecionadas para o Cassino de Paris.
Vir imediatamente. David Action."

-Vou ter outra chance?
-Outra chance?

Sente-se.
Outra chance...

Imagine voc� em Paris. Encontra
um homem alto, lindo, moreno...

E ele � rico.
Ele est� louco por voc�.

Ele se ajoelha e pergunta:
Querida, casa comigo?

-Eu gostei.
-O que voc� diz?

O que eu diria?
Bem, claro que...

-O que voc� diz?
-N�o.

-Mais alto.
-N�o.

-Firme.
-N�o!

-Jure.
-N�o, mil vezes n�o!

Telefonista. Ligue com os Correios.
Quero mandar um telegrama para Paris, Fran�a.

-Bom dia, Charles.
-Bom dia, Maestro.

Um ano maravilhoso.

Paris. Que cidade maravilhosa!

Ela podia nos dar caf� da manh�
de vez em quando.

Quando for bem-sucedido, v�o te
servi-lo em bandeja de prata...

Com diamantes de a��car e caf� dourado.

Mas quando eu vou ser bem-sucedido?
Essa � a quest�o.

Ou�a. N�s dois sabemos o que
voc� fez pelo teatro.

Infelizmente, o teatro n�o sabe.
N�o est� atrasado para o trabalho?

Minha nossa, sim!

-Qual � o seu trabalho hoje?
-Guarda na Avenida Kl�ber.

No sinal de pedestres.

-Senhor Action?
-Sou eu.

-Telegrama para o senhor.
-Muito obrigado.

� melhor dar um jeito
nesta tosse, rapaz.

-Quem �?
- N�o sei. "Chegada"...

Bingo. Ou�a:
"Chegada ter�a-feira. SS United States.

Come�o no Cassino de Paris.
Irm�s Jones".

Quem s�o?

Vamos ver nas fichas.

-Rudy, meu amigo.
-Nenhum franco. Nada.

-Ele quer...
-Definitivamente n�o.

-Vagabundo?
-N�o enche.

-Deixe-me explicar.
-Voc� � um safado e vigarista.

Est� estragando a minha comida.

N�o confia em mim?

N�o. Agora caia fora.
E leve seu bar�tono desempregado.

-Eu sou um tenor.
-N�s n�o queremos dinheiro.

-N�s queremos...
-Nenhum u�sque. Nem gim, nem bourbon...

S� queremos informa��es
sobre as irm�s Jones.

-Irm�s Jones? Aquelas famosas dos anos 20?
-Sim. Por qu�?

�ram �nicas. As Irm�s Dolly
eram talentosas e muito boas.

Mas as Irm�s Jones fizeram
uma revolu��o na Fran�a.

�ram maravilhosas. Sensacionais.
E completamente sem talento.

-Voc� as conheceu?
-Se eu conheci Mimi e Mitzi Jones?

V�, querida. Te vejo mais tarde.

-Quase casei com elas.
-Com as duas?

Eu amava Mitzi. Ficamos noivos.
At� que ela me pegou com Mimi.

Quando fiquei noivo de Mimi,
me apaixonei por Muriel.

Minha segunda esposa. Isso foi em 1926,
quando eu era o melhor de Paris.

Ah, juventude...
S� se � jovem uma vez.

-No seu caso, foi o suficiente.
-Elas se casaram?

-Com outros.
-Tiveram filhos?

-Mitzi, n�o. Mas, Mimi teve duas filhas.
-� isso! S�o elas. N�s as temos.

Isso foi em 1926.
Nunca aconteceria de novo.

-�, mas vai.
-As Irm�s Jones chegam esta tarde.

Minha nossa, que horror!

-Devem estar velhas e gordas.
-Bonnie e Connie.

-As filhas!
-Mas s�o bonitas?

-Se s�o!
-90-55-85.

-N�o!
-Sim!

Estou convencido.
Vou patrocin�-las.

Assim como a m�e e a tia, vamos enlouquecer
o cassino, como nos velhos tempos.

-Serei como um pai para elas.
-OK, pai.

-Ou como um amigo �ntimo.
-Falaria com o Sr.Ballard do cassino?

� claro. Arrajaremos os melhores
camarotes de Paris e os coqueteis.

-Agora v�o colocar umas boas roupas.
-S� uma coisa, Rudy: comporte-se.

Esta � a minha chance de retomar
minha performance.

-N�o vamos bancar os casanovas com elas.
-Tem a minha palavra.

-Acredite nele.
-Vamos buscar as garotas.

-Aqui estamos, garotas.
-Eu sou Rudy. Tio Rudy.

Caia fora, tio.

-Oficial, estes tipos est�o nos incomodando.
-Eu tamb�m gostaria.

-Que coisa!
-Ali est�o duas garotas.

Parecem irm�s.

Voc�s s�o as Irm�s Jones?
Eu sou David Action.

Voc� � David Action?
Muito prazer em conhec�-lo.

-Muito prazer em conhecer voc�.
-Voc�s s�o filhas de Mimi? Imposs�vel.

-Calma, Rudy.
-O que foi?

Onde est�o as orqu�deas, os diamantes,
os rubis, os casacos de pele?

Qual � o problema dele?

Sua m�e e sua tia ficariam
envergonhadas em v�-las assim.

O que elas t�m a ver com isso?

-Vamos lev�-las imediatamente ao hotel.
-Espere a�.

-Ningu�m vai nos levar a lugar algum at� eu saber do que se trata.
-N�o � nada pessoal, Srta.Jones.

-Voc� � a garota mais linda de Paris.
-Poderia causar um engarrafamento.

-� a tradi��o de Mimi e Mitzi.
-N�s sabemos que eram do showbiz, mas...

N�o sab�amos que eram t�o boas.
Devem ter sido muito talentosas.

Tudo que elas faziam era segurar penas em certos pontos.
E, �s vezes, faziam isso muito mal.

N�o � poss�vel. Mam�e era muito rigorosa.

E a tia Mitzi era muito mi�da.

Elas eram maravilhosas. Um esc�ndalo!
Vieram sem nada para Paris.

Ent�o uma esp�cie de princ�pe oriental
usou sua influ�ncia, puxou as cordas e "bang".

Elas entraram em Paris como Napole�o.
Perto do feriado nacional.

Bandeiras ao vento, diamantes...
Lord Wickenware e eu est�vamos l�.

Cavalheiros, apresentamos as Irm�s Jones.

N�o podem me prender.
Eu sou americano.

Vou escrever uma carta ao Times.
Ao New York Times.

Nenhum embaixador americano
cresceu tanto e t�o r�pido.

Eu era o gerente do Cassino de Paris.

Assim como um raio, tudo mudou.

Menino mau.

De Montmartre a Montparnasse,
eles vinham de Londres e Roma.

E at� do Texas.
Todos queriam v�-las.

Paris estava a seus p�s.

Elas tinham algo indefin�vel.
O jeito de andar, por exemplo. �nico.

Uma uva madura entre os joelhos delas
n�o poderia ser amassada.

N�o falavam uma palavra em franc�s.

Querido.
Me empresta cem mil d�lares?

Desculpe, querida.
Eu s� tenho libras.

Ent�o, me empreste cem mil libras?

Mas todos as entendiam com
um simples olhar.

E o jeito delas de falar!
Podiam dizer tanto com t�o pouco.

Obrigada pelo colar, Majestade.

Vamos, Choochoo.

Reis, duques, condes, banqueiros
todos as mimavam e cortejavam.

E alguns foram at� a fal�ncia.

-Querida, eu tenho algo para voc�.
-N�o precisava.

� divino.

-Eu adoro escargot. E voc�?
-Claro que sim.

Sim, elas tinham algo indefin�vel.

Elas provaram que cinquenta milh�es
de franceses n�o est�vam errados.

Ela est� entediada?
N�s todos estamos entediados.

-Eu n�o acredito.
-Estou espantada.

Paris inteira est� esperando pela filhas de Mimi.
Voc�s t�o muito informais.

-Voc�s tem de ter algo indefin�vel!
-O que � isso?

-O que voc�s n�o tem.
-Entenderam?

-Estes n�o s�o os velhos tempo. N�s n�o...
-Certo! Para o hotel.

-Para aquele lado.
-Voc� pega as bagagens.

Quarto errado.

Nada menos que o melhor.

-N�o podemos pagar por isto.
-N�o podemos pagar nem a vista.

-Apressem-se ou se atrasar�o.
-Por aqui, mo�as.

Vamos. A imprensa est� esperando.
Vistam-se r�pido.

-Quem vai pagar por tudo isto?
-N�o olhe para n�s.

Dinheiro n�o � problema.

Amanh�, estar�o numa su�te ainda maior.
Vamos.

-Eu devia pedir um carregador.
-Isso custa caro.

-Onde est�o os ba�s?
-N�o temos.

-Est� tudo aqui?
-N�o temos muita coisa.

-Vejamos. A chave?
-Est� aberto.

O que quer que tenha a�,
vai te deixar muito bonita.

Cuidado com isso.
Levei tr�s meses para pagar.

-Sensacional!
-� para o nosso n�mero.

-Vai us�-lo esta tarde.
-N�o t�m roupas para festas diurnas?

-Trabalhamos somente � noite.
-Vamos cort�-los.

-Uma tesoura e um kit de costura.
-S�o nossas roupas de trabalho.

-� tudo o que temos.
-Rudy, ao glamour.

-Espere a�.
-N�o temos tempo a perder.

-Aqui, Charles.
-Impe�a-o, Connie!

Se algu�m me visse assim,
me custaria a carreira.

Lembrem-se, garotas: postura.

Respirem fundo, ombros para tr�s.

Muito bem.
Agora, aos vestidos.

Oi, voc� a�.

'Bonjour', a todos.

Voc� conhece a Srta.Jones?
Algu�m me perguntou.

Quando ela era apenas
Srta.Jones para mim.

Ent�o eu disse: Srta.Jones,
Voc� � uma garota...

...que entende que sou um
homem que quer ser livre.

De repente, ela tira meu f�lego.

E de repente, eu me assusto.

E de repente, eu me torno um rei.

Agora eu conhe�o a Srta.Jones.

Continuaremos a nos ver at� morrer.

Srta.Jones e eu.

De repente...

Tira meu f�lego.

De repente, eu me assusto.

E de repente, eu me torno um rei.

Agora voc� conhece a Srta.Jones.

Continuaremos a nos ver at� morrer.

Srta.Jones e eu.

Voc� conhece a Srta.Jones?
Algu�m me perguntou.

Quando ela era apenas
Srta.Jones para mim.

Ent�o eu disse: Srta.Jones,
Voc� � uma garota...

...que entende que sou um
homem que quer ser livre.

De repente, eu perco meu f�lego.

De repente, eu me assusto.

E de repente, eu me torno um rei.

Agora, eu conhe�o a Srta.Jones.

Continuaremos a nos ver at� morrer.

Essas somos n�s.

Srta.Jones e eu.

-Coalhado.
-J� viu isso?

-Como? Estava afanando o leite.
-As Irm�s Jones na primeira p�gina.

- �s vezes, eu sou um g�nio.
- Voc�? Mas foi o Rudy...

Rudy est� em minhas capazes m�os.

-Qual � o seu trabalho hoje?
-� um dia importante.

Primeiro, dar comida aos le�es no zool�gico.

Depois, limpar as ruas.
Vai ter uma parada de cavalaria.

-� tarde, vou vender sorvetes.
-Vamos mostrar Paris �s garotas.

Maestro, se eu n�o trabalhar,
n�o teremos nada para comer.

Certo. Tire folga � tarde.
Nos encontramos em Notre Dame.

-Feito.
-Estarei em dois lugares.

Anjou, 4590.

N�o, querida. Anjou, 4590.

Bom dia. Qual das duas �?

-� a certa.
-J� leu os jornais?

N�o sabemos ler franc�s.

Eu consegui a apresenta��o de voc�s
no Cassino de Paris, como prometido.

-O ensaio � amanh�.
-Cassino de Paris, amanh�.

-Queria saber quem est� pagando tudo isso.
-Obrigada, Sr. Action.

David, boneca. Prepare as pernas.
Vou mostrar Paris a voc�s.

-Nos encontramos daqui a uma hora?
-Feito.

'Au revoir. '

Nossa!

-Voc�s est�o lindas.
-Jura?

-Sim.
-Vamos pegar o Charlie.

-Eu vou ficar com o policial?
-Ele s� � policial �s ter�as.

N�o vamos pegar um t�xi.
Vamos caminhar.

-Pierre, quantos voc� j� tomou?
-Dois.

-Tr�s.
-Melhor assim.

N�o, Danielle. Este foi o �ltimo.
Quero aumentar seu cr�dito...

...mas voc� j� me deve 55145 francos.

Se voc� n�o pagar,
eu vou cobrar do seu pai.

Bem, garotos.
Isso � tudo. V�o!

Ei, garoto.

-Charlie, o que � isso?
-Nas tardes de quarta, eu vendo sorvetes.

-Como est�?
-Esgotado, como sempre.

-Ent�o passe o dinheiro.
-Sempre h� um cliente preferencial.

-Eu.
-� um verdadeiro negociante. Nota-se bem.

Vamos, eu disse que n�o
precisaria trabalhar hoje.

-Voc� vai me mostrar Paris.
-Veio � pessoa certa.

-Nas tardes de quarta, tamb�m sou guia tur�stico.
-Sim, voc�s dois. Divirtam-se.

-Com o qu�?
-Quase me esqueci.

Eu tenho um adiantamento para voc�.
Aqui est�, 5000.

-Posso comprar minha carteira de crocodilo.
-OK. Au revoir.

-Cuide-se.
-Quem? Eu?

N�o, ele.

-Agora, voc� est� comigo.
-Acontece.

Voc� vai ter de ter est�mago.

Voc� � algum doido?

Que tal o Musee Rodin?

-O que � isso?
-Um museu.

�timo.
Vai me jogar numa pilha de armaduras velhas.

-N�o � este tipo de museu.
-Sempre sonhei estar em Paris.

-N�o tem algo mais rom�ntico?
-Mas � muito rom�ntico.

-Al�m do mais, voc� n�o tem escolha.
-Por qu�?

Porque hoje eu sou o guia de l�.

Queria saber o que ele est� pensando.

Se ele pensa o mesmo que eu,
ele pensa em voc�.

-E o que voc� pensa de mim?
-Como eu tive sorte.

Essa foi terr�vel.

Eu tenho piores. Vamos.

� esse?

-Est� de alian�a. Voc� �...
-N�o. � da Bonnie.

-Fiquei assustado.
-Que diferen�a faz para voc�?

Quando eu te vi na esta��o ontem,
eu disse...

Voc� � uma figura, Charlie.

Meu pai dizia que quando eu chegava,
era como se algu�m estivesse saindo.

-Pare de se menosprezar!
-Vamos ver o jardim.

PROIBIDO PISAR NA GRAMA.

-Nunca conheci algu�m como voc�.
-Estou apaixonado por voc�.

-N�o diga isso a algu�m, a menos que seja verdade.
-Mas � verdade.

-Ent�o voc� � um bobo.
-Isso eu j� te disse.

Desculpe ter dito isso.
Tamb�m n�o foi s�rio.

Voc� � sincero e am�vel.

Na verdade, � o doido mais
gentil que j� conheci.

Eu tenho um querido amigo.

Que gentileza ele tem.

Voc� n�o tem ideia, meu ing�nuo amigo.

Da impress�o que causou.

Seu olhar distante e seus cabelos despenteados...

...escondem seus verdadeiros sentimentos.

Voc� � nobre, gentil e sincero.

E prefere ser um simples ao inv�s de senhor.

Voc� � meu feliz amor.

Meu doce amor.

Voc� me faz feliz do fundo do cora��o.

Voc� pode parecer bobo.

Seu tra�o n�o � f�cil de capturar.

Mas ainda assim, � minha obra de arte favorita.

Sua figura n�o � de um grego.

Seus l�bios s�o delicados.

Mas quando os abre para falar.

� t�o inteligente.

Nunca mude nem seu cabelo por mim.

Assim como voc� me deu algo.

Guarde meu pequeno amor.

Meu feliz amor.

Meu doce amor.

Voc� me faz feliz do fundo do cora��o.

Voc� pode parecer bobo.

Seu tra�o n�o � f�cil de capturar.

Mas ainda assim, � minha obra de arte favorita.

Sua figura n�o � de um grego.

Seus l�bios s�o delicados.

Mas quando os abre para falar.

� inteligente.

Mas nunca mude nem seu cabelo por mim.

Assim como voc� me deu algo.

Guarde meu pequeno amor.

Guarde...

A cada dia...

Este amor.

Esta � a Pra�a da Conc�rdia.
Neste lugar hist�rico...

Naquele lugar hist�rico.

Foi o lugar onde Louis XVI
perdeu a cabe�a.

Isso tamb�m vai acontecer com cinquenta milh�es
de franceses quando olharem para voc�.

-Voc� me liga esta noite?
-OK.

-Americanos podem perder as cabe�as tamb�m.
-S� os cora��es. E n�o aqui.

Onde?

L�. Nos bancos do rio mais
rom�ntico do mundo.

O Sena.

� tarde, os amantes se juntam ali.

O que voc� vai fazer mais tarde?

-Calma! Eu devia ser o lobo aqui.
-Foi s� uma pergunta. Eu queria..

Eu sei o que voc� queria.
Voc� vai muito r�pido.

O que posso fazer se gosto de voc�?

N�o vamos misturar neg�cios com prazer.

Assim, eu perco clientes.
E eu s� tenho dez por cento sobre voc�.

Eu n�o estou fazendo nada com
os outros noventa por cento.

-Quer ir no bateau mouche?
-Se voc� quiser, eu vou.

� um barco.

-Bonjour, David. Como vai, querido?
-Oi, Martine.

A prop�sito, voc� � casado?

A resposta para esta pergunta
pessoal direta, minha cara Srta.Jones.

-Uma r�plica da Est�tua da Liberdade.
-Ent�o voc� solteiro?

Casamento � uma bela institui��o,
mas os institu�dos regulam.

Os solteiros convictos nunca reconhecem
a garota certa quando ela aparece.

-Com certeza, eu j� vi as outras.
-Sem piadas.

Voc� � um covarde. Vai para casa sozinho
todas noites e ningu�m est� l� para voc�.

-Buenos dias, David.
-Ol�, Carmen.

-Ol�, David. Tudo bem?
-Ol�, Bettina.

O que estava dizendo?

Eu disse: O que � aquilo?

� a Catedral de Notre Dame.

Foi onde Napole�o III casou-se
com a Imperatriz Eugenie.

Por qual porta a noiva sai?

Eu n�o sei.

Mas em La Madeleine, existe apenas
uma porta por onde elas podem sair.

As noivas n�o s�o lindas?

Sim, mas como podem ficar t�o feias
depois de se tornarem esposas?

Que bela coisa a dizer!
Um dia, voc� tamb�m ter� uma noiva.

-Adieu, David.
-Adeus, Yvette.

O que estava dizendo?

Esquece.

N�o vamos esquecer.
N�o fuja.

Voc� disse que eu teria uma noiva.

Como voc� � um solteiro inveterado,
isso nunca vai acontecer.

-Voc� est� errada.
-Existe outra? Algu�m...

Eu quero que voc� a conhe�a.

-J� vi o bastante.
-Eu insisto.

-Muito bem. Onde ela est�?
-Bem aqui.

A �nica garota com a qual um homem pode casar.
Paris.

Espere. Tem muitas coisas a considerar.

-Ela cozinha?
-� a melhor.

-Ela � divertida?
-Muito.

-Ela � bem velha.
-Mas experiente.

-Toda manh� tem a mesma cara.
-Mas toda noite � diferente.

-Que garota pode competir com isso?
-N�o podem. Elas teriam de me sustentar.

-Eu adoraria.
-Eis a verdadeira tradi��o europeia.

Se um homem aceita se casar,
a mulher paga o dote. Entendeu?

Bem...

Eu tenho 5 d�lares, 85 relacionamentos...

...duas combina��es e isso � tudo seu.

Dois casacos que foram da
minha m�e e da minha av�...

...e at� as tra�as deles s�o suas.

Eu tenho l�bios esperando
desesperadamente por um beijo...

...e eles n�o querem esperar mais.

Eis meus 5 d�lares...

...e o meu casaco...

...e meu cora��o.

Tudo que eu tenho...

Tudo, tudo que eu tenho...

...� seu.

Vamos subir?

Eu tenho 5 d�lares.

Eu sou bonito.

E minha ambi��o...

...� para voc�.

Seis camisas...

...muitas d�vidas...

...meu seguro de vida.

E isso � tudo seu.

Meu cora��o est� saltando...

...e eu serei fiel.

Pegue meus 5 d�lares e minhas camisas...

...e meu cora��o.

Tudo que eu tenho.

Tudo, tudo que eu tenho � seu.

-Bonnie, o que est� acontecendo?
-Algo maravilhoso.

-Nunca senti isso antes.
-Exatamente.

Isso � loucura. Nunca senti isso
por ningu�m. Voc�...

-Ei, Maestro!
-Des�a!

-Sim?
-Depois.

Que coincid�ncia encontrar voc�s.

Charlie, mostre � Bonnie a Les Invalides.

-N�o gosto de olhar l� para baixo.
-Tome um rem�dio.

-At� logo.
-Divirtam-se.

-J� pediu ela em casamento?
-N�o. Eu ia, mas... Por qu�?

-Ent�o ainda h� tempo.
-O que � isso?

-O de sempre.
-Isso acontece todo dia?

Todo e cada dia.
Est� entendendo?

-Estou come�ando a entender.
-Bonnie perde a cabe�a quando ouve falar em casamento.

Voc� � o pretendente n�mero 73
Departamento de Paris.

-Ent�o ela � leviana.
-Mais que isso.

-Voc� tamb�m �?
-Sim, mais do que voc� pensa.

N�o fique com raiva. Ela simplesmente n�o consegue dizer n�o
quando a pedem em casamento. E todos eles pedem.

-E o que eu fa�o agora?
-Voc� � nosso empres�rio.

Atenha-se apenas aos neg�cios.

Muito bem. De acordo.

Ali, voc� pode ver a rua Les
Invalides, e ali...

Vamos voltar.

L� vem ela. Nada de cara amarrada.
Para todos os efeitos, eu n�o te disse nada.

-� s� uma torre.
-Vejo voc� no hotel.

-Charlie vai me pagar um drinque.
-Do meu dinheiro.

-David, o que voc� queria me perguntar?
-Eu ia te perguntar?

Sim, n�o lembra? Eu te beijei assim.

E voc� disse: voc�...

Ah, sim. Eu queria te convidar para jantar.

Mas eu j� tenho um encontro.
Ent�o n�o vai dar.

-Mas, David, voc� disse...
-Est� tarde. Tenho de voltar para o escrit�rio.

Mas, David...

Te vejo amanh� no ensaio no Cassino.

-Place Antoine.
-Sim, senhor.

Ent�o vai voltar para Sunflower, Kansas?

Isso mesmo.

A noiva rejeitada volta para a mam�e.

-O que quer dizer com isso?
-Que voc� pode rejeit�-los, mas eles n�o podem fazer o mesmo.

Se um cara � esperto o bastante para n�o
te pedir em casamento, voc� fica triste.

Pode ser.
Mas desta vez � diferente.

Por qu�?

-Eu realmente estou apaixonada.
-Assim como estava pelos outros 72 caras.

Uma hora, voc� est� apixonada.
Depois, os coloca de lado como um casaco velho.

N�o, n�o, n�o.

Aquele safado.

Ele n�o �.
Ele s� tem um complexo de inferioridade.

Ele se sente t�o inferior quanto Gregory Peck.

Ele � doce e sens�vel
embaixo daquela pose.

Por favor!

Deixa para l�.

Querida, eu n�o sabia que era t�o s�rio.

Mas se realmente �,
eu preciso te confessar uma coisa.

Voc� falou de mim.

-Entendi.
-Eu queria...

Se ele n�o me ama,
isso n�o faz diferen�a.

Ent�o, n�o fuja.
D� uma segunda chance a ele.

D�-lhe tempo.
Lembre que ele � inseguro.

-Acha mesmo que eu deveria?
-Sim, acho que deveria.

Bem, OK.

Vamos, garotas.
Sr. Ballard est� esperando.

-N�o t�o r�pido.
-Estamos um pouco nervosas.

Justo agora.
Entrem.

-Desculpem o atraso.
-O que � isto?

O maestro me liberou.
Vou assitir ao ensaio.

-Voc� n�o ia me ligar de manh�?
-Desculpe. S� fui deitar �s 5 da manh�.

-Passei da hora.
-Vamos, Ballard est� esperando.

-Elas est�o nervosas.
-O que � isso? Ataque de amadorismo?

-Isso � compreens�vel, sendo a primeira vez.
-Ter�o poucas pessoas l�. � uma audi�ncia.

-Vou vender ingressos para ver os seus nervos.
-Todos os artistas ficam nervosos.

-Como voc� sabe?
-N�o importa. Vamos.

-Podem descansar.
-O qu�?
-Voc� me ouviu.

Est� vazio l�, agora.
Mas pensem como ser� no s�bado.

Como a premiere de Mitzi e Mimi.

-Como foi?
-Totalmente esgotado.

O Presidente da Fran�a, o Embaixador americano,
o Pr�ncipe de Gales e todos os milion�rios.

E ent�o a orquestra come�ou.

Ol� para todos.

Eu quero ser amada por voc�.
E por ningu�m mais al�m de voc�.

Eu quero ser amada somente por voc�.

Eu quero ser beijada por voc�.
E por ningu�m mais al�m de voc�.

Eu quero ser beijada somente por voc�.

N�o consigo imaginar nada melhor...

...do que conquistar seu cora��o.

Eu quero ser amada por voc�.
E por ningu�m mais al�m de voc�.

Eu quero ser amada somente por voc�.

Jones, Jones, voc� devia ser amada.

Eu n�o sou do tipo ambiciosa.

Todos os meus desejos s�o simples.

Mas sei exatamente o que quero.

Eu n�o descansarei at� esta hora chegar.

Quando seus olhos brilharem como os meus.

Por causa deste maravilhoso amor.

Esperem.

Agora.

Maravilhoso!

-Parab�ns!
-Quase como a m�e e a tia.

-S� que eu fiquei um pouco mais velho.
-Magn�fico!

Como um novo vinho de um velho vinhedo.
Paris vai am�-las!

Tive uma ideia! Uma ideia sensacional.

Lembra-se do figurino que Mimi e Mitzi
vestiram naquele show em 1927?

Elas estavam maravilhosas,
fabulosas, incompar�veis!

As novas Irm�s Jones usar�o
aquele mesmo figurino.

-Voc�s v�o adorar.
-Ser� o m�ximo!

-Arlette.
-Pois n�o, senhor.

-Vasculhe os bastidores...
-Desculpe, senhor. Mas eu pensei na mesma coisa.

Obrigado.

N�o s�o lindas?

-N�o s�o lindas?
-Sim, mas bem pequenas.

-Onde est� o resto?
-Voc�s s�o o resto.

Isso n�o passaria pela censura.

-O que �?
-Algum problema?

-� um pouco esparso.
-Voc�s n�o tem nada a esconder.

-S� a nossa reputa��o.
-E uma cicatriz.

-N�o v�o usar?
-Nem para o meu marido, se eu tivesse um.

-Esse � o Cassino de Paris.
-Qual o problema com isso?

-Elas acharam indecente.
-O que a dec�ncia tem a ver com um cassino?

-Vamos sair daqui.
-� muito gentil, mas somos antiquadas.

-Preferimos roupas.
-Bom dia.

Que vergonha!
Fora! E fique fora!

E fique com elas!

Concordo com voc�.

-Bravo!
-O que acha, Sr. Marcel?

-Come�am amanh�.
-E as condi��es?

-Temos uma pergunta.
-O que vamos vestir?

-Qual ser� o figurino?
-Figurino? Um muito chic.

Extremamente chic, senhorita.

Um sapato preto
drapeado com joias.

Saltos bem altos, meias pretas de seda,
com cinta-liga.

-E uma tiara preta.
-Parece elegante. E o que mais?

O que mais?

Eu n�o entendo franc�s, mas acho
que ele quis dizer que � s� isso.

Isso � tudo.

-O que houve?
-Elas n�o gostam de preto.

Maravilha! Ser� um honra t�-las aqui.
Podem come�ar no Three Kings amanh�.

Desculpe, mas temos uma pergunta.

-Sim. O que vamos vestir?
-O que vamos vestir?

- O figurino.
- O figurino. Claro. Esperem.

-Que mais?
-Como disse?

Por aqui, mo�as.

-Que horas come�a o show?
-Onze horas.

N�o h� nada em Paris que
n�o seja sem roupa?

-Elas n�o s�o ousadas, senhoritas?
-Infelizmente...

-N�s topamos.
-Ei!

O figurino � lindo e n�s adoraremos
estrear em seu estabelecimento.

-O que est� fazendo?
-Voc� ficou louca?

No Cassino, voc� n�o fez
nenhuma obje��o ao figurino.

Vamos encontrar algo respeit�vel para voc�s.

O Coq d'Or � o lugar mais respeit�vel de Paris.
Eu n�o entendo.

E nem precisa entender.
N�s estrearemos no s�bado.

Se voc� n�o cuidar de nossos interesses,
teremos de arrumar outro empres�rio.

-Ent�o, senhor?
- Muito bem. Fechado.

-Depois n�o digam que n�o pediram por isso.
-Muito obrigada.

-Acha mesmo que elas v�o usar s� aquelas penas?
-Claro que n�o.

-Ent�o por que estou passando seu smoking?
-Porque ela est� fazendo isto para me provocar.

-Por qu�?
-Porque ela sabe que estou apaixonado por ela.

Ela n�o faria isso.
Ela � uma garota legal.

Legal?
� uma leviana.

E voc� n�o �, Maestro?

Sim, eu sou, Charlie.
Mas sou empres�rio e isso faz parte.

-Eu acho que ela est� apaixonada por voc�.
-Puro teatro.

� do tipo que parte seu cora��o em dois.
Que horas s�o?

-Hoje � s�bado.
-Eu disse horas?

20:30.

Ent�o temos que ir r�pido at� o Dufond
para dar-lhe as m�s not�cias.

-Sr.Dufond.
-Sr.Action. Essa ser� uma grande noite.

Eu tenho m�s not�cias.
As Irm�s Jones n�o se apresentar�o.

-� claro que v�o.
-Elas j� est�o aqui?

Elas j� est�o se arrumando. No camarim.
Mas n�o resta muito tempo.

-O que est� fazendo aqui?
-A abertura, claro. Conhecem Earl de Wickenware?

-Vamos ver as garotas.
-N�s estamos cuidando delas.

-Voc�?
-Assim como com Mimi e Mitzi antes.

-Essas garotas s�o como a m�e!
-Certamente.

At� t�m as mesmas marcas de nascen�a.

-Quem � esse?
-Tamb�m � conhecido como O Lobo de Londres.

-� bem safado, hein?
-Os mais respeit�veis s�o os piores.

O show vai come�ar.

Lamento, mas esta mesa n�o pode
ser ocupada durante o show.

-Boa noite.
-Como vai?

-Muito bem.
-E voc�?

Papai.

Papai, eu quero um bracelete
de diamantes...

...e tudo o mais.
Voc� tem de comprar tudo de bom para mim.

Casacos de pele e roupas de Paris.

Voc� tem de comprar tudo de bom para mim.

� um est�mulo maravilhoso.

� uma sensa��o inspiradora.

Papai, eu quero um carro novo,
champanhe, caviar...

Papai, voc� tem de comprar...

...tudo de bom para mim.

Voc� � um senhor legal.

Compre, compre, compre...

Papai...

n�o precisa preencher...

...o cheque ainda.

� caro, mas � pequeno.

Mas eu sempre quis ter.

O que uma garota n�o tem,
outras podem ter.

-Eu sou Connie.
-Eu sou Bonnie.

Papai, braceletes de diamantes
e tudo o mais.

Voc� tem de comprar tudo de bom para mim.

Casacos de pele e roupas de Paris.

Voc� tem de comprar tudo de bom para mim.

� um est�mulo maravilhoso.

� uma sensa��o inspiradora.

Champanhe, caviar...

Papai, meu papai...

Ele compra tudo de bom para mim.

Nosso papai compra tudo de bom.

Nosso papai � um amor.

Fant�sticas.

Em Paris, voc� tem de cumprir
com a palavra, Rudy.

-Que isso?
-N�o consegui me segurar.

-Eu sei.
-Nunca vi nada mais vulgar!

Calma, Maestro.

Receio inform�-las que voc�s agora
pertencem ao Ex�rcito dos Desempregados.

-Prefiro n�o discutir isso.
-N�o apreciamos este tipo de piada.

-N�o foi para ser engra�ado.
-N�o foi t�o ruim.

-N�s quase desmaiamos.
-O que quer dizer?

-Voc�s n�o precisam de empres�rio. Precisam de um tutor.
-N�o fique t�o bravo.

-Vamos esquecer isso e vamos jantar.
-Parece que n�o me entendeu, Srta.Jones.

Eu n�o quero ser visto com voc�s.
Fizeram de mim o maior idiota de Paris.

-N�o foi para tanto.
-� nosso trabalho.

-Desista.
-O que est� dizendo?

-Eu quero dizer adeus.
-V� com Deus!

Vou falar com ele depois,
mas tenho que trabalhar agora.

-Suma daqui.
-Sabia que diria isso.

-Voc�s falaram em jantar?
-Que tal irmos ao Maxim's.

O bom de jantar conosco � que voc�s
n�o ter�o de pagar a conta.

-O que �?
-Devem ser aqueles caras.

-Quem �?
-O gerente.

-Era bom demais para durar.
-L� se vai nossa carreira.

Ele est� entrando.

Senhoritas, eu vim dizer que todos
os nossos servi�os est�o � disposi��o.

Se quiserem alguma coisa,
bastam levantar um dedo.

-N�s?
-Por favor, sentem-se.

-O que � isso?
-Eu n�o sei.

Corsage.

Este cavalheiro � o
Sr. Monte Ville, costureiro.

Entrem.

Champanhe.

Um pouco de conhaque.

N�o bebam de uma vez, senhoritas.

Presentes de Paris.

Espere um pouco.

Srta.Suzanne e Sr.D'Artagnan,
que ser�o seus c�es.

A ess�ncia de Paris na primavera.

Casacos de chinchila para as noites frias.

-Mas quem mandou tudo isso?
-Voc�s certamente sabem melhor do que eu.

Eu juro.

Uma dama sem joias � como
a noite sem estrelas.

Todas leg�timas.
Todas de voc�s.

Espero que estejam satisfeitas
com nosso hotel.

Isso n�o � dif�cil.

-Olhe s� tudo isso.
-N�o pode ser nosso?

-Estavam endere�ados para n�s.
-N�o pode ser.

Essas joias n�o s�o de uma
loja de departamentos.

"De um admirador an�nimo".

"De um admirador an�nimo".

Mas quem?

Quem?

-Temos que devolver tudo.
-Concordo.

N�o podemos ficar com nada.

N�o seria correto.

Mas Connie, n�o podemos ficar
com eles s� um minuto?

Sim. S� por um dia.

Ou isso seria imoral?

Ent�o eu tamb�m sou imoral.

O carro est� esperando por voc�s.

-N�o pode ser para n�s?
-N�o discuta, querida.

Fiquem assim.

-J� leu isso?
-Calma.

Est� arruinando a reputa��o delas.
Est� fazendo delas...

...a vergonha de Paris.
Eu te daria um soco por isto.

-Chegou tarde.
-Eu preferiria lidar com le�es.

-Ent�o quem?
-Foi aquele guarda-costa que est� com elas.

-Deve ser do X�, n�o acha?
-Acho que � do rei de Luxemburgo.

N�o acredito.
N�o a Bonnie.

O Duque de Monasto tamb�m esteve l�
e voc� conhece a reputa��o dele.

� como nos velhos tempos.
Como com Mimi e Mitzi.

Com certeza.

Eu me lembro bem...
Vamos falar disto mais tarde.

O guarda-costas delas corta
seu pesco�o se voc� chegar perto.

� aquele cavalheiro?
� do rei de Istambul, com certeza.

Claro que n�o.
� do Conde Ronaldo Venice.

Daquele milion�rio do Texas
que morou em George Cinq.

Rid�culo!
� do maraj� do Paquist�o.

Quem mais?

-Estas coisas n�o podem estar acontecendo.
-Est�o bem a� no seu nariz.

Boa noite.

-N�s nem pedimos nada.
-S� dizem para ficarmos � vontade.

Eu acho que n�s dever�amos recusar.

Bonnie, seja honesta.
Voc� flertou de novo?

Ningu�m me prop�s casamento.
Pensei que tivesse sido com voc�.

Voc� sabe que n�o.

-N�o poderiam se do David ou do Charlie.
-E do Wickenware tamb�m n�o.

E o Rudy estaria aqui para pegar
o dinheiro das entradas.

-Connie, estou com medo.
-Talvez ele tenha a c�pia da chave.

� melhor trancar a janela.

Estamos no s�timo andar.

Mas quem pode pagar tudo isso,
pode pagar um helic�ptero.

Hora de dormir.

N�o apague a luz.

-Boa noite.
-Assim espero.

-Bons sonhos.
-Est� brincando?

N�o, n�o, n�o.

-Eu tive um pesadelo.
-Eu tive mais do que isso.

Eu n�o fico mais uma noite em Paris.

-Vamos embora.
-E deixar toda esta tralha aqui.

S� um minuto.

Sim, � ele.

Quem? Nova York?

-Oi, m�e.
-Charles, meu menino.

-Como voc� est�?
-Em ponto de bala.

-Charles, voc� atirou em algu�m?
-N�o, m�e. Eu disse "em ponto de bala".

-N�o est� usando armas, n�o �?
-N�o, m�e.

-Bom garoto. Como vai?
-Tudo bem, m�e.

-Seu pai est� na extens�o.
-Oi, pai.

Acabe com esta palha�ada.
Voc� nunca vai fazer carreira.

-Como vai sua carreira, querido?
-N�o muito bem, m�e.

Voc� n�o est� andando com aquelas
mulheres horr�veis de Paris, n�o �?

-Infelizmente n�o, m�e.
-Pare com esta palha�ada e volte para casa!

De acordo com o banco, voc� gastou
126.000 d�lares. � isso mesmo?

N�o. Eu gastei 234.000 d�lares.
Mas n�o foi para mim.

E o acordo era que eu gastasse
um d�lar por dia comigo mesmo.

Gastou 234.000 d�lares
e n�o foi para voc�?

-Eu juro. Foi com duas garotas.
-E isso n�o � a mesma coisa?

-Como pode ser t�o idiota?
-N�o � f�cil.

-Tchau, pai. Tchau, m�e.
-Tchau, meu querido.

Maestro. Telegrama para voc�.

-Veja isto.
-O que diz?

O Cassino de Monte Carlo quer as Irm�s
Jones para o seu pr�ximo festival.

-Imagine s�.
-E eles mandaram o telegrama para mim.

Incr�vel.

-Sou mais famoso do que eu pensava.
-Seu nome � a fama, Maestro.

N�o precisamos mais disto.
Vamos cuidar dos neg�cios.

Vamos terminar de fazer as malas.

Entre.

Voc�s vieram. Eu sabia que viriam
David, senti tanto a sua falta.

-Paris inteira sabe como sentiu minha falta.
-Acreditou naquelas fofocas?

Estou aqui estritamente a neg�cios.
Querem se apresentar no Cassino de Monte Carlo?

� um lugar respeit�vel e a oferta � muito boa.
Isso as livraria de certas...

...d�vidas.

Entendo que esteja chateado,
mas voc� n�o acredita em mim.

Isso faz diferen�a?

-Connie, acha que deveriamos aceitar?
-Est� brincando? Vamos agora.

-Voc�s podem pegar o trem.
- Para qu�? N�s temos o Daimler.

N�o, n�o temos. Vamos deixar tudo isto aqui.
E vamos sozinhas.

-Mas � tudo de voc�s.
-Eu consigo a Mercedes do Rudy.

N�o vamos discutir por isso.
Vamos andando.

A� est�. Monte Carlo.

-Connie e Bonnie. Que maravilha!
-L� vamos n�s de novo.

-Eu n�o disse para voc� vir. Que faz aqui?
-O festival, claro.

-Ele participa h� trinta anos.
-E isso � um bom tempo.

-N�s estamos no show.
-Fant�stico! Como Mimi e Mitzi.

Que coincid�ncia.
Meu iate est� no porto.

-Vamos nos divertir.
-Certamente.

-N�o estamos aqui para...
-Fiquem aqui. Eu vou acertar tudo l�.

Vejo voc�s mais tarde.
Depois que tudo se arranjar por aqui.

-Qual o problema dele?
-Quando ele se aborrecer mais, voc�s descobrir�o.

Charlie!

-Charlie, eis a sua chance.
-O que �?

Voc� est� no show.

Ou�a, eu soube que o cantor foi pego
na suite errada e com a pessoa errada.

Voc� viu os ensaios,
voc� conhece o n�mero.

Isso muda tudo.
Se bem que eu n�o planejei.

-O qu�?
-N�o importa. Vamos.

Ningu�m para conversar.

Completamente s�.

Ningu�m para ficar.
Mas estou feliz assim.

Eu n�o sou estranho.

Eu guardo meu amor...

...s� para voc�.

Eu tenho certeza de quem amo.

Estou cansado de flertes.
Eu s� penso em voc�.

Eu n�o sou estranho.

Eu guardo meu amor para voc�.

Mesmo sozinho em um canto.

N�o vou a lugar algum.
Isso n�o me interessa.

Seus beijos...

valem a espera.

Acredite-me.

Eu n�o vou ficar fora at� tarde.

E nem me importo.

Eu estarei em casa �s 8
com o meu r�dio.

Eu n�o sou estranho.

Eu guardo meu amor para voc�.

Ningu�m para conversar.

Completamente s�.

Ningu�m para ficar.
Mas estou feliz assim.

Eu n�o sou estranha.

Eu guardo meu amor para voc�.

Eu tenho certeza de quem amo.

Estou cansada de flertes.
Eu s� penso em voc�.

Eu n�o sou estranha.

Eu guardo meu amor para voc�.

Mesmo sozinha em um canto.

N�o vou a lugar algum.
Isso n�o me interessa.

Seus beijos...

valem a espera.

Acredite-me.

Eu n�o vou ficar fora at� tarde.
E nem me importo.

Eu estarei em casa �s 8
com o meu r�dio.

Eu n�o sou estranha.

Eu guardo meu amor para voc�.

-Estou pasmo. Pensei que fossem horr�veis.
-Est� brincando? Eles s�o �timos.

Quando algu�m muito rico patrocina
toda a performance, n�o espera talento.

-� tudo patrocinado? Mas por quem?
-Eu n�o sei.

Devem ser do Pr�ncipe Alexis.

Tem 72 anos, mas o lema da sua fam�lia �:
"Morto, nunca".

David, foi fant�stico!
Por que esta frieza?

Bonnie, eu tenho de admitir.
Voc� realmente � maravilhosa.

Tanto que precisa de algu�m para compr�-la.
Para que precisa de mim?

Qual � o meu papel? Ficar com voc�
quando seu benfeitor estiver ausente?

Calma a�, voc� vai se arrepender disso.
Eu nem sei do que voc� est� falando.

-Sabe bem.
-N�o estamos � altura?

-Veja por si mesma.
-Como esta tralha veio parar aqui?

-Eu?
-Isso n�o veio por magia.

N�o venha com essa! N�o me interesso
por ningu�m al�m do Charlie.

-Tem de ter sido voc�.
-Eu n�o sou aquela que n�o consegue dizer "n�o".

� como eu te disse, David.
Ela nem consegue se lembrar deles.

Eu vou te dar uma coisa para se lembrar.

Parem com isso.
Foi isso que aconteceu com Mitzi e Mimi.

Extamente aqui em Monte Carlo.

Foi a �nica briga que tiveram. Isso acabou com
a cerreira delas. Ent�o, voltaram para casa.

-O que houve?
-� uma est�ria triste.

Mimi e eu est�vamos vivendo nosso amor.
Isso foi em 1929.

Mas eu subestimei Mitzi.

Ela n�o desistiria de mim facilmente.
E seguiu seu instinto feminino.

Nos pegou em flagrante.
Foi uma cena horr�vel.

Elas brigaram como tigresas.

Foi tudo minha culpa.

Estava t�o fascinado por elas.

Elas disseram que eu tinha de escolher.
Mas como poderia?

Eu n�o pude.
Realmente, n�o pude.

N�o era o bastante para mim
apenas uma delas.

Ent�o elas deixaram a Europa,
rumo a Sunflower, Kansas.

Apesar de todas as oportunidades.
E nunca mais ouvi falar delas.

"Nunca mais" � tempo demais, Sr. Vallee.

M�e!

Voc�! V� para o vesti�rio e
tire esta roupa barata.

E voc� fa�a o mesmo, antes que te d� uma surra.
Estamos indo embora, amanh�.

-Sim, m�e.
-Me poupe do papo furado.

-Voc�, volte para a jaula.
-Ok, sogra.

-Mimi, querida...
-E quanto a voc�, seu canalha...

Suma da minha frente.
Um cretino sempre ser� um cretino.

Ela voltou.

Muito bem, rapaz. Para o aeroporto
de Nice. E bem r�pido.

� para j�.

-Que azar!
-Vamos!

-Quanto � o aluguel deste avi�o?
-40.000 d�lares.

Fechado. Siga aquele avi�o.

Olha quanto dinheiro! E � verdadeiro!
Como conseguiu isso?

Isso pode surpreend�-lo, mas fui eu quem deu os presentes a elas.
Para proteg�-las dos lobos.

-Voc�?
-Sou da fam�lia Biddle. Eu sou rico.

Seu trapaceiro, seu traidor, seu...

Gentil, am�vel, generoso!
Ligue este avi�o, vamos embora.

L� est�o elas.

Mimi, meu amor...

-Mimi, perd�o.
-Fique longe de mim, seu canalha.

Escutem! Foi o Charlie que deu todos
aqueles presentes. Ele � rico.

Por que est� fazendo este alarde?
Tudo que eu disse era verdade.

Eu sei disso.

Mas por que tinha de
contar isso a elas?

-Connie, escuta!
-Eu n�o me casaria com voc� nem que fosse
o �ltimo milion�rio deste navio.

-Se continuar assim, n�o serei milion�rio por muito tempo.
-Voc� n�o me compra com dinheiro.

Rico ou pobre, � sempre bom
ter um pouco de dinheiro.

Perdoe-me.
Eu n�o sabia que tinha sido ele.

-Desculpe-me.
-Deixe-me em paz.

-Eu te avisei, Charlie.
-Eu te amo tanto.

Estou te avisando.

Nunca mude nem seu cabelo por mim.

Assim como voc� me deu algo.

Guarde o meu amor.

Eu te avisei.

Bonnie, casa comigo?

Eu disse: Casa comigo?

Tem certeza?

Eis os meus 5 d�lares...

...e os meus casacos...

...e o meu cora��o...

Tudo que eu tenho.

Tudo!

Onde � o bar?