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Ajudem-me por favor!

Matan�a! Motim!

Esse quer que o levemos de volta.

O outro acha que pode navegar
sem n�s dois.

� para Leste. Para o sol.

Entendi. Pode confiar em mim.

Para a �frica.

O que quer?

Tenho que mudar a rota. Voc� que ir
para l�? Voc� prefere?

Se quer ir para l�,
tenho que mudar a rota.

Assim voc� vai nos matar.

Sei, sei. V� tomar um banho.

Temos que mandar um sinal.

Com o navio perto,
ele vai se esconder.

Ent�o come�amos a gritar.

V�o vasculhar o navio.

Fique pronto.

Seis semanas depois

Em guarda Sr. Packwood!

Sim, sim, senhor!

Sempre em frente!

Fogo sobre suas cabe�as!

Abra o port�o!

Vamos, vamos, vamos!

Vamos em frente, agora!

Movam-se para frente!

- Em frente! Movam-se!
- Continuem assim!

Vamos! Mexam-se!

- N�o parem! Mantenham-se em movimento!
- Abram caminho para os pag�os fedorento!

Tudo bem, sigam em frente.

Tranquem eles!

Os port�es! Os port�es!

Empurrem ele!

Isabella II, rainha de Espanha

Sua Alteza Real.

Aconteceu algo.

Sr. Presidente!

Martin Van Buren 8� Presidente
dos Estados Unidos

O qu�?

Senhor Calderon.

Sim, tudo bem. N�o agora.

- � uma quest�o de import�ncia, senhor.
- Deus aben�oe a todos!

Eu estou tentando beber meu brandy
depois de um dia muito longo.

Eu simplesmente n�o sabia

se era isso que voc� queria
que eu cuidasse pessoalmente.

Leder, h� o qu�, quatro milh�es
de negros neste pa�s?

Por que diabos eu devo me
preocupar com esses 44?

Bem, h� raz�es.

Eu n�o sei como,
mas voc� cuida disso.

O navio � o Amistad.

� pequeno demais para ser
um navio negreiro.

Eles s�o escravos das planta��es?
Das �ndias ocientais?

N�o necessariamente.

Pelo menos, certamente
n�o olharam para eles.

N�o a partir da vis�o que eu tenho
deles a caminho da pris�o.

Eles t�m essas cicatrizes?

- Cicatrizes?
- Sim.

Eles foram os primeiros detidos por
oficiais da brigada em Long Island.

Eles foram encaminhados para New Haven -
sob a autoridade de n�o sei quem -

e entregues a pol�cia local.

Cerca de quarenta deles,
incluindo quatro ou cinco crian�as.

Presumo que sejam
acusados de assassinato

S� posso supor que
� por assassinato.

Eu vou ver o que posso fazer.

Talvez um mandado de pris�o ilegal
e atraso nos procedimentos.

Verifique se eles t�m um bom advogado.

Chefe! Chefe!

Ele n�o � um chefe!

Irm�o! Irm�o!

Ele n�o � um irm�o!

O que ele � ent�o?

Ele � um branco!

Aten��o! O tribunal distrital
dos Estados Unidos

no ano de nosso Senhor de 1839,
presidido pelo Juiz Andrew T Judson.

Se me permite, merit�ssimo.

A corte d� permiss�o
ao promotor p�blico Holabird.

Gostaria de apresentar ao tribunal,

as acusa��es de pirataria e assassinato

Eu tenho uma peti��o para
um recurso de habeas corpus.

Eu estava falando.

Estava lendo acusa��es que ser�o
irrelevantes com este mandado.

A peti��o para um mandado,
se � que a tem, � irrelevante

at� que um mandado efetivo de
um tribunal superior seja concedido

- Sr. Holabird est� correto.
- E voc�, senhor,

por favor, dvite de
representar um advogado,

que obviamente n�o �.

- Como eu estava dizendo,
- Merit�ssimo.

Senhor Secret�rio.

Merit�ssimo, eu estou aqui em nome da
o Presidente dos Estados Unidos,

representando as reivindica��es da
Rainha Isabel de Espanha,

no que diz respeito ao nosso tratado
sobre os ocenaos, de 1795.

- Voc� tem a minha aten��o.
- Obrigado.

Esses escravos, Merit�ssimo,
s�o de propriedade da Espanha,

e, de acordo com o artigo 9 desse
tratado, devem ser devolvidos,

tendo preced�ncia
sobre os demais cr�ditos.

Os escravos pertence a mim
e meu companheiro, Sua Majestade.

Quem s�o os dois cavalheiros?

N�s, Thomas R Gedney
e Richard W Meade,

Enquanto oficiais da marinha
dos Estados Unidos,

Diante deste tribunal
como cidad�os civis,

e por meio deste, reclamamos o
cr�dito por salvamento em alto-mar

do navio espanhol La Amistad
e todo o seu carregamento.

- Aqui est�, senhor.
- Merit�ssimo ...

Voc� deseja que esta peti��o esteja
acima da rainha da Espanha?

Onde ela estava

quando lutando contra ventos?

Sua Majestade, a Rainha de Espanha,
estava governando seu pa�s.

Merit�ssimo, esses oficiais
reivindicam apenas...

Merit�ssimo!

Aqui est�o os verdadeiros donos
desses escravos.

- Ordem!
- Em nome deles.

eu estou de posse de
um recibo de compra

em Havana, Cuba,
26 de junho de 1839,

Eu convoco a este tribunal
imediatamente a entregar

essas mercadorias!

E aquele navio aos meus clientes,

- Jose Ruiz ...
- Yo soy Ruiz.

"Yoso" Ruiz, e ... Pedro Montes?
Pedro Montes.

Sr. Tappan.
Como est�, senhor?

Meu nome � Roger S. Baldwin, advogado.

Advogado imobili�rio?

Im�veis, invent�rios
e outros ativos.

- Posso ajud�-lo com alguma coisa?
- O que � que voc� faz?

Tenho v�rios neg�cio e bancos.

A prop�sito, acho que
poderia me ajudar, Sr. Tappan.

Mas n�o � por isso que estou aqui.
Eu gostaria de ajud�-lo.

- Me ajudar?
- Sim. Eu lido com propriedade.

Posso devolver propriedades
ou tir�-las de algu�m.

Como neste caso,
que � sobre propriedade.

Todas as peti��es aqui
t�m a ver com propriedade.

- Obrigado, Sr. Baldwin.
- Baldwin, Roger, advogado.

Precisamos aqui
� de um criminalista.

Advogado de tribunal.
Mas, obrigado pelo interesse.

Sim. Bem...

com todo o respeito Sr. Tappan,
mas se fosse esse o caminho a percorrer,

bem, ent�o ...

Bem, eu n�o teria me incomodado
em vir aqui. Teria?

Eu lhes desejo boa tarde.

Concluindo,

eu convoco nosso eminente colega
de Massachussetts

o congressista
John Quincy Adams

para reavaliar sua tentativa
sem precedentes

de converter este exc�ntrico legado,
sejamos francos

em um monte de lixo de
um James Smithson,

em um instituto chamado
de tesouro nacional!

Talvez o Sr. Adams est� meditando
em sua resposta.

Se seus coment�rios fossem dignos
de alguma r�plica congressista Pinckney,

eu lhe asseguro que teria
me pronunciado... horas atr�s!

- Quem?
- Sr. Tappan. Lewis Tappan.

Sim?

Eu devo v�-lo?
Eu sou obrigado a v�-lo?

N�o, senhor. Ele pede uma audi�ncia.

D�-me sua m�o.

Oh, ele pede, n�o �?

Eu n�o conhe�o ningu�m
de nome Tappan.

- Senhor, j� o encontrou em v�rias ocasi�es.
- Onde?

- Onde est� ele?
- Ele est� bem ali, senhor.

Oh.

- O que � isso?

- Onde?
- Bem ali, senhor.

Lewis! Prazer em v�-lo de novo!

- Igualmente, senhor.

- Este � Theodore Joadson.
- Como vai, senhor?

- Uma honra conhec�-lo, senhor.
- Sim.

- Senhor? Existe algum lugar...
- Vamos passear no jardim...

- Sim.
- O qu�?

Deixe de lado o meu bra�o. Por aqui.

Este caso � de grandeimport�ncia.

Nosso secret�rio de Estado
Forshyth est� envolvido.

Voc� n�o precisa gritar!

Ele ap�ia as peti��es da Rainha
alegando propriedade dos africanos.

- Dois marinheiros est�o reivindicando.
- Em que esta��o estamos?

- Perd�o?
- Eu disse, qua � a esta��o?

Eu n�o entendo o que voc� quer dizer.

H� duas maneiras de conhecer
sem consultar um calend�rio.

Se as folhas do bordo caem,

e se o Presidente n�o est�
em casa na Av. Pennsylvania.

Diga-me, senhor ...

Voc� realmente acha que Van Buren
se preocupa com os caprichos

de uma menina de 11 anos de idade
que usa uma tiara?

Asseguro-vos, s� uma coisa ocupa
seus pensamentos nesta �poca do ano,

ser tudo para todas as pessoas,
que n�o significa nada para ningu�m.

Em outras palavras,
ele quer ser reeleito.

Me d� uma m�o.

Hein?

- Voc� pode nos ajudar, senhor?
- Solte o meu bra�o.

Segure a bengala.

- Sr. Adams?
- Sim, o qu�?

Como um defensor da aboli��o
da escravid�o, voc� vai nos ajudar?

N�o sou nem amigo nem inimigo �
causa abolicionista. Eu n�o vou te ajudar.

Senhor...

- O qu�?
- Eu o conhe�o, Sr. Presidente.

Eu conhe�o voc� e sua Presid�ncia
bem como a de seu pai.

O Sr. era uma crian�a quando
ele ajudou a inventar a Am�rica.

E o sr. tem devotado a sua vida
a refinar essa nobre inven��o.

Resta apenas uma tarefa por fazer.

Uma tarefa vital que os fundadores
deixaram para seus filhos

antes que suas 13 col�nias
fossem chamadas de Estados Unidos.

E essa tarefa, senhor, como bem
sabe, � acabar com a escravid�o.

Mesmo n�o assumindo, a hist�ria
mostra que o sr. � um abolicionista.

- Queira ou n�o admiti-lo.
- Sr. Joadson.

Voc� est� de nosso lado.

o Sr. � um erudito,
Sr. Joadson, n�o �?

Um grande historiador.

Vou dizer-lhe algo sobre
estas qualidades, se me permitir.

Se n�o vier acompanhada de, pelo
menos, um d�cimo de refinamento

tal erudi��o � in�til, senhor.

Sei do que estou falando.

Agora, se me d�o licen�a.

Bem, joguem mais baixo!

Encontre algu�m
cuja inspira��o cres�a

� medida em que o sr. perde.

Se a Espanha ganhar,
ser�o levados � Cuba e executados.

eles ser�o levados para Cuba
e executado.

Se os dois tenentes ganharem,
eles os vender�o para a Espanha,

e eles ser�o executados.

Se Montes e Ruiz forem bem sucedidos...

Uma coisa me confunde.
Quanto eles valem, para os senhores?

Estamos discutindo o caso,
n�o o seu custo.

� claro. Bem, o caso � muito
mais simples do que pensa Sr. Tappan.

� como qualquer coisa:
terra, gado, heran�as, etc.

Gado.

Sim, considere

a �nica maneira de comercializar
escravos � se eles nasceram escravos,

em uma planta��o.

- Estou certo, n�o estou?
- Sim.

- Ent�o, nasceram?
- Nasceram?

Sim. Escravos nascidos,
em uma planta��o.

N�s n�o estamos certos,
mas duvido muito.

Vamos dizer que eles nasceram.
Ent�o eles s�o bens,

e n�o mais merecedores de
um julgamento criminal.

Por outro lado, vamos dizer
que eles n�o s�o escravos,

caso em que foram
adquiridos ilegalmente.

Esque�a o motim, esque�a a pirataria,
esque�a o assassinato.

Essas s�o ocorr�ncias irrelevantes.

Ignore tudo, menos a coisa mais importante.

A transfer�ncia il�cita
de bens roubados.

De qualquer maneira, n�s venceremos.

Senhor, esta guerra deve ser travada em
o campo de batalha da justi�a.

O qu�?

Seria contra a tudo o que defendemos

deixar isto deteriorar-se em
um exerc�cio de min�cia legal.

Sr. Tappan, eu estou falando
do cerne da quest�o.

Eu tamb�m.

� o nosso destino,
como abolicionistas e como crist�os,

salvar essas pessoas.

Eles s�o gente Sr. Baldwin, n�o gado.

Cristo contratou um advogado
para livr�-Lo das tecnicalidades?

Ele foi para a cruz, nobremente.
Voc� sabe por qu�?

Para dar exemplo.

Para dar o exemplo,
como n�s, tamb�m.

Mas Cristo perdeu.

- N�o, senhor. N�o perdeu.

- Voc� quer ganhar, n�o �?
- Sim.

Com certeza. As vezes,
s� recebo se vencer.

O que nos leva de volta para
a quest�o anterior dos valores.

Para ser melhor que o advogado de Cristo

Vou exigir 2,50 d�lares por dia.

Quem s�o eles, voc� sabe?

Parece que eles est�o doentes.

Eles s�o animadores

Mas porque eles parecem t�o miser�veis?

Voc� n�o pertente a este lugar.

Sua mesa n�o pertence a este lugar.

Aqui � a terra dos Temne

Como vai, senhor?

Voc� que se sentar?
Sente-se sobre a terra dos Mende

O que voce est� fazendo, Temne?

Voc� que arrumar confus�o?
Cruze o nosso territ�rio novamente.

O que est� fazendo?
Ponha essa mesa fora daqui.

Vou lhe mostrar a terra dos Sherbro

L�?

Sinto muito. N�o estou entendendo.

Desculpe-me.

Meu nome � Roger Baldwin

Este � Theodore Joadson
da Sociedade Anti-escravid�o

e propriet�rio do servi�os
de transportes Forten.

E este � Professor Gibbs,
um ling�ista.

O que voc� quer?

Continuar a falar. Lev�-os a falar.

Voc� j� viu isso antes?

Eu posso mat�-lo com minhas m�os
antes de voc� erguer esta espada.

- Isso pertence a voc�?

N�o.

Eu preciso saber de onde voc� �.

O que ele disse?

Eu n�o entendo nada.
Isso � s� fala��o.

Acho que ele disse:
"mostre-me o mapa".

O que voc� acha?
Est�o aqui para nos ajudar?

Eu n�o sei.

Ele me lembra Fula de Baoma, voc� sabe aquele...

aquele que � contratado para coletar
estrume de elefante nas planta��es.

Um coletor de estrume � justamente
o que precisamos agora.

Aqui, na �frica.
� de onde s�o?

A-fri-ca.

O que ele quer?

Ele � um idiota.
Ele s� quer ouvir ele mesmo.

Voc� nasceu nas �ndias Ocidentais?

Todos os tr�s s�o uns idiotas.

O que ele disse?

Oh, ele disse ...
que eles t�m que ir embora.

- Emancipa��o! � o caminho de Deus!

Voc� n�o pode possuir outro ser humano!

- Assassinos de homens brancos!
- A escravid�o � tirania!

Olha. S�o aqueles infelizes de novo.

Deus lhe aben�oe.

Eu n�o tenho medo de voc�, sua praga.

Voc� coloca sua m�o sobre
este livro e eu vou orar por voc�.

Eles s�o seres humanos, n�o animais!

A escravid�o vai matar este pa�s!

... sil�ncio nesta corte!

depois dos espanh�is fazerem suas
V�speras e estando dormindo,

os selvagens se soltaram
de seus grilh�es,

e rastejaram at� o conv�s
como predadores.

Eles ca�ram sobre a tripula��o
com estas facas de cana-de-a��car

- Eu n�o exagero
a desumanidade de seus atos.

Voc� imagina quem ele �?

Talvez um conselheiro ou algo assim.
Talvez dos outros.

E aquele ali?

Talvez deles...

N�o fosse a bravura de Ruiz e Montes,

que dirigiram o Amistad
a estas praias

sob a constante amea�a do destino,

talvez nunca saber�amos deste massacre,
este banho de sangue.

Se n�o fosse sua bravura, estes vil�es
teriam escapado da justi�a.

Mas n�o. Eles n�o escaparam.

E o coletor de estrume?

Tenho um pressentimento que falam de n�s.

Voc� sabe a diferen�a
entre uma vaca e um repolho?

Um tijolo e um urso?

Ou sobre um fur�o e um presidente?

O governo espanhol espera que voc�
n�o saibam. E porque?

Este caso n�o �
sobre mortes, massacres.

N�o � sobre nada dram�tico.

� sobre saber a diferen�a
entre aqui e os outros pa�ses.

Eu quero lhe mostrar uma coisa.

Abra a boca.

Ele n�o entende.
Ele n�o fala Ingl�s.

Abra su boca.

Agora ele deveria entender.
Nasceu nas planta��es em Cuba.

Talvez ele simplesmente n�o gosta de voc�.

Ele n�o seria o �nico, Sr. Holabird.

Sim.

Ele aprendeu isso em alguma fazenda
cubana? Esse efeito decorativo?

Fazenda cubana.

Levantem-se. Levantem-se.

Levantate.

Levantate.

Levantate.

- Levantem-se.
- Ahh!

Obrigado.

Merit�ssimo, eu falo espanhol,
e nasci na Filad�lfia.

Nas fazendas espanholas,
os escravos preferem viver

cercados de seus costumes e idiomas.

Para que precisam saber espanhol?
"Pegue?" "Carregue?" "Pare?"

Muitas vezes, bastam gestos
para os escravos

Merit�ssimo ...

Eu represento os interesses
dos srs. Ruiz e Montes.

- Eu me lembro.
- Eu tenho uma nota de venda,

emitido em Havana
para a compra de escravos.

Lembro-me tamb�m.

Nela, al�m do pre�o de cada um,
est�o seus nomes.

Jos�, Bernardo ...
Paco e assim por diante.

Em nome dos meus clientes, eu submeto
este documento para o tribunal.

Sr. Baldwin, o sr. ofereceu
a este tribunal, eu vou ser gentil

provas circunstanciais.

O senhor teria documentos tais

que possam refutar o recibo
e refor�ar sua peti��o?

e assim mais convincente
apoiar suas reivindica��es?

Eu posso criar um, como eles fizeram,
se isso bastar, Merit�ssimo.

Quer dizer, est� dizendo
que n�o tem.

Isto � correto?

Eu as tenho.

Receio que isso n�o me impressione.

Eu pensei que voc� fez muito bem.

Fiz?

Muito melhor do que eu esperava,
para ser honesto.

Bem, obrigado, eu acho.

Temia que o senhor se esquecesse que
este � um caso como outro qualquer.

- Este � apenas um caso como outro qualquer.
- Voc� n�o precisa se preocupar com isso.

�timo.

Ol�, Cinque.
Meu nome � Roger Baldwin.

Eu vou ser seu advogado.

Sim. Obrigado.

Eu preciso provar de onde voc� �.

Voce quer mostrar a eles de onde viemos.

Como voc� deve me dizer?

Como eu posso explicar de onde n�s viemos?

Talvez , eu...

Desculpe-me, voce deveria falar primeiro.

Aqui. Isso � de onde eu sou.

Aqui. Isso.

Tudo isso. Tudo isso � ...

- � aqui...
- � minha casa.

Aqui.

Cuba. Cuba � uma ilha.

O Amistad. Este � o lugar onde ...
onde voc� ...

onde todos ... foi morto.

Aqui. Cuba, o Amistad.

Agora, Cuba ... Esta � a sua casa?
Acho que n�o.

Mas ... Desculpe-me.

Agora ...

�frica.

Esta � a sua casa, n�o �?

Esta... � sua casa.

Sim?

Voc� veio ...

todo o caminho ...

a partir daqui.

Aqui... � o qu�o distante
de onde venho.

Por favor d�-me os pap�is!

N�o podemos entrar! Porque n�o?

Isto � uma ordem judicial concedendo-nos
permiss�o para pesquisar este navio.

- O que eles queriam?
- Queriam vir a bordo.

Eu informei a eles que precisavam obter
um desses ... um aut�ntico.

Voc� n�o vem?

- � culpa tua!
- � culpa minha?

- Saia daqui!
- Se deixaste os pap�is l�, temos que buscar!

Ilumine!

Ilumine Sr. Baldwin.

Eu estou tentando.

Sr. Joadson!

Aqui.

Voc� est� bem?

Sim.

Esses pap�is eu pedi para examin�-los.

S�o partes de um manifesto do navio que eu
recuperei ontem no Amistad.

� primeira vista, eles podem
refor�ar os argumentos da promotoria.

Voc� v�, ele lista a carga deles.

Carga com os nomes espanh�is
dos Srs. Ruiz e Montes

que insistem em representar
os meus clientes,

com rabiscados nas margens.

Mas n�o, isso n�o � o manifesto
do Amistad. Veja.

Isso faz parte do manifesto de carga
de um navio portugu�s,

o not�rio navio negreiro Tecora.

O Tecora.

Eu posso lhe trazer testemunhas
quantas quiser, Sr. Holabird ...

Tecora!

Seus clientes de com�rcio principalmente
da costa da �frica Ocidental.

Costa do Marfim, Serra Leoa.

Eu sei o que voc� est� pensando.

Serra Leoa � um protetorado
da Coroa Brit�nica.

A escravid�o � ilegal l�.

Seu porto principal, de fato,
foi re-batizado de "Freetown".

Como ent�o, pode o
navio portugu�s Tecora ...

participar no tr�fico de escravos
nestas �guas?

Eu vou dizer como. Em uma palavra...

Ilegalmente.

O que quer que esses homens dizem
claramente n�o importa

porque isso prova-os mentirosos.

A viagem de meus clientes
n�o come�ou em Havana,

como eles continuam a afirmar mais
e mais enfaticamente.

N�o, a jornada de meus clientes...

come�ou muito, muito mais longe.

Eu o subestimei, senhor!

Eu realmente o fiz!

- Eu deveria tomar isso como um elogio.
- Oh, voc� deve na verdade, senhor.

Eu n�o posso imaginar que n�o h� como
n�o chegar a uma conclus�o favor�vel...

Hey! Hey!

Estou sangrando?

N�o h� nada?

O que eu fiz para merecer isso?

Voc� levou o caso, Sr. Baldwin.

Voc� levou o caso, senhor.

Eu deveria tomar isso como um elogio.

Como voc� pode perceber,

Eu desejo que voc� aja prontamente

Antes desta quest�o tornar-se
um peso sobre os nossos dois pa�ses".

grandes pa�ses.

Nossos grandes pa�ses.

Afinal, o neg�cio de
pa�ses grandes � fazer neg�cios.

Excelente, Sua Alteza.

A escravid�o � o nosso pilar de
com�rcio no Novo Mundo.

Sem ele, nossa boa vontade
e excelentes rela��es comerciais...

- devem estar em perigo.
- "Deve estar em perigo.

Sem isso, poder�amos
ter negada a gl�ria

De ajudar voc�s na rebeli�o
contra os ingleses.

Como na��es escravista,
devemos estar juntos firmes.

Fale as palavras de humanidade
para as massas de seus cidad�os,

Mas se agarram ao poder
que os protege.

Poder que, naturalmente,
� a sua riqueza.

Os africanos nunca devem ser livres.

Com a mais sincera admira��o,

Isabella Segunda,
Rainha da Espanha.

Eu n�o estou a ponto de dobrar a vontade
de uma rainha na puberdade.

Esquece-os.
Eles n�o tem import�ncia.

- Pre-adolescente.
- Voc� precisa se preocupar

com o que significa este assunto aqui,
n�o a um oceano de dist�ncia.

Algu�m poderia me dizer o que isso significa?

Leder, voc� mesmo
disse que n�o tinha sentido.

Bem, n�o mais.

- John Calhoun pagou-me uma visita.
- Oh, Deus.

Para explicar-me porque este caso
de importa��o � muito maior ...

- Simbolismo muito maior, para usar suas
palavra - para o Sul do que para o Norte.

Se os africanos s�o executados,

os abolicionistas v�o
fazer bom uso disso.

E tamb�m, eles v�o fazer
alguns convertidos.

Se, por outro lado,
eles s�o libertados,

Calhoun diz que os estados do Sul
v�o aliar-se contra voc�

que voc� pode esquecer
sobre a reelei��o.

- Tudo isso?
- � pior do que isso.

Pior? O que poderia ser
pior do que isso?

Calhoun acredita, e eu n�o tenho certeza
eu posso discordar dele,

que isso pode levar-nos a todos a
um grande passo da guerra civil.

- Isso?
- Sim, Sr. Presidente.

Mas nem tudo est� perdido.

O j�ri parece disposto a libert�-los,
mas os jurados poder�o ser demitidos.

Eles podem?

Mas acredito que devemos ir mais longe
e remover o juiz.

Podemos fazer isso?

Ele poderia ser convencido a
abster-se por v�rias raz�es.

Com isso em mente,

Eu tomei a liberdade de
explorar poss�veis substitutos.

Eu descobri que fortemente
acredito ser melhor.

Ele � jovem, o que significa que ele tem um
carreira diante dele, em vez de olhar para tr�s,

ele ainda tem que sentir o anseio

para gestos magn�nimos
para o bem da posteridade.

E ele � monumentalmente inseguro,

particularmente sobre
sua heran�a cat�lica.

- Ele � cat�lico?
- Seu av� era cat�lico,

que o jovem Mr. Coglin tem se esfor�ado
todos os seus dias para ficar quieto.

Sr. Presidente, Juiz Coglin.

Juiz Coglin,
estamos t�o satisfeitos em conhec�-lo.

Muito obrigado por ter vindo.

Tenho lido nos jornais

a saga do Amistad continua.

Jornais respeit�veis.

- Jornais respeit�veis.
- Sim, senhor.

Sim, m� sorte neste �ltimo cap�tulo.

O que fazer agora, hein?

� por isso que eu vim aqui
para falar consigo, senhor.

Nenhuma imposi��o... realmente.

Sim.

Como esse...

Como esse jovem advogado
lidou com a not�cia?

No tranco, senhor. No tranco.

A coisa �, ele fez tudo certo.

- Ele provou o caso.
- Sim?

Oh, sim, senhor.
Surpreendentemente, ele fez.

Bom.

Bem, ele vai ter
faz�-lo novamente, ent�o.

Mas como a maioria das coisas,
ser� mais f�cil na segunda vez.

Bem, eu tenho medo, n�o importa
o que ele faz agora, senhor.

Rumores dizem nosso pr�ximo juiz
foi escolhido a dedo por Van Buren.

N�o!

Eu tenho vergonha de admitir que
eu estava equivocado

que o nosso Executivo
e Judici�rio estavam separados.

N�o mais do que esses, Sr. Joadson.

N�o mais do que estes.

- Ent�o agora voc� sabe.
- Sim.

- Senhor?
- Sim?

Sr. Presidente, se fosse o senhor
lidando com o caso...

Bem, n�o sou eu.
E gra�as a Deus por isso.

- Mas se f�sse, senhor,
- Huh?

O que voc� faria?

Bem, quando eu era um advogado,

h� muito tempo ainda jovem,

Eu percebi depois de muitas
tentativas e erros,

que em um tribunal,

quem conta a melhor hist�ria ganha.

Estou lhe dando um pouco
de sabedoria, n�o como advogado

Estou muito agradecido por seu tempo.

A prop�sito, qual � a hist�ria deles?

- Senhor?
- Qual � a hist�ria deles?

Bem, eles s�o

da �frica Ocidental.

N�o. Qual � a hist�ria deles?

Sr. Joadson, qual � a sua origem?

Da Georgia, senhor.

- Georgia.
- Sim, senhor.

Isso resume o que o senhor �?

A Ge�rgia? Essa � sua hist�ria?

N�o. Voc� � um ex-escravo,

que dedicou sua vida
para a aboli��o da escravatura,

e superando grandes dificuldades
ao longo do caminho.

Essa � a sua hist�ria, n�o �?

Voc� e esse jovem advogado

provaram que sabem o que s�o.

Eles s�o africanos. Parab�ns.

O que voc� n�o conhece, e n�o
preocupou em, pelo menos a descobrir,

� quem eles s�o.

Certo?

Sete.

Oito.

N�mero nove ...

e dez.

Agora, quanto a voc�, Sr. Baldwin?

Gostaria de contar 1-10?

Um a dez em Mende.

- One.
- Ta.

- Dois.
- Fele.

- Tr�s.
- Sawa.

- Quatro.
- Nanee.

Cinco.

Lorlu.

Fruta fresca!
Em linha reta do Caribe!

- Sawa, nanee, lorlu ...

- O que acontece aqui?
- Um deles morreu na noite passada.

Tentamos levar o corpo para enterr�-lo.

O que eles querem?
Viver com isso?

Eles querem enterr�-lo.

Eles t�m que enterr�-lo
de acordo com suas cren�as.

Caso contr�rio, a sua alma
ir� assombr�-los.

Se eu fosse voc�,
se fosse o supervisor daqui

eu quebrava o protocolo
e os deixava enterr�-lo.

Eu estava pensando a mesma coisa.

Meu nome � Kai Nyagua
e James Covey

Eu falo mende e ingl�s a l�ngua deles

Voc� e ele ir�o falar um com o outro atrav�s de mim.

- As roupas,
- e os nomes

Eu fui resgatado como escravo de um navio
pela marinha brit�nica

Eu nunca voltei.

Um problema surgiu.

O juiz que t�nhamos, que acreditava,

que devem ser libertados,
foi indeferido.

Um novo juiz foi chamado
para julgar o caso,

desta vez sem um j�ri.

Como isso � poss�vel?
Um chefe n�o pode ser substitu�do.

Eu n�o posso explic�-lo da maneira
que voc� iria entender, Cinque.

Ou para mim, para essa mat�ria.
S� que, bem, isso j� aconteceu.

Eu n�o sou um grande orador
ou advogado, Cinque.

Eu n�o sou um grande homem na minha profiss�o.

Eu n�o sei se s� eu posso
convencer este juiz de libert�-lo.

Preciso de sua ajuda.

Quando formos ao tribunal,
eu precisarei de voc� para falar.

Eu n�o sou
um assessor de qualquer tipo.

N�o posso falar pelos outros.

Cinque, os outros, eles dizem que voc� pode.

Eles dizem que voc� � o grande homem aqui.

Eu n�o sou.

O que � que ouvi sobre um le�o?

Eles dizem que voc� sozinho - sozinho, Cinque -

matou a fera mais terr�vel
que algu�m j� viu.

N�o � verdade?

O le�o tinha matado v�rias pessoas.

at� ca�adores entre n�s.

Todos, incluindo eu estavam com medo.

Eu estava deitado com minha fam�lia,

quando, do nada ele apareceu.

Como veio para mim

eu peguei uma grande pedra
e joguei nele.

E por algum milagre, eu o abati.

Ele n�o sabe como
que matou, mas fez.

Uma grande pedra.

Uma grande pedra.

Recebi a gratid�o
de todos na aldeia.

Deram-me respeito.

Trataram-me
como se eu fosse um pr�ncipe.

Eles me deram
um belo pano do pa�s.

Todas essas coisas que me deram,
eu levei comigo.

Mas eu sabia
que n�o merecia isso.

Quando eu joguei a pedra na
besta ... eu tive saudades dele ...

Ele disse que n�o estaria aqui
explicando essas coisas.

Ele teria sido morto.

Entendeu?

Voc� entendeu?

Eu n�o sou um grande homem.

Apenas um sortudo.

Eu poderia concordar com voc�, Cinque,
exceto que voc� est� esquecendo de algo.

O outro le�o.

O Amistad, Cinque.
A insurrei��o.

Isso tamb�m foi um acidente?
Eu n�o penso assim.

Que n�o foi bravura.

Qualquer homem faria o mesmo
para voltar a sua fam�lia.

Voc� mesmo faria isso.

Algu�m disse que poderia ser seu.

Minha esposa me deu.

Para manter-me em seguran�a.

Cinque...

Eu preciso de voc� para me dizer
como chegou aqui.

Eu baterei em sua cabe�a se gritar novamente

Eu dividirei dom voc� todo o ganho da colheita.
Eu darei tudo para voc�.

Fortaleza de escravos Lomboko

Deus aben�oe voc�s!

Deus os perdoa e os ama!

Este est� doente, n�o lhe d� nada.

Esta.

Esta n�o.

Esta.

Esta n�o. Esta n�o!

Abram!

Caminhem! Adiante!

Temos pouco tempo! Vamos!

Negro Bernardo.

Eu queria mat�-los tamb�m.

Por convencerem alguns de n�s
que nos levaria de volta para casa.

Obrigado, senhor.

Sr. Holabird.

Foi um grande conto.

Intriga, rapto,

coragem em face
de sofrimento indiz�vel.

E tudo verdade. Tudo certo.
Agora me diga se isso � verdade.

Algumas tribos na �frica, por centenas
de anos - milhares, talvez -

possu�am escravos.

Traduza.

Sim.

Em que circunst�ncias pode
se tornar um escravo entre os Mende,

do que alegam pertencer?

Traduza.

Guerras, d�vidas.

Oh, eu entendo. E quantos homens
est�o em d�vida com voc�?

Eu n�o acho que voc� entende.

Sr. Holabird est� tentando
intimidar meu colega.

A palavra Mende para "escravo"
est� mais perto de "trabalhador".

Ser� que esses trabalhadores possuem a terra
que trabalham? Ser� que eles recebem sal�rios?

S�o estes trabalhadores livres se n�o
quiserem trabalhar para voc�?

Ele est� questionando o tradutor!

O tradutor est� respondendo
para a testemunha.

- A testemunha n�o est� recebendo uma chance!
- Mr. Baldwin!

Bem, Mr. Baldwin! Escravid�o,
servid�o por contrato.

O que quer que queira cham�-lo,
o conceito � o mesmo.

Agora, ele est� familiarizado com o conceito.

Afinal, � tudo uma quest�o
de dinheiro, n�o �?

Escravos, produ��o, dinheiro.
Quero dizer, essa � a id�iala.

Seja aqui ou l�.
Estou confuso.

O seu povo, habitualmente,
mata seus escravos

da maneira que voc� acabou
t�o vividamente de descrever para n�s?

Claro que n�o.
Qual seria o prop�sito?

Matar seu pr�prios escravos � como
queimar sua pr�pria casa ou cabana,

n�o �?

Como voc� explica esse paradoxo?

Eu n�o entendo o que voc� quer dizer.

Certeza que entende.
Assim como todos aqui.

O comportamento que voc� atribuiu a
seus algozes - suas v�timas -

e, portanto, todos os outros
aspecto de seu testemunho,

n�o faz sentido.

Nem mesmo a voc�.

Mas obrigado. Como relato
de fic��o, foi divertido.

Nada mais.

Capit�o Fitzgerald,

explique seus deveres
na marinha de Sua Majestade.

Patrulho a Costa do Marfim
em busca de navios negreiros.

Porque?

Porque a escravid�o � proibida
no direito brit�nico.

No entanto, o rapto de homens do
protetorado brit�nico de Serra Leoa

e seu transporte ilegal
como descrito por Cinque,

- N�o � in�dito, n�o �?
- Nem mesmo incomum, infelizmente.

Em que, do que Cinque contou
de sua prova��o, o senhor acredita?

Sua descri��o da fortaleza
dos escravos, para come�ar.

Tal lugar existe.

Voc� j� viu isso?

N�o, n�o conseguimos localiz�-lo.

mas h� provas de que � real.

Que provas, exatamente? Boatos?

Relatos.

Relatos tais como os que
Cinque nos contou hoje?

Sua exist�ncia, senhor,
tem sido relatada.

Cinque descreve
o assassinato a sangue-frio

de muitas das pessoas
a bordo do Tecora.

Sr. Holabird v� isso como um paradoxo.
Voc� v� assim, senhor?

Muitas vezes, quando navios escravos
s�o interceptados ou possam ser,

eles simplesmente jogam todos
seus prisioneiros no mar

e, assim, livram-se
das provas de seu crime.

- Afogam centenas de pessoas?
- Sim.

N�o parece um neg�cio lucrativo,
esse neg�cio de escravos,

Capturando muitos,
s� para jog�-los no mar.

Ao contr�rio � muito lucrativo.

Se pud�ssemos corroborar a hist�ria
de Cinque de alguma forma com ...

evid�ncias de algum tipo.

O invent�rio.

Isso? Do Tecora?

Se voc� olhar, h�
uma nota��o feita em 10 de maio

corrigindo o n�mero de escravos a bordo,
reduzindo o seu n�mero por 50.

O que significa isso?

Se voc� olhar para ele em conjunto
com o testemunho de Cinque,

Eu diria que isso significa o seguinte:

A tripula��o do Tecora,
tendo subestimado

o montante das provis�es
necess�rias para a sua viagem,

resolveram o problema
jogando 50 pessoas ao mar.

Estou olhando para
o invent�rio do capit�o,

e eu sinto muito, eu n�o
vejo onde ele diz:

"Esta manh�, jogamos
50 escravos ao mar. "

Em 10 de maio ou qualquer outro dia.

Como � claro que n�o.

Eu vejo que
o peso da carga alterada.

Eles reduziram o peso,
eu vejo, mas isso � tudo.

� uma simpes matem�tica macabra.

Bem, para voc�, talvez.

Eu precisaria de uma pena,
pergaminho e muita imagina��o.

A que peso, o sr. acha que
a anota��o se refere, senhor?

Um mastro e velas, talvez?

D�-nos ... liberdade.

D�-nos...

liberdade.

D�-nos, liberdade

D� .. nos ... liberdade.

Merit�ssimo, por favor
instrua o r�u

para n�o interromper o processo
com tais explos�es.

D�-nos, liberdade!

Se pudermos ter algo parecido
com ordem no tribunal...

D�-nos, liberdade! D�-nos, liberdade!

Ele n�o pode continuar clamando
"Deixem-nos livres" ...

D�-nos, liberdade!

enquanto estou questionando
este testemunho!

D�-nos liberdade!

D�-nos liberdade!

Vai me dizer que est� interessado nisso.

Ningu�m est� vendo, mas eu vejo.

Eu n�o estou fingindo.
Eu estou entendendo isto.

Este povo sofreu mais que n�s...
A vida deles foi pleno sofrimento.

Ent�o ele nasceu e tudo mudou.

Quem � ele?

Eu n�o sei, mas todos sabem,
ele � seguido pelo sol.

Aqui ele cura pessoas com as m�os.

Protegendo eles...

Falando para as crian�as...

O que � isso?

Ele tamb�m atravessou o mar.

Mas ent�o, algo aconteceu...

Ele foi captudado e acusado de um crime.

Aqui ele est� com as m�os atadas.

Ele deve ter feito alguma coisa.

O que devemos fazer?

N�o importa o que foi,
mas foi s�rio para mat�-lo.

Voc� quer ver como ele foi morto?

Isto � somente uma hist�ria, Yamba.

Mas veja. Isto n�o � o fim.

Seu povo pegou seu corpo deste lugar...

Eles o colocaram numa caverna,
e o trancaram assim como n�s.

Pensavam que estava morto, mas ele
apareceu para seu povo e falou para eles.

Ele finalmente apareceu no c�u.

� para onde a alma vai quando morremos.

� para onde vamos quando nos matarem.

N�o me parece t�o mau.

Baukei... mantenha sua cabe�a erguida.

Levantem-se todos.

Ap�s cuidadosa revis�o
e reflex�o aprofundada,

Acho que � imposs�vel negar o
poder de posi��o do governo.

N�o h� d�vidas de
que o promotor Holabird,

Sua Majestade Cat�lica,
Isabella de Espanha,

e seu ministro de confian�a,
o Se�or Calderon

todos procederam
com extrema f�

na solidez deste caso.

Eu tamb�m acredito
que os senhores Ruiz e Montes

podem ter deturpado
a origem dos prisioneiros,

uma quest�o crucial que pesa
sobre seu destino,

e dos espanh�is tamb�m.

Eles nasceram na �frica?

J� que a resposta
a esta pergunta

influir� na decis�o
da corte, pergunto de novo.

Eles nasceram na �frica?

Eu acredito que sim.

Como tal, a reclama��o de posse
de Sua Majestade n�o tem m�rito.

Nem para aqueles que os salvaram
Tenentes Mead e Gedney.

Tenho a honra de ordenar a pris�o
e deten��o

dos senhores Ruiz e Montes...

pelo governo federal mar�timo...

e pelos agentes federais... em
acusa��o de tr�fico de escravos!

E a liberta��o dos africanos

e seu transporte por este governo,

incluindo as despesas

de volta para suas casas na �frica!

Sim!

Conseguimos, Joadson! Conseguimos!

Covey, diga-lhes! Diga-lhes agora!

Olhe para eles!

O que � mais desconcertante
para Sua Majestade

� essa independ�ncia arrogante
dos tribunais americanos.

Afinal, se n�o se pode governar
os tribunais, n�o se pode governar.

Senhor Calderon, como qualquer
verdadeiro americano lhe dir�,

� essa independ�ncia
que nos mant�m livres.

John ... Estou feliz que voc� veio.

Sr. Presidente?
Senador Calhoun est� aqui.

John! Eu estava com medo que n�o f�sse
mais capaz de se juntar a n�s.

- Fique tranquilo, senhor.
- Oh, obrigado! Por favor.

Eu gostaria de apresentar senhor Calderon,
embaixador da Espanha.

Boa noite, senhor Embaixador.

- Pensei que havia dito que n�o viria.
- Ele disse que n�o viria.

Voc� v�, senhor Calderon,

h� um n�mero crescente de pessoas
nesta parte do pa�s

com respeito a n�s no Sul

que somos inferiores a eles,
n�o s� geograficamente

Eles ignoram o fato de

que a escravid�o est� t�o entrela�ada
nas funda��es de nossa sociedade,

que para destru�-la seria
destruir-nos como povo.

� imoral. Isso � tudo o que sabem.

Portanto, n�s tamb�m somos.

Imorais e inferiores.

Somos inferiores em um aspecto.

N�o somos t�o peritos
na arte de fazer dinheiro.

N�o somos t�o ricos
como os nossos vizinhos do norte.

Ainda estamos nos esfor�ando.

Tirem o nosso sustento, agora...

bem, todos n�s sabemos
o que pode acontecer

Norte e sul.

Eles se tornam os mestres,
e n�s os escravos.

Mas n�o sem luta.

O senador Calhoun est� sendo modesto.

Ele � inferior em outro aspecto,
a arte do exagero.

Pergunte a si mesmo, senhor Calderon ...

Que tribunal quer ser respons�vel

para a fa�sca que inflama
a tempestade?

Que presidente
vai querer estar no poder

quando tudo ruir em volta dele?

Certamente nenhum tribunal antes deste.

Certamente o presidente n�o
antes deste.

Ent�o...

N�o nos julgue t�o duramente, senhor,

E pe�a � Sua Majestade o mesmo.

Porque a decis�o que nossos tribunais
e nosso presidente tomaram

n�o � se este grupo
esfarrapado de africanos

levantou espadas contra o inimigo,

mas se, mais exatamente,
n�s atacaremos.

Venha, Sr. Joadson.

Esta not�cia...

Bem, � claro,
� uma m� not�cia, mas ...

mas a verdade � que eles valem
mais mortos para n�s do que vivos.

Mart�rio, Sr. Joadson.

Desde os prim�rdios do cristianismo,

n�o vemos t�o forte
poder para a mudan�a.

Voc� sabe que � verdade.

O que � verdadeiro, Sr. Tappan

e acredite em mim quando eu lhe digo,
Eu vi isso -

� que h� homens cujo �dio pela
escravid�o � mais forte do que qualquer coisa,

exceto para o pr�prio escravo.

Se voc� deseja inspirar tal �dio
em um homem, Sr. Joadson,

fale com ele desta maneira
e poder� se tornar realidade.

Nosso presidente,
o nosso l�der,

apelou da decis�o
para a nossa Suprema Corte.

O que significa isso?

Temos que julgar o caso novamente.

Sei que � dif�cil de entender, Cinque.

Eu n�o entendo tamb�m.

Voc� disse que haveria um julgamento,
e gostar�amos de estar livres.

N�o, n�o. O que eu disse � que
n�s ganhamos em n�vel estadual.

N�o, eu disse que se ganh�ssemos
no �mbito estadual, ir�amos adiante.

Isso � o que voc� disse!

- Isso � o que voc� disse!
- Tudo bem! Sim, eu disse isso!

Eu disse isso, mas eu n�o deveria ter dito.
O que eu deveria ter dito ...

- Eu n�o posso traduzir isso.
- Voc� n�o pode traduzir o que?

- Eu n�o posso traduzir "deveria".
- N�o h� nenhuma palavra Mende para "deveria"?

N�o. Ou voc� faz algo,
ou voc� n�o faz.

O que eu quis dizer, o que eu quis dizer ...

N�o da maneira como voc� diz isso.

Experimente me entender.

"Meant" � o mesmo que "deveria".
Voc� est� mal-entendendo a linguagem.

Cinque! Escute-me.
Entenda o que estou dizendo.

O que eu disse para voc�
antes do julgamento

� como as coisas
quase funcionam aqui

Quase!

Quase?

�, Cinque. Mas nem sempre.

Sim. E foi isso que aconteceu aqui.

Que tipo de lugar � este?

Onde voc� quase pretende o que diz?
Onde as leis quase valem?

Como voc� pode viver assim?

A Sua Excel�ncia,
John Quincy Adams,

Membro da C�mara
dos Deputados de Massachusetts.

Me foi dito pelo sr. Joadson

que o sr. tem conhecimento
da situa��o dos africanos do Amistad.

Se isso for verdade, ent�o voc� est�
consciente de que temos sido,

a cada passo, bem sucedido em
nossa apresenta��o do caso.

Apesar disso,

e, apesar da improv�vel reelei��o
do Presidente Van Buren,

ele fez um apelo a nossa mais recente
decis�o favor�vel

ao mais alto tribunal do pa�s.

Como tenho certeza que voc� est� bem ciente,

de que sete dentre nove destes
Ju�zes da Suprema Corte

s�o eles do Sul e
propriet�rios de escravos.

Senhor, n�s precisamos de voc�.

Se alguma vez houve um tempo para
um homem deixar de lado a sua pompa di�ria

e preparar-se para a batalha,
esse tempo chegou.

Obrigado.

C�cero disse, uma vez, apelando
a Cl�udio, em defesa de Roma:

Que o resultado desta guerra

depende da vida de um bravo
e excelente homem

Neste caso, eu acredito que dependa de dois.

Um homem corajoso, hoje acorrentado,
com o nome Cinque,

e voc�, senhor.

Sinceramente, Roger S Baldwin, advogado.

Sr. Tippings,
com licen�a, um instante.

- Alguma resposta do sr. Adams?
- O que disse Cinque?

Ele n�o vai falar com voc�.

Ele n�o vai falar comigo?

N�o.

Como est� o seu ingl�s?

N�o melhor do que o meu Mende, eu suponho.

Cinque, eu sei que isso n�o � algo
que necessariamente voc� quer pensar,

mas ocorreu-lhe
que eu sou tudo que voc� tem?

E acontece, j� que minha firma
se deteriorou totalmente

voc� � tudo que tenho.

Olha, isto sou eu.
Est� vendo?

Voc� v� como isso funciona?

E isso aqui, Cinque, � para mim.

Amea�as de morte.

Algumas assinadas
por meus pr�prios clientes.

Eu deveria dizer, ex-clientes, n�o �?

H� uma vantagem de n�o ter clientela.

Agora estou livre para sentar-me aqui
enquanto for preciso

at� voc� me dar aten��o.

Voc� entendeu aquela palavra.

Livre.

Tudo certo.

Ent�o, ficamos sentados.

C�sar.

O apelo de C�cero foi para
J�lio C�sar, n�o para Cl�udio.

Cl�udio s� nasceria cem anos depois.

O sr. acertou pelo menos um deles.

- � ele?
- Sim, Sr. Presidente.

Por favor, destranque a porta.

Adams flerta com os abolicionistas
h� 15 anos, sem assumir a causa.

mas ainda tem que levar um para casa.

- Que idade tem ele?
- Muito velho para assumir a causa!

Ele dorme durante as sess�es no Congresso.

Presidente, congressista dorminhoco,

advogado de porta de cadeia.
Esperamos ansiosos pelo que ainda vem.

- O que poderia ser?
- O qu�?

Conhecendo a sua vida
e o que realizou

voc� s� vai ser lembrado
como o filho de um grande pai.

A �nica coisa que John Quincy Adams vai
ser lembrado � por seu nome do meio!

Eu me pergunto, h� alguma coisa
mais pat�tica do que um ex-presidente?

Eu estava falando de John...

- Senhor.
- Sim?

Cinque me pediu para lhe perguntar...

se voc� tem pensado sobre
a quest�o da jurisdi��o.

O qu�?

J� que eles tomaram
o navio em alto mar,

e uma vez que nem Espanha
nem a Am�rica s�o donas do mar,

como � que o tratado se aplica?

Diga-lhe que o tratado reconhece
sem limita��es de jurisdi��o.

Ele vai me perguntar porqu�.

Porque eu disse isso.

- Desculpe-me, senhor.
- Sim?

Cinque gostaria de saber se ele
� propriedade de Ruiz e Montes,

ent�o como � que o tratado se aplica,
entre os EUA e a Espanha?

Ou os seus cidad�os.

Os seus cidad�os est� inclu�do
na linguagem, se ele quer saber.

Obrigado, senhor.

� um bom ponto, no entanto.

A Gr�-Bretanha tem algum tratado com a
�frica Ocidental que abra algum prededente?

- Aqueles entre Espanha e Estados Unidos?
- N�o.

A Gr�-Bretanha n�o tem nenhum
tratado com a Am�rica

- O que pode substituir os...
- N�o.

A Am�rica tem tratados
com a �frica Ocidental?

N�o!

- A Espanha?
- N�o!

E Connecticut tem algum tratado

- Tem algum tratado com a �frica Ocidental?
- N�o, n�o, n�o, n�o! Agora pare com isso!

Desacorrente-o.

Sinto muito, senhor.

- Eu estou sob ordens estritas...
- Libere-o, por favor.

Sim, Sr. Presidente.

Esta � uma phalaenopsis,
orqu�dea mariposa.

Eu a trouxe da China.

E esta � uma pr�mula de um jardim Ingl�s.

E este l�rio-lan�a,

do sul da Fran�a.

Esta � minha rosa noisettiana,
e veio l� de

de Washington, D.C.

mas n�o conte a ningu�m.

V� em frente.

Violeta africana. Foi muito dif�cil
de passar por aqui.

Agora, voc� compreende que voc� est� indo
para o Supremo Tribunal?

Sabe por qu�?

� o lugar onde
eles finalmente nos matam.

N�o � bem assim,
mas isso pode ser verdade tamb�m.

N�o � isso que eu quis dizer.

N�o, existe uma outra raz�o
e uma raz�o mais importante.

Embora eu admito que, talvez at�
mais para n�s do que para voc�.

Tudo bem, n�o...

Cinque...

Voc� sabe quem eu sou?
Algu�m j� lhe disse sobre mim?

O que ele lhe disse?

Que voc� � um chefe.

Eu era um chefe, sim.

Um chefe n�o pode tornar-se menos
do que um chefe, mesmo na morte.

Gostaria que fosse
assim aqui, Cinque.

Voc� n�o tem id�ia.

Se tenta governar
sabiamente, fortemente, mas ...

Se tenta governar de uma forma que
melhora a vida de um de moradores.

Tenta-se... matar o le�o.

Infelizmente, n�o � sempre
s�bio ou forte o suficiente.

O tempo passa...

e o momento se foi.

Agora veja Cinque, ou�a.

Estamos a cerca de
levar o seu caso

diante do mais alto tribunal
em nossa terra.

Estavam prestes a
batalhar com um le�o

que est� amea�ando
rasgar nosso pa�s em dois.

E tudo o que temos do nosso lado

� uma pedra.

Claro, voc� n�o pediu
para estar no centro

desta conflagra��o hist�rica
tanto quanto eu,

mas encontramo-nos aqui, no entanto,

por uma misteriosa mescla
de ocorr�ncias

e o mundo inteiro assistindo.

Ent�o, o que devemos fazer? Hein?

Ele est� precisando de ajuda?
Ele tem mais pergntas que respostas.

- O que ele disse?
- Eu... desculpe, eu n�o peg�-lo.

Cinque, escute.
Estou sendo honesto com voc�.

De outra forma, seria desrespeitoso.

Eu estou lhe dizendo,
estou preparando-o,

Acho que eu estou explicando para voc�,

que a tarefa � nossa frente �
extremamente dif�cil.

N�s n�o vamos estar l� sozinho.

Sozinho? Na verdade n�o.
N�s temos o direito ao nosso lado.

Temos a justi�a ao nosso lado.

Temos o Sr. Baldwin l�.

Eu quis dizer os meus antepassados.

Vou invoc�-los do passado

de volta para o in�cio dos tempos,

e pedir-lhes para vir e me ajudar

no julgamento.

Vou invoc�-los
e atra�-los para mim.

E eles devem vir,

porque, agora eu sou, afinal,
a raz�o de terem existido.

Merit�ssimos,

eu obtenho muito
conforto do fato

de que meu colega aqui, o sr. Baldwin

debateu o caso

de maneira t�o h�bil e completa

que me deixa muito pouco a dizer.

No entanto...

por que estamos aqui?

Como � que uma mera quest�o
de propriedade

pode tornar-se t�o importante

a ponto de ser debatida
perante o Supremo Tribunal?

Tememos que as cortes, a nosso favor
no in�cio, tenham deixado escapar a verdade.

Ou �, pelo contr�rio, nosso grande
medo de consumo da guerra civil,

que nos deixou somar id�ias

em cima de um caso simples
que nunca pediu por isso?

E agora querem nos fazer ignorar a verdade

mesmo quando est� diante de n�s,
alto e orgulhoso como uma montanha.

A verdade... a verdade, tem sido impulsionada
a partir deste caso como um escravo.

A�oitada de corte em corte,
desgra�ada e miser�vel.

E n�o por qualquer grande perspic�cia legal

mas, por parte da oposi��o,
eu poderia acrescentar.

Mas atrav�s do bra�o longo
e poderoso do executivo.

Isso n�o � um mero caso
de propriedade, senhores.

� o mais importante que
j� passou por este tribunal.

Porque, o que de fato preocupa

� a pr�pria natureza do homem.

Estas s�o transcri��es de cartas

escritas entre os nossos
secret�rio de Estado, John Forsyth,

e a rainha da Espanha, Isabella II.

Agora, pe�o que aceitem sua leitura

como parte de suas delibera��es.

Obrigado, senhores.

Eu n�o as mencionaria
se n�o fosse por uma frase curiosa

uma express�o curiosa
que � muito repetida.

A Rainha de novo se refere aos
nossos tribunais como incompetentes.

O que, eu me pergunto,
lhes agradaria mais?

Um tribunal que condena os africanos?

Bem, eu acho que n�o.

E eis a ess�ncia deste debate.

Que Sua Majestade quer um tribunal
que se comporte como ela em seu pa�s.

Um tribunal com o qual
essa crian�a de 11 anos de idade

brinca com ele no reino m�gico
chamado Espanha.

Um tribunal que faz
o que lhe ordenam

Um tribunal que pode se brincar
como uma boneca.

Um tribunal, como acontece,

do qual o nosso pr�prio presidente,

Martin Van Buren,
ficaria muito orgulhoso.

Obrigado.

Esta � uma publica��o
do gabinete do presidente.

� chamada de "Revis�o do Executivo",

e tenho certeza que todos leram.

Pelo menos, creio que o presidente
espera que tenham lido.

Esta � uma edi��o recente.
Tem um artigo aqui

escrito por uma "aguda mente do sul".

Meu ex-vice-presidente,
John Calhoun, talvez.

Poderia ser.

Que afirma que nunca houve
uma sociedade civilizada

na qual um segmento n�o
prosperou sobre o trabalho da outra.

Quanto mais se olha para o passado

para os tempos antigos, aos tempos b�blicos,

A hist�ria confirma isso.

No �den, onde apenas dois
foram criados.

Mesmo l�, um foi pronunciado
subordinado ao outro.

A escravid�o sempre esteve conosco,

E n�o � nem pecado nem imoral.

Pelo contr�rio, a guerra e o antagonismo
s�o os estados naturais do homem,

Assim, tamb�m a escravid�o, � inevit�vel.

Bem, devo dizer, que discordo
das "agudas mentes do sul"

e do nosso presidente, que parece
ter as mesmas opini�es.

E afirmo que o comportamento
natural do homem -

e eu sei que isto �
uma id�ia pol�mica -

� a liberdade.

� a liberdade.

A prova � a que extremo se vai

para recuper�-la, depois de perdida.

Ela quebrar� suas correntes

ela aniquilar� seus inimigos.

Ela tentar� e tentar�,
contra todos os desafios

contra todas as probabilidades,
contra todos os preconceitos,

voltar para o seu lar.

Cinque, fique de p�, por favor

para que todos possam v�-lo.

Este homem � negro.
Todos n�s podemos ver isso.

Mas podemos ver t�o facilmente
o que � igualmente verdade?

Que ele � o �nico
verdadeiro her�i nesta sala.

Se ele fosse branco,
ele n�o estaria neste tribunal,

lutando por sua vida.

Se ele fosse branco
e seus escravizadores brit�nicos,

ele se curvaria pelo peso das medalhas
e as honras que lhe concederiam.

Can��es seriam escritas sobre ele.

Os grandes autores do nosso tempo
encheriam livros sobre ele.

Sua hist�ria seria contada

e recontada, em nossas salas de aula.

Nossos filhos, porque n�s
certificamos disso,

saberiam seu nome, bem como
eles sabem o de Patrick Henry.

No entanto, se o Sul estiver certo,

o que vamos fazer com este
documento, embara�oso irritante,

A Declara��o da Independ�ncia?

E de suas id�ias exc�ntricas?

Todos os homens criados iguais, direitos
inalien�veis, vida, liberdade e assim por diante.

O que faremos com isso?

Tenho uma modesta sugest�o.

Na outra noite, eu estava falando
com meu amigo, Cinque.

Ele foi na minha casa, e fomos
na estufa juntos.

Ele explicou-me como quando um membro
dos Mende - que � o seu povo -

Como quando um membro do Mende
encontra-se numa situa��o

onde n�o aparece nenhuma esperan�a,

ele invoca seus ancestrais.

Tradi��o.

O Mende acreditam que se
invocam o esp�rito dos ancestrais,

ent�o, eles nunca partiram.

E a sabedoria e a for�a
que eles geraram e inspiraram

vir�o em seu aux�lio.

James Madison,
Alexander Hamilton,

Benjamin Franklin,

Thomas Jefferson,

George Washington,

John Adams.

H� muito tempo resistimos
pedir sua orienta��o.

Talvez tenhamos medo de faz�-lo,

podemos reconhecer
que a nossa individualidade,

que assim, tanto reverenciamos,
n�o � inteiramente nossa.

Talvez tem�ssemos que... um apelo aos
senhores poderia ser tomado como fraqueza.

Mas n�s viemos a compreender,
finalmente, que n�o � assim.

Entendemos agora...

N�s fomos feitos para entender,

e abra�ar o entendimento

de que quem n�s somos

� o que n�s fomos.

Precisamos desesperadamente
de sua for�a e sabedoria

para triunfar sobre os nossos medos,
nossos preconceitos, n�s mesmos.

D�-nos a coragem para
fazer o que � certo.

E se isso significa guerra civil,
ent�o deixe que venha.

E, quando vier

que seja, finalmente

a �ltima batalha da
Revolu��o Americana.

Isso � tudo o que tenho a dizer.

No caso dos Estados Unidos da Am�rica

contra os africanos do Amistad,

� a opini�o deste tribunal

que o nosso tratado de 1795 com a Espanha,

no qual a promotoria baseou
inicialmente seus argumentos

� inaplic�vel.

Embora seja claramente estipulado
no artigo 9 � que - e cito -

Navios de carga apreendidos

devem ser devolvido integralmente
aos seus propriet�rios.

Fim de cita��o.

N�o tem sido mostrado
para a satisfa��o do tribunal

que estes africanos em particular
se encaixam nessa descri��o.

Ficamos ent�o, com a alternativa

de que eles n�o s�o escravos,

e, portanto, n�o podem
ser considerados mercadoria,

mas sim, indiv�duos livres

com direitos legais e morais,

incluindo o direito
se engajar em insurrei��o

contra aqueles que lhes negam
sua liberdade.

E, portanto, com apenas uma dissid�ncia,

� decis�o do tribunal

que os r�us sejam
libertados da cust�dia de uma vez,

e, se assim o desejarem,

a serem levados
para suas casas na �frica.

Obrigado.

Bem...

- O que voc� disse a eles?

Que palavras voc� usou
para persuadi-los?

As suas.

Para proteg�-lo.

Obrigado... Baldwin.

Liberta��o da Fortaleza
de Escravos Lomboko

Fogo!

Sairam todos, senhor.

- Fogo.
- Fogo!

- Fogo.
- Fogo!

Fogo.

Fogo.

Fogo.

William H. Harrison derrotou Martin V. Buren
e tornou-se o nono Presidente dos EE.UU.

Pegue uma carta, Ensign.

Ao honor�vel secret�rio
dos Estados Unidos Sr. John Forsyth.

Meu caro Sr. Forsyth,

� meu grande prazer de informar
que voc� est�, de fato, correto.

A fortaleza de escravo em
Serra Leoa n�o existe.

A rainha Isabel continuou
a questionar o caso Amistad com

sete outros presidentes americanos.

Em 1864, suas esperan�as de
"compensa��o" finalmente acabaram

com a derrota do Ex�rcito
Confederado, em Atlanta.

Cinque voltou � Serra Leoa
para encontrar seu pr�prio povo

envolvido em uma guerra civil.

Sua aldeia estava destru�da
e sua fam�lia desaparecida

Acredita-se que tenham sido
vendidos como escravos.