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QUE NINGU�M DURMA

- Levantaste-te cedo p�.
- N�o consegui dormir, tenho que ir.

Vou ter contigo, n�o h� problema, estou a caminho.

O corpo pode esperar, n�o tenho raz�o?

Por favor Louise, n�o me acorde.

Come aqui ou � para levar?

Uma vaca crua, sem maionese!

Cuidado com a l�ngua Jay.

Cristo!
Onde � que aprendeste a atravessar a estrada?

- Quando � que chegaste?
- Cheguei agora. Telefonaram � cerca de meia hora.

Lamento que estejam aqui senhoras.

Inspectora Tolliver,
detective Finley.

- Sargento Flinter.
- Onde est�?

No bunker aqui em baixo.

Algu�m tocou no corpo?

N�o, a equipa forense ainda n�o chegou.

Posso dizer no entanto que ningu�m quer tocar no corpo.

O desgra�ado j� estava bastante doente.

Por aqui senhoras.

Chama-se Willy Darren, seropositivo, HIV.

Causa da morte: estrangulamento.

Ficou muito cortado.

Obrigado, posso ver isso.

Telefone para a farm�cia, veja que mais ele estava a tomar.

Tinha aproximadamente 55 kgs.

De qualquer forma, n�o devia ter muito mais tempo de vida.

Espero pelo menos que n�o tenha previsto isto.

Faz com que o patologista descubra tudo o que ele tinha de errado.

Um dos sem-abrigo afirmou ter ouvido uma melodia de uma �pera italiana.

Turandot, ou algo semelhante.

N�o percebo nada de �pera.

O meu ex obrigou-me a ver umas quantas.

E?

Turandot � a hist�ria acerca de uma princesa

que cortava a cabe�a aos seus pretendentes.

Ou solucionavam um enigma ou cabe�a fora.

Est� a tornar-se uma epidemia.

Sim, percebi, obrigada.

Temos sarcomas de Kaposi,

candid�ase e pneumocistose.

Que mais?

Darren estava laboralmente incapacitado quase � 11 anos,

mas o seu m�dico afirma que podia viver mais umas d�cadas,

J� ningu�m morre depressa.

A senhoria era amiga, disse que ele andava deprimido

que se sentia in�til por n�o fazer nada o dia inteiro.

Conhe�o a sensa��o.

Tinha 32 anos.

Os amigos dizem que tinha problemas de auto-estima e similares

Achas que a SIDA � um �ngulo?

� vis�vel na cara, tinha esperma no recto

porqu� tanto sangue espalhado?

H� formas mais limpas e seguras de despejar.

Talvez o perpetror seja um qualquer radical de direita com cancro

e que j� n�o queria saber de nada.

Ou talvez esteja doente tamb�m.

� um doente sim, de uma forma ou outra.

Mas foi necess�ria coragem para fazer o que fez.

Pode ser que tenha o HIV, mas ainda � saud�vel.

Tanto quando sabemos pode estar a fazer halterofilia.

E a usar ester�ides.

� sempre uma possibilidade, acho.
Bem, certo � que n�o foi nenhuma mulher.

N�o se v� muitas mulheres em zonas de engate ao ar livre.

Nem sequer as prostitutas mais calejadas. Certo?

De forma alguma.
E os gays que eu conhe�o...

teriam deixado aquele s�tio mais limpo.

A minha investiga��o versa sobre a origem...

origem...

origem do HIV.

presumo que todos conhecem o trabalho do bi�logo Jakob Segal de Berlim.

tem provas que um v�rus artificial foi inoculado

a cobaias humanas.

- � um dos estudantes graduados?
- Sim, sou.

- Nome, por favor.
- Hein, Stefan Hein.

Hein, �s 08:45 na sala de leitura pequena, nr. 204.
Sabes que �s tu daqui a 5 minutos?

O pr�ximo h�spede, convidado a participar no F�rum Internacional de Pesquisa de Diplomados �...

Stefan Hein, candidato ao doutoramento pela Universidade Humboldt de Berlim.

Bom dia.

A minha investiga��o versa sobre a origem do HIV.

Tenho a certeza que todos conhecem o trabalho do bi�logo Jakob Segal de Berlim.

Deixem-me relembrar-lhes os pontos-chave

da tese do Dr. Segal.

Bem, comece Sr. Hein.

Na sua opini�o quais s�o os pontos-chave?

O Dr. Segal verificou que um v�rus similar ao HIV

existe h� muitos anos em ovelhas,

e postula, que apenas por manipula��o gen�tica

este v�rus inofensivo poderia ter evolu�do para o v�rus que provoca a SIDA.

Ele documentou a exist�ncia

de laborat�rios subvencionados pelo governo, na Am�rica, nos anos 70,

que foram criados para desenvolver armas biol�gicas,

e que eram capazes, ainda que com crueldade,

de efectuar as necess�rias experi�ncias gen�ticas.

Isso � uma teoria muito antiga,

e nunca foi verificada.

O Dr. Segal reuniu uma cadeia de provas circunstanciais

de que um v�rus artificial baseado num v�rus de ovelha

foi inoculado a cobaias humanas

claro, ningu�m poderia saber que o v�rus tinha um per�odo de incuba��o de muitos anos

antes de revelar os seus sintomas devastadores

o tempo foi passando sem resultados aparentes

e a experi�ncia foi considerada um falhan�o

e ent�o os prisioneiros foram libertados nos seio da popula��o geral.

E como pensa provar isso?

Registos como esse est�o selados por lei durante 30 anos

nos Estados Unidos.

Seguramente que algu�m directamente envolvido estar� morto na altura.

A �ltima vez que algu�m levou isto a s�rio foi em 1989,

na Confer�ncia Sobre a SIDA em San Francisco.

Antes da queda do Muro de Berlim,

e est� provado que agentes da Stasi da antiga Alemanha Oriental

divulgaram as teoria do Dr. Segal pelo mundo

por motivos de propaganda pol�tica.

Eu sei, mas isso n�o desacredita a teoria de forma alguma.

Bem, Sr. Hein, tem mais alguma coisa a acrescentar?

Desde a morte do Dr. Segal, t�m sido descobertas informa��es adicionais,

acho que h� documenta��o dessa experi�ncia aqui

ainda devem existir sobreviventes da experiencia aqui em San Francisco

e eu estou aqui para os encontrar.

Obrigado Sr. Hein, talvez queira sentar-se de novo.

para terminar quero apresentar-lhe Barbara Givens,

da Universidade de Harvard

Bravo, muito espectacular.

- Sacha.
- Stefan.

- Ent�o �s da Alemanha Oriental?
- Leipzig, mas actualmente vivo em Berlim.

Bonito sotaque.

Foi corajoso da sua parte defender uma teoria dessas.

E devo dizer que achei a sua apresenta��o a mais interessante de todas.

- N�o � s� uma teoria.
- Talvez tenha raz�o.

Mas n�o concorda que tentamos encontrar a verdade

onde mais desejamos encontr�-la?

Aqui est� o meu cart�o, por favor ligue-me um destes dias

gostaria de saber mais sobre o seu trabalho.

Eu conhe�o-te?

Eu � que sei?

Oh, ent�o � um fil�sofo.

Talvez estejas disposto a educar um cientista ignorante e beber um copo com ele.

Tenho sede.

Fazes investiga��o aqui?

Fa�o alguma pesquisa na sala de ch� da biblioteca.

Ainda nem estive na biblioteca.

Tens pinta de maluco.

Gosto disso.

- � jet-lag e falta de sono.
- Quem � que te mant�m acordado?

Problemas com vistos e uma cama estranha num quarto de um hotel perdido desde sexta-feira.

Bem, agora estou aborrecido.

- S� te leva um minuto.
- Muito bem, estou a ouvir.

Escuta, estou a trabalhar nas pesquisas que o meu pai iniciou em 89.

- Riram-se dele por causa daquilo em que acreditava, mas...
- Onde est� o teu pai agora?

- O meu pai? Morreu de um ataque card�aco.

� lament�vel. � uma hist�ria triste meu.

Ouve, tenho que ir, vemo-nos por a�.

Sim, eu lembro-me de ti, �s o tipo que escreveu da Alemanha, est�s a trabalhar numa teoria bizarra.

N�o acho t�o bizarra, lembra-te de "Tuskegee".

Experi�ncias com negros nos 60s.

Acho que n�o temos aqui ningu�m agora que te possa ajudar.

O primeiro com quem devias falar � com o Charley Molina,

mas eu n�o o vejo por aqui h� uns dias.

� um auto-designado volunt�rio, tal como eu, mas tem a op��o de andar camuflado.

Charley est� sempre a falar de experi�ncias e listas... d� a ideia de que � maluco

Atende sempre o telefone aqui dizendo:

"Jesus � a Luz", as pessoas desligam-lhe logo o telefone.

Desde que o Carlos o deixou,

esse maricon�as.

- Como consigo encontr�-lo?
- N�o podemos dar o seu n�mero de telem�vel, mas...

mas podemos ligar-lhe e deixar-lhe uma mensagem, mas se queres falar com o Charley ele � um tipo de festas

procura-o nos clubes de sexo, nas festas de sexo.

Alguma vez viram o que estava nessas listas?

Eu n�o me lembro, mas para ser honesto, n�s temos outros problemas.

Como por exemplo nenhum de n�s ter sexo.

Bicha, por favor,

n�o venho para aqui de gra�a para ser insultado!

Assim que o meu verniz secar vou-te bater.

Uma destas � uma lista dos participantes programados para falar no congresso da Sida em 1989,

incluindo aqueles que ficaram quando o congresso acabou.

Mas se vais confirmar um a um, vais ser uma pessoa ocupada.

Sem custos adicionais.

ASSASSINATO BRUTAL NO 'PRESIDIO'.

N�o importa o que o seu bom vizinho lhe diga

isto � contra-natura e obsceno,

uma rebeli�o contra Deus,

e o custo completo ter� que ser pago,

a sida � s� um adiantamento,

isto � o que obtivemos com os direitos para os gays,

"Mantenha a Am�rica limpa"

�s bonito.

Conhe�o um s�tio muito melhor para onde podemos ir.

Uma festa privada.
N�o! � boa.

Vem comigo, tenho algum G.

OK?

Cometeram alguns pecados ultimamente?

D�-nos um minuto e uma bebida.

Acontece que tenho alguma na cozinha.

E d� a este duas doses.

No 'Pres�dio' apontaram os nomes e moradas de todos os que l� estavam.

Imagina que ias a passar por l� e um pol�cia h�tero fazia-te um interrogat�rio.

Dizendo a todo o momento que �s nojento. � embara�ador!

Depende do pol�cia ser bonito ou n�o.

Sai daqui! Algu�m chamou a pol�cia!

N�o podem ir por a�!

- Eu sei que ele ainda est� por aqui!
- Bem, agora j� se foi.

Hei! Tu! Levanta-te!

A fazer jogging de novo?

Toma...

Limpa-te.

Obrigado.

Adoro o teu colar.

Sem d�vida que tens algo para me dizer.

Oi�a, eu n�o vi o que aconteceu ali, h� outros a� que sabem mais que eu.

Infelizmente, excepto pelo anfitri�o que estava ocupado em tentar fugir,

tu foste o �nico que ficou � nossa espera.

Conhecias a v�tima?

Chamava-se Charley Molina.

Charley Molina? Sim!

Quero dizer... n�o pessoalmente. Tentei falar com ele hoje.

Sobre o que querias falar com ele?

Sobre o que � querias falar com o Molina?

E o que � que estavas aqui a fazer?

Sou um investigador.

Ai sim?

O que � que estavas a investigar? O Molina?

Sim... N�o... Eu...

Tiveste contacto sexual com a vitima?

Oi�a! N�o conhe�o ningu�m, n�o vi nada, tudo aconteceu t�o depressa... Eu n�o sei!

Tomaste alguma droga?

N�o, s� cerveja.

Turandot.

Estava a tocar no momento do crime,

o anfitri�o jura que n�o � dele.

Registe as declara��es dele e descubra

onde ele est� alojado.

Posso ir-me embora?

Claro. N�o podes ficar a cirandar por aqui,

esta festa acabou.

- O que � isso?
- � Turandot.

Tom e eu fizemos a viagem at� aqui desde o Texas

porque queria ver a sua �pera favorita no seu teatro favorito.

Tu sabes. A hist�ria sobre uma princesa fria como o gelo

que � t�o desej�vel, mas que ningu�m � capaz de a alcan�ar,

e todos pagam com a vida quando se tentam aproximar dela.

Aqui sinto-me completamente in�til.

Em casa,

cuidava dele dia e noite, durante o �ltimo ano.

Deixei o meu trabalho.

Mas aqui, o m�dico vem ao domicilio.

At� traz comida para ele de gra�a.

O massagista por outro lado, ele debita-o.

Pensei: "Que se foda. Quero fazer-lhe um favor".

Ele n�o gosta de mim.

Ele apenas n�o gosta muito de sexo. Infelizmente.

N�o pode fazer grande coisa.

- Ol�.
- Ol�.

- Sou o Ron.
- Stefan.

Sou o Jon.

Ent�o... � Jon, Ron, Tom?

Tom, Ron, Jon?

Hei. Tom?

Podes emprestar-me um CD de Turandot?

Estou alojado mesmo aqui ao fundo.

- Claro que sim.
- Certo. Obrigado.

Mas n�o o percas.

Estava com uns amigos no outro dia,

excepto eu, eram todos seropositivos.

Falavam de contagens de sangue e medicamentos.

Sentia-me desconfort�vel e tentei fazer uma piada dizendo-me exclu�do.

Que talvez me devesse infectar tamb�m.

Porra! Como essa piada parou completamente a conversa.

E um por um diziam-me que o importante era eu manter-me livre da infec��o.

Que um de n�s deveria ser poupado a esta doen�a.

Fiquei at�nito.

Parecia quase inimagin�vel,

que alguma coisa se pudesse intrometer entre mim e este pa�s

ao qual que liga um elo de paix�o.

E no entanto...

Nada de bot�es-de-rosa, foder ou mamar

nem poppers ou outras drogas como o cristal, crack, coca�na, LSD,

nem nada que te possa fazer decidir

ou encorajar-te a fazer sexo sem protec��o.

- Est� bem, eu percebi.
- Assina aqui.

S�o 10 d�lares.

Ultimamente j� n�o h� quase nada que te deixem fazer.

Hoje em dia, apenas os h�teros � que se conseguem divertir.

Que se passa com esta merda?

Queres arriscar-te um pouco?

N�o com seropositivos.

Consigo identific�-los facilmente.

E tu?

Confi�vel como uma m�quina e com cara de pau.

O �ltimo grito da moda da sida.

- Em que signo est� o teu sol?
- Depende do tempo, acho eu.

Deixa-me adivinhar... Peixes!

� poss�vel, n�o fa�o ideia.

Tem que ser Peixes, consigo senti-lo.

As minhas mais profundas condol�ncias.

Rom�ntico, sonhador,

com esp�rito de sacrif�cio,

normalmente atra�do por causas perdidas.

Que esperavas?

Ent�o �s turista, al�m de m�dico.

Pare�o-me com um m�dico?

Claro, agarra-me os colh�es e pede-me para tossir.

- Mantenham-se seguros rapazes.
- Desaparece!

Olhem para isto, olhem para aquilo.

Vamos embora daqui. Tens um local onde possamos ter privacidade?

- Est�s em casa de amigos ou qu�?
- N�o, tenho um quarto de hotel aqui no Verona.

- O qu�?

Est� a falar de um hotel de maricas, s� tem maricas.

Est�s numa de uniformes?

Ou de maduros?

N�o! � o meu pai.

Uma esp�cie de general?

N�o. Apenas com bom aspecto num uniforme.

Qual o problema com beijar?

Porque usas isto?

Porque o uso? Que raio de pergunta � essa?

N�o gostas?

Odeio

que usem estas coisas sem sequer saber o porqu�

- Vou tomar um duche.
- Claro, for�a.

Onde vais?

Vou l� fora para ir buscar alguma coisa para beber.

Odeio as coisas light, necessito de algo que me fa�a ganhar peso.

Pareces bem assim.

Vais para a rua vestido dessa maneira?

Nesta parte da cidade vais voltar com 40 d�lares e a pila inchada.

Hei! Sabes que horas s�o?

Este � o teu apartado, podes vir buscar o teu correio 24 horas por dia.

- Est� bem. Obrigado.
- De nada.

Dr. B. em Fort Detrick 1973�1978. Guerra biol�gica.

- Importa-se que eu entre?
- Bem, obviamente n�o a posso impedir, n�o �?

Devia arranjar aquilo.

Tenho mais umas perguntas.

N�o te preocupes mi�do, eu n�o coro.

Ent�o isto � a investiga��o que est�s a fazer?

Quero provar que o v�rus HIV foi criado num laborat�rio, sim.

Bem... quem � que sabe?

J� li livros que afirmavam que a sida n�o tinha nada a ver com v�rus.

Que tinha a ver com os gays abusarem do crack, coca, poppers...

Tu sabes... as coisas favoritas das festas?

Voc� � dos Homic�dios ou do Anti-Vicio?

Ponha a culpas na CIA se quiser.

Voc� � que � o cientista.

Olhe, o meu pai falou com pessoas em San Francisco antes de morrer.

h� documentos, algum tipo de lista que provam

que o governo americano utilizou prisioneiros como cobaias

numa investiga��o viral at� meados dos anos...

Investiga��o viral? J� ouvi essa � muito tempo.

Ent�o voc� est� aqui � procura dessas listas?

E quem al�m do seu pai � suposto das ter visto?

Molina?

J� fal�mos com os seus amigos em "Act Up Golden Gate".

Bem, ent�o j� tem as suas respostas, n�o � verdade?

Disse que chegou ao clube pouco antes de o Molina ser assassinado.

Suponhamos que o Molina viu alguma lista, talvez o tenha feito.

Podia ser qualquer coisa que acabasse por atirar por terra as teorias do seu pai.

Se acha que eu estou envolvido nos crimes, porque � que n�o me pergunta de uma vez?

Estou muito ocupado. As testemunhas que necessito para a minha pesquisa est�o a morrer. A ser assassinadas.

E n�o me resta muito tempo para encontrar a informa��o que necessito.

E eu tenho?

Nem sequer sei se este anormal s� anda atr�s de doentes com sida.

Ou se � suficiente para despoletar o gatilho algu�m que

esteja disposto a ter sexo sem protec��o.

Molina foi assassinado porque sabia de alguma coisa.

Ent�o voc� pensa que o nosso Mr. X tem uma lista pr�pria?

Acha que est� na pista?

Importa-se que lhe pergunte sobre o seu pr�prio estatuto de HIV?

- Saque qual �, n�o sabe?
- Fiz an�lises recentemente, est� tudo bem.

Um apartado de correio. Isso � que � ser discreto.

Desculpem, n�o me apercebi.

Jesus! Com peitos destes

n�o admira que n�o precisem de mulheres.

Que o Senhor a aben�oe e a guarde!

Em verdes prados me faz descansar.

Quem � o tipo naquele carro?

Segui-nos durante toda a manh�.

� do FBI, na eventualidade disto ultrapassar a Calif�rnia.

Estou a ver... na eventualidade.

Ol� Jeffrey.

Porque � que andas atr�s de mim?

Ouvi dizer que servem um bom pequeno-almo�o.

Claro. At� �s 11 horas.

Recebes sempre os teus clientes colocando-lhes uma caixa de cerveja em frente � cara?

Uma � suficiente.

J� tiveste a tua divers�o.

Pensei que ambos t�nhamos tido.

- Pelos vistos �s f�cil de contentar.
- N�o me digas!

Deixaste isto em minha casa.

N�o fui muito subtil.

O chico-esperto! Homem, enganaste-te mesmo nesta.

Que se passa? N�o sou suficientemente macho para ti?

Escuta rapaz, isto � um caf�, n�o � uma linha er�tica para bichas hist�ricas.

Pensei que isto era uma Sopa dos Pobres.

Vamos, Russo, a trabalhar!

Talvez isso te acalme um pouco.

Hei! � um d�lar.

E a gorjeta?

Vai-te foder.

Querias!

Carlos?

Ol�, sou o Stefan.

Um amigo do Charley do Act Up.

Disseram-me que vinhas aqui muitas vezes.

Algumas pessoas chama-me S�o Carlos.

O Charley tamb�m se chamava Carlos, era muito confuso.

Como se isso n�o chegasse era-mos ambos latinos.

Us�vamos couro, t�nhamos bigode.

Deve ter sido dif�cil para ti no fim, quando...

Charley se come�ou de deteriorar, mentalmente.

Referes-te ao caso "Jesus � a Luz"?

Charley n�o ligava � religi�o.

Era um del�rio verbal.

Imagino que sim, mas ele nem sempre esteve maluco

ouviste alguma hist�ria acerca de ficheiros ou listas de nomes?

Experiencias em prisioneiros?

Parece que ele estava a fazer um tipo qualquer de pesquisa.

Ele nunca falava muito comigo acerca do seu trabalho.

Lamento o que aconteceu.

Disseram que o deixei porque ele estava doente.

"Talvez isso te acalme um pouco."

N�o beijas?

Desaparece!

Apanhado com as m�os na massa.

- Apanhado em qu�?
- Em alguma coisa que tens que trabalhar.

Encontrei algo sobre o teu pai, ontem nos arquivos.

Depois da queda do Muro, eles destru�ram-no mesmo, n�o foi?

Mas ele andava por a� dizendo que o Pent�gono

tinha criado o v�rus do HIV propositadamente.

- Ele nunca disse isso.
- Ent�o disse o qu�?

Que quando armas biol�gicas foram desenvolvidas,

algo foi criado com um efeito desconhecido.

Mas e se depois de toda uma s�rie de investiga��es, se descobre

que a sida � um resultado acidental de uma experiencia falhada,

E depois?

Ao fim ao cabo para que � que isso nos serve?

De qualquer maneira...

deves manter-te firme,

quando eu cheguei aqui, passaram mais de 6 meses antes de ser capaz de escrever uma �nica linha.

Demasiadas distrac��es.

S� tenho dinheiro para um m�s.

Nesse caso...

Boa sorte.

Obrigado Dr. Burroughs.

Ol�.

O que � que tu queres?

Bem...

o meu hor�scopo de hoje diz que eu convenceria algu�m que sente atrac��o por mim.

Quem � que te convenceu a comprar couro de maricas?

Vem. Sobe.

Onde vamos?

Ok, digamos que simplesmente vamos...

Gosto de estar aqui.

� tranquilo.

Lindo sitio para descansar.

Chama-se Colma.

Trouxeram para aqui todos os corpos de San Francisco.

Conheci alguns tipos que est�o enterrados aqui agora.

N�o h� espa�o suficiente na cidade para todos.

Morres l� e enterram-te aqui.

Onde � que cresceste?

N�o te preocupes, s�o trocos para os parqu�metros.

Queres saber alguma coisa para a merda das tuas investiga��es?

A minha m�e era uma puta de merda e o meu pai era um presidi�rio.

A vida � uma merda Stefan. O que � que queres?

Que h� entre ti e o Burroughs?

N�o me lixes, do que � que est�s � procura?

Procuro homens que estiveram na pris�o � 20 anos, os suficiente parvos

para deixar que os militares os injectassem com o HIV s� para saber o que aconteceria.

Que merda � que sabes?

- S� pergunto.
- S� perguntas?

Vai-te foder Stefan.

Tenho dez tipos como tu, em qualquer altura, na sede.

Merda!

Deixa-me engoli-lo. Quero engoli-lo.

Cristo! podes ficar com ele se o quiseres. J� estou despachado de qualquer forma.

Stefan...

Stefan!

- Ainda est�s passado?
- Sabes uma coisa?

Estamos fechados aqui at� que eles reabram.

Muito bem!

Muito bem!

Pelo menos temos algum tempo para n�s.

N�o te preocupes, perto das 8 da manh� vem um tipo fazer a limpeza.

Como sabes?

Limpar isto deve ser um trabalho de sonho.

Desculpa aquilo hoje... ontem.

N�o faz mal, j� ultrapassei.

Podemos falar?

Ou vai voltar a passar-te?

N�o gosto das tuas perguntas de chico-esperto.

Sei do que est�s � procura.

Porque esses prisioneiros concordariam em ser cobaias?

Ent�o pensaste nisso.

Eu n�o sei.

Talvez porque lhes prometessem a liberdade.

Mesmo que tivessem ainda muito tempo para cumprir?

Penso que especialmente esses.

E � suposto que alguns ainda estejam vivos?

N�o bate certo.

- Aprendes esse tipo de coisas na escola?
- Quem � o chico-esperto agora?

Porque estiveste preso, j� agora?

Nem eu imagino o porqu�.

Deve ser dif�cil ser maricas na cadeia

encerrado com todos aqueles monstros a tresandar a suor.

Tatuagens horr�veis de mulheres nuas com grandes mamas.

Porta que se abre, porta que se fecha.

ver tudo negro, dormir sozinho...
tens realmente que compensar o tempo perdido.

Na cela tens sexo de noite e de dia.

Al�m disso, s� os tipos que levam no cu s�o maricas.

� sim! Deve ser bestial, especialmente para os novatos.

Quase como aqui. � por isso que tens uma fixa��o nos mais novos?

E com foi contigo? Andavas com um letreiro a dizer "Sou gay"?

O meu pai foi o primeiro a quem disse.

E que disse ele?

"Estou orgulhoso de ti meu filho"?

N�o foi isso que disse.

Disse:

"A escolha � tua,

mas n�o esque�as, a simples verdade que os homossexuais raramente s�o felizes na vida."

E desde ent�o

tentas provar, dia e noite, que ele estava enganado.

Ouve. N�o tenho que provar nada a ningu�m.

Ent�o porque fazes exactamente

a mesma coisa que o teu pai?

Obcecado com as mesmas merdas.

Porque n�o tens um amigo?

Apesar de ser o que realmente desejas?

Tenho levado uma vida normal, tenho tido amigos normais.

At� sa�a para dan�ar com raparigas.

O sexo era uma coisa � parte.

Ainda cont�nua a ser assim?

Diz-me tu.

Ainda n�o as consigo juntar.

Quando gosto realmente de algu�m...

o sexo normalmente n�o funciona,

e quando encontro algu�m para sexo...

N�o consigo am�-lo.

Parece est�pido.

Acho...

acho que tenho medo de amar algu�m...

...demasiado.

De ser abandonado, de morrer sozinho.

Porque haverias de morrer?

N�o sei, falei sem pensar.

Ningu�m come�a uma amizade ou se apaixona por algu�m

que vai estar morto em quest�o de meses.

A n�o ser... que saiba que tamb�m vai morrer.

Est�s doente?

N�o est�s!

Ouvias Puccini na pris�o?

Vem c�.

Dizem que o assassino trauteia esta m�sica antes de estrangular as suas v�timas.

� a m�sica da noite em Pequim.

Quando todos procuram descobrir o nome do...

pr�ncipe desconhecido para informar a princesa Turandot.

Nessun dorma!

Que ningu�m durma.

Se Turandot descobre o nome do pr�ncipe, antes do nascer do sol...

ele ter� que morrer.

Se n�o o descobre...

ter� que casar com ele.

Sabias o tempo todo como sair daqui?

Ent�o, quando te volto a ver?

Porqu�? Tu n�o me conheces realmente.

� verdade. Tu �s um enigma.

Apostas tudo numa �nica carta?

Ol� mach�o.

Roma, 1955.

"a voz pura e vigorosa de Mario Del Monaco ressoa magnificamente"

- Desculpa?
- Foi o que escreveu Grammophon.

Inge Borkh, Renata Tebaldi e ele,

� de morrer.

Ol� Stefan.

Acabaram-se os pedidos de cr�dito da tua parte, n�o serei capaz de voltar a aceitar as tuas leituras.

Sabia que te voltar�amos a ver.

A policia esteve l� a fazer perguntas sobre ti, sabias?

S� a policia? Mais ningu�m?

Turandot � �pera mais gay que existe. N�o achas?

Todos aqueles belos pr�ncipes, em linha por causa dela...

e aquilo que ela lhes diz �:

"Nenhum homem me possuir�".

"Estrangeiro, tu que est�s apaixonado pela morte..."

A princesa tinha tr�s perguntas que colocava aos seus pretendentes,

a primeira...

era: O que nasce todas as noites apenas para morrer na manh� seguinte?

Bem... eu n�o teria ganho o pr�mio.

E a resposta era: A esperan�a, sempre seguida pela decep��o.

T�o verdadeiro!

A segunda �:

O que � vermelho e quente como a chama,

arrefece parado e brilha na vit�ria?

Somos todos ouvidos aqui.

O sangue meu querido, o sangue.

Interessantemente Puccini morreu enquanto compunha esta �pera,

de uma doen�a infecciosa, incur�vel e desconhecida.

- Um aut�ntico esp�rito irm�o, n�o achas?
- Sim.

E o terceiro enigma?

Qual � o gelo que te faz pegar fogo

e que gela com o teu fogo?

Gelo que se inflama e gela com o fogo?

Acho que a princesa teria cortado a minha cabe�a.

N�o o digas.

Tudo depende se est�s apaixonado ou n�o.

Ent�o... est�s?

Tenho que ir ver o meu apartado de correio. Quando acabares d�s-me uma boleia?

Claro, espera enquanto acabo.

Obrigado, s� vou buscar as minhas coisas.

- Desculpa.
- Sem problemas.

Phil, queria fazer-te uma pergunta.

J� pensaste em quem � que poderia querer matar o Charley?

Acho que o Charley foi a uma festa a mais e escolheu o parceiro errado.

Quando � que foi a �ltima vez que o viste?

� cerca de duas semana no hospital Buena Vista.

Foi fundado por crist�os, mas est� bem equipado.

Continua. Continua.

At� aceitam um par de doentes da sida, h�
muito dinheiro a ser feito no tratamento dela.

Diz-me tu isso!

N�o existe nenhum hospital em San
Francisco que se atreva a rejeitar pacientes da sida.

Charley esteve l� por cerca de duas semanas,

foi depois disso que come�ou com a treta do "Jesus � a Luz".

Que tem de especial o hospital?

D� para a Castro Street, consegues ver o
que se passa com os amigos deitado na cama.

Desculpa, estou atrasado para
uma injec��o, dou-te a boleia depois.

At� � vista.

� suposto que tires coisas e n�o que as metas.

Tens a certeza?

Deus te aben�oe.

Voc� de novo.

Voc� nunca dorme?

Voc� disse que mataram o Molina porque ele sabia demais,

quem teria interesse em faze-lo?

Conservadores que querem culpar o
HIV, os dos Direitos dos Crist�os, o gover...

Ok, j� percebi essa.

Considerando isso, voc� seria o primeiro a correr perigo.

N�o se preocupe. Ningu�m d� nada pelo meu trabalho.

O atirador solit�rio.

E privadamente, com quem � que anda?

N�o acho que seja do seu respeito.

Sim.

N�o tenho amante.

E antes que me comece a seguir dia e noite.

Estou a sair com um tipo que n�o beija.

Por vezes eu gostava mais de um que n�o beijasse.

N�o devia passar o seu tempo em ex-clubes gays.

- Desculpe.
- Sim?

Gostaria de visitar o meu primo.

- Como � que ele se chama?
- Jeffrey Russo.

Lamento, n�o temos ningu�m com esse nome aqui.

Mas ele deve ter sido aqui paciente.

A �ltima hospitaliza��o terminou a 5 de Dezembro. Jeffrey Russo,

nascido a 16 de Mar�o de 1960 em Baltimore.

Baltimore, Maryland?

Existe outra?

O que � que ele tinha?

Lamento, n�o posso divulgar essa informa��o.

Obrigado.

Desculpe...

- Procuro o gabinete do Dr. Burroughs.
- O Dr. Richard Burroughs?

Est� na sec��o errada, o Dr. Burroughs pertence � Neurologia.

O Dr. Burroughs n�o est� hoje.

Onde posso encontr�-lo?

Como deve saber, o Dr. Burroughs d� a maioria
das suas consultas no seu consult�rio na cidade.

Mas hoje est� numa reuni�o de directores na Guilda da �pera.

Quem � voc�?

N�o importa, tenho que ir.

Porque ser� que nos cruzamos tantas vezes?

As pessoas podem ficar com a ideia errada sobre isso.

Eu n�o teria problemas com isso.

O seu pessoal foi bastante simp�tico

para validar os meus tickets de alimenta��o.

Tenho que admitir, a comida aqui...

Por favor, pode-me explicar o porqu�?

Lamento.
N�o estou autorizado a revelar a natureza do nosso interesse.

Nem sequer comigo?

Tem a ver com uma investiga��o fora da sua jurisdi��o.

Fora da minha jurisdi��o?

Se me desculpa por um momento, eu gostaria de ir buscar

outra destas deliciosas tartes.

Filho do puta.

SECRETO

Divis�o de Armas Biol�gicas de Fort Detrick

Estive no hospital de Grandvue.

Burroughs estava numa reuni�o na �pera.

Molina era paciente dele at� recentemente.

Darren tamb�m.

E ou�a isto, o Prof. Witkins aceitou o seu amigo Stefan

na sess�o de ver�o da GGU sem consultar o comit� de admiss�o.

E adivinhe quem � um dos patrocinadores privados?

Burroughs. Curioso, n�o �?

Compra dois bilhetes para a estreia da �pera e d� um ao Stefan.

- Duas?
- Sim. Uma mais uma.

Ol�. Como est�s?

Caf�?

N�o!

Tenho estado a pensar...

O que � que nasce todas as noites apenas para morrer na
manh� seguinte? � a esperan�a, certo?

O que � vermelho e quente como a chama? � o sangue.

E o terceiro enigma que Turandot coloca...

Sim?

O Dr. Burroughs paga bem?

Est�s outra vez a espiar-me?

Tinhas seguro daqui ou o
Burroughs � que paga pelos teus tratamentos?

Vai-te foder.

Charley Molina tamb�m foi tratado nesse hospital, sabias?

E talvez tenha aprendido alguma coisa l�.

Tens que te libertar do Burroughs.

N�o quero saber se h� alguma coisa errada com a tua sa�de.

S� quero estar contigo.

Desculpa.

Turandot pergunta:

Qual � o gelo que te faz pegar fogo

e que gela...

com o teu fogo?

Descobre tu mesmo.

� o fim da hist�ria.

N�o voltes mais aqui. � melhor para ti

se n�o nos voltarmos a ver.

Inspectora Tolliver? Mandou-me chamar?

Sou o Dr. Richard Burroughs.

Estou a investigar dois assassinatos recentes.

Estabelecemos que ambas as vitimas tinham sida

e que eram pacientes do hospital Buena Vista.

N�o foram s� tratados por sintomas f�sicos.

Tamb�m frequentavam a sua ala neurol�gica.

Li acerca dos assassinatos, claro.

E esperava que aqueles homens,
informados como estavam da sua condi��o,

evitassem sexo prom�scuo.

Teria preferido que eles evitassem sexo completamente?

Talvez no futuro se deva arranjar maneira que estes pacientes

n�o deixem o hospital sequer.

- Desculpe?
- Uma pequena brincadeira.

Consigo ler pensamentos.

Bem, o meu n�o estava a ler.

Existem coisas como os preservativos.

Porque estavam eles em tratamento neurol�gico?

Minha querida senhora.

Os preservativos n�o resolvem todos os problemas.

Diga-me inspectora...

que far�o esse homens nas suas insones noites negras?

Com os seus sentimentos de arrependimento,
de vingan�a, medo da verdade?

Tamb�m aconselha preservativos para essas coisas?

De que desordens neurol�gicas tratava estes homens?

N�o tenho na cabe�a o nome de todos os meus pacientes.

Mas se enviar uma lista de nomes para o meu gabinete,

eu ficarei contente em olhar para eles.

Uma pergunta inspectora...

acredita em Deus?

� poss�vel n�o o fazer?

Nein!
[N�o]

Schei�e!
[Merda!]

Viu algu�m passar aqui agora?

S� voc�.

Isto � para si.

N�o nos importamos com tipos em uniformes,
mas policias verdadeiros p�em-nos nervosos.

N�o � nada terr�vel, � apenas um bilhete para a �pera.

De um policia?

Tom...

Olha! Tamb�m vou ver o Turandot.

Se esta maldita febre n�o passar at� � noite,
bem posso esquecer a estreia.

J� descobriste?

O que n�o percebo � porque � que ela mata os seus pretendentes?

Obrigado.

- Por vingan�a!
- Do qu�?

Vingan�a de uma viol�ncia de h� 1000 anos atr�s.

Isso n�o faz sentido nenhum.

Mata todos os que se atrevem a desej�-la.

E as v�timas s�o excitadas por isso.

"Os enigmas s�o tr�s,

e a morte � s� uma."

Os homens assassinados tinham todos sida, n�o � verdade?

O Sr. Turandot vinga-se em si mesmo, na sua pr�pria lux�ria.

Quer amar,

mas destr�i os homens que o desejam,

mata aquilo que deseja e mais teme...
Devo��o!

Mataram outro tipo!

Que aconteceu?

Encontraram outro a uns blocos daqui.

Perto da esquadra da policia.

Eu vou-me embora para Palm Springs.

A equipa j� se foi, examinaram
tudo a fundo at� � escova de dentes.

O assassino deve ser capaz de atravessar paredes,

o corpo foi encontrado numa cave
que se encontrava fechada por dentro.

Pelo menos � o que diz o dono.

Est� a gerir um clube ilegal.

- Aperte-o bem agente.
- Ok, assim faremos.

Verifique os antecedentes m�dicos da v�tima.

� aquele abutre de novo! Jesus!

Ol� pessoal, sou o Roger. Sou viciado em sexo.

Como a maioria sabe, tive uma reca�da no fim-de-semana,

mas queria diz�-lo ao grupo.

Sinto imensa vergonha.

Mas n�o paro de pensar no tipo com que o fiz no parque.

N�o vi bem a cara dela, mas ele era t�o belo...

T�o belo...

Nome?

- Stefan Hein, para ver o Dr. Burroughs
- Tem marca��o?

Ele pediu-me para o visitar.

Lamento, mas n�o vejo o seu nome na agenda.

Stefan Hein, da Golden Gate University.

Stefan Hein, da GGU, para o Dr. Burroughs.

O Dr. Burroughs saiu e j� n�o volta
hoje, a pr�xima vez talvez deva telefonar antes

e poupar uma desloca��o.

Obrigado.

Ent�o encontramo-nos de novo, Sr. Hein.

Como v�o as suas investiga��es?

Era exactamente
disso que lhe queria falar,

sei que conheceu o meu pai,

agora quer descobrir quanto �
que ele sabia e o que me contou, certo?

Achei as suas hip�teses interessantes.

E devo dizer que achei comovente a raz�o para a sua visita

tanta lealdade ao seu pai...

A raz�o para a minha visita foram as listas.

As listas!

Motorista, siga.

Os alem�es s�o obcecados por listas,
incluindo o seu pai, se bem me lembro.

Mesmo que as listas existam, que poderiam dizer-nos?

Acerca de alguns sujeitos de investiga��o sem morada,
mesmo na altura, que seriam imposs�veis de localizar actualmente?

Est� a deixar impl�cito que algu�m ainda estaria vivo,

ou esteve, at� recentemente? O Molina por exemplo?

Ainda podemos contactar o Jeffrey Russo, n�o �?

Ou tinha-se esquecido dele?

Ah sim, Jeffrey.

Fomos amigos em tempos, sim.

Mostrei-lhe umas coisas sobre a vida civilizada.

Suponho que tirou de mim o que pode.

R�pido, � sua pr�pria maneira.

Ouvi dizer que passou a gostar de �pera.

� de sangue italiano sem d�vida.

Apreciou o tempo que passou com ele?

Como sabe?

Posso perguntar-te?
Tamb�m �s seropositivo?

Jeffrey n�o podia inform�-lo disso.

Tem esses homens na consci�ncia, n�o tem?

Est� a insinuar que eu...

Aparentemente eu sobrestimei a sua intelig�ncia.

Mesmo que eu me importasse, n�o teria que fazer nada.

Os homossexuais est�o
demasiado ocupados em autodestru�rem-se.

Que foi que fez �s pessoas que
iam ter consigo desesperadas por ajuda?

Fiz o meu melhor, na esperan�a que n�o
causassem mais danos que aqueles que j� tinham causado.

Afinal de tudo Sr. Hein, a sida � contagiosa.

Como ajudou Jeffrey Russo quando ele era seu paciente?

Jeffrey Russo e eu poder�amos n�o ser os amigos que sup�e.

Mas fiz o que pude para acalmar a tenebrosa alma daquele rapaz.

Jeffrey nunca seria capaz de pagar as an�lises e os tratamentos sem mim.

Claro.

Ele � um rapaz muito doente, sabia?

Na realidade n�o lhe posso dar muito mais tempo de vida.

- Coloquei-o nos teste cl�nico mais prometedores...
- Uma vez cobaia, sempre uma cobaia.

Sim, e anteriormente um miser�vel.

Voc� matou aqueles homens em Fort Detrick.

Jeffrey n�o podia inform�-lo disso.

Motorista, pode parar � esquerda, por favor.

Herr Hein, vou deix�-lo aqui.

Tenho a certeza que haver� um autocarro para voltar � cidade.

Devia por as suas ideias em ordem.

P�ra de assassinar!

- Quem � que encarregou uma mulher h�tero deste trabalho?
- N�o acha que outra pessoa...

Outra pessoa estaria a tratar das vossas declara��es agora... e do seu cabelo!

Vergonha!
Vergonha!

Viu o Hein esta manh�.

Sim, e depois? Vou v�-lo de novo esta noite na �pera.

N�o pergunta a si mesma o que � que ele estava a fazer no armaz�m?

Ele parece que atrai cad�veres!

Ent�o Mo!

Achas que ele � apenas um inofensivo
maluco defensor das teorias da conspira��o?

N�o acreditas que haja algu�m a ocultar informa��o

acerca da origem do HIV?

A maioria moral, os direitos crist�os...

Ent�o...

acho que queres que procure factos acerca desses rumores sobre listas.

N�o estou a dizer que o rapaz est� enganado...

ou certo...

o nosso interesse � apenas no Mr. X

N�o esque�as isso.

O senador Atwood financia o Grupo de Convers�o de Homossexuais

Atwood... senador Michael Atwood.

Nos livros de novo.

Voc�s alem�es de leste, s�o mais energ�ticos que aquilo que as pessoas dizem.

Desculpa, agora n�o tenho tempo.

Por causa do teu trabalho?

O Prof. Witkins n�o parece mostrar muito interesse nele.

Pode ser, afinal, ele n�o � muito diferente dos seus colegas.

Pelo contr�rio.

Um dos seus colegas disse-me hoje que o Prof. Witkins conheceu o seu pai.

E que foi muito activo em tent�-lo impedir de falar no congresso de 1989.

- Por isso...
- Por isso o qu�?

Nunca perguntaste a ti mesmo porque o Prof. Witkins te ter� convidado para a academia de ver�o?

Obrigado.

Coloc�mos muito esfor�o nisto, centenas de pessoas trabalharam nisto por semanas.

- Um grande esfor�o.
- Bastante. Mas merece a pena para...

Vim a San Francisco para encontrar provas que
o v�rus HIV foi criado por um grupo de cientistas

que trabalhavam para o governo americano.

Encontrei provas, mas as testemunhas est�o a ser assassinadas.

- O que foi isto?
- N�o sei.

Ol� Tolliver.

N�o sabia que tinha sido um convite pessoal.

- Onde arranjou o disfarce?
- Perdi uma aposta, est� bem?

Ouve, tenho que falar contigo.

Sobre o qu�?

Todos os que s�o algu�m est� naquela sala neste momento.

Incluindo alguns amigos seus como o Dr. Richard Burroughs.

E estar� interessado em saber que est� com o ex-senador Atwood.

Michael Atwood.

Presidente da Comiss�o Formas e Meios dos anos 70 na era de Reagan.

Dias gloriosos para a investiga��o sobre armas biol�gicas.

Ent�o voc� est� a come�ar a acreditar?

Aquilo que eu n�o sei...

Stefan, esta manh� tive a sensa��o que tu conhecias

pessoalmente a v�tima.

Quem � que est� a ver conspira��es em tudo agora?

D�-me um minuto, volto j�.

Richard, � t�o bom ver-te.

Muito obrigado por nos convidar.

Sei que nos atras�mos, desculpe.

Devagar!

Devagar!

Um rapaz nu a correr em Polk Street? E depois?

- O Stefan voltou?
- N�o, parece que vai perder a estreia.

Os sobreviventes...

Molina...

William Darren.

E o Jeffrey.

Gostaria de falar com a Inspectora Tolliver por favor.

N�o, diga-lhe apenas que liguei. Stefan Hein.

Stefan, a quem estavas a ligar?

Jeffrey, est�o atr�s de mim, est�o atr�s de ti tamb�m.

N�o posso voltar ao hotel, tenho que ir � �pera.

- Hotel Sir Francis Drake.
- Escuta, n�o quero ir.

Relaxa.

Escuta Jeffrey.

� o Burroughs, sei o que ele te fez, sei tudo.

Est�s a ouvir isto?

Pode aumentar o volume?

Uma imagem de harmonia neste momento na War Memorial Opera House

como se os frios dias de crueldade tivessem sumido.

Um quarto para esta noite.

Temos uma recep��o esta noite

por causa da estreia da �pera Turandot.

Os quartos duplos est�o esgotados.

Temo que s� haja

tr�s quartos de uma cama.

E uma suite executiva.

Ficamos com a suite. Pago j�. Em dinheiro.

- Recebeste uma grande gorjeta ou qu�?
- Cala-te e n�o fa�as perguntas.

Pelo menos at� depois da noite de n�pcias.

Nada mal!

D�s-te conta... que eu passei todo o tempo

a tentar imaginar como � que tu �s completamente nu?

Tu sabes, o t�pico europeu.

Ombros estreitos, pouco peito, mas boas pernas.

O rapaz disse que tentou beijar
o psicopata, mas que ele n�o deixou.

Tentou estrangul�-lo com uma tira de couro.

Ainda est� em choque.

Esteve escondido durante horas
atr�s dum contentor de lixo at� fugir.

De inicio, n�o queria falar,

dizia que apenas tinha tido um problema com a noiva,

viemos a saber que o pai dele � um sacerdote,

est� aterrorizado que digamos aos seus pais,

Disse que se chamava Jeffrey.

Tentei beij�-lo mas n�o me deixou.

Chamou-me porco e...

disse que ia dar-me o que merecia.

Disse que tinha que o fazer porque...

o meu teste tinha sido positivo.

Recentemente positivo.

Ele disse: "� por isso".

Disse: "Porcos como tu"

"contagiaram-me em San Quentin � 10 anos"

� 10 anos!

Jesus! Eu s� tinha 10 anos!

Queria duas garrafas de champanhe...

Uma garrafa do vosso melhor vinho tinto...

Estou-me cagando para o ano.

E...

Sandes?

Sim, quero duas Club Sandwich's.

O qu�?

Sim, Club Sandwich, foi o que eu disse.

Com pepinos extra.

Ent�o...

que aconteceu por fim � princesa chinesa?

O seu gelo finalmente derreteu,

e ela e o pr�ncipe amaram-se felizes para sempre.

Pr�ncipe de sorte!

Princesa de sorte.

Nenhum castigo por todos os homens que decapitou?

N�o.

Nenhum castigo.

Vou tomar um duche.

� a primeira v�tima que o Mr. X deixa escapar.

Come�a a cometer erros.

Talvez esteja a ficar com medo.

Ou se esteja a poupar para a apoteose final.

O rapaz disse que o criminoso disse
algo acerca de ter estado em San Quentin.

Houve mais de 100 Jeffreys l� desde 1980.

Podemos restringir a busca?

Verifica quantos deles foram
transferidos de uma pris�o pr�xima de Fort Detrick

para San Quentin desde 1975?

Fort Detrick?

Sim, Fort Detrick, Maryland.

Tenho um! Jeffrey Russo.

- Transferido de Baltimore, Maryland, em 23 de Novembro de 1978.
- Porqu�?

Teve a pena reduzida de 6 para 1 ano.

O pai dele esteve em San Quentin poucos anos antes.

Parece ser h�bito de fam�lia.

O velho morreu em circunst�ncias suspeitas.

O procurador suspeitou de Jeffrey, mas
n�o tinha evidencias para apresentar acusa��o.

Apanharam-no no tr�fico de droga.

Entre!

Ol�.

Obrigado.

Schei�e!, Trinkgeld!
[Merda! A gorjeta!]

- O qu�?
- Esqueci-me de dar uma gorjeta.

Hei. Espera um momento.

Desculpa. Esqueci-me.

Para ti.

- Obrigado Senhor. Posso fazer um coment�rio Senhor?
- Claro.

Gosto do seu casaco, Senhor.

Tamb�m eu.

Ficava-te bem.

Necessito que algu�m entregue estes papeis,
num apartado em Peer Place?

Sei onde �.

- Podes fazer isso por mim. Amanh� de manh�?
- Posso faz�-lo esta noite.

- �ptimo, � o n�mero 5-12, � importante.
- 5-12!

Ok. Obrigado, espera...

- Obrigado.
- Obrigado.

� mesmo importante.

Bem-vindo a San Francisco!

Est�s bem?

Tinha o nariz a sangrar. Porque demoraste tanto tempo?

Estava a falar com o criado.

N�o te quero perder t�o depressa.

N�o te preocupes.

- Importa-se que me sente?
- Por favor!

Bill falou-me nas suas pesquisas.

Sabem como sou.
Sempre um dia atrasado e um d�lar a menos.

- N�o acreditas mesmo nisso pois n�o?
- Temo que sim.

O inferno que passamos no dia a
dia foi inventado por mentes humanas?

� altura de irmos embora.
Isto deve ter sido esgotante para ti.

Sim. Acabou a festa.

O Jon volta a ser a minha consci�ncia.

A representa��o desta noite n�o foi

simplesmente celestial?

Turandot foi t�o esplendidamente cruel.

E stata una bellisima serata.
[Foi uma bel�ssima noite]

Grazie. Sei italiano?
[Obrigado. � italiano?]

No, sono venuto da Detroit.
[N�o, vim de Detroit]

Un lunga viaggio.
[Uma longa viagem]

Nessun dorma!
[Que ningu�m durma!]

Nessun dorma!
[Que ningu�m durma!]

Tu pure, o, Principessa,
[Voc� tamb�m, � Princesa]

nella tua fredda stanza,
[no seu quarto frio,]

guardi le stelle
[olhe as estrelas]

che tremano d'amore
[tremendo de amor]

e di speranza.
[e de esperan�a]

Ma il mio mistero � chiuso in me,
[Mas meu mist�rio permanece guardado em mim]

Ed il mio bacio scioglier� il silenzio
[E o meu beijo quebrar� o sil�ncio]

che ti fa mia!
[que te faz minha!]

Il nome suo nessun sapr�!...
[O seu nome ningu�m saber�!...]

e noi dovrem, ahime, morir, morir!
[E n�s teremos, oh!, que morrer, morrer!]

Dilegua, o notte!
[Parta � noite]

Tramontate, stelle!
[Esvane�am estrelas!]

Tramontate, stelle!
[Esvane�am estrelas!]

All'alba vincer�!
[Ao amanhecer eu vencerei!]

Vincer�!
[ Vencerei!]

Vincer�!
[ Vencerei!]

Se algu�m te perguntar amanh�...
eu fui fabuloso!

- Senador Atwood?
- Sim.

Deveria confessar tudo,

Tenho as listas do Dr. Burroughs. Est�o num lugar seguro.

Voc� � o jovem da Late Evening News.

Hoje realmente n�o tenho tempo
para as suas absurdas teorias radicais.

Acabo de saber que o Dr. Richard
Burroughs foi assassinado esta noite.

Estavas a ter um pesadelo.

Estou aqui.

N�o estavas aqui.

N�o estavas aqui quando acordei.

Nunca mais voltes a partir sem me avisar.

Prometes?

Que na pr�xima vez estar�s aqui?

Estou louco por ti.

Burroughs esta morto.

Ele colou-te a mim.

Para saber o quanto pr�ximo estava.

O que tentava fazer.

Ele matou aqueles homens.

Soube tudo por ti.

Estava s� a usar-te.

Acredite em mim, Jeffrey � boa pessoa.

Um homem encantador, um homem de f�.

Ele n�o devia deixar as velas acesas.

Foda-se!

Obsessivo.

Paran�ico.

Est� numa esp�cie de cruzada distorcida.

S�o receitas velhas.

Deve ter deixado de tomar os rem�dios.

Est� pr�ximo do fim.

Parece que colecciona carteiras.

Tolliver, d� uma olhada nisto.

Willy Darren!

Molina!

Stefan!

Jeffrey?

Jeffrey?

Est�s a�?

- Bom dia.
- Bom dia.

Trouxe sumos...

e cristal.

Essa porcaria vai matar-te!

Isso ou outra coisa... porque �s estraga-prazeres?

�s muito velho para festas de noite e dia.

O Dr. Burroughs n�o te disse?

Que ele se foda. J� passou � hist�ria de qualquer forma.

Ajudou-te durante 20 anos e � assim?

Isso � assustador.

O amor assusta-te, a morte assusta-te, o cristal assusta-te...
Cristo... �s mesmo cobardolas!

Toma. Snifa uma.

Vamos!

- P�ra.
- P�ra?

Parvalh�o!

- N�o percebes?
- P�ra Jeffrey!

Matei os outro pelo seu pr�prio bem.

Burroughs...

- Burroughs, matei-o por ti.
- Por mim???

Por mim???

D�s-te conta que eu tinha raz�o?

Foi por mim?
Eu usou-te e tu mataste-o, n�o foi por mim.

Est�s passado dos cornos!

Vai-te foder!
Vai-te foder!

Est�s completamente louco.

E agora?

vais deixar-me?

N�o � verdade?

Tu apanhaste-me!
N�o me deixes!

Jeffrey...

Jeffrey...

Tinhas raz�o, � o Drake.

Vou esperar por ti na recep��o, por isso,
quero que venhas at� c�.

N�o.

Jeffrey...

Jeff!

Lamento.

Lamento.

Jeffrey...

Policia! Abram imediatamente!

Vamos apanh�-lo desta vez, vamos.

Verifica o outro quarto.

Sr. Hein? Morgan, do FBI.
Brown, da policia de San Francisco.

- Est� preso!
- Porqu�?

Temos motivos para acreditar que na noite passada

apropriou-se ilegalmente de
documentos pertencentes ao governo americano.

E que est� implicado no
assassinato do Dr. Richard Burroughs.

- O que � isto?
- � da minha mala.

N�o tentes enrolar-me!

Vamos dar uma vista de olhos no teu cacifo.

L�-lhe os seus direitos.

Tem o direito a manter-se em sil�ncio;

Tudo o que diga pode e ser� utilizado contra si num tribunal.
Compreende?

Qual � o n�mero?

Maldi��o! N�o compreendo alem�o.

Seropositivo!

Deixa-me sozinha com ele por um momento.

Escute...

Estive o tempo todo com o Jeffrey,

mat�mos o Burroughs juntos e pass�mos a noite no Drake.

N�o estou interessada na sua vida sexual.

Ele era um soci�pata sem sentimentos,

capaz de tudo.

Sabe o quanto pr�ximo esteve?

Voc� soube desde sempre que n�s est�vamos juntos.

Apenas fingiu preocupar-se comigo.

Que vai fazer agora?
Prender-me?

N�o tem �libi.

Se diz que esteve com o Russo no hospital,

vai passar o resto da vida atr�s das grades.

Vou dizer-lhes tudo!

- Vou dizer-lhes...
- Caluda!!! Seu maricon�as alem�o!

O alem�o n�o sabe de nada, � uma perca de tempo.

- Voc� nunca desiste?
- N�o se preocupe.

N�o vim aqui perguntar pelo seu visto de trabalho.

O que posso servir-lhe?
O que � isso?

Um presente de despedida?

Ele foi a raz�o pela qual aceitaste o trabalho?

Ou � s� um dos benef�cios sociais?

N�o est� mal.

De facto, at� acho que est� muito bem.

N�o sei se conseguirei, mas gostaria
de ficar em San Francisco por algum tempo.

Ent�o continua com isso?

As minhas notas e documentos mais importantes desapareceram.

� s� mentiras.

Li os jornais. N�o h� uma �nica verdade acerca do Burroughs

ou sobre os ficheiros.

Porqu� continuar a culpar o Burroughs?

Ao menos ele acreditava que a sua teoria podia ser verdade.

Ele sabia que era.

Jeffrey era uma das �ltimas vitimas vivas dessas experi�ncias.

E o Burroughs tamb�m o sabia.

Nunca saber� o que se passou l� sem testemunhas.

Sabe qual era a idade do Jeffrey?

Pode ter falhado as experi�ncias por poucos anos.

E o Burroughs era apenas um m�dico-interno na altura.

Eu encerrei o caso.

Jeffrey Russo, Richard Burroughs... s�o hist�ria.

At� onde estou preocupada,

voc� n�o devia perder Turandot,

� a �ltima representa��o.

E n�o tirou proveito nenhum na �ltima vez.

De forma nenhuma.

N�o foi necess�rio um grande truque.

Ol� boche, o teu velho estaria orgulhoso de ti,

no entanto, n�o sabes tudo,

mas tamb�m, o trabalho n�o � realmente o que te importa.

Recordas-te do primeiro enigma?

"Na noite sombria um fantasma iridescente al�a-se

e abre as suas asas sobre as massas da humanidade,

todos lhe imploram e lhe fazem s�plicas

mas ao romper da aurora o fantasma desaparece,

para renascer em cada cora��o.

Todas as noites nasce, para morrer � alvorada."

� a Esperan�a!

Provavelmente tens raz�o, "Boche" soa um bocado a pretensioso,

Neste momento, estou a voar alto.

N�o sei o que suceder� depois.

Teria gostado de ser teu amigo.

Est�s bem?

Estou. Acabei de receber uma carta de um velho amigo.

Bem. Diz-me quando estiveres pronto a fazer novos amigos.

Nessun dorma!

Nessun dorma!

Tu pure, o, Principessa,

nella tua fredda stanza,

guardi le stelle

che tremano d'amore

e di speranza.

Ma il mio mistero � chiuso in me,

il nome mio nessun sapr�!

No, no, sulla tua bocca lo dir�

quando la luce splender�!

Tradu��o e adapta��o:
NomadaPT

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