All language subtitles for Court 2014

TRIBUNAL

Borboleta.

Nas trepadeiras, nas flores,
ri gentil a borboleta.

Min�sculas asas coloridas,
balan�a e se agita a borboleta.

Seus pequenos olhos reluzem
como pedras preciosas, a borboleta.

Tento peg�-la, ai de mim,
voa para longe a borboleta.

Est� bem.

Jagruti, preencha as lacunas.

� o maior Estado da �ndia.

Rajast�o.

� o maior continente do mundo.

�sia.

� o maior rio da �ndia.

Narmada.

Errado, Bramaputra.

Desculpe, Bramaputra.

� a maior cadeia de montanhas
da �ndia.

N�o se esque�am da li��o de casa!

Al�? Estou indo.
Chego em cinco minutos.

MASSACRE DE WADGAON
ENCONTRO SOBRE A MANIFESTA��O

Obrigado, Miratai.

Agora, se apresentando para n�s,
o poeta do povo, Narayan Kamble.

Escute, irm�o!

� irm�o.

Meu querido irm�o!

� o pandem�nio
Hora de nos erguer e nos rebelar

Hora de conhecer seu inimigo

Hora de conhecer seu inimigo

S�o tempos dif�ceis
Fomos arrancados de nossa terra

Essa era de cegueira
Arrancou nossos olhos

Um cavalheiro parece bandido
Uma coruja parece pav�o

Um gigante se torna infantil
Um beb� se torna gigante

Os bons s�o esquecidos
Os in�teis, enaltecidos

O inimigo

O inimigo � destrutivo
No entanto, o louvamos

Hora de conhecer seu inimigo

Hora de conhecer seu inimigo

Sat� � branco e negro
Sua vida presa em sua maldade

A cor � a arma dele
Quando a morte ergue a voz

As cores jogam dados
As regras s�o um divisor

A humanidade est� numa jaula
Ela queima, se desintegra

Cores multicolores
Cores descoloridas

A cor, ela se parte
Agora parece falsa

Voc� fica estupefato
Com o quanto vai abandonar

Essas densas selvas
Essas enferrujadas selvas

Selvas religiosas
Selvas de castas

Selvas racistas
Selvas nacionalistas

Nesta noite mortal
Perdemos os sentidos

M�os machucadas e queimadas

M�os machucadas e queimadas
Recebem cera fervente

Hora de conhecer seu inimigo

Hora de conhecer seu inimigo

O del�rio da ilus�o
O dinheiro reina supremo

Tornou um homem uma aberra��o
Uma aberra��o de 17 ra�as

O sangue infestado de fome
Ser� essa fome jamais saciada?

Come�ou a busca por felicidade
Mas os caminhos s�o enevoados

Esse alvoro�o
Sim, irm�o

Essa balb�rdia
Sim, irm�o

Essa falsidade
Sim, irm�o

Esses shoppings chiques
Sim, irm�o

Abertos a todos
Sim, irm�o

Essa grande queda
Sim, irm�o

Falsidade, shoppings enormes
A Grande Queda, A Grande Queda

Doen�as e gula
Gula e doen�as

O que est� havendo? Parem!

Onde est� Pradeep Shelke?

Naquela sala.

Pradeep Shelke?

Um minuto, por favor.

Pode terminar l� fora?

Certo, mas por favor, olhe.

Vou olhar.

Ol�, senhor.

Ol�, sente-se.

Diga.

Quero falar sobre a pris�o
de Narayan Kamble.

� parente dele?

Advogado.

-Qual � seu nome?
-Vinay Vora.

Podemos v�-lo?

N�o, o mandamos para Jogeshwari.
N�o temos deten��o aqui.

� o investigador, certo?

Sim.

Ele foi acusado de qu�?

N�o contou a ele? Ele estava l�.

O que nos disse?
Voc� n�o nos disse nada.

Eu disse a ele. Eu tinha o mandado.

-Posso ver o mandado?
-Claro.

Um minuto.

Aqui est�.

Instiga��o ao suic�dio?

Quem?

Um homem da favela de Sitladevi.

Quem?

Um oper�rio chamado Vasudev.

�?

Semana passada,

Narayan Kamble e seus rapazes
tocaram naquela favela.

-Estou certo?
-Sim.

Numa de suas m�sicas,

Kamble incitou todos
os oper�rios a cometer suic�dio.

Ele n�o falou nada disso.

� o que voc� est� dizendo.

Mas recebemos reclama��es,
e pedimos a pris�o dele.

Certo, e da�?

Dois dias depois, o cara desceu
at� o esgoto e morreu.

Pode ter sido acidente.

� um caso t�pico de suic�dio.

N�o prendemos sem prova.

Que prova? Mostre.

N�o h� por que discutir aqui.
Falaremos disso mais tarde.

Exato. Amanh�, voc� pode
perguntar ao juiz.

Certo, senhor, aqui est�.

Certo.

-Querem ch�?
-N�o, senhor.

Certo.

Obrigado.

Abram caminho.

Andem.

Ol�, bom dia.

Do que precisa? Cart�rio,
carimbos, atestado?

Fa�o tudo.

A pr�xima data � cinco de setembro.

Senhor, tenho de ir � minha
cidade em setembro.

Ent�o, marque em outubro.

-Dia treze est� bem?
-Certo.

Obrigado.

Caso n�mero 133, Delegacia
de Radhanagar, Bankim Shah.

Nota.

Den�ncia de rel�gio roubado.

O querelante alega que o rel�gio
foi roubado pelo vizinho.

Prossiga.

-Quero interrog�-lo.
-Certo.

-Diga seu nome.
-Bankim Shah.

Quando percebeu que seu rel�gio
tinha sido roubado?

A fam�lia tinha ido viajar.

Quando voltamos, vimos que algu�m
tinha serrado a grade da janela.

Por que n�o informou a pol�cia?

Informei, pergunte a ele.

-Ele mencionou isso?
-Sim, mencionou.

Anote.

Ele viajou uma semana
e quando ele voltou,

viu que a grande estava serrada,
e que o rel�gio fora roubado.

Esque�a a parte de informar
� pol�cia, n�o � necess�rio.

Prossiga.

Por que acha que Rakesh Shukla
roubou seu rel�gio?

Duas semanas depois, algu�m
do bairro o viu usando o rel�gio.

Ele n�o pode ter um rel�gio igual?

Como sabe que � seu rel�gio?

O rel�gio n�o � daqui.
Foi presente de um parente.

Ele comprou nos EUA.

Anote.

Algu�m do bairro viu Rakesh
Shukla usando o mesmo rel�gio,

que foi um presente vindo dos EUA.

Prossiga.

Mas meu cliente tamb�m pode
comprar um rel�gio dos EUA.

Por favor,
leia o relat�rio com cuidado.

Ele apresentou a nota,
o n�mero de s�rie do rel�gio.

Mas ele n�o pode comprar um rel�gio?

Mas um rel�gio
com o mesmo n�mero de s�rie?

Aqui diz que o n�mero de s�rie �
o mesmo do rel�gio recuperado.

E da�? O n�mero de s�rie
pode ser do pr�prio produto.

Como assim? Como o n�mero
de s�rie pode ser o mesmo?

Como pode haver
s� um n�mero de s�rie?

Precisamos investigar.

Temos de saber mais detalhes
sobre o produto.

Fa�a o seguinte, marque
uma data no m�s que vem.

Doze de novembro.

At� l�, investigue quanto quiser.

Foi o que eu disse, obrigado.

Caso 134, Delegacia Sitladevi,
Narayan Kamble.

Como posso arbitrar fian�a?

S�o crimes inafian��veis.

Senhor, pe�o que,

a seu crit�rio, garanta
fian�a condicional a meu cliente.

N�o, n�o posso.

Se desejar, pode criar restri��es
para futuras apresenta��es.

N�o, n�o.

Isso � um caso de tribunal.

Doze dias de deten��o para o acusado.

Caso n�mero 135.

Um minuto, e essas pessoas?

Viajaram no vag�o
para deficientes do trem.

-Voc�s se dizem culpados?
-Sim, dizemos.

Multa de 500 rupias para cada
e os liberem.

N�o fa�am isso de novo.

Andem, andem.

Vamos.

ASSOCIA��O DE IMPRENSA DE MUMBAI

Ent�o, concluirei dizendo que,

apesar de nossa constitui��o
acreditar no direito � vida,

esse � o direito mais desrespeitado.

Porque as condi��es criadas hoje
n�o s�o adequadas � sobreviv�ncia.

H� outra palavra
para essas condi��es,

mas n�o vou usar essa palavra.

Sen�o, serei preso por incita��o.

Obrigado, muito obrigado.

Satyajit, obrigado por compartilhar
suas experi�ncias.

Foi muito criterioso
e tamb�m muito perturbador.

A seguir, o advogado Vinay Vora.

Ele � advogado criminal,

especialista em justi�a criminal
e direitos humanos.

Tamb�m � fundador de um centro
de assessoria chamado Nidaan.

-Ninaad.
-Ninaad, desculpe.

Boa noite.

Quero falar sobre
o caso Mohsin Parvez,

ou dos casos m�ltiplos em que
o defendi nos �ltimos cinco anos.

Mohsin foi preso em junho de 2007,

em liga��o do caso da explos�o
de Kalyan.

A pol�cia n�o tem
nenhuma prova conclusiva

e ela reuniu
trinta e poucos suspeitos

com base em...

Bem, n�s sabemos.

Mohsin tem o �libi de quatro
testemunhas do trabalho.

Ent�o, conseguimos
uma garantia do tribunal,

e Mohsin foi solto.

Duas semanas depois,

ele � preso de novo em casa,
sob tr�s novas acusa��es.

Requeremos um habeas corpus,
asseguramos a fian�a,

e o processo seguiu por dois anos.

Agora, estamos em abril de 2010,

Mohsin � finalmente solto
sem nenhuma condena��o.

No dia de sua soltura,
ao sair da cadeia,

assim que ele pisa na rua,
� preso de novo.

Perguntei aos policiais
quais eram as acusa��es,

e eles disseram coisas aleat�rias,

e o levaram embora.

�quela altura, percebemos que n�o

poder�amos impedir a pris�o.

Agora...

O que deve se notar aqui �
que � o mesmo modus operandi

usado com Vijay Ghagre em Girjagiri,
Chandan Shirke em Malwapur,

e in�meros outros.

Interrogat�rios
de 12 a 14 horas seguidas...

Um minuto, senhor.

Prossiga.

O acusado, Narayan Kamble, 65 anos,

est� indiciado sob o C�digo Penal
Indiano, se��o 306,

incita��o ao suic�dio, pela morte
de Vasudev Pawar, 25 anos,

trabalhador contratado pela
corpora��o Municipal de Brihanmumbai.

O falecido cometeu suic�dio
na noite de 24 de agosto de 2012,

sufocado dentro de um esgoto
na Rua Ram Vilas, Andheri.

A pol�cia concluiu

em sua investiga��o que foi
um caso t�pico de suic�dio.

Ningu�m da rede de esgotos,

com experi�ncia de cinco anos,
como o falecido,

entraria num bueiro sem proteger
os olhos, o nariz nem a pele.

Esses oper�rios conhecem bem
os gases t�xicos

dos esgotos,

e sabem que podem levar � morte,
sem as precau��es necess�rias.

Quando o corpo foi retirado,

nenhum equipamento de seguran�a
foi encontrado perto dele.

Nenhum ferimento ou sinal de luta
foi achado no corpo de Vasudev Pawar,

nem a necropsia revelou
outra causa da morte,

al�m dos gases venenosos
que foram inalados.

De acordo com a se��o 306,
se algu�m comete suic�dio,

quem quer que incite a este suic�dio,

deve ser punido com tempo de pris�o

que pode chegar a dez anos

e tamb�m est� sujeito a multa.

H� provas suficientes colhidas
pela investiga��o policial

conforme apresentado ao Merit�ssimo,

que o suicido de Vasudev Pawar foi
provocado pela apresenta��o do r�u,

Narayan Kamble e de seu grupo,
em Sitladevi Nagar em 21 de agosto.

Este � o local de resid�ncia
do falecido,

e ele foi visto
na apresenta��o em quest�o.

Deve-se levar em conta
que o suic�dio ocorreu

apenas dois dias
depois da apresenta��o.

Conforme o depoimento
de uma testemunha ocular,

disposta a depor neste tribunal,

houve uma m�sica do acusado

que coagia funcion�rios da rede
de esgoto a se suicidar,

inalando os gases t�xicos
dos bueiros.

N�o � coincid�ncia que a m�sica
sugere o m�todo de suic�dio,

que � a neglig�ncia das regras
e normas de seguran�a,

pela qual o falecido se matou.

Segundo a m�sica, desistir da vida
� �nica solu��o racional

para certos setores da sociedade

ganhar dignidade e respeito.

Aqui, Narayan Kamble est�
abertamente apoiando um ato

que � crime, conforme a se��o 309.

Tamb�m quero alertar
o honor�vel tribunal

que o r�u j� foi acusado
pelo Ato de Artes Dram�ticas,

e j� fora avisado para n�o
apresentar nenhum material

sedicioso ou prejudicial
� sociedade em geral.

Apesar dos avisos, o r�u
apresentou a obra em quest�o,

sem aprova��o da censura

e com inten��o deliberada
de causar dano,

incitando sentimentos sediciosos

e corrompendo pessoas
na apresenta��o.

Se o r�u obtiver fian�a

por esse crime inafian��vel,

h� o risco de que ele cometa
novamente o mesmo crime,

j� que sua ficha demonstra
total desconsidera��o

e desrespeito pelas
decis�es do tribunal.

Terminei.

Segundo o relat�rio do investigador,

a morte de Vasudev Pawar
foi entendida como suic�dio.

Quero que o tribunal revise
essa conclus�o � luz das provas,

que s�o inconclusivas e subjetivas.

Segundo o Halsbury's Laws
of England, p�gina 686,

a determina��o de suic�dio
deve ser baseada em inten��o.

Todo ato de autodestrui��o �,
na linguagem popular,

descrito como "suic�dio",

desde que seja um ato intencional

de quem saiba das consequ�ncias
do que est� fazendo.

Suic�dio n�o deve ser presumido.

A inten��o � o ingrediente
jur�dico essencial.

Para atrair os ingredientes
de incita��o,

a inten��o do r�u de auxiliar,

ou instigar o falecido
a cometer suic�dio � necess�ria.

Neste caso, fora a inten��o,

n�o h� nenhuma raz�o ou motiva��o

pela qual o acusado incitaria
ao suposto suic�dio.

Quanto ao Ato de Artes Dram�ticas,

que minha colega citou como base
para se rejeitar a fian�a,

Merit�ssimo, � uma lei vitoriana,
que data de 1876,

e cabe a n�s julgar sua relev�ncia
em um pa�s p�s-colonial.

N�o � um argumento v�lido.
� a lei, ela existe.

Segundo, se foi uma apresenta��o
dram�tica � discut�vel,

porque n�o foi uma representa��o
fict�cia de fatos.

O que, nesse caso, se exigia um
certificado de censura � incerto.

Mas ele j� foi acusado segundo
esse Ato no passado.

Ent�o, seja uma apresenta��o
dram�tica ou n�o,

isso j� foi decidido pelo tribunal.

Voc� tem raz�o. Isso j� foi provado.

N�o � um argumento v�lido.

Merit�ssimo,
n�o h� nenhuma testemunha

que afirme ter ouvido tal
can��o ser apresentada.

Tamb�m n�o h� provas documentadas
que apoiem a alega��o da pol�cia,

e cabe � acusa��o provar sua causa.

Pe�o ao tribunal que absolva
meu cliente a esta altura

e o poupe de uma agonia maior
ao se submeter a julgamento.

Como alternativa, solicito
fian�a ao Merit�ssimo.

Merit�ssimo, h� provas suficientes

para se constituir a acusa��o,

e sou contra o pedido de fian�a.

Anote.

Entendido.

O caso constituir� acusa��o.

A fian�a ser� rejeitada.

Pr�xima audi�ncia em 11 de novembro.

Olhe o outro lado
dos documentos tamb�m.

Por que na mesa de jantar?

N�o tinha outro lugar?

Onde mais iria encontr�-lo?

Pedi para ele assinar
os documentos, ele deixou no sof�.

Mas aqui � lugar?

Os documentos podem ficar
manchados? Voc� n�o tem no��o?

Fale isso para ele. Ele est�
ignorando esse trabalho h� meses.

Por que tenho vindo aqui esses dias?

E por que voc� parou de vir?

Antes voc� vinha ao menos
aos domingos, agora parou.

M�e, n�o me encha,
estou quase terminando.

Voc� sempre diz "N�o me encha".

Acha tudo brincadeira.

Ele teve tudo de bandeja,
n�o d� valor.

Prometeu que eu n�o teria
de ouvir essas bobagens.

N�o fale de coisas irrelevantes.
Voc� fica mudando de assunto.

Estou do seu lado,
e voc� est� brigando comigo?

Por que est� mudando de assunto?

Que assunto? N�o tem assunto.

Estou atrasado.
Por favor, sirva o almo�o.

Vai descontar sua raiva no almo�o?

Sirva-o r�pido ou ele vai
dar mais chiliques.

-Sim, Subodh.
-Por que o est� instigando?

Esperem, estou no telefone.

Sim, Subodh.

Vou abrir a porta.

� s� entrar.

Mam�e, abra a porta.

Entre.

Entre, Subodh.

Vou sentar aqui.

N�o, almoce conosco.

Pegue um prato para ele.

Acabei de almo�ar.

Por favor, � estranho. Venha.

O porteiro causou problemas?

N�o, tio, nada.

Acontece que o pr�dio todo � nosso.

Se algu�m fala o nome, ordenamos
que ele n�o deixe entrar.

Se voc� disse ap. 308,
ele libera na hora.

Ele me mandou dizer 308.

-Qual � seu nome?
-Subodh Kushte.

-Voc� � de Maharashtra?
-Sim.

-Onde voc� nasceu?
-Sutarwaadi.

N�o conhe�o.

Lamento por isso.

-Sairemos em cinco minutos.
-Tudo bem.

� amigo ou cliente dele?

� um amigo.

-O que voc� faz?
-Com�rcio Exterior.

Muito bom.

-Quer mais curry?
-N�o, tia, n�o precisa.

Est� vindo pela primeira vez,
n�o podemos deix�-lo ir embora.

Filho, ele tem namorada?
Ele n�o nos conta nada.

-M�e, ficou louca?
-Se falamos de casamento, fica bravo.

Viu?

Voc� perdeu a cabe�a? Ficou louca?

Vou encontrar a pessoa
pela quarta vez

e voc� lhe faz perguntas
rid�culas sobre mim?

Mas voc� n�o disse
que � seu amigo �ntimo?

Todos ficaram loucos!

Ao menos, termine a comida.

Todos est�o loucos,
s� voc� � o sabich�o.

N�o � certo sair sem comer.

-Deixe, ele n�o vai mudar.
-Termine a comida.

Ele vai esperar voc� l� embaixo,
n�o vai sair sem voc�.

-Coma.
-N�o, tia.

Venho outra hora.

N�o deveria fazer isso, filho.

Quantas vezes j� disse?
Voc� n�o para de provoc�-lo.

Calma, ele � assim. Nunca vai mudar.

-Com licen�a, onde � o quarto 12?
-Daquele lado.

Obrigado.

-Tio, onde � a casa do Vasudev?
-A quinta a partir daqui.

Irm�, onde � a casa do Vasude?

Quer encontrar o Vasudev?

Sim, � a casa dele?

Sim, � esta, mas n�o tem ningu�m.

Aonde ele foram?

-O Vasudev morreu.
-Sim, n�s sabemos.

-E o resto da fam�lia?
-Voltou para sua cidade.

-Todos?
-A esposa, dois filhos e um irm�o.

-O irm�o partiu tamb�m?
-Partiu.

Enfim, ele estava muito doente.
Voc� tinha neg�cios com ele?

Sim, queria conhec�-lo.

Quer�amos falar sobre
a morte do Vasudev.

Trouxeram o corpo dele.

Estava fedendo tanto que ningu�m
queria toc�-lo.

O que houve?

Ningu�m soube ao certo.

Algu�m disse que ele deve ter
escorregado no bueiro e morrido.

Alguns falaram que foi
uma picada de inseto.

-O que a fam�lia disse?
-Tamb�m n�o sabiam ao certo.

Ele morreu,

e em dois dias
a fam�lia partiu tamb�m.

Disseram quando v�o voltar?

N�o disseram.

-Quer �gua?
-N�o precisa.

-Voc�?
-N�o.

Obrigado.

Vamos.

Obrigado.

A pr�xima � uma antiga
can��o em portugu�s,

que peguei com um
m�sico de rua no Brasil.

Espero que gostem.

-Quer interrog�-lo?
-Sim.

Comece.

Obrigada, Merit�ssimo.

-Nome?
-Narayan Kamble.

-Idade?
-65 anos.

-Com o que trabalha?
-Sou cantor popular.

Sou tutor de estudantes
e dou oficinas.

-Que tipo de oficinas?
-Para cantores.

Onde s�o realizadas?

Em Maharashtra, Jaitapur,
Beed, Sangli.

Sempre fez isso ou h� outra coisa?

Lamento interromper.

Gostaria que minha colega
falasse em h�ndi ou ingl�s.

Fico mais � vontade em marata.

N�o se preocupe, traduzirei
se voc� n�o entender algo.

Trabalhava numa f�brica.

Demitiu-se ou se aposentou?

O moinho foi fechado.

-Recebe alguma pens�o?
-N�o.

Escreve todo o m�s para um
peri�dico chamado Tilak, certo?

Sim.

Ganha algo por isso?

Uma quantia simb�lica.

� pago por suas apresenta��es?

N�o.

Quem paga pelos equipamentos
de palco e de som?

Nem sempre
nos apresentamos num palco.

Onde mais, ent�o?

Estradas, favelas, qualquer lugar.

� associado a algum grupo
pol�tico ou social?

N�o nos �ltimos sete ou oito anos.

-Ent�o, no passado, foi?
-Sim.

Qual?

Foram v�rios ao longo dos anos.

Temos muito tempo, conte.

Partido Nacional da Juventude,
Movimento Progressista Dalit.

Associa��o de Trabalhadores
das Ind�strias Swaraj.

Foi Vice-presidente do Partido
MFS em 1976?

Sim.

Foi acusado de amea�a
� seguran�a interna,

e um mandado de pris�o foi
emitido para o senhor, certo?

Sim.

Depois disso, escondeu-se
por dois anos, correto?

Senhor, n�o entendo como algo
ocorrido h� 30 anos

� relevante ao caso.

Se ele n�o foi condenado, n�o sei
porque estamos falando disso.

N�o, acho que a corte deve
saber do passado do r�u.

Por causa dele, hoje, algu�m morreu.

Temos de saber porque ele
tem esses pensamentos.

Senhor, minha colega n�o
se incomoda com o que ocorreu,

como ocorreu,

quem viu, onde est� a prova.
Ela est� indo direto ao "porqu�".

N�o, estou tentando estabelecer
o passado do acusado.

Se algu�m tem uma ficha suspeita
e hist�rico criminal,

ent�o, o tribunal deve saber.

Continuemos.

Tenho a ficha dele, vou examin�-la.
Fale sobre o caso.

Est� bem, Merit�ssimo.

Fez seu show em 21 de agosto
de 2012, em Sitladevi Nagar?

N�o foi um show nem nada.

Mas cantou l�, certo?

Sim.

Prossiga.

Por que escolheu
esse local em particular?

N�o h� uma raz�o espec�fica.

Havia um espa�o aberto
e decidimos tocar l�.

Sabia que estava em frente
� casa de Vasudev Pawar?

N�o.

-Conhecia Vasudev Pawar?
-N�o.

Sukhdev, pode me passar aquela foto?

-Consegue identificar este homem?
-N�o.

-Voc� mesmo comp�e as m�sicas?
-Sim.

J� comp�s alguma sobre suic�dio?

Sim.

Tocou uma m�sica sobre suic�dio
em 21 de agosto de 2012?

N�o me lembro.

Significa que pode ter tocado?

Sim.

-Sempre canta sobre este tema?
-Sim.

Tanto que n�o lembra se cantou
naquele dia ou n�o?

Sim.

Diga-me uma coisa.

"Trabalhadores do esgoto, matem-se
sufocados nos bueiros."

Tocou uma m�sica com este
tema naquele dia?

N�o.

Certo, ent�o. Comp�s essa m�sica?

Ainda n�o.

Mas poderia? N�o se importa
de compor tal m�sica?

N�o.

N�o estamos brincando.
Voc� est� num tribunal.

Tudo vai constar dos autos.

Entendeu o que ele disse agora?

Entendi, Merit�ssimo.

Anote.

O acusado alega

que embora nunca tenha composto

nem tocado tal m�sica ainda,

ele n�o se importa de faz�-lo.

Isso � dif�cil.

Adorei seu s�ri, muito bonito.

N�o �? E � confort�vel,
porque � de algod�o.

Eu o vi numa loja,

gostei tanto que comprei na hora.

Quando d� tempo de fazer compras?

E os mercados s�o t�o lotados.

Verdade. Nem d� para decidir
o que comprar.

Ent�o, e o jantar de hoje?

Mesma coisa,
teremos de cozinhar em casa.

Desde que meu esposo ficou diab�tico,

temos de cortar comidas
gordurosas e doces.

Claro, as crian�as reclamam:
"Por que temos que sofrer?"

Mas quando est� pronto,
voc� fica tentado a comer.

Verdade.

Na nossa casa, n�o temos doen�as,

mas ainda assim sou cuidadosa.

Para o p�o,
agora tem farinha multigr�os.

Comecei a usar, vamos ver.

Mas � gostoso?

N�o d� para saber a diferen�a.
E � bom para a sa�de.

At� Vaibhavi me disse: "Mam�e,
temos que usar azeite, � melhor".

� melhor, mas t�o caro.

Se usarmos todo dia,
vamos � fal�ncia.

Mas o que mostraram na TV
n�o parece t�o caro.

N�o compre esse.

Muita gente me disse
que foi enganada.

-N�o vale a pena.
-�.

Hoje em dia � dif�cil
confiar em algu�m.

Tara?

Um minuto. Rohan, sua m�e chegou.

-Ele almo�ou?
-Almo�ou.

Pegue sua garrafa de �gua.

Tchau.

-At� logo.
-Tchau.

N�o arraste a garrafa.

Qual � a li��o de casa de hoje?

Uma reda��o sobre o festival
de pipas em ingl�s

e uma reda��o sobre
o Ano-novo em marata.

-E matem�tica?
-N�o tem li��o de matem�tica.

-Por aqui.
-Por qu�?

Temos de ir rumo � esta��o.
Tenho de comprar mantimentos.

Mas eu a avisei para n�o
confiar em ningu�m.

Agora, est� arrependida.

Eles n�o s�o parentes de sangue.

Por que voc� tinha que falar?

N�o se envolva nisso.

Diga a eles para p�r a papelada
em ordem, que eu assino.

Claro, vou dar uma olhada.

Sim, me ligue amanh�.

Certo, tchau.

A salada est� pronta.

Est� bom.

-Quer mais molho?
-N�o.

N�o est� bom?

Filho, coma enquanto o p�o
ainda est� quente.

Como depois, deixe o papai terminar.

-E voc�?
-Quero arroz.

Vamos construir um templo
Hanuman no bairro.

V�o comemorar o Festival Hanuman.

N�o farei parte da organiza��o,
mas estou incentivando os jovens.

Ao menos, eles v�o se unir.
Vamos ver no que d�.

-Quer um pouco?
-N�o, obrigado.

Certo, tenho de ir.

-Qual o caso hoje?
-Narayan Kamble.

-Quem � o juiz? O Sr. Sadavarte?
-Sim.

Ele � muito exigente.

N�o tem problema, mas ele deveria
dar a senten�a logo.

Mas Sadavarte � r�pido.

Agora, ju�zes como Gaonkar,
Sarpotdar, e tal,

resolvem tr�s casos,
tr�s e meio por dia.

Mas soube que Sadavarte atingiu
a marca de cinco no ano passado.

Mas as coisas ainda andam
no seu tempo.

Por exemplo,
o caso de Narayan Kamble.

Jogue-o na cadeia por 20 anos
e encerre o assunto.

As mesmas caras, as mesmas
hist�rias, � chato.

A madame quer caras novas todo dia.
Vamos torn�-la ju�za logo.

Por favor. Deus aben�oe.

As testemunhas dos dois vieram,
ao menos?

S� uma.

-E a outra?
-Est� doente.

Est� bem, pode come�ar.

Diga seu nome e idade.

Shankar Bhoir, 41.

Qual � sua ocupa��o?

Sou alfaiate.

Viu Narayan Kamble no dia
que consta nos autos?

Sim, vi, ele estava cantando.

-Onde?
-Em Andheri, perto do JB Colony.

Quer dizer "Sitladevi Nagar"?

Sim.

O que estava fazendo l�?

Fui encontrar meu irm�o.

Fale das m�sicas.
O que ele estava cantando?

Ele estava cantando.
O conte�do era muito obsceno.

-E?
-E

ele estava gritando e berrando.

-O que estava dizendo?
-Estava dizendo:

"Morra. Vamos nos afogar no esgoto,
vamos morrer", coisas assim.

Ele estava falando de algu�m
ou alguma comunidade em especial?

Protesto.

Ela est� induzindo a testemunha.

Ela est� dando o local,
est� dizendo a ele o que falar.

N�o o estou induzindo.

Tudo isso j� est� mencionado
no depoimento dele.

Apenas fa�a as perguntas.
N�o fale mais nada.

Est� bem.

Diga em detalhes o que ele dizia
e a quem se referia.

Ele estava dizendo...

Estava falando de oper�rios.

-Este homem estava presente?
-Sim.

Ao menos, olhe bem.

Olhe com cuidado.

Sim.

-Lembra-se dele com certeza?
-Sim.

Anote.

A testemunha Shankar Bhoir ouviu
Narayan Kamble tocar uma m�sica,

em que incitava oper�rios
a se afogarem bueiros.

A testemunha tamb�m viu Vasudev Pawar

presente neste show.

Quando suas outras testemunhas
vir�o ao tribunal?

Eu o trarei na pr�xima vez.

Esteve doente o m�s inteiro?

Sim, senhor. Mas na pr�xima,
eu o trago com certeza.

Certo, marcarei a pr�xima data,
ent�o.

Nove de janeiro.

-Est� bom para voc�s?
-Sim.

Caso 375, Mercy Fernandes.

-Voc� n�o ter� audi�ncia hoje.
-Por que, senhor?

Veio com uma camisa sem mangas
a uma audi�ncia judicial.

� contra o c�digo de conduta
do tribunal.

Apenas roupas modestas
e cores s�brias s�o permitidas.

-Isso n�o � permitido.
-Por favor, reconsidere.

N�o, � contra as regras.

Caso 376, Santosh Waghmare.

Est� picante?

Mastigue direito.

-Compraram os ingressos?
-Compramos.

-Lugares bons?
-Sim.

Na pr�xima,
vamos ver uma pe�a infantil.

-Quando �?
-No domingo.

-Que horas?
-11h.

Pai! O que est� fazendo?
Calma! Sente-se aqui.

Vou explicar tudo.
Sente-se aqui um pouco.

Pai, decidi me casar.

Com este homem?

Claro que n�o! Este � o pai.

-Prem?
-Sim, querida?

Pode vir aqui um minuto?

A noiva ser� levada

Levada para casa,
pelos indianos do Norte

O que est� fazendo? Quieto.
Este � meu pai.

Prem.

Sente-se aqui, filho.

�leo de jasmim no seu cabelo.

Querido filho,

chama minha filha de "querida".
Ao menos, diga seu nome completo.

-Prem Chaubey.
-Chaubal!

Onde voc� fica?

-Bareilly.
-Borivali!

Quantos s�o na sua fam�lia?

M�e, pai, mano.

-Mano!
-Uau!

M�e, pai, irm�o.

Qual � seu trabalho?

-Vendedor de lanches.
-Catering!

Ele fez engenharia de catering.

Fa�a uma coisa, Meenu,

v� l� para dentro
e fa�a ch� para n�s.

Ande, ande.

V� com ela tamb�m.
Fa�a um ch� ex�tico.

R�pido, r�pido.

Venha.

Imigrantes!

Primeiro, tiraram nossos empregos.

Depois, nossas terras.

E agora querem nossas filhas tamb�m?

Caia fora!

Caia fora! Saia!

Esses imigrantes confundem
nossa educa��o

com fraqueza.

Mas se precisar,

este marati sabe mostrar
quem manda nesta cidade.

Como o nome de Narayan Kamble
surgiu em sua investiga��o?

Fomos � casa do Vasudev
para interrogar.

Foi quando algu�m mencionou isso.

O qu�?

Que h� dois dias, Narayan Kamble
tocou a m�sica,

depois do que Vasudev se suicidou.

Quem lhe contou isso?

Um rapaz chamado Nilesh Tawde.

Ent�o, chamamos Shankar Bhoir
como testemunha.

Nilesh Tawde mora na mesma favela?

Sim, ele mora l�
e conhecia Vasudev Pawar.

Ent�o, por que o depoimento
de Nilesh Tawde n�o est� nos autos?

Gravamos o depoimento,
mas depois ele voltou atr�s.

Sim, ele voltou atr�s,
mas onde est� o depoimento?

Teremos de procurar.

Isso faz algum sentido?

Por que n�o apresentou
o depoimento antigo?

Vou estudar a quest�o.

Quando ele vir� ao tribunal?

Eu o trarei na pr�xima vez.

E o que vamos fazer at� l�?

Sem depoimento antigo nem novo,

e nem sinal da pessoa tamb�m.

Vamos esperar anos com esse caso?

N�o, farei alguma coisa.

Continue.

Obrigado, Merit�ssimo.

Diga,

algu�m lhe contou que Vasudev
ouviu a m�sica de Narayan.

E como procedeu com a investiga��o?

Fomos � casa de Narayan Kamble
e realizamos uma busca.

-Ele estava presente?
-N�o.

E como entraram?

Sua neta estava l�.

Tinham mandado de busca?

N�o.

Merit�ssimo, a busca na casa
do meu cliente foi ilegal.

O investigador n�o tinha
mandado de busca,

e a busca foi realizada
na presen�a de uma menor,

sozinha em casa.

Como pode presumir
que o suspeito n�o vai cooperar?

Recebeu o manual de procedimentos
da pol�cia, certo?

-Sim.
-E para que ele serve?

O senhor tem raz�o.

E a carta de Ashwin Bhagat?

Quer interrog�-lo sobre isso?

Sim, Merit�ssimo.

Leu a carta?

Sim.

Pode dizer o que est� escrito
na carta?

Ashwin Bhagat a escreveu
na pris�o de Arthur Road.

Sim, mas o que ele escreveu?

Que Ashwin Bhagat tinha abusado

do superintendente da pris�o
e de outros policiais.

Abusado ou reclamado deles?

-D� no mesmo.
-E?

Ele mencionava um plano.

Umas pessoas iam fazer
uma coisa na cidade.

Quem exatamente?

Ashwin Bhagat, Narayan Kamble,
e seus parceiros.

Merit�ssimo,
tenho uma tradu��o da carta.

Na carta, o Sr. Bhagat
est� pedindo a meu cliente

que cuide de sua m�e doente
enquanto ele estiver na cadeia.

N�o sei de que atividade ilegal
o policial est� falando.

N�o, mas essas pessoas
s�o inteligentes.

Elas escrevem em c�digo.

-Como assim "essas pessoas"?
-Os extremistas.

Quem disse que Narayan Kamble
� um extremista?

Narayan Kamble n�o,
mas Ashwin Bhagat �, com certeza.

J� foi provado.

E o que escreveram em c�digo?

Ainda n�o sabemos.

Ashwin Bhagat tem hist�rico
de fazer essas coisas.

Entregamos a carta
ao Departamento de Intelig�ncia.

Eles v�o descobrir.

Quando eles v�o descobrir?

Vai levar no m�nimo um m�s.

Falaremos sobre isso depois, ent�o.

Por que atirar no escuro?

Quer continuar?

J� terminei, senhor.

Certo.

Pode descer, senhor.

E estes livros?

Quarenta livros foram apreendidos
na resid�ncia de Narayan Kamble.

Dois foram proibidos pelo governo,
e � ilegal possu�-los.

Um � um manuscrito, Goymar Manas,
de Saint Kashinath, de 1899.

O outro � chamado The Lotus
and the Robot, de Arthur Koestler.

Senhor, The Lotus and the Robot
� sobre ioga oriental,

e Goymar Manas � sobre
a hist�ria da seita Goymar.

Goymar Manas � proibido

porque fere os sentimentos
do povo Goymari,

e � considerado ofensivo.

O que est� dizendo?
Por que n�o fala em ingl�s?

� considerado muito ofensivo.

Senhor, o livro foi proibido
h� mais de 110 anos,

e na �poca, era considerado
uma cr�tica muito precisa

� algumas pr�ticas
retr�gradas dos Goymari.

Podem ser retr�gradas para voc�,
mas para eles ainda s�o sagradas.

Mesmo assim, isso ainda �
prejudicial e irracional.

Merit�ssimo, como ele pode dizer
isso. � muito ofensivo.

Por que � ofensivo?

Parem com essa discuss�o.

Verei o que fazer sobre os livros.

Anotem a pr�xima data.

Vinte e cinco de janeiro.

Teve problemas na alf�ndega?

Tive, papai.

Eu disse � mam�e,
confiscaram o celular dela.

-N�o sei de nada.
-N�o contei nada para ele.

Foi muito problem�tico.
Eles levaram o celular da mam�e.

-Muito bom.
-O que � muito bom?

-Levaram o celular da mam�e, e...
-Sim, por que perguntar isso?

N�o contei que voc� comprou coisas,

nem que foram confiscadas.

Que bom que ele n�o soube.
Ele se diverte com essas coisas.

E mais, confiscaram os presentes
da filha do tio de Magan.

Por isso n�o pe�o nada do exterior.

Tem tudo na �ndia,
n�o precisa importar.

Mas os parentes n�o entendem.
A mam�e tudo bem.

Voc� n�o pediu nada,
porque voc� entende.

Mas a filha do tio de Magan
n�o entende.

Ela ficou me ligando.

Se eu n�o atendia,
ela deixava recado:

"Me traga um iPad".

Eles acham que � como viajar
nos trens locais.

Sem alf�ndega.

Pegue-o! N�o o deixe fugir.

Pegue-o!

Como ousa insultar a seita Goymari?

Batam na cara dele!

Salve a seita Goymari!
Vida longa ao povo Goymari!

Senhora, est� ficando tarde.

Eles acabaram de chegar.
Podemos come�ar.

Sente-se.

Prossiga.

Merit�ssimo, quero chamar
Sharmila Vasudev Pawar,

esposa de Vasudev Dnyanesh Pawar,
para depor.

Permiss�o concedida.

Venha.

Onde esteve todos estes dias?

Na minha cidade.

Onde � sua cidade?

Shiknapur.

Por que partiu?

Seu marido morreu,
um caso foi aberto.

Depois da aut�psia,
ningu�m reclamou o corpo.

Quando voltou?

Semana passada.

Como a encontrou?

Os vizinhos a informaram
que est�vamos � procura dela.

A�, seu cunhado a trouxe � delegacia.

Por que partiu para seu vilarejo?

Porque estava...

Porque estava o qu�?

Estava com medo.

Com quem foi?

Meu cunhado e minha filha.

N�o viaje sem nos informar
enquanto durar o caso.

-Pergunte o que tem que perguntar.
-Obrigada.

-Diga seu nome e idade.
-Sharmila Pawar.

-Idade?
-N�o sei.

-Aproximadamente?
-Uns 30.

Quantos anos foi casada
com Vasudev Pawar?

Sete.

Desde que se casaram, Vasudev
sempre limpou bueiros?

Sim.

Ent�o, ele estava acostumado?

Nestes anos, n�o houve acidentes
nem ferimentos

durante o trabalho, certo?

Ele perdeu um olho.

-Como?
-N�o sei.

Foi acidente de trabalho

ou algo entrou no olho dele,
coisa assim?

N�o.

Ent�o, foi um acidente de trabalho,
certo?

Nunca escorregou e caiu nem entrou
sem prote��o nos bueiros, certo?

Certo. Diga, como estava
a sa�de mental do seu marido?

Como assim?

Ele estava feliz ou triste?
Como ele estava?

Estava bem.

Ele estava bem?

-N�o brigava nem nada?
-Ele brigava.

-Ele batia na senhora?
-�s vezes sim.

-Batia nas crian�as?
-Sim.

Certo, diga,

alguma vez ele falou em suic�dio?

N�o.

Alguma vez ele falou
de uma m�sica ou algo do tipo?

N�o? Certo.

E de uma pessoa
chamada Narayan Kamble?

-Alguma vez o mencionou?
-N�o.

Senhor, o que est� havendo?
Ela est� induzindo a testemunha.

N�o a estou induzindo a nada.

Certo, continue.

Agora diga,

lembra-se de algu�m ou de um grupo

se apresentando em frente � sua casa?

N�o sei.

Tem certeza
ou est� dizendo n�o para tudo?

N�o lembro.

Merit�ssimo, ela est� nervosa
e n�o consegue lembrar detalhes.

Solicito uma nova
data para interrogat�rio.

Est� bem.

Quer lhe perguntar algo agora
ou s� na pr�xima vez?

Tenho algumas perguntas para ela,

mas apenas se ela concordar.

Ele vai lhe fazer mais algumas
perguntas, tudo bem?

Prossiga.

Quando seu marido ia trabalhar,

ele usava algo para cobrir
a boca, os olhos?

N�o.

Galochas, m�scara, alguma coisa?

N�o.

-E como entrava nos bueiros?
-Simplesmente entrava.

Mas

l� dentro n�o � sujo e fedorento?

�, mas ele procurava baratas.

Como assim?

Ele jogava pedras dentro do bueiro

e se uma barata ou inseto sa�sse,
sabia que era seguro entrar.

Como sabe disso?

�s vezes, ele chegava e dizia:

"A barata n�o saiu hoje,
estou de folga".

O que ele usava para limpar o bueiro?

Tipo uma p� ou uma vareta.

Ele n�o recebia mais nada?

N�o.

Disse que ele perdeu um olho.
Como isso aconteceu?

N�o soubemos ao certo.

O m�dico disse que foi por causa
da sujeira que entrou no olho.

-Por entrar nos bueiros?
-Sim.

Agora ele est�
induzindo a testemunha.

Por favor, n�o fa�a isso.

Est� bem.

-Ele consumia �lcool?
-Sim.

-Quantas vezes por semana?
-Todo dia.

-Antes do trabalho ou depois?
-Antes.

Por qu�?

Para suportar o fedor.

Obrigado.

Merit�ssimo,

nenhum equipamento de seguran�a
era fornecido a Vasudev Pawar.

Ele dependia do �lcool
para suportar o fedor do esgoto.

E ele n�o tinha como saber

se havia oxig�nio o bastante
para ele entrar.

E ele j� tinha perdido um olho
por causa dos gases t�xicos.

Anote.

O falecido

n�o recebia equipamentos
de seguran�a.

Segundo o depoimento de sua esposa.

Isso pode ter levado � perda

de um olho no trabalho.

Ponha o cinto.

� esquerda. A�.

Vou deixar voc� em Sitladevi Nagar,
certo?

Sim.

Mais quantas vezes terei
que vir ao tribunal?

Talvez mais uma ou duas.

J� estou com pouco trabalho.

Se tiver de ficar vindo,
vou perder o pouco que tenho.

Quando parti para o vilarejo,
perdi todo meu trabalho aqui.

Se houver trabalho para mim,
por favor, avise.

Pode deixar.

Posso trabalhar em qualquer lugar.

Se precisar de dinheiro,
posso arrumar.

N�o quero dinheiro. S� me avise
se tiver trabalho para mim.

Certo.

Merit�ssimo, segundo a aut�psia
apresentada pelo hospital,

a causa da morte de Vasudev Pawar

foi fal�ncia respirat�ria
por inala��o de g�s sulf�drico,

encontrado em seus pulm�es
em quantidade excessiva.

� poss�vel que o n�vel
de oxig�nio em seu corpo

tenha ca�do abaixo de 6%,

resultando em inconsci�ncia
ou coma antes da morte.

Nenhuma marca ou ferimento
foi encontrada em seu corpo,

e n�o havia sinais
de hemorragia interna.

O relat�rio sugere que

a v�tima estava altamente
embriagada na hora da morte,

e uma grande quantidade de �lcool
foi encontrada em seu sangue.

Isso nega a possibilidade
de suic�dio premeditado

e indica morte acidental.

Nenhuma carta de suic�dio foi achada,

nem testemunhas a quem a v�tima
tenha falado sobre tirar sua vida.

Senhora,

seu caso foi enfraquecido.

Sua �nica testemunha � Shankar Bhoir.

Senhor,
tenho algo a explicar sobre isso.

Merit�ssimo, Shankar Bhoir
� uma testemunha aliciada.

Ele foi testemunha ocular em quatro
casos nos �ltimos dois anos.

S�o eles: O Estado x Mohammed Aslam,

o Estado x Gajendra Kamat,
o Estado x Krutika Modi.

E nos quatro casos, incluindo este,

o investigador � o mesmo,

Pradeep Shelke.

N�o sei disso, Merit�ssimo.
Vou analisar a quest�o.

Por favor.

Prossiga.

Fora esta �nica testemunha,

n�o h� provas conclusivas ligando
a apresenta��o do meu cliente

� morte de Vasudev Pawar.

Em defesa do meu cliente,
h� o depoimento do seu grupo,

Subodh Kushte, Sachin Jadhav,
Pallavi Sonar e Vidya Sawant,

que alegam n�o saber
que a m�sica em quest�o

tenha sido composta ou apresentada
pelo acusado.

E o mais importante, Sharmila Pawar,

esposa de Vasudev Pawar,
afirmou no tribunal

que seu marido n�o expressara
nenhuma inten��o de se suicidar

e que ela n�o sabia de nenhuma
circunst�ncia que o levaria a isso.

Seu depoimento, sim, apenas
refor�ou a possibilidade

de morte acidental

causada por �lcool e neglig�ncia
de normas de seguran�a.

Merit�ssimo, pe�o encarecidamente
que estabele�a fian�a

e leve em considera��o
a idade de meu cliente,

j� que relat�rios m�dicos mostram
grave deteriora��o de sua sa�de.

Fian�a concedida.

Obrigado, Merit�ssimo.

No valor de 100 mil r�pias,
em dinheiro,

sem fiador.

N�o sei se meu cliente pode
obter quantia t�o alta.

Ele n�o pagou fian�a
em casos anteriores.

A quantia n�o pode ser diminu�da.

Caso 187, Abbas Ali Ansari.

O que est� escrito aqui?

Tem que se apresentar toda semana
� delegacia de Sitladevi Nagar.

N�o pode sair da cidade
nem mudar de endere�o.

-Quem pagou a fian�a?
-Ele.

-Ent�o, combine a devolu��o.
-Sim, vamos ver.

Por que pagou tanto dinheiro?

Ter�amos dado um jeito.

Este caso vai durar anos.
Pague quando voc� puder.

Mesmo assim.

Tome.

Por que tantos comprimidos?
Tomei alguns h� uma hora.

Eles mandaram tomar de novo.

N�o sei que rem�dios eles
est�o me mandando tomar.

S�rio?

O m�dico receitou uma inje��o.

Ele se recusa, por isso tem
que tomar tantos comprimidos.

-Por que se recusa?
-Tem medo de inje��es.

N�o tenho medo, s� n�o gosto.

E voc� tem que gostar?

-Os exames chegaram?
-Chegaram.

A press�o dele disparou,
e ele est� com febre.

Disseram que pode ser icter�cia.

Vov�, por favor, descanse.

Ou cancelar�o a fian�a de novo.

Pare de resmungar,
ou�a o que ele diz.

Se for preso de novo, o que faremos?

Por que tanto medo?

Veremos o que acontece.

Mas todos seremos afetados.

Vou sair agora, com licen�a.
Por favor, descanse.

Subodh.

Venha.

J� volto.

Aben�oado seja o Senhor!

Aben�oado seja o Senhor!
Com seu amor infinito

Muita piedade
Muita comisera��o

Louvores s�o entoados
Sobre sua coragem

Mas essa � uma can��o
Sobre sua bondade

Apresento uma can��o de gratid�o

Ou�a esta can��o de gratid�o, Senhor

O Senhor empunha a espada
Que apunhala o cora��o

Que acaba com toda a vida!

� Senhor, nosso Mestre
� Senhor, nosso Mestre

Com um disparo de Sua arma
Os melhores tombam

Em profunda melancolia!

� Senhor, nosso Mestre
� Senhor, nosso Mestre

Ainda assim n�o me silenciou

Me fez a cortesia
De me levar a julgamento

O Senhor me concedeu um favor

O Senhor me concedeu um favor

Em meio a tanto barulho
Sobre a arte

A Verdade perdeu a voz

A arte � comida de porcos
Um engano em nome da est�tica

Gritos da pira funer�ria

N�o podem ser chamados de arte

Ficaremos muito agradecidos

Se n�o nos rotular de "artistas"

E a �ltima atra��o de hoje.

Apresenta��o de dan�arinas
com menos de 15 anos.

Um grande aplauso!

UMA HIST�RIA DE HUMILHA��O
DE NARAYAN KAMBLE

Mr. Kadam.

Entregue esses pap�is a ele.

N�o precisa vir agora.
Avisaremos se precisarmos de voc�.

Caso 535, Delegacia Paanchpada,
Narayan Kamble.

Tr�s dias de deten��o.

Caso 536, Delegacia Paanchpada,
Amit Sawant.

Prossiga.

O acusado Narayan Kamble

� acusado sob a Se��o 124-A
do C�digo Penal Indiano,

Ato de Preven��o
� Atividades Il�citas, 1967,

Emenda ao Ato de Preven��o
� Atividades Il�citas, 2008,

e sob a Se��o 151,
C�digo Penal Indiano, 1860.

Ele aliciou e doutrinou jovens
em acampamentos em v�rias �reas,

tais como Beed, Sangli, Mumbai,
e Jaitapur.

Os acampamentos usavam como fachada
oficinas para m�sicos e poetas.

Provas foram descobertas
em forma de correspond�ncias,

poemas, m�sicas e manuscritos,

que os acampamentos t�m pouco a ver
com a cultura popular do Estado,

mas s�o ve�culos para encontros
de indiv�duos perigosos.

Segundo investiga��es da pol�cia,

os principais envolvidos em ajudar
Narayan Kamble nas oficinas s�o:

Subodh Kushte, Swati Shirke,
Vikas Saraf, e Anand Jadhav.

Os acima mencionados respondem
a v�rios processos no Estado,

e s�o associados a grupos

que j� foram designados
como associa��es terroristas

pelo Governo da �ndia.

A investiga��o ainda afirma

que muitos dos ditos artistas,
treinados pelo r�u,

foram respons�veis por protestos
violentos, danos � propriedade,

e at� mesmo ataque a policiais
nas �reas citadas acima.

Narayan Kamble j� foi indiciado
sob o Ato de Artes Dram�ticas, 1857,

e foi advertido a n�o apresentar,
escrever, ensinar nem publicar

material que incite � revolta.

Segundo � emenda ao Ato UAPA, 2008,

uma pessoa pode ser acusada
por qualquer ato de amea�a

ou inten��o de amea�ar,

a unidade, integridade, seguran�a
ou soberania da �ndia,

ou com inten��o de infligir terror

ao povo ou a qualquer setor
do povo da �ndia,

ou a qualquer pa�s,
usando bombas, dinamite,

ou outras subst�ncias
explosivas ou inflam�veis,

ou armas de fogo, ou outra armas
letais, ou venenos,

ou gases nocivos, ou outros
produtos ou subst�ncias,

sejam biol�gicos, radioativos,
nucleares, de natureza perigosa,

ou qualquer outro meio
que possa causar:

a) morte ou ferimentos
a qualquer pessoa ou pessoas.

Ou b) perda, dano ou destrui��o
de propriedade.

Ou c) interrup��o de servi�os
essenciais ao povo da �ndia

ou de qualquer pa�s.

Senhor, onde est� a bomba?
Onde est�o as armas letais?

Bomba, produtos qu�micos

ou qualquer outro meio
inclui qualquer coisa.

N�o � essa a quest�o.

Qual � a inten��o?

A inten��o � a amea�a,
ou prov�vel amea�a,

� unidade, integridade, seguran�a
e soberania da �ndia.

Meu cliente alega que as acusa��es
contra ele s�o fabricadas,

inclusive a prova apresentada
pela pol�cia.

Esta � uma acusa��o
muito s�ria e conveniente.

O inspetor autorizou a pris�o
por meio do chefe de pol�cia.

Senhor, n�o h� provas suficientes.

J� apresentei os relat�rios
m�dicos de meu cliente.

H� grave risco � sua sa�de,
se ficar preso tanto tempo.

Solicito fian�a.

A pol�cia citou o UAPA.

Como posso conceder fian�a,
se � inafian��vel?

Senhor, � o �ltimo dia
de funcionamento do f�rum.

Ser� viola��o dos direitos
b�sicos do meu cliente

se ele for detido um m�s inteiro,
sem provas de que � culpado.

As f�rias a partir de amanh�
s�o para a primeira inst�ncia.

Pode recorrer � Suprema Corte.

O acusado deve permanecer

detido

e

se apresentar ao tribunal

em sete de julho.

-� s� isso?
-Sim.

A sess�o est� encerrada.

Est�o todos aqui?

As malas est�o guardadas?

-Vamos embarcar.
-Acho que n�o ouviram.

Vamos, estamos prontos para partir.

-Todos prontos?
-Sim.

Salve Lorde Ganesha!

Salve Lorde Ganesha!

Abhijeet voltou, disse que voc�
abriu uma consultoria.

Sim, j� imprimi cart�es de visita.

Por ora, vou alternar entre meu
emprego e a consultoria.

Vejamos no que d�.

Ent�o n�o vai se demitir?

-N�o.
-Muito bem.

O que os m�dicos est�o dizendo?

N�o est� claro.

Encontramos um novo fono,
vamos aguardar.

Ele ainda n�o est� falando?

Ela fala coisa como "m�e, pai",

mas n�o frases inteiras.

Vejamos como o novo fono se sai.

E a escola?

Nada de escola por ora.

Ele n�o consegue ficar
sentado muito tempo.

� muito inquieto.

Esses fonoaudi�logos s�o bons,

mas eu j� disse e repito,

voc� tem que mudar o nome dele.
Ele tem um problema no nome.

Leve-o a um bom numerologista

e pe�a uma opini�o.

-Entendeu?
-Sim.

E mais uma dica, tem uma pedra
preciosa chamada hessonita.

Sim.

Fa�a-o usar um anel de hessonita
no dedo m�dio.

Me diga se ele n�o voltar
a falar logo.

Certo.

-Experimente isso.
-Experimentaremos sim.

Voc� tem que aproveitar
esse fen�meno.

Algu�m tem 42?

Algu�m completou a carreira
do meio ou a de baixo? Bingo!

Algu�m tem? Est�o prestando aten��o?

Quarenta e quatro.

Acontece que,

este aumento de sal�rio �
visto s� em alguns setores.

Por exemplo, em TI.

-Certo?
-Sim.

-Tem tamb�m o MBA.
-� a mesma coisa.

Se voc� se forma na IIM de Ahmedabad
ou na IIM de Bangalore...

assim que voc� sai,

tem um sal�rio de 400 mil rupias.

-Por ano?
-Por m�s!

Sim, 400 mil por m�s, l�quidos.

S�o dez milh�es por ano.

Ontem mesmo, li um artigo
no Times of India.

Os melhores alunos

ganharam um b�nus
de 800 mil. 800 mil!

O que � isso? Caia fora! Saia!

Idiotas!