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TESTEMUNHO FATAL

Porra!

- Est�s bem, meu?
- Parvalh�o!

Eu digo-te como �!

Adoro o M�xico.
Aqui, n�o h� leis da tanga.

Podemos andar por onde quisermos.
� tudo � vontade.

Sim, meu, isto � o para�so.

Jud!

V�, v�!

Bestial!

Sim? Est�?

Ol�, padre. Que horas s�o?

N�o, n�o faz mal.

Encontramo-nos aqui � frente.

- � bom voltar a v�-lo, padre.
- Igualmente, James.

Um caf� cheio, cinco quadradinhos
de a��car. Vai precisar.

- Problemas com o sindicato?
- N�o, pior do que isso.

Obrigado.

- Devo ficar preocupado?
- N�o, n�o � pol�tico.

Os meus homens estavam
a perseguir uns ladr�es,

e um deles saltou do telhado.
O solo cedeu

e encontr�mos um t�nel.

J� temos vinte e um corpos
e continuamos a cont�-los.

- Quem s�o?
- Camponeses... os infelizes.

Achamos que estavam a escavar

um t�nel para contrabando
de droga para Valdon.

- Deve ter abatido em cima deles.
- Quem trata da investiga��o?

O Detective Castillo.

Ele � honesto?

� dos Homic�dios,
n�o dos Narc�ticos.

Deixe-o passar.

- Rhodes, pensei que estava morto.
- Isso era o que voc� queria.

Est� muito longe
da cidade do M�xico.

A prioridade do departamento
de Estado � a guerra � droga.

- N�o demorou muito a chegar c�.
- Sabe como �...

Quando se encontra um t�mulo
de um grupo de gente,

as pessoas come�am a comentar...
James Rhodes,

da Protec��o
dos Direitos Internacionais.

� bom ver que temos todo
o apoio das autoridades.

Isto � uma investiga��o civil.
N�o tem nada a ver com isso.

Os meus homens v�o acompanh�-lo
at� ao exterior da propriedade.

Isso n�o seria muito inteligente,
porque as pessoas v�o pensar

que est�o a tentar esconder
alguma coisa.

Claro que estamos.
Somos a Pol�cia mexicana.

O Capit�o acha que isto
� um dos t�neis de passagem de droga

do Cartel Valdon.
Ningu�m est� a disfar�ar.

�ptimo. Ent�o, ningu�m dever� ficar
preocupado com a presen�a

da minha organiza��o.
Queremos o habitual.

Depoimentos das testemunhas,
documentos policiais,

e todos os relat�rios
do laborat�rio e das aut�psias.

Receber� o relat�rio, quando ele
for comunicado � imprensa.

A Protec��o dos Direitos
Internacionais vai querer saber

o que aconteceu aqui e porqu�,
Capit�o, e podemos fazer isto

com ou sem a sua permiss�o.
- Carlos!

Este homem est� a violar
propriedade privada.

Fale com ele, Draper.
Olhe que a fronteira � j� ali.

Com a NAFTA,
est�o os dois na mesma cama

e a porcaria dele vai passar
para o seu lado dos len��is.

D�-nos um minuto.

Claro. Eu sei que voc�s
querem resolver o assunto.

Adora irrit�-los, n�o �, Jim?

� o que costuma acontecer,
quando fa�o perguntas directas.

Eu falo com ele.
N�o conte com nada.

Sempre disse
que era um tipo atencioso.

Tenha calma.

Campe�es dos direitos humanos,
o tanas!

Podemos sempre ignor�-los,
como fizemos na China.

Estou a brincar. Capit�o,
pode refilar e resmungar � vontade,

mas o tipo n�o se vai embora.
Por isso, � melhor cooperar.

Deixe-o observar. N�o tem
nada a esconder, pois n�o?

Se os tipos dos Direitos Humanos
apontarem o dedo ao Cartel Valdon,

algo que certamente far�o,
todos prestar�o mais aten��o

ao pedido do M�xico de fundos
para a luta contra a droga.

Sem dar por isso, a situa��o
ir� tornar-se totalmente diferente.

A Protec��o dos Direitos
lixou a Pol�cia de Chiapas.

� o que acontece quando civis
s�o assassinados � luz do dia.

Temos crian�as, homens, mulheres...

Meu Deus!

Est� a divertir-se,gringo?

Eu sei quem �.
Esta investiga��o � minha.

N�o tenho de lhe dar nada.

Os cad�veres tinham algumslogan
pintado ou as m�os amarradas?

Isto � Tijuana.
N�o temos esquadr�es da morte.

- H� algum mutilado?
- � surdo ou qu�?

J� lhe disse que n�o � pol�tico.
N�o faltam unhas,

n�o h� balas na parte de tr�s da
cabe�a, nem queimaduras de cigarro.

Ningu�m foi pendurado pelo pesco�o,
pelos p�s ou pela pila, entende?

Entendido. Algum amorda�ado?

N�o tenho tempo para esta merda.

Detective, encontrou algumas
ferramentas no t�nel?

Nenhuma ferramenta? Com que �
que eles escavavam? Com as m�os?

Descobrir quem s�o
e como foram parar ao t�nel.

Vinte e sete pessoas mortas.
Mulheres, crian�as e at� um beb�.

Saberemos mais, quando tivermos
o relat�rio do m�dico.

D�-me tr�s dias
e mando o Darrow para a�.

- Eu trato disto.
- Acha que sim?

Acabei de sair de uma reuni�o
com o Departamento de Justi�a.

Prometeram tratar
do assunto mas, entretanto,

quero que tenha muito,
muito cuidado.

Se existir alguma liga��o com droga,
o Cartel Valdon n�o ter�

problema nenhum em matar um
investigador de direitos humanos.

Preciso que se concentre
na elei��o do sindicato.

Agora descanse.
Vai precisar.

N�o precisamos aqui
de observadores americanos!

- Ol�, Jim...
- Como est�?

�ptimo, temos de come�ar.

Os empregados da Daxmoore
v�o votar esta semana para aceitar

ou rejeitar a representa��o
do Sindicato. Como podem ver,

a emo��o que preside
a esta elei��o � muito grande.

Temos de ter consci�ncia
de que isto pode ser complicado.

Quero apresentar-vos
a Emily Thompson,

representante do Departamento
de Com�rcio dos Estados Unidos.

Bom dia.

Quero dizer-vos que fiquei muito
contente por o governo mexicano

ter convidado volunt�rios americanos
para acompanhar esta elei��o.

A Daxmoore � uma empresa
americana e,

contrariamente ao que
os organizadores declaram,

t�m de se manter afastados
das elei��es e permanecer neutrais.

Por isso, se forem feitas
algumas acusa��es contra eles,

consultem-me antes de...

Lamento, mas n�o tem o direito
de se imiscuir nesta quest�o.

- Posso assegurar-lhe, senhor...
- Rhodes...

Pois... N�o tenho qualquer
inten��o de interferir.

Acabou de o fazer.

Estou curiosa em saber
por que � que a sua organiza��o

envia algu�m com a sua experi�ncia
a uma simples elei��o do sindicato.

N�o! N�o! N�o!

Isto � uma manifesta��o ilegal
numa propriedade privada!

Ordeno-lhes que se afastem
imediatamente!

N�o, isto � uma luta pac�fica.

Sr. Fields, documente tudo
aquilo que acontecer.

Capit�o...

Est� a interferir
com a ac��o da Pol�cia.

O meu papel aqui
� estritamente neutral.

- Voc� n�o tem aqui nenhum papel.
- Que est� ele a fazer?

- Est� atentar ajudar.
- S�o civis desarmados.

Sou Roy Logan,
o director da f�brica.

A �ltima coisa de que necessitamos
� de viol�ncia.

D�-me um minuto e eu...

N�o!

Tenho de desligar.

Obrigado.

Tamb�m lhe agrade�o
aquilo que fez l� fora.

Era o m�nimo que podia fazer.
N�o quero aqui mais problemas.

- De onde �?
- De Detroit.

- E voc�?
- De Pittsburgh.

A sede da Daxmoore.

Dantes, tudo se passava l�.
Tr�s mil homens.

Depois, mudaram-nos
para o Tennessee,

at� o sindicato chegar.
Depois, mudaram-nos para aqui.

- Custos de opera��o.
- Foi um desastre.

- E como � que ajudou?
- Contrariamente ao que pensa,

eu preocupo-me
com estes trabalhadores.

Ent�o, prove-o.
Consiga que os seus amigos

do Departamento de Estado
dominem os pol�cias locais.

Para o caso de ainda n�o ter
reparado, isto � o M�xico.

N�o podemos obrig�-los a agir
de acordo com as nossas normas.

N�o � preciso obrig�-los,
apenas mostrar-lhes alguns d�lares.

� esse o seu trabalho, n�o �?

Detective, como est�
a decorrer a investiga��o?

Est� a progredir.

Muito bom!

Estou muito interessado
em ler o seu relat�rio.

Boa tarde.

Capit�o...

Alguma mensagem?

Lady Anne...

Ol�, James.

Que faz aqui?

O Darrow est� no hospital.
Tem mal�ria.

Al�m disso, tamb�m queria
falar consigo. Sente-se.

- Est� tudo bem?
- Estou.

- Estava preocupada consigo.
- Estou muito bem.

A Cruz Vermelha enviou
os seus bens pessoais do Sud�o.

Obrigado.

E esta carta � do Minist�rio
de Justi�a mexicano.

Permite-lhe acesso total
� investiga��o.

- Ainda quer fazer isto?
- Sim.

Tem feito um trabalho maravilhoso
em prol da causa, James.

- Maravilhoso. Mas, ultimamente...
- Eu sei,

eu sei.

Continua a compreender
o nosso objectivo, n�o � verdade?

Sim, compreendo.

Sempre tive esperan�as
de que, um dia,

fosse para Washington
trabalhar comigo.

Podia marcar a diferen�a.

Com a sua experi�ncia
e determina��o,

eles iriam dar-lhe ouvidos.

Eu sou um homem do terreno,
Anne.

N�o saberia que fazer
num gabinete.

Bom... as coisas mudam.

Outra vez, n�o.

O seu governo decidiu colaborar
e a PDI faz parte da investiga��o.

Diz aqui que � um observador.
Este caso continua a ser meu.

N�o se atravesse no meu caminho.

Castillo, qual � exactamente
o seu problema?

Voc�s aparecem a gritar
pela defesa dos direitos humanos

e bons pol�cias come�am a perder
o emprego. N�o s�o os chefes.

S�o os mexilh�es
como eu que se lixam.

Se for um caso limpo,
n�o h� raz�o para preocupa��es.

- S� estou aqui para ajudar.
- Tipo santo, n�o?

Voc�s,gringos,batem-nos com
uma m�o, e erguem-nos do ch�o

com a outra h� tanto tempo

que pensam que � a ordem
natural das coisas.

Mas deixe que lhe diga uma coisa.
Eu n�o deixarei que me esbofeteiem

e n�o quero ser protegido
por um aprendiz de her�i que acha

ue pode montar cavalos
brancos e salvar-nos a n�s,

aos desgra�ados dos mexicanos.

- E quem � este?
- � um observador.

James Rhodes, Protec��o
dos Direitos Internacionais.

Venha.

Vinte e quatro v�timas,

com idades entre tr�s meses
e sessenta e sete anos.

- Causa da morte...
- Asfixia.

Hora da morte: aproximadamente
sessenta horas antes da descoberta,

o que coloca o desabamento do t�nel
�s seis da manh� de dia 3, s�bado.

Que estavam eles a fazer no t�nel?
N�o se encontraram ferramentas.

O t�nel desabou em cima deles
antes de terem come�ado a trabalhar.

- Como � que explica as crian�as?
- Falta de infant�rios,gringo.

� esse o problema
dos traficantes de droga.

Nunca oferecem infant�rios.

Diz que havia 24 corpos.
Eu contei 27, no local.

Tr�s morreram de ferimentos de bala,
perto da entrada do t�nel.

- Foram alvejados?
- Nove mil�metros.

� queima-roupa.

Como explica isso, Detective?

Pareces aparecer
sempre na altura certa, Douglas.

Como o Triplo A.

Que horas s�o?

Dez e vinte.

Ser� que podes fazer-me um favor?
Estava com esperan�as que pudesses

controlar o John Rhodes por mim.

Isso n�o � um favor,
� um sacrif�cio.

Ele tem estado a investigar
o incidente na fronteira,

o t�nel da droga do Cartel Valdon.

Qual � exactamente
o envolvimento do Valdon?

Estamos a falar de um facto
ou de uma inven��o?

- De um facto.
- O Valdon � um profissional.

Por que raz�o faria ele
um trabalho desses?

N�o sei. Quem � que sabe o que vai
na cabe�a dos homens sem alma?

Eu n�o, Douglas.

- Ent�o, qual � o favor?
- O Rhodes.

S� te pe�o uma chamada, Emily.
Avisa-me, se ele mudar de direc��o.

S� isso? De certeza que n�o queres
que o mate ou coisa assim?

� um momento muito delicado.

Consegui que os pol�cias fizessem
recuar os manifestantes do sindicato.

Isto vai custar-te caro.

J� custou.

Eu vi. Eu estava l�.
Vi tudo o que aconteceu.

Foi a vossa gente
que iniciou a viol�ncia.

N�o era a nossa gente.
Eles tinham m�scaras.

A empresa contratou-os
para nos dificultarem a vida.

� aquele tipo, o Zato.

Eu s� posso comunicar o que vejo
e aquilo que sei ser verdade.

Quer a verdade? Eis a verdade.
Eles far�o qualquer coisa.

Qualquer coisa, para manter
o sindicato fora de l�.

Voc� � bom ou qu�?

N�o sou nada de especial,
mas � s� o que voc�s t�m.

Juan, deixa o homem em paz.
Ele est� a tentar ajudar-nos.

Est�o ali!

Por aqui!

Esta luta n�o � tua,gringo.

O sacana do padre deve meter-se
na vida dele e mais nada!

Deixem-me o padre em paz!

N�o! N�o!

Estou a dizer-lhe que o reconheci.
Ele trabalha para a Daxmoore.

- Lamento, mas n�o posso ajud�-lo.
- N�o, arranje-me uma lista.

� melhor n�o abusar da sorte.
N�o s�o t�o compreensivos como eu.

Ouvi dizer que o espancaram,
a noite passada.

Teve a ver com o meu caso?

N�o, parece que, para onde
quer que v�, s� atraio amor.

Digo-lhe que o meu filho e o amigo
nunca atravessaram a fronteira.

Est�o aqui algures
e quero que sejam encontrados!

Algu�m j� reclamou
os corpos dos camponeses?

N�o.

N�o acha isso estranho?

N�o, isto � uma cidade de fronteira.
Podem estar em qualquer lado.

As pessoas passam
por aqui como fantasmas.

E se ladr�es tiverem levado
o dinheiro e, depois,

feito desabar o t�nel em cima deles?
Sem testemunhas.

Os ladr�es sabem que o t�nel �
do Valdon. Ele vinga-se das pessoas

que estragam as propriedades dele.

Est� a come�ar a aborrecer-me,
gringo.

�s vezes, Castillo, penso que
n�o quer saber o que aconteceu.

Talvez deva voltar para casa.
Eles t�m de aceit�-lo.

N�o tem casa, pois n�o?

- Reconhece algu�m?
- N�o, ele era grande e forte.

Que se passa?

A noite passada, os organizadores
do sindicato foram atacados.

O Sr. Rhodes reconheceu
um dos atacantes

como sendo um dos empregados
da Daxmoore.

Espero que n�o esteja a sugerir que
aconteceu por ordem da Daxmoore.

Quem � mais que � ganha com isso,
Sra. Thompson? Esta gente?

Sr. Rhodes, isto � uma empresa que
faz parte das 500 Mais da "Fortune".

� inconceb�vel que esteja envolvida
numa coisa t�o est�pida.

Parece um assunto para a Pol�cia.
J� falou com eles?

- Fiz um pedido ao Sr. Logan...
- N�o tem o direito de estar aqui.

N�o representa nenhuma ag�ncia
governamental. � uma quest�o criminal

e sugiro que se dirija
�s autoridades competentes.

N�o concorda, Sr. Logan?

Obrigado pela sua ajuda.

- O que � isto?
- Um ficheiro da D.E.A..

- Da D.E.A.?
- Relat�rio da bal�stica.

A arma que matou os camponeses
� a mesma que foi usada

em dois informadores da D.E.A.
que trabalhavam para o Valdon.

Por que n�o d� isto
ao Capit�o Madrid?

� o respons�vel pela investiga��o,
n�o �?

O Capit�o disse-me que
� um pol�cia honesto. � verdade?

Tenha um bom dia, Detective.

Pedro...

...os camponeses assassinados?

Faz-me um favor...

Carmen, est�s a tentar seduzir-me?

James, acho que precisa
de falar com estes homens.

T�m estado a trabalhar no norte e,
quando vieram para casa,

encontraram a aldeia deserta.
Dizem que as fam�lias desapareceram.

- Quantos?
- Vinte e sete.

Sr. Rhodes, pode confirmar que 27
camponeses foram enterrados vivos

pelo cartel da droga
num dos t�neis da droga deles?

Ainda n�o sabemos
quem foram os assassinos.

Que pode dizer sobre os homens
que cometeram tais atrocidades?

- O que pode ser feito?
- Erradic�-los, como a um cancro.

S�o a desgra�a do M�xico.

- Eles sabem quem construiu o t�nel?
- Sim, Francisco Valdon.

- Sr. Rhodes...
- Douglas!

Pode dizer-nos quem est� por
detr�s deste terr�vel massacre

de camponeses inocentes?
- Sim, Francisco Valdon.

O que pode ser feito?

Erradic�-los, como a um cancro.
S�o a desgra�a do M�xico.

A Protec��o dos Direitos
Internacionais

nomeou o Cartel Valdon como
causador deste selvagem massacre.

Agora, os investigadores
policiais v�o tentar...

Ele n�o sabe onde est�?

Um dia destes, v�o encontrar
a cabe�a dele numa caixa.

Ou � muito corajoso
ou muito est�pido.

- As duas coisas.
- Pensava que n�o gostavas dele.

Sabias que ele j� trabalhou
no Departamento de Estado?

- Ai sim?
- Era muito bom. Melhor do que eu.

- Um pouco menos diplom�tico.
- Por que � que saiu?

N�o sei. Um dia, irritou-se e nunca
mais deixou de estar irritado.

Que se lixe! Indicou o Valdon.

Se ele morrer, o Valdon
parecer� ainda mais culpado.

�s vezes, �s totalmente insens�vel.

Sou s� honesto. N�o confundas
isso com insensibilidade.

N�o, obrigada.

Tenho muito que fazer.

Est� perdida, Sra. Thompson?

Queria ver se ainda estava vivo,
depois daquela entrevista.

Aqui estou eu. Desapontada?

Desculpe o que aconteceu
esta manh�, estava alterada.

Estou a tentar que tudo isto
corra bem. Quero recome�ar.

- Venho com um cachimbo da paz.
- O que � isto?

� uma carta oficial da Daxmoore
para os funcion�rios.

Quem for apanhado a perseguir
os organizadores do sindicato

ser� despedido. Ponto final.
Tamb�m decidiram iniciar

uma investiga��o interna
para descobrir quem o atacou.

Que foi?

Promessas n�o passam de palavras,
Sra. Thompson.

As palavras leva-as o vento.

- N�o percebeu, pois n�o?
- Claro que percebi.

Voc� � que n�o percebeu.
Esta foto foi tirada na manifesta��o.

Este foi o tipo que nos atacou.

� o capataz nocturno da Daxmoore
e chama-se Zato.

Pode ter a certeza de que a Daxmoore
est� por detr�s disto.

Sr. Rhodes, a Daxmoore n�o consegue
controlar todos os empregados.

A empresa trabalhou muito, juntamente
com outras empresas americanas,

para construir aqui
uma comunidade industrial.

Por que raz�o iriam
eles prejudicar isso?

Pense bem.
Tem a ver com dinheiro.

Tudo tem a ver com dinheiro.

Quando nos conhecemos,
n�o gostei de si,

mas penso que ainda
h� esperan�a.

Se fosse a ti, n�o fazia isso,
gringo. Tu vens connosco.

H� uma pessoa que te quer conhecer.

� s� um gravador.

- Isso custa sessenta d�lares.
- Sessenta � barato.

Para a pr�xima, compra um melhor.

Pe�o desculpa,
mas ainda n�o tinha jantado.

Quer dizer que acha que o Valdon
� uma desgra�a para este pa�s

e que deve ser erradicado
como um cancro.

Palavras dessas podem meter
um homem em apuros.

Francamente, gostava de ter dito
isso mas, para que conste,

devo dizer que colocaram perguntas
antes das minhas respostas.

Quer dizer que o nosso governo
controlado pelosmedia

o usou para pressionar o Sr. Valdon?
Deve estar muito irritado.

Mal consigo controlar-me.

O meu nome � Enrique Gomez Jr..
Sou advogado.

Um dos meus clientes est� muito
interessado no que tem feito.

Um dos seus clientes?
Tamb�m representa estes tipos?

N�o, n�o, n�o. S� fico contente
por v�-los fora das ruas.

Eles eramvatosdo bairro
de San Diego

que andavam aos pontap�s uns
aos outros. Agora, t�m um objectivo.

Isso deve alegr�-lo muito.

Vamos ao que interessa, Sr. Rhodes.

O que quer � publicidade,
n�o �?

Gosta de fazer muito barulho,
chamar a aten��o do mundo...

Se tiver sorte...

O meu cliente n�o gosta
de publicidade.

N�o foi ele que matou
aqueles camponeses mas,

apesar de ter percebido isso,
atirou-lhe o nome para as manchetes

o que torna estes rapazes
muito infelizes.

Fale-me do t�nel.

N�o acha que v�o mat�-lo,
pois n�o?

Se me quisessem matar,
j� estava morto. Fale-me do t�nel.

O t�nel foi fechado h� dois anos,
quando a equipa de constru��o

encontrou um len�ol de �gua.
� tudo o que eu posso dizer.

N�o chega. Talvez os camponeses
estivessem a escavar

um t�nel novo.
Houve um desabamento

e os tr�s que sobreviveram foram
mortos para ficarem calados.

Nem nada que se pare�a com isso.

O meu cliente n�o contrata
mulheres nem crian�as.

Algu�m usou o t�nel abandonado
como cemit�rio, ponto final.

Ent�o, quer que acredite na palavra
de um patife como o Valdon?!

Estes rapazes n�o gostam da forma
como fala do chefe deles.

Se me matarem, mais ningu�m
procurar� nenhuma resposta

e o seu cliente ser� acusado
daqueles homic�dios.

N�o seria a primeira vez.

Bolo...

Leva-o de volta ao hotel.

Sr. Rhodes,
quero dar-lhe um conselho.

Se se aproximar demasiado
da verdade,

os homens que fizeram aquilo
v�o mat�-lo.

Est� afogado.

Que faz aqui?

Deve ser um problema
nas velas.

Tem mais?

- O Gomez?
- Sim.

Disse-me que o Valdon n�o teve
nada a ver com aquilo.

E sabe que mais?

Eu acredito nele.

A �nica coisa que n�s sabemos
� que o Valdon j� foi dono do t�nel.

Eles est�o a engan�-lo, Rhodes.
Tenho um relat�rio da bal�stica

que me foi entregue
pelo seu amigo Draper.

A arma usada para matar
os camponeses foi a mesma arma

que foi usada para matar
dois pombos-correios do Valdon,

que eram informadores da D.E.A..
Eu verifiquei e � verdade.

O Valdon � um assassino
e um mentiroso.

Voc� pensa que eu n�o quero saber.

Venho de uma fam�lia de camponeses,

tal como os desgra�ados
que morreram.

Encontraram os homens
que os atacaram?

Claro que n�o!

Isto n�o � apenas entre a Daxmoore
e uns trabalhadores.

Isto tem a ver com pol�tica,
amigo.

O governo � amigo
dos grandes neg�cios.

Eles n�o querem sindicatos
que n�o consigam controlar.

Est� a dizer-me que o seu governo
est� por detr�s disto?

Estou a dizer-lhe que est�o
todos por detr�s disto.

O sindicato vai perder.

Claudio, o teu amigo
vai ficar para jantar?

Obrigado, mas tenho que fazer.

Tem uma linda fam�lia.

Sem eles, n�o podia ser pol�cia.

Por que n�o arranja uma mulher?

N�o faria mais nenhuma mulher
passar por isso.

Quem vai cuidar de si, quando for
velho? E chor�-lo, quando morrer?

Algu�m atirar� as minhas cinzas
para o oceano. � o suficiente.

J� pode aparecer, Detective.
Eu n�o lhe fa�o mal.

Que faz aqui, Rhodes?

Anda a seguir-me?

Na verdade,
estive aqui logo de manh�.

Venha c�.
Quero mostrar-lhe uma coisa.

Pneus novos.
Boa qualidade.

Esta gente at� tem cami�es,

mas os pneus est�o t�o carecas
como o meu tio Billy.

Quer dizer que esteve aqui
mais algu�m. � um cami�o pesado.

Pode ser um ve�culo do governo
ou de empreiteiros.

Pelo aspecto disto,
deviam estar cheios de pressa.

Por que raz�o um empreiteiro
viria at� aqui,

quando a cidade est� cheia
de trabalhadores?

Porqu� levar os velhos?
E as crian�as?

Isto est� deserto.

- Est� a v�-lo?
- N�o.

Meta-se no carro!

As pessoas costumam
ca�ar muito, por aqui?

S�gringos
e pol�cias tolos.

Obrigado.

H� uma coisa que continua
a intrigar-me.

O qu�,gringo?

Se tem a certeza de que foi o Valdon
que matou aquela gente,

que foi fazer � aldeia?
- Fui � procura de mais provas.

Foi por isso que andou a escavar
no ch�o? Que foi aquilo?

Tenha um bom dia, amigo.

N�o se esque�a de que isto
n�o � o seu pa�s.

Obrigado.

Qual � a frequ�ncia
com que os mi�dos desaparecem

a passar a fronteira?
- Acontece,

mas nunca tive dois
desaparecidos de uma s� vez.

Qual � a sua opini�o sobre isto?
Sabe alguma coisa

que eu deva saber?
- Talvez.

Vinte e sete pessoas foram enterradas
vivas num t�nel de droga,

no mesmo dia em que
os rapazes desapareceram.

- Deve ser uma coincid�ncia.
- As coincid�ncias p�em-me nervoso.

- Como contactamos com a fam�lia?
- O Sr. Carter est� em Tijuana.

Acabaram de encontrar
a carrinha do filho dele.

Sr. Rhodes? Tem informa��es
sobre o meu filho?

Possivelmente.

Estou a investigar as mortes
de 27 mexicanos aqui em Tijuana.

- � um caso de droga, n�o �?
- Possivelmente.

Os rapazes desapareceram
no mesmo dia, na mesma zona.

Est� a tentar relacionar
a morte do meu filho

com uma investiga��o sobre droga?

N�o, n�o. Ambos os incidentes
s�o extremamente invulgares.

Apenas ocorreram no mesmo dia.
Talvez exista uma liga��o, s� isso.

Oi�a, o meu filho n�o tem nada
a ver com drogas, Sr. Rhodes.

Bom dia.

- Tudo bem?
- Tudo.

� a carrinha do teu irm�o?

- Onde � que a encontraram?
- Perto de Red Rock.

Foi para l� que o teu irm�o
foi andar de mota?

� o que eles dizem.

Mas tu n�o achas...

Toda a gente conhece aquilo.
Est� cheio de agricultores.

Eles j� procuraram l�
e n�o encontraram nada.

Para onde achas que ele foi?

Olhe... Est� a ver como serpenteia
por entre as colinas?

� de mais, para andar a abrasar.

E est� a ver aqui,
onde est� escrito INC?

S� existem mais dois s�tios
assim em todo o mapa.

O que � INC?

I- na-credit�vel!

Oi�a l�!

Espera a�!
Esse capacete...

Quero compr�-lo.

Sim, � muito bonito.
Dou-te 50 d�lares por ele.

Cinquenta.

N�o? Setenta e cinco.
E que tal setenta e cinco d�lares?

� tudo o que tenho. S�o teus.

O qu�? O meu rel�gio?
Queres o meu rel�gio?

� um belo rel�gio.

Camisa? Queres que me dispa?
Isso n�o vai acontecer.

N�o vou para casa nu, percebes?
Ou me d�s o capacete

ou n�o fazemos neg�cio.

� dif�cil negociar contigo,
gringo.

Sacana do nativo!

As impress�es digitais do capacete
condizem com as do filho do Carter.

- Tamb�m foi retirada uma bala.
- Relacionada com o homic�dio?

Sim, mas surgiu outra coisa.
Compar�mos as impress�es digitais

com as da base de dados federal
e um grupo delas condiz

com as de algu�m em quem a D.E.A.
est� muito interessada.

- Sim? Quem?
- Bolo Medina.

N�o vejo o Zato.

Ser� que algu�m o avisou?

A primeira coisa que aprendi
quando me mudei para aqui

foi que n�o h� segredos,
apenas mentiras.

Tenho dois mi�dos desaparecidos,
h� seis dias. Quero este tipo.

- Tragam-no.
- Obrigado.

- Que foi que fez?
- O qu�?

O que � que fez
que o faz sentir t�o culpado

e o obriga a passar por isto?

Ser pol�cia � uma porcaria,
mas o seu trabalho...

Um pa�s atr�s do outro...
Isso � ser masoquista, amigo.

Est� a tentar compensar
qualquer coisa. O qu�?

Para onde quer que v�, as pessoas
esperam que acabe com a injusti�a,

de um momento para o outro,

mas isso n�o � poss�vel.
De que lhe serve isto, amigo?

Torna-me um pouco menos impaciente
com os burocratas e os pol�cias.

Para al�m disso, tudo bem.

Claro que sim. � por isso que tem
tantos amigos a baterem-lhe � porta.

Rhodes, vamos sair e festejar!

Quero ouvir algumas hist�rias
de atrocidades.

Conte-me. Que aconteceu?

O seu ingl�s � bastante bom. Quanto
tempo esteve nos Estados Unidos?

Seis, sete anos?

Como ilegal.
Sempre escondido.

Passado algum tempo,
parecia uma grande pris�o, n�o era?

N�s n�o somos assim
t�o diferentes.

Eu s� n�o gosto
de feij�es requentados.

Est� a esquecer-se de uma coisa.
Eu prendo pessoas e voc� n�o.

- Isso deve irrit�-lo.
- Pode crer...

Um dia, talvez o deixe prender
um pe�o imprudente.

- S� se puder usar algemas.
- At� pode ligar a sirene.

Ali est� ele.

Fique aqui.

Preciso de falar consigo.

Entre.

O homem que identificou,
Umberto Zato,

n�o apareceu hoje para trabalhar.
Desapareceu.

- Que estranho!
- O Logan disse que n�o sabe

onde est� o Zato
nem quem o mandou atac�-lo.

Importa-se que vista as cal�as?

Esteja � vontade.

Ol�.

Ol�... N�o sabia que voc�s
os dois tinham um caso.

Que engra�adinho, Douglas.
Que faz aqui?

Na verdade,
vim ver o meu velho amigo.

- Vou vestir as cal�as.
- N�o se vista por minha causa.

Isto � um bocado estranho.
Talvez seja melhor ir-me embora.

Primeiro,
responde-me a uma pergunta.

A Daxmoore est� a tentar
subverter o sindicato?

Claro que sim.

- Tu sempre soubeste isso?
- Sim, tu n�o sabias?

Por que n�o fizeste nada
em rela��o a isso?

- N�o tenho provas.
- Que farias,

se encontr�ssemos provas?
- Antes de a empresa os contratar,

os trabalhadores da Daxmoore
n�o tinham emprego.

A Daxmoore construiu uma f�brica
e deu-lhes uma nova vida.

Sabes o que acontece
se esta cidade se sindicalizar?

A tenda cai,
o circo deixa a cidade

e toda esta gente
volta ao ponto de partida.

- Ent�o, est�s a dizer-me...
- Estou a dizer-te

que ningu�m quer isso.

Fiz-te uma pergunta directa.

Se eu descobrir que a Daxmoore
est� a fazer algo ilegal,

ent�o, ter� de pagar.

Por que ser� que sinto
que est�s a enganar-me?

Por inexperi�ncia.

Tem fome?

- Quer provar do meu?
- N�o.

- Qual � o seuper diem?
- Uns tost�es.

- Que raio est� a fazer...?
- Estou a comer esta tarte.

...com a sua vida?
Voc� vive como um monge.

Os monges n�o bebem tequilha.

Sa�de!

Os seus princ�pios s�o admir�veis,
mas usa-os como uma bandeira,

no traseiro.
- E voc�? Onde usa os seus?

Estou preocupado consigo, Jim.

Obrigado.

Por favor... Dois.

- Tem tudo aquilo de que precisa?
- Estamos preparados.

- Diga qual � a sua op��o.
- Dizer? Alto?

- Que est� a fazer?
- O meu trabalho.

A vota��o verbal est� dentro da lei.
Indique a sua op��o.

- O sindicato.
- Mais alto, por favor.

O sindicato.

Sem sindicato.

- Castillo, apanhou-o?
- J� procur�mos por toda a cidade.

Nesta altura, o Bolo j� deve
estar a apanhar sol no Rio.

Se o encontrarmos,
pedimos a extradi��o.

- O que � que se segue?
- Nada. Acabou-se.

Que est� a dizer?

Os mi�dos americanos
foram mortos pelo Valdon.

Os camponeses
foram mortos pelo Valdon.

Se ficar por c� durante muito tempo,
ser� morto pelo Valdon.

Isso s�o tretas. Voc� sabe qualquer
coisa que n�o me quer dizer.

Estou muito ocupado, Rhodes,
tenho de desligar.

Castillo, est� a esconder-me
qualquer coisa. Castillo!

N�o estou a esconder-lhe nada.

Se conseguisse ver a sua cara,
saberia que estava a mentir.

Acabou-se,gringo,
v� para casa.

Castillo!

- O sindicato perdeu.
- Estou chocado.

Pe�a-me um
e eu conto-lhe um segredo.

Porqu�?
J� n�o acredita no Pai Natal?

Nem sequer no Coelho da P�scoa.

Vou apresentar uma queixa formal
contra a Daxmoore.

Aposto que isso os assustou.

Sim, sim,
est�o a tremer de medo.

- Acho que j� faz parte do clube.
- Sim, de que clube?

Os poderosos guerreiros
da queixa formal.

E � aqui que rezamos
para pedir for�as.

Ent�o, � melhor pedir um duplo.

Luis, dois duplos, por favor

Tenho de admitir que me enganei
em rela��o a si.

Acertou em rela��o a mim,
desde o in�cio.

- Como � isso?
- Mandaram-me para c�

por ter feito asneira.
Estava no Sud�o.

Apoio � situa��o de fome.

Estava a tomar uma bebida
no hotel e estava l� um jornalista

a queixar-se da comida e...

A poucos metros,
havia pessoas a morrerem � fome.

Por isso, dei-lhe uma sova.

Sabe qual � o meu trabalho?

� explicar que os sudaneses
est�o a morrer sem necessidade,

a pessoas que nem sequer sabiam
que os sudaneses estavam vivos.

Acho que tenho de sair disto.

J� nem sei o que estou a fazer.

N�o sei,

mas acho que ainda h�
alguma esperan�a para si.

Acho que � melhor
deixar-me guiar.

Est� a brincar? J� estive muito
mais b�bada do que isto.

- Ai sim? Gostava de ter visto isso.
- Calculo que sim.

O port�o est� fechado.

V�, toca a sair!

Rhodes! Ajude-me!

Rhodes!

Pronto, n�s vamos, n�s vamos.

Emily. Emily!
Emily, colabore!

Est�o a fazer-nos desaparecer,
n�o est�o?

N�o se preocupe, � um engano.

Cavalheiros, esta mulher �
representante dos Estados Unidos.

Ela n�o tem nada a ver com isto.
Deixem-na ir.

Obrigada pela tentativa.

Pronto, pronto, eu fa�o isso.

Tome. At� vou tirar a cassete.
Est� a ver?

Que se passa convosco?

Que foi isto, Rhodes?
Que se passa?

Tente manter-se calma.
Tenha calma!

Sr. Rhodes,
voltamos a encontrar-nos.

Ouvi dizer
que anda � procura do Bolo.

Penso que ele foi de f�rias.

Problemas laborais.

� o pre�o que o meu cliente tem
de pagar por ser compreensivo

com os homens dele.
- Porra, Gomez!

Neste momento,
estou muito feliz.

Finalmente, vejo uma sa�da
para o Sr. Valdon.

A arma do Bolo matou tr�s
daqueles camponeses.

- Tem andado a mentir-me.
- O Bolo foi um rapaz muito mau.

- Ele trabalhava por conta pr�pria.
- O qu�?

Apesar de serem muito
bem pagos pelo Sr. Valdon,

tamb�m s�o independentes.
- N�o acredito em si.

Procurei na lista telef�nica. Nesta
cidade, n�o h� nenhum advogado

chamado Enrique Gomez, Jr..
C� entre n�s,

tamb�m n�o h� nenhum Valdon,

pois n�o?

S� o nome j� inspira medo.
� um bem muito precioso.

Mas, s� entre n�s, n�o se pode
encontrar aquilo que n�o existe.

Adeus, Sr. Rhodes.

Lamento dizer-lhe
que n�o voltaremos a ver-nos.

V�, v�, mexe-te.

- Est� bem?
- Que se passa?

- Tenho medo de tentar adivinhar.
- N�o pode ser bom.

- Cava.
- N�o vou cavar nenhuma sepultura.

Cava, c�o.

Isto � o mi�do Carter.

O Bolo enterrou-os aqui?

Parece que foi queimado.

Que foi?

Foi o mesmo que aconteceu
aos camponeses.

Tinham queimaduras como esta.

- Nunca disse a ningu�m?
- Eles j� sabiam.

O que pode ter feito isto?

N�o sei. As amostras do solo
da aldeia deram negativo.

Tem de ir,gringo.

Espere!

Tome, atravesse a fronteira
e mande analisar isto.

- Pode dar-lhe boleia?
- Claro.

V�!

Boa sorte.

Quando j� n�o precisar do carro,
deixe-o onde quiser.

� roubado.

O meu nome � Carter.
Onde est� o meu filho?

Por aqui.

Que lhe aconteceu?

O seu filho e o amigo dele,
Jud Alexander,

morreram devido
a ferimentos de bala.

A arma do crime foi uma carabina
de calibre 38. Achamos que...

...poder� pertencer
ao Cartel Valdon.

Achamos que o seu filho testemunhou
um neg�cio de droga no deserto.

Aqueles homens s�o carniceiros.

Os rapazes foram expostos
a doses mortais de di�xido de metilo.

Sim, di�xido de metilo
e tra�os de sulfato de cr�mio.

Os rapazes foram enterrados
em solo contaminado.

Algu�m deve ter deitado aqueles
qu�micos no solo h� pouco tempo.

Analis�mos o solo
onde eles estavam enterrados

e aqui tem o relat�rio.

Mas os rapazes tinham o mesmo tipo
de queimaduras na pele

do que os camponeses.
- Temo que esteja enganado.

O Detective Castillo disse-me
que tinha visto as queimaduras.

Eu vi algumas n�doas negras,
uma grande marca de nascen�a...

- Talvez tenha sido isso.
- Est� a mentir!

O Castillo viu...

O Detective Castillo foi suspenso
e acusado de receber subornos

do Cartel Valdon.

- Vamos exumar os cad�veres.
- Temo que seja imposs�vel.

Foram cremados.

Quero levar o meu filho para casa.
J�!

Venha comigo,
temos de assinar uns pap�is.

Gringo!
Boa noite.

Que est� a fazer?

Ela n�o me deixa beber
dentro de casa.

- Suspenderam-no?
- Grande surpresa!

Foi o Madrid, o filho da puta.

Um dia, vou ter uma conversa
com ele. Vai ver...

Lamento muito.

Eu devia ter-me apercebido disto.
N�o podemos combat�-los, Rhodes.

- Claro que podemos.
- N�o.

J� o fizemos.

E perdemos.

� est�pido.
Deixei que me convencesse.

Eu n�o o convenci,
voc� � que se convenceu.

Tenho uma fam�lia para sustentar,
Rhodes.

Voc� n�o tem ningu�m.

Que vou eu fazer agora,

al�m de ter de estar sempre
a vigiar as minhas costas?

Lamento.

V�!

V� para outro pa�s qualquer!

V�-se embora, Rhodes!

- Acha que ele vai ficar bem?
- N�o sei.

E voc�, vai ficar bem?

N�o sei.

Obrigado pela ajuda.

Adeus, Rhodes.

Fala Rhodes.

Padre?

Onde?

Estou l� daqui a dez minutos.

Obrigado.

James...

O Umberto tem uma coisa
para lhe contar.

- Que te aconteceu?
- Coisas m�s.

Preciso de limpar a consci�ncia,
de esclarecer as coisas

para poder ser enterrado
ao lado da minha fam�lia.

O Senhor perdoa aqueles
que fazem as devidas correc��es.

Tens de te libertar
dos teus pecados. Conta-lhe.

Eu era o capataz nocturno
da Daxmoore.

Trabalh�mos muito,
durante semanas,

para conseguir instalar
o novo equipamento.

Est�vamos todos muito cansados.
Mandei-os para casa mais cedo.

Quem me dera ter ido com eles.
Nessa noite,

tinha sido entregue
um novo qu�mico.

Algo se passou com a v�lvula de
armazenamento e o ch�o inundou.

Tinha de limpar tudo mas,

por causa das elei��es
para o sindicato

n�o podia usar a nossa gente.

Era o tipo de acidente
que podia ser usado contra n�s.

J� tinha usado outras vezes
os alde�es para limpar

um parque de estacionamento
ilegal. Eram bons trabalhadores.

Al�m disso, viviam muito longe
e n�o iam contar a ningu�m.

S� tinha algumas horas.

Por isso, contratei-os a todos.

Quando estavam quase a acabar,
chamei o Sr. Logan.

Queria mostrar-lhe que tinha
feito um bom trabalho.

Que fazem aqui
estas pessoas todas?

Est� tudo bem,
eles n�o v�o contar a ningu�m.

A quest�o n�o � essa, idiota.
O problema � que est�o molhados.

N�o sabia que era t�o venenoso!

Mando-os parar?

N�o, eles que acabem.
Ningu�m sai daqui, percebes?

O Sr. Logan fez uma chamada.

A quem ligou ele?

Est� a devor�-lo por dentro.

Como � que os alde�es
foram parar ao t�nel?

Apareceu um tipo chamado Bolo.

Era magricelas e assustador.

Disse que tinha mais
um trabalho para eles.

Uma paragem r�pida.

Juro que n�o sabia
o que ele ia fazer.

Disse-lhes que havia ferramentas
no extremo do t�nel

que era necess�rio transportar.

Fomos para o deserto
para descarregar os barris.

Depois de termos feito isso,

apareceram os mi�dos das motas

e passaram por cima deles.

Deus me perdoe.

Quem mais � que sabia?

Diz-me a quem � que o Logan ligou.

Diz-lhe.

Ao Capit�o Madrid.

Eles pagam-lhe para destruir
o sindicato.

Padre!

Tudo bem?

Sou meio asteca
e meio conquistador.

Fiquei sem balas.

Estamos a ser atacados pelo Capit�o
Madrid e pelos homens dele.

Mataram o Padre Perez e o Zato,
depois da confiss�o que ouviram.

Leva isto.
Leva isto e sai daqui.

- Nem pensar, amigo!
- Vai! Leva-o ao Detective Castillo.

S�o provas. Vai, vai!

Madrid! O rapaz trabalha
para o Valdon. Ele n�o sabe nada.

Sou eu quem tu queres!

Eu sei a verdade.

O Zato contou-me.
Eu sei de tudo.

- Sabes?
- Est�s tramado, Madrid.

N�o me parece.

Porra!

Capit�o, isto foi tudo
obra do Valdon?

Sim, foi horr�vel.

O Valdon raptou o Sr. Rhodes
e o Padre Perez.

Quando est�vamos a tentar
libertar o Sr. Rhodes,

o Padre foi alvejado
e morto pelos traficantes.

Tr�s dos meus homens
tamb�m morreram

e h� um quarto ferido gravemente.

Apanh�mos tr�s dos homens
do Valdon. O resto fugiu.

Penso que o Chefe Fuentes
quer fazer uma declara��o.

Eu n�o,
mas o Detective Castillo quer.

Estamos a ser atacados
pelo Capit�o Madrid

e pelos homens dele.

Mataram o Padre Perez e o Zato,
depois da confiss�o que ouviram.

Capit�o Madrid, est� preso.

Sim, ele est� preso.

Fiz-lhes um favor.

A minha mulher
nem sequer quis vir para c�.

Disse-me que n�o vinha viver
para um pa�s de terceiro mundo!

N�o, n�o, por favor!
N�o, por favor! Por favor!

Eu n�o...
N�o, por favor.

N�o! N�o! N�o!

Tradu��o e Legendagem
Cristina Diamantino