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Anteriormente em "Limetown"...

Lia, � uma sobrevivente
e quer falar consigo.

A Winona disse-me
onde est� o pr�ximo sobrevivente.

Disse que todos morreram
por causa dele em Rake, Wyoming.

Tens de ver uma coisa.
Veste-te.

Morreram por causa dele.

Warren Chambers, tomava conta
dos porcos em Limetown.

Sente-se.

N�o pude deixar de reparar
na composi��o da sua congrega��o.

Atraio um p�blico espec�fico.
S�o pr�ximos. Compreendem.

Pode dizer-se
que sou uma esp�cie de vendedor.

Vendedor?
Bem, parece-me c�nico.

Digamos que me distingo
das religi�es organizadas.

- Represento outro tipo de Evangelho.
- Que tipo � esse?

O Evangelho da morte.

- Porque n�o me disse quem era?
- Era um teste.

- Passou.
- Acabaram-se os testes, sim?

Antes de ir para Limetown,

era veterin�rio
na Pensilv�nia, certo?

Certo.

Era um profissional m�dico.

Sei injectar pessoas com agulhas,
se � isso que quer saber.

E foi para Limetown sozinho?

Sim, estava sozinho.

A minha mulher falecera
pouco antes disso

e n�o queria saber o que fazia
desde que fosse outra coisa.

- Dr. Chambers...
- Sim.

Ol�. Bati � porta, mas...

Eu... Desculpe.

Quis passar por c� para lhe dizer
que lamento imenso a sua perda.

Desculpe, foi falta de educa��o.
N�o me apresentei.

Sou o Emile Haddock. Sou
assistente executivo do Oskar Totem.

Passei por c� para saber
se precisava de alguma coisa.

- Como � que soube?
- Fazemos o trabalho de casa.

- Toda a gente sabe?
- N�o. N�o trabalhamos assim.

Estou bem, para j�.
Obrigado pela visita.

De nada.

Se precisar de alguma coisa,
n�o hesite.

S� estou aqui para tratar
dos porcos, Sr. Haddock.

Bem-vindo a um novo come�o.

Estou por a�.

Canal: Syfy
Sincroniza��o: Maston

Transcri��o: Quero Legendas
(MaSousa e guardi�o)

Limetown S01E04
"Napoleon"

Ol� a todos. O meu nome � Warren.
Bem-vindos a Limetown.

Vamos. Bem-vindos.
Vamos.

Lindo menino.

Toma. Isso mesmo.

O que fazes aqui?

N�o tens medo. Boa. Em breve,
estar�s a gerir este lugar.

� melhor n�o se meterem
no teu caminho.

Est� decidido.
Vou chamar-te Napolean.

Vamos.

Sim, vais gerir este lugar.

Vejamos. H� o Piglet
mas ele � um medricas.

H� o Wilbur da 'Teia da Carlota'.
Deves admir�-lo.

E depois, h� a Mna. Piggy
de quem a Estelle sempre gostou.

Tens o nome de um ditador,
mas � ir�nico.

A minha mulher matar-me-ia
se soubesse que estavas c� dentro.

Mas ela era s� refilona.
Ias gostar dela.

Sei que � estranho, mas nunca me
senti muito confort�vel com pessoas.

O Napolean n�o era apenas
um porco.

A dor entra na nossa vida
e faz das suas.

Estamos constantemente em guerra
connosco pr�prios.

Nunca sabemos se o que sentimos
ou fazemos est� certo.

E quando encontramos paz,
n�o a questionamos.

Depois de a Estelle morrer,
aquele porco fez-me sentir humano.

Ol�. Credo!

Como est�o hoje? Est�o bem?
Muito bem.

Estes s�o os teus novos amigos.

Aquele � o Billy.

E esta � a Sarah.

Sim! Acho que vais gostar
de ficar aqui.

- Posso ajudar?
- Qual � o mais velho?

- Do que se trata?
- Bacon.

Muito bem. Bem, este...

2 MESES DEPOIS

Henry, deixa-te disso.
J� comeste que chegue.

Senhores, importam-se de tirar
um dia de folga?

V�o com calma.

Porque precisava Limetown
de porcos?

Quando se est� a criar um produto
de engenharia biom�dica,

por onde se come�a?
- Espere. Biom�dica?

Come�a-se com experi�ncias
em animais.

E depois, se e quando resultar,
passamos para humanos.

Quais as caracter�sticas dos porcos
que lhe v�m � cabe�a?

S�o inteligentes, sens�veis.

- S�o...
- Deliciosos.

S�o animais para abate.
Ningu�m diz nada se os matarmos.

E t�m uma grande semelhan�a
anat�mica com a nossa esp�cie.

Pe�o desculpa pela hora.
Posso entrar?

Sei que tem questionado
o destino dos porcos.

Devo dizer-lhe que morreram,
o que � triste,

mas o seu sacrif�cio foi
por algo muito mais grandioso.

Sei que me considera uma farsa.
Por isso, serei espec�fico,

tal como a natureza do lugar
onde vivemos e trabalhamos.

Estamos aqui para criar um produto.
Se este produto for um sucesso,

mudar� o mundo
e a forma como comunicamos,

pois permitir� comunica��o de mente
para mente entre os utilizadores.

Espere. Comunica��o
de mente para mente?

- N�o � poss�vel, pois n�o?
- E isso n�o � o mais estranho.

Disse que era cedo, mas tinham...

Um prot�tipo.

Temos um m�todo para o instalar
no c�rebro de porcos.

Combinado com uma dose adequada
de um suplemento que produzimos,

permitir-nos-� ouvir
os seus pensamentos.

N�o percebo o que est� a dizer.
Que pensamentos?

- Em que l�ngua?
- M�sica.

Uma s�rie de tons sintetizados

que interpretar�o a informa��o
emocional do animal

que ser� transmitida para si.

Sei que � muita coisa, Dr. Chambers,
mas � um homem inteligente.

Sabia que se passava algo
que n�o conseguia definir.

Discurso sem fala.
Esse � o nosso objectivo.

E estamos quase l�.
S� precisamos de algu�m que ou�a.

Algu�m com quem o animal
se sinta � vontade,

com quem o animal
j� tem uma rela��o.

E queremos que essa pessoa
seja o senhor.

Dr. Chambers,
a cirurgia foi um sucesso.

- Onde est� o Napolean?
- Vem a� entretanto. Est� bem.

Ainda bem.

Ouve esse tom?

Esse � o som
do seu estado emocional.

� rudimentar,

mas � a melhor forma
de perceber o animal e o senhor.

A� vem ele.

Eu n�o... N�o percebo.

Fale do que est� a acontecer.

Eu... Consigo sentir.

Consigo sentir a felicidade dele.
Sinto-a como se fosse eu.

Consegue sentir
o que ele sente?

Est� com fome.

E eu tamb�m.

Muitas coisas
desse tempo nessa cidade

parecem alinhadas
com a escurid�o.

Mas o que n�o quero que se perca
� a magia,

o poder desse produto
que criaram l�.

Foi a sensa��o mais pura
que alguma vez senti.

Salvou-me do abismo.

Est� pronto para come�ar?

Vamos experimentar
a felicidade.

Fant�stico. Temos paridade.

Vamos experimentar
algo mais espec�fico.

E se imaginasse algo
que o fizesse sentir culpado?

Obrigado. Chega.

Vamos experimentar zangado.

O malvado est� demasiado feliz.

Esforce-se mais. Precisamos disso
para a linha de base.

Quando � que se sentiu
mais zangado?

A tua irm� passou l� por casa.

Disse-lhe que ias ficar bem.

Esforce-se mais.

- N�o consigo.
- Est� quase l�.

Amanh� continuamos.

O que quer que tenha sentido
e transmitido naquela sala

foi como tentar enfrentar
o oceano.

- Partilh�mos uma mente.
- N�o havia segredos?

- N�o havia sil�ncio?
- N�o.

E n�o havia volta a dar.

- Bom dia.
- Bom dia.

Dr. Chambers, este � o RB Villard.
� o respons�vel por tudo isto

e o homem que percebeu o futuro
muito antes de n�s.

- Vai ficar a observar.
- Como est�?

O que est� a acontecer?

Houve uma fuga de g�s no piso
por cima de n�s,

mas n�o foi o que pensavam,
gra�as a Deus.

- Um falso alarme.
- Sim.

Aumentaremos a toma de suplementos
para atenuar quaisquer problemas.

- Onde est� o Napolean?
- Est� seguro.

- Est� a recuperar l� em baixo.
- Posso v�-lo?

- Pensamos que n�o � boa ideia.
- Pensamos?

Para j�, � melhor n�o realizar
mais experi�ncias.

- Por quanto tempo?
- Vamos ver como corre.

O Napolean nunca mais foi o mesmo
depois disso.

E, com o passar do tempo,
foi piorando.

O medo estava a minar tudo.

Chegou a um ponto
em que ele n�o conseguia dormir,

o que significava
que eu n�o dormia.

Tenho de o ver.
Continuo a senti-lo, a toda a hora.

- Continua a tomar o suplemento?
- Sim.

Ele est� de rastos.
Precisa de mim.

E eu preciso dele.

V� para casa, Dr. Chambers.
Obrigado pela sua ajuda.

Tente descansar.

O medo estava sempre presente
e n�o conseguia faz�-lo parar.

N�o consegu�amos
faz�-lo parar.

Estava a perder o controlo
da sanidade.

Foi quando decidi fazer
o mais dif�cil.

A dolorosa separa��o
entre esta vida e a pr�xima.

Liberdade desta vida.

Sabia que ia acontecer,
mas ele estava calmo.

Ele recebeu-a.

Ol�, Napolean.
N�o tenhas medo.

Foste a melhor coisa
que me podia ter acontecido.

Lamento imenso.

Tinha d�vidas,
mas ele tinha a certeza.

Ele olhou-me nos olhos

e acenou com a cabe�a
como se estivesse a dizer.

N�o faz mal.

Matei-o com o primeiro golpe.

Tive uma vis�o da morte.
Do vazio.

De nada para sempre,
mas passou num instante.

Depois, ficou silencioso.

O mais silencioso
que estivera em dias.

Mas depois, aconteceu.

Ouvi-o outra vez.

N�o! N�o!

Ol�, Warren.
Como � que se sente?

- Estou bem.
- Foi um grande golpe.

- Sim. Foi est�pido.
- Pronto.

Vai ficar melhor.
N�o � nada permanente.

- Onde est� o Oskar? Est� por a�?
- O Dr. Totem n�o est� dispon�vel.

Desactiv�mos o seu implante.
N�o vai poder us�-lo.

Diga ao Oskar, ao Dr. Totem,

que pe�o desculpa.

- Pe�o desculpa por ter falhado.
- Mas n�o falhou.

Depois de tudo o que passei,
depois de tudo o que fiz...

A tecnologia funcionou.
Funcionou na perfei��o.

Gra�as a si, vamos avan�ar
com experi�ncias em humanos.

Tome. Prima isto
se precisar de alguma coisa.

Deixaram-me ficar na cidade
depois disso,

mas apenas trabalhava no cinema.

Sabia preparar um projector.

E foi isso.

O que pensa que ouviu
depois de matar o Napolean?

O meu chamamento.
O meu caminho para Damasco.

Demorei anos a processar tudo,
mas encontrei o meu caminho.

Exacto.

Acha poss�vel que tenha sido
uma resposta psicossom�tica

a uma situa��o extrema?
- Sim.

S� quero esclarecer uma coisa,
porque � muito importante.

Disse que o RB Villard,

que � financeiramente respons�vel
por Limetown,

esteve em Limetown
durante esta opera��o.

Sim, senhora.

- Essa informa��o � incr�vel.
- Porqu�?

Porque ele diz
que nunca l� esteve.

Aposto que muita gente que l� esteve
gostava de n�o ter estado.

- O que aconteceu � tecnologia?
- Experi�ncias em humanos.

- Pois, mas resultou?
- Parece que sim.

- Sabe de mais alguma coisa?
- N�o.

S� o que levou �quela noite horr�vel.
E eu sabia porqu�.

- Como assim?
- N�o tem estado a ouvir?

Falei com uma pessoa
que falou num homem

com um dom �nico e natural,
o homem pelo qual estavam l�.

- N�o vou falar disso.
- O que aconteceu �s pessoas?

- Para onde foram?
- Tamb�m n�o vou falar disso.

- Porque n�o?
- Tenho medo.

- De qu�?
- Lia, ou�a.

Amar algo perdidamente
torna-nos fracos.

E eu amo. Amo pessoas
que s�o animadas e felizes.

Nada me d� maior alegria

do que essas duas qualidades.

Porque a maior vergonha
da minha vida

� n�o ser forte o suficiente
para temer apenas o meu Deus.

- De quem tem medo?
- Lia...

Se os deixar esconder,
se n�o os expuser...

Lamento. Lamento mesmo.

Identifiquem o vosso medo.

Ainda n�o est� l�.

Identifiquem-no no escuro.

Ainda n�o est� l�.

Libertem-no de toda a mitologia,
de toda a sua bagagem,

de todo o seu ru�do,
e vejam-no pelo que � na verdade.

Porque n�o me ajuda?

Depois, o Reverendo levantou-se,
pegou na minha cara

e beijou-me a testa.

Limpou as l�grimas da bochecha
que n�o reparei que eram minhas.

N�o disse mais nada,
mas n�o era preciso.

Deu-me a m�o e acompanhou-me
ao meu carro alugado,

certificando-se de que encontrava
o meu caminho no escuro.

Vi a noite a absorver a silhueta
enquanto me afastava.

Parei numa esta��o de servi�o
uns quil�metros mais � frente.

E chorei.
N�o consigo explicar porqu�.

Tr�s dias depois, o Reverendo Warren
Chambers foi atingido mortalmente

por um condutor embriagado enquanto
ia a p� da farm�cia para casa.

- Ele n�o tinha medo do fim. �men.
- �men.

Ele recebeu-a de bra�os abertos,
tal como todos dev�amos fazer.

Ele tinha 78 anos.

Ajudando-vos a todos
quando for a vossa hora.

E na minha opini�o,
foi assassinado a sangue-frio

depois de dizer a verdade.
- Lia...

- O que foi?
- Segue o gui�o.

Recome�a em 'ele tinha 78 anos'.
Continuamos a gravar.

Ele tinha 78 anos.

N�o houve suspeitas de crime,

visto que o condutor
tamb�m morreu no acidente.

� irrespons�vel eu falar mais
sobre a natureza deste evento,

mas considero o momento perturbador
e consistente

com a amea�a iminente
que paira sobre esta hist�ria.

- Lia...
- Que parte n�o � verdade?

O Warren Chambers
era am�vel e simp�tico

e ajudou-nos a saber mais.

Esteve em Limetown quando funcionava
como recinto de investiga��o?

- Esperem s�.
- Eu n�o estive.

O Villard n�o fala com ningu�m
h� mais de uma d�cada.

H� 20 minutos arranjei uma morada
e uma hora de encontro.

Ou � directamente respons�vel
ou sabe quem � respons�vel

pelo que aconteceu no passado
e o que est� a acontecer agora.

- Est� aqui algu�m?
- Tenho de te contar uma coisa.

A recepcionista disse
que esteve a manh� toda � espera.

- Est� na sala de reuni�es.
- Quem �, Mark?

M�e...