All language subtitles for The Return of the Cisco Kid (1939)

A VOLTA DE CISCO KID

1900
NORDESTE DO M�XICO

PR�XIMO A FRONTEIRA
DO ARIZONA

Fogo!

Espere, n�o cubra-o, por que n�o
dar�amos uma boa refei��o aos abutres?

Vamos montar.

Montem.

Adiante.

Gordito.
Lopez.

Gordito.
Lopez.

-L� est�.
-Cisco!

N�o te machucaram, heim?
Como sentiu-se ao ser morto?

-N�o machucou nada.
-O capit�o ficaria surpreso

-se o visse agora, heim, Cisco?
-Sim.

Ele ficar� mais surpreso quando
descobrir que seus homens usaram

-balas de festim.
-Diga-me, como arrumou as balas?

Ontem � noite quando estavam
dormindo, n�s nos esgueiramos,

trocamos a muni��o,
guardamos as armas, sa�mos e

Cisco Kid ainda vive.

Por que est� cantando
esta m�sica, Cisco?

-Voc� n�o est� apaixonado.
-N�o, mas estarei.

Voc� disse que vamos a Juarez,
h� muitas garotas em Juarez.

-Sim, e muito vinho tamb�m.
-E muita comida.

N�o, estou cansado do M�xico.
Sonhei com as montanhas

-azuis do Arizona.
-Arizona?

Sim, faz tempo que respirei o ar
gelado das colinas, desde que vi

-o p�r do sol do deserto.
-Cisco, n�o podemos ir ao Arizona.

Ele fica nos EUA e n�o podemos
brincar com os soldados americanos.

E ainda h� uma grande
recompensa pela sua cabe�a.

-Eles te matar�o.
-Meu pobre gordinho,

-como posso ser morto se j� morri?
-Mas voc� n�o est� morto.

Por que acha que deixei me capturarem?
Por que que fui executado?

-Porque voc� gosta de brincar?
-N�o, por que queria ser morto.

O mundo acha que n�o h� mais Cisco Kid.
Ent�o, quando os bancos forem roubados

e o gado levado, quem pensar�
em procurar por um homem morto?

Cisco, eu sempre disse
que voc� � inteligente.

-Ele deveria ser presidente.
-Voc�s est�o certos, amigos,

por isso cruzaremos a fronteira,
talvez me torne presidente do Arizona.

A� vem ela.

Ou�am, lembrem-se do que eu disse,
montem seus cavalos e peguem a estrada,

quando virem a dilig�ncia
chegando, voc�s sabem o que fazer.

Havendo algum problema,
lembrem-se, estarei dentro dela.

-Sim, Cisco.
-Se apressem.

Obrigado, meu bom homem.
Obrigado.

Cuidado.

Aqui estamos, minha garota,
de volta a terra de Deus.

A terra gloriosa de
ouro e oportunidades.

A terra parece
estar no meu rosto.

-Deixou cair seu chap�u, senhorita.
-Obrigada.

-De nada, isso me deixa muito feliz.
-Falou um cavalheiro da velha guarda.

-Obrigado, senhor.
-J� volto. Est� na hora do seu

rem�dio, n�o esque�a de
tom�-lo e fique longe do bar.

Voc� est� insinuando que sou um
homem sem for�a de vontade?

Sim, vov�.

Sua maluca.
Com licen�a, senhor.

Um conhaque de Kentucky,
por favor.

Vamos meu bom homem,
n�o tenho a tarde inteira.

Fique calmo, senhor,
est� a caminho.

-Essa � para abrir os caminhos?
-Um pouco de respeito, meu jovem.

-Sou um homem muito enfermo.
-Tomaria uma bebida comigo?

N�o, senhor, n�o posso beber,
d� ao homem o que ele quiser.

-O que ser�?
-Para mim, tequila.

Uma longa viagem deixa
um homem sedento.

Voc� est� certo.
Obrigado.

Se o est� fazendo para mim
pode parar agora mesmo.

O que?

Eu disse que n�o desconto cheques.

-Como ousa?
-Senhor,

-d�-me a honra de trocar o cheque.
-Claro.

Seria uma honra.

A� est�, senhor,
n�o saque por enquanto,

pois preciso entrar em
contato com meu banco.

-Est� bem.
-Obrigado

-Voc� n�o cometeu um erro?
-Esta � uma nota de $100.

Est� tudo bem, me desculpe,
mas esta � a menor que tenho.

-A menor que tem?
-Sim.

Bem, te farei outro cheque
para cobrir a diferen�a.

N�o, n�o � necess�rio.
Posso receb�-lo depois.

De fato pode.
Claro.

Bem, pagarei o seu empr�stimo
assim que chegar a civiliza��o.

Adeus, senhor.
Para onde devo envi�-lo?

N�o precisa enviar,
irei com voc�.

-Voc� vai na dilig�ncia?
-Sim.

Tamb�m estou
viajando para o norte.

-Qu�o aconhegante.
-Ei.

-N�o.
-N�o, a� est�, meu bom homem.

-Fique com o troco.
-Adeus.

Um amigo de fato
� um amigo de fato.

Espero que n�o mencione
nossa transa��o para ningu�m,

tento n�o entediar minha
neta com detalhes de neg�cios.

Sim, eu entendo,
manterei minha boca fechada.

Minha querida,
espero n�o t�-la feito esperar.

N�o creio que tenha
disperdi�ado seu tempo.

Ann, gostaria de lhe apresentar...
Nosso companheiro de viagem,

um cavalheiro da velha guarda
e meu bom amigo, sr...

N�o, permita
eu me apresentar.

Sou o sr. Gonzalo Sebastian
Rodrigo Don Juan Chicuelo.

E esta � minha neta,
srta. Ann Carver.

-Como vai?
-Maravilhado em conhec�-la.

-Est�o prontos para partir, vov�.
-N�o os deixemos esperando.

-Voc� tomou seu rem�dio?
-Rem�dio? Aqui est�.

Coisa poderosa.

-Seu av� � um �timo homem.
-Um pouco exc�ntrico, mas o amo.

-Tivemos uma �tima conversa na cantina.
-�? Diga-me, meu av� tentou te vender

-alguma mina de ouro?
-N�o.

-Gra�as a Deus.
-N�o, conversamos sobre outras coisas.

Voc� n�o trocou nenhum
cheque para ele, trocou?

-Sim.
-Era isso que eu temia.

Sr. Chicuelo, esse cheque n�o
vale o papel no qual est� escrito.

-Quer dizer que fui roubado?
-N�o diga isso.

Ele n�o � um ladr�o, ele n�o quer lhe
fazer mal, ele � apenas irrespons�vel.

-N�o, mas...
-Ele n�o voltar� a fazer isso, s�rio.

As coisas mudar�o de agora em
diante, herdei $5.000 da minha m�e

que foi enviado a um velho amigo da
fam�lia, ele investiu em um rancho

para n�s, assim que nos estabelecermos,
meu av� n�o ser� tentado a fazer isso.

Al�m do mais, te devolverei cada
centavo que ele pegou de voc�.

N�o, deixe-o dormir.
Est� viajando para longe?

-S� at� Fronteras.
-Fronteras?

Engra�ado, tamb�m
estou indo para l�.

O que est� acontecendo?

-Bandidos.
-Abaixem as armas, r�pido.

E o ouro, r�pido.

-Eu cubro, pegue os de dentro.
-Saiam todos.

M�os ao alto.

Sinto muito termos sido parados
por estes bandidos sujos.

Vamos, larguem as armas,
r�pido!

Voltem para os cavalos.
Agora!

Meu rapaz, nunca vi
ningu�m t�o bravo.

Essa foi a coisa mais
incr�vel que j� vi.

20 anos conduzindo dilig�ncias
e nunca vi nada como isso.

N�o foi nada.
Qual o problema, est� nervoso?

N�o estou nervoso.
Est� na hora do meu rem�dio.

-Aqui, te ajudo a subir.
-Obrigada.

-Ele est� louco, n�o?
-Sim, muito louco.

Ei, onde est� o xerife?
Encontramos dois bandidos.

-Algu�m se feriu?
-N�o, um dos meus passageiros

-cuidou deles.
-N�o seja t�o modesto, meu rapaz,

voc� o ajudou bastante.
Claro que eu teria atirado...

-Vov�, quero falar contigo.
-N�o me empurre.

Aqui est� o homem que
assustou os bandidos, pessoal,

-nunca vi algo t�o bonito.
-Muito bom, senhor.

Voc� devia se envergonhar,
depois de tudo que ele fez por n�s.

-Mas admita que fiquei ao lado dele.
-Senhorita, ainda bem que a alcancei.

Sr. Chicuelo, quero me desculpar
pela conduta do meu av�.

Sou grata por ter nos salvado e gostaria
de convid�-lo para o jantar desta noite.

-Sim, n�o, voc�s comer�o comigo.
-De forma alguma.

-Mas se voc� insiste...
-Ent�o os vejo esta noite.

-Bem, at� logo, senhor.
-At� mais.

Obrigada mais uma vez,
por tudo.

Obrigado.

-Por que vieram aqui?
-Voc� deve estar louco.

Olhe, Cisco, sempre confiamos em voc�,
mas uma caixa de ouro � valiosa.

-Qual o problema, enlouqueceu?
-N�o, est� tudo bem.

Mas, sabem amigos, voc� se sente
bem sendo um homem honesto.

O que acham de serem
rancheiros respeit�veis?

-Trabalhar para viver.
-Trabalhar?

Sim, me decidi, de agora em diante,
o Cisco Kid est� realmente morto.

-N�o haver� mais tiroteios, roubos.
-Ele est� louco.

N�o estou louco.

Estou apaixonado.

Onde ele est�?

Sou o Coronel Joshua Bixby,
meu bom homem.

Estou procurando pelo
meu amigo, o Major Davis.

-Major Davis?
-Sim.

-Ele n�o est� aqui.
-N�o seja rid�culo,

ele chegou h� um m�s atr�s.

Deixe-me ver.

Sim, havia um homem aqui chamado
Davis h� uma semana atr�s.

-Seu idiota, por que n�o disse logo?
-Porque ele n�o est� mais aqui.

-Bem, onde ele est�?
-Na cadeia.

-Na cadeia?
-Na cadeia?

Meu velho amigo e parceiro
de ex�rcito atr�s das grades?

O homem que liderou o ataque
de Gettysburg na cadeia?

Vou ver o que aconteceu.

Quem essas pessoas acham que s�o?
Prendendo meu amigo.

-Ele est� a�.
-Isso � um absurdo.

Ei, este homem n�o � o Major Davis.
Ele � um impostor.

Espere um pouco.
Voc� � o Coronel Bixby.

-Claro que sou, quem � voc�?
-Nossa, � o Alan.

-E voce � a Ann.
-Quem � este homem?

-Alan Davis, o filho do Major.
-Nossa, � voc�.

Bem, meu rapaz,
quase n�o o reconhe�o.

-Estou feliz em v�-lo.
-N�o sabe como estou feliz em v�-lo.

-O que aconteceu com voc�?
-Uma discuss�o.

-Onde est� seu pai, meu garoto?
-Ele ainda est� em casa.

O doutor disse que ele n�o devia
fazer uma viagem longa agora.

-Sinto muito.
-Ele vir� assim que resolver

os problemas do rancho.
Isso se conseguirmos.

-O que houve?
-Algo peculiar vem acontecendo.

Depois de recebermos
sua carta e os $5.000,

meu pai me mandou aqui para
fazer uma oferta pelo rancho.

No dia que cheguei, pesquisei a hipoteca
com um homem chamado McNally.

Ele parece ser dono da cidade,
ele � o prefeito, o xerife, dono do banco

e comanda todos os neg�cios.
Bem, entrei com o dinheiro e

os documentos do leil�o e ele me
disse para tomar posse do rancho.

Depois de um tempo ele me
acusou de ter roubado o dinheiro.

Disse que eu era um bandido
e confiscou todo o dinheiro.

-Isso � terr�vel, e o que fez?
-Receio que a coisa errada.

-Eu bati nele.
-Bom para voc�, meu rapaz.

N�o foi muito bom,
ele � muito forte.

-Ent�o, o que aconteceu?
-Quebramos v�rios de seus m�veis

-e acordei aqui.
-Eles n�o podem mant�-lo preso.

Eles est�o fazendo um bom trabalho,
mas isso n�o importa.

A pior parte � que se n�o tomarmos
posse do rancho at� esta noite,

-perderemos ele para sempre.
-Isso n�o acontecer�, meu rapaz.

Chegarei ao fundo disso n�o
importa o que tenha que fazer.

-Cuidarei desse... como se chama?
-McNally.

Te tirarei daqui nem que
tenha que brigar com ele.

Voc�, deixe-me sair daqui.

-Me solte.
-Te darei uma li��o por isso.

-O que est� acontecendo?
-Bem, xerife, pegamos este

-homem mudando sua marca.
-Pegamos em flagrante, eis o ferro.

-Voc� de novo, heim?
-O que far� sobre isso?

Voc� est� preso.
Pessoal, movam as mesas,

o tribunal est� em sess�o.

Voc�s na fila da frente ser�o o j�ri.
Pessoal, este homem foi pego

mudando marca.

Esperem um pouco.
Esta � uma corte da lei.

E que nunca digam que n�o
o dei uma audi�ncia justa.

Voc� tem algo a dizer por
si mesmo, prisioneiro?

Pode apostar que sim.
Voc� roubou aquele gado de mim...

Cale-se!

Julgo o prisioneiro culpado por roubo,
o j�ri apoia a decis�o?

Tudo bem, agora te direi
o que farei com voc�.

Devia enforc�-lo, mas sou um
homem piedoso, ent�o voc�

sair� da cidade e n�o voltar� mais.
E se eu te pegar a cem milhas daqui,

o cemit�rio ser� sua
pr�xima parada.

Se voc� n�o tivesse essas
armas, eu te partiria em dois.

Espere um pouco.
Espere um pouco.

Soltem-no.

Jogue-o em cima de um cavalo
e largue-o fora da cidade.

Sess�o encerrada.

Onde est� o safado do McNally?

Bem, onde ele est�?
Estou procurando por ele.

-Ouvi algu�m perguntando por mim?
-Ent�o voc� � o safado, heim?

-Cuidado.
-Fique fora disso, garota.

Ordeno a soltura do meu amigo
Alan Davis ou serei obrigado a

usar minha influ�ncia com
o governador do territ�rio.

-Bem, e como se chama?
-Coronel Joshua Bixby.

S�cio do rancho Devas.

Ent�o voc� requereu a
compra daquele rancho, heim?

Sim, e te acuso de prender meu
amigo sob falsa acusa��o de roubo.

-Ent�o voc� nega?
-Nego o que?

Acho que temos o c�mplice
do Davis aqui, prenda-o.

Espere.
Solte-o!

Te destruirei por isso, McNally.
Levarei isso a Suprema Corte

dos EUA, falarei com
meu amigo, o Presidente.

Ou�a-me, tagarela,
quero que entenda algo.

O governador, a Suprema Corte
e at� mesmo o Presidente

n�o se metem comigo.
Sou a lei neste lugar.

O que eu disser, vale.
Leve-o daqui.

Vamos.

Tudo bem, pessoal, espalhem-se,
aberto para neg�cios como sempre.

Vamos, gire esta roleta.

Vamos, ponha mais perfume.
Depressa.

-Isso cheira bem.
-Sabe, Cisco,

voc� tem tomado muitos banhos.
Isso � ruim para voc�.

Conheci um homem que tinha
16 filhos, era musculoso,

forte como um cavalo, ent�o
um dia, ele tomou um banho.

-E adeus.
-Voc� precisa ter cuidado, Cisco.

N�o se preocupe, estou me
preparando para a festa desta noite.

-Comprou o vinho?
-N�o consegui o vinho especial.

O homem vendou as �ltimas
duas garrafas ao xerife.

-V� peg�-las.
-O que?

V� peg�-las.

Talvez n�o tenha me ouvido,
eu disse que ele vendeu as

-duas �ltimas garrafas ao xerife.
-E eu disse para ir peg�-las.

Tudo bem, se importa
se eu esperar escurecer?

-Falou com os gar�ons?
-Sim, eles prometeram

-que lavariam as camisas.
-Vamos, mais perfume, r�pido.

-Isso � t�nico capilar.
-Qual a diferen�a?

Isso cheira bem.

Falaram sobre as
decora��es especiais?

-Sim, fizemos tudo.
-Voc� com certeza est�

tendo muito trabalho por
causa de uma garota.

-Mas que garota.
-E a Rosita Maria?

-Rosita Maria n�o valia nada.
-E a Carmencita?

A Carmencita tinha
p�s de pato.

-Voc� n�o disse isso ano passado.
-Sim, mas ano passado eu n�o

havia conhecido um anjo.
Hoje a noite � especial.

Comeremos, dan�aremos cantaremos
e ent�o a senhorita se apaixonar�.

Como poderei fazer amor com
a senhorita com o av� no caminho?

-Cuidaremos dele.
-N�o ela n�o me perdoaria.

O que voc� acha de eu
preparar algo para ele?

Claro, mas n�o o deixe
muito doente.

N�o, ele ficar� bem
em um m�s ou dois.

-Eu acho.
-Mais perfume, r�pido.

Olhem aqui, vou lhes dar
mais uma �ltima chance.

-Se me deixarem sair daqui...
-Cale-se.

Se quiser comer.

Voc�, para tr�s.

-N�o me diga que te assusto.
-Eis o jantar de voc�s.

-Voc�s chamam isso de janta?
-Ningu�m o est� for�ando a comer.

Espere, se voc� n�o vai nos dizer
quanto tempo nos deixar� aqui,

pode, por favor, levar uma
mensagem a um amigo nosso?

Claro, talvez queira
pedir mais alguma coisa.

Minha garota, saia da�, te pro�bo
de falar com esses monstros.

Outra coisa, n�o comerei este lixo,
prefiro morrer de fome.

Com licen�a, senhor,
quer ser servido agora?

Se me perguntar isso mais
uma vez, corto suas orelhas.

Lembre de fazer o que eu lhe
disse quando a senhorita chegar.

E talvez eu n�o te mate.
Voc�s tamb�m.

N�o esqueceremos, senhor.

-Ol�, companheiro.
-A encontrou?

N�o, ela desapareceu.

Mas, olhe, trouxe o vinho especial.

O xerife n�o confia em ningu�m,
tive que subir em 3 janelas para peg�-las.

-O que acha de n�o esperarmos mais?
-N�o. Esperaremos.

Tudo bem.

Talvez seja melhor abrir a
garrafa agora para poupar tempo.

Se quiser.

-Ei, olhe, a senhorita.
-A senhorita, m�sica.

M�sica, r�pido.

-Ei, viu quem eu trouxe?
-Ol�, rapazes.

Pare.
Pare a m�sica.

-O que � isso?
-Procurei em toda parte pela outra,

-fui a todos os lugares...
-E encontrou isso, heim?

Sei que est� solit�rio, ent�o
trouxe a Flora, talvez ela o anime.

Meu Gordito, se voc� acha
que pode me animar, vire-se.

-Por favor.
-Vire-se, vamos.

Bem, senhor, agora que a dama
est� aqui, podemos servir o jantar?

Est� tentando me for�ar
a comer esta janta?

-N�o, senhor.
-N�o comerei at� minha senhorita,

o sr. Bixby e o amigo deles
chegarem, entendeu?

-Sim, senhor.
-Tire esta mulher daqui.

-Ande, vamos.
-Tire suas m�os de mim, seu safado.

Safado?
Ela me chamou de safado.

Com licen�a, mas voc� disse
que esperava pelo Coronel Bixby?

-Como isso � da sua conta?
-N�o � isso

-s� que acho que eles n�o vir�o.
-Por que acha isso?

Porque ele est�o presos.

-Por favor, senhor...
-N�o, voc� ter� que voltar amanh�.

Visitas n�o s�o permitidas
depois das 21:00h.

-Nenhuma visita?
-Nenhuma visita.

Boa noite, senhor.
O tempo est� �timo.

Nada mal.

-Senhor, voc� est� fumando?
-Claro.

-Por que n�o?
-N�o tem medo de um inc�ndio?

-Sou muito cuidadoso.
-Mas se um inc�ndio come�ar

sua loja desaparecer�
e perder� tudo que tem.

Eu n�o.
Sou esperto.

-Tenho seguro.
-Isso � muito bom.

Estou aliviado.
Adeus.

Adeus.

Est� queimando!
Est� queimando!

Fogo!

Socorro! Socorro!

Olhe l�.
Vamos.

Vamos, homens.
Peguem aqueles baldes.

Ei, xerife!
Deixe-nos sair daqui!

Abra!

Olhe que bonito.

Vamos, voc�s dois, n�o fiquem
parados olhando, ajudem.

-O que diz de ajudarmos?
-Tudo bem.

-Esse � um bom inc�ndio, heim?
-Sim, nada mal.

Acho melhor prepararmos os cavalos,
o Cisco j� deve estar chegando.

Xerife, deixe-nos sair daqui!

Senhorita.
Este � o sr. Davis?

Sim, mas tire-nos daqui.

Para tr�s.

-N�o consegue abri-la?
-N�o se preocupe, os soltarei.

-O que est� fazendo?
-Voc� tem a chave?

Claro que tenho.
Mas quem � voc�?

Se apressem.

Os cavalos est�o esperando l� fora.

Vamos, amigos.

-V�o atr�s deles.
-Eles pegaram nossos cavalos.

Isso vai doer,
mas precisa ser feito.

Est� tudo bem.
V� em frente.

Pronto.

Voc� � muito corajoso,
meu amigo.

Alan, meu pobre rapaz,
isso foi p�ssimo.

-Est� tudo bem agora.
-Deixe-me cuidar de voc�.

O sr. Davis � um jovem bonito.

Ele me lembra o pai dele
quando �ramos jovens.

-A senhorita gosta muito dele, heim?
-Ela gostava quando era crian�a,

acho que ainda gosta,
apesar de n�o se verem h� dez anos.

-Ela n�o o via h� dez anos?
-Quero dizer...

Ent�o ela n�o...
Com licen�a.

-Aqui, lhe comprei este rem�dio.
-Obrigado, meu amigo.

Isso me far� bem agora.

Maldi��o, isso � rem�dio mesmo.

-Firme, rapaz.
-Vamos sair daqui antes

-que o xerife nos encontre.
-� melhor mesmo irmos.

-Voc� est� bem, meu rapaz.
-Sim, estou bem, obrigado.

Eles nos encontraram.

Vamos, se espalhem pelas
colinas, vamos, depressa.

-Escapamos por pouco, senhorita.
-Com certeza.

-Onde vamos agora.
-Vamos ver o nascer do sol

mais bonito do mundo.

-� lindo.
-Sim, �.

Sempre venho aqui quando quero me
aproximar das coisas que n�o entendo.

-Onde estamos?
-Na fronteira.

Est� vendo, essa � a passagem.
Esta � a �nica rota para o

M�xico em 50 milhas,
j� a atravessei muitas vezes.

Aquele � seu pa�s,
este � o meu, um belo pa�s.

Muito melhor do que
os Estados Unidos.

No seu pa�s quando voc� bebe muito,
a pol�cia vem e bate na sua cabe�a.

Mas no M�xico, se beber muito,
voc� � quem bate na cabe�a da pol�cia.

-Voc� � um fil�sofo n�o �?
-N�o, sou muito sentimental.

Este � o �nico lugar no mundo
que me faz lembrar de onde nasci.

-Onde foi?
-Em Portugal.

-Portugal?
-Sim, minha m�e � de l�.

Meu pai nasceu em San Luiz Bispo.
Meu pai � muito inteligente.

E minha m�e,
linda como uma rosa.

Fugi de casa quando era
pequeno e nunca mais os vi.

Sinto por ter fugido, por que nunca
vi um pa�s t�o lindo como Portugal.

Mas um dia voltarei.
Sempre digo que voltarei

e ficarei at� morrer.
Mas n�o at� achar a mulher

-que amarei para sempre.
-J� procura por ela h� muito tempo?

Por uma mulher como essa,
o homem n�o precisa procurar.

Um dia ele se vira e l� est� ela,
ent�o ele olha para as estrelas

e ela dan�a em seu cora��o.
Mas n�o importa como ela chegue,

o homem sempre sabe o momento.
Portugal n�o parece muito distante.

Espero que chegue a
Portugal muito em breve.

-Voc� n�o acha que meu sonho � tolo?
-� muito bonito para n�o se realizar.

H� algo que quero te dizer.
Espere aqui.

As colinas tem muitas vozes e podem
te dizer o que gostaria de te falar.

Voc� � linda.

Isso � maravilhoso.

E meu amor.

-O que isso significa?
-Significa que...

-� o vov�.
-Vou matar o Lopez.

O que?

Eu disse que estou feliz
com a chegada deles.

Meu Deus, olha quem vem.

M�e, � t�o bom v�-la.
Esta � Mama Soledad,

minha melhor amiga.
Trate-os bem.

-O que quiser.
-Disse a ela para cuidar bem de voc�s.

-Mama Soledad, onde est� a comida?
-Na cozinha.

Cuide dos cavalos.

Voc� est� bem, Alan?
Ele deve deitar imediatamente.

-Leve-o para dentro de casa.
-Para a cama, amigo.

-Voc� n�o se sente bem, senhor?
-O que este cavalo comeu?

-Mama, ajude-o a descer do cavalo.
-Sim, pode deixar.

-Venha.
-Saia de perto de mim, mulher.

-Sou capaz de cuidar de mim mesmo.
-Mas voc� n�o pode ter...

Eu conserto.

-Como ousa, mulher?
-Eu conserto.

Mama, o vinho est� �timo.
Tem mais?

Sim, mas cuidado.

Barriga cheia, cora��o feliz.

Senhor, n�o te disse que a
Mama Soledad cozinha como um anjo?

-� bom o suficiente.
-Achei maravilhoso.

Ela parece gostar
muito de voc�, vov�.

Menina, pro�bo que mencione
nossos nomes na mesma frase.

-Romanticamente.
-Agora que comi e meu

cavalo descansou, veremos o
que posso fazer pelo seu rancho.

N�o desistirei sem lutar, conseguirei
os melhores advogados do pa�s.

-Levarei este caso a Suprema Corte.
-Senhor, voc� parece esquecer

que sua op��o de comprar a
terra expirou e foi para o McNally.

-Mas ele est� com os nossos $5.000.
-Eu sei, mas legalmente voc� perder�.

Bem, voc� deu o dinheiro a ele,
ele te dar� o rancho.

-Por que o McNally devolveria o rancho?
-Porque eu pedirei a ele.

Pelo que vi, voc� ter�
que ser muito persuasivo.

Voc� n�o sabe o qu�o
persuasivo posso ser.

Mas n�o podemos deix�-lo
fazer isso, voc� j� fez tanto,

-voc� pode correr risco de vida.
-Bem, tudo que sei � que o

xerife a colocou na cadeia,
roubou sua terra e te deixou triste.

-Ent�o resolverei isso.
-Mas voc� n�o deve...

Minha querida, nunca discuta
sobre a coragem de um homem.

Meu rapaz, seu eu fosse
20 anos mais jovem...

Entendo, senhor.
Gordito, Lopez, preparem os cavalos.

N�o � melhor eu ficar e
proteger a senhorita?

Voc� quer ficar vigiando
a Mama cozinhar.

Voc� come muito,
um dia voc� explodir�.

-Bem, Mama...
-Que bonito.

Voc� achou que eu
esqueceria de voc�, heim?

Viu o que eu te trouxe?

-Mas que bonito.
-Voc� est� mais bonita que nunca.

Olhe aqui, compre um
novo fog�o para voc�.

-Quanto dinheiro.
-E cuide do americano doente.

-Sim.
-Isso � �timo.

Bem, adeus, meus amigos.
Retornarei com seu rancho, prometo.

E quando prometo, eu cumpro.
Adeus.

Madame j� te disse que
voc� parece uma rosa?

-Sr. Chicuelo.
-Sim, senhorita?

Quero te perguntar algo.
Somos estranhos por aqui,

voc� n�o sabe nada sobre n�s.
Por que est� fazendo tudo isso?

-� importante que consiga este rancho?
-N�o � importante para mim

-e sim para meu av�.
-Voc� nunca pensa em si mesma?

N�o posso pensar em mim at�
meu av� estar seguro e feliz.

Ent�o prometo que seu av�
ser� um rancheiro em breve.

N�o sei o que voc� far�,
mas, por favor, tenha cuidado.

-Est� receosa por mim?
-Eu nunca me perdoaria

se algo lhe acontecesse
por nossa culpa.

Ent�o n�o deixarei nada
me acontecer, adeus.

Amigos, esperem aqui, tenho um
neg�cio importante a tratar aqui dentro.

-Voc� � o sr. McNally?
-Sim.

Permita eu me apresentar,
sou Gonzalo Sebastiano

-Rodrigo Don Juan Chicuelo.
-Bem, o que tem em mente?

Poder�amos sentar?
Tenho neg�cios particulares

para tratar com voc�.

Tudo bem, vamos.

V� direto ao ponto,
n�o tenho muito tempo.

-Sente-se.
-Obrigado.

Me disseram que voc� � o
homem mais importante da cidade.

Que voc� � o maior dono de
terras daqui at� a fronteira.

-Isso � verdade, o que quer?
-Sou um grande criador de

gados de Sonora.
Quero comprar algumas destas terras.

Voc� veio ao lugar certo,
o que tem em mente?

Bem, tenho aqui um
mapa das terras.

Ele mostra um lugar especial que
seria bom para minhas vacas.

-Este aqui.
-Criador de gados, heim?

-Voc� � um homem muito esperto.
-N�o entendi, o que quer dizer?

Como soube que h�
ouro nesta terra?

-Bem, eu confesso, n�o crio gado.
-Continue.

-Estou no neg�cio de minas de ouro.
-Foi o que eu pensei.

Meus amigos me disseram que h�
ouro nestas terras, ent�o me apressei

para compr�-las antes que
algu�m descobrisse, mas vejo

-que chegou na minha frente.
-Pode apostar que sim.

E esta terra n�o est� � venda.

E se eu te poupar o trabalho
de cavar atr�s do ouro,

posso te pagar um bom
pre�o pela terra agora.

-Quanto?
-Me diga voc�.

$100.000 em dinheiro.

N�o, isso...
$50.000?

$100.000.

$75.000.

$100.000 � o pre�o,
� pegar ou largar.

-Ent�o.
-Deixe-me pensar.

-Tudo bem, te pagarei $100.000.
-Vendido.

-Quando pode entregar o dinheiro?
-Levar� um pouco de tempo para

peg�-lo no meu banco em Sonora,
mas creio que segunda a noite.

Est� bem, prepararei os
documentos para voc�.

Aonde quer que eu leve o dinheiro?
Posso chegar tarde da noite.

-� melhor levar para minha casa.
-Est� bem.

-O vejo segunda � noite.
-Certo.

-Adeus.
-Adeus.

Luke.

Est� vendo aquele homem?
Isso que chamo de ot�rio.

Pr�ximo.

-Quero sacar dinheiro, por favor.
-Posso ver sua caderneta?

-Aqui est�, meu amigo.
-Levantem as m�os.

Isso n�o � por que n�o confio em voc�s,
mas acho que estar�o a salvos aqui.

D� o saco a ele.
Coloque $100.000 a� dentro.

E talvez viva tempo o suficiente
para contar a seus netos sobre isso.

Depressa.
Ajude-o a contar o dinheiro.

-Trabalhem r�pido.
-14... 15...

-O que est� colocando a� dentro?
-Dinheiro.

N�o pegue notas de $1.
S� pegue as grandes.

-Quanto tem agora?
-$95.000.

Isso n�o � o suficiente,
pegue mais $5.000, r�pido.

Mais $5.000.

-Acabamos.
-Vamos, depressa.

Vamos, depressa.

N�o sei como p�de viver tanto
tempo sendo t�o tolo, meu amigo.

Voc�s ao menos n�o
podem identific�-los?

Conhe�o um deles, o reconheci
pelo jeito que bateu no caixa.

-Quem � ele?
-O homem que soltou

-o Davis da cadeia.
-Tem certeza?

Claro, reconheceria aquele
mexicano em qualquer lugar.

-Minha cabe�a ainda d�i.
-Mexicano, heim?

-Quanto ele levou?
-$100.000.

E eu disse que ele era um ot�rio.
Mas n�o consigo entend�-lo.

Ele veio at� mim e aceitou pagar
$100,000 no rancho do Davis.

Ele vem ao meu banco e rouba
o dinheiro para pagar por ele.

Se ele quisesse s� o dinheiro, ele
n�o me perguntaria sobre o rancho.

Ele quer a escritura para
o seu amigo Davis.

E se n�o estou errado ele vir�
segunda a noite para compr�-lo.

Gostou?
Eu mesma fiz.

-N�o acha bonito?
-Sim, est� �timo.

Mas voc� sempre foi
boa em fazer coisas.

-Lembra da Sally?
-Se lembro?

Aquela boneca tinha
mais roupas do que eu.

Estou me divertindo
com este ex�lio, � legal.

Sempre me imaginei assim com voc�,
terra selvagem, cowboys, �ndios,

uma vila e voc� cuidando
dos meus ferimentos her�icos.

Mas nunca pensei em n�s como
adultos e sim como crian�as.

Isso prova que garotas s�o mais
espertas do que garotos, por que

quando imaginava coisas, sempre
pensava em n�s como adultos.

Eu era uma linda dama
vivendo em um grande pal�cio.

-esperando pelo meu verdadeiro amor.
-E o que eu era?

Voc�?
Voc� era adulto tamb�m.

Talvez esteja certa sobre garotos,
me levou muito tempo para...

Meus amigos, a vida � t�o linda
quando se est� apaixonado.

Voc� fala de amor,
mas devolver� nossos $100.000.

Seu dinheiro?
Quantas vezes te disse?

Este dinheiro pertence a senhorita,
para comprar seu rancho de volta.

Eu sei, Cisco, mas com $100.000
poder�amos ser milion�rios.

-Voc�s n�o sabem nada sobre amor.
-Eu sei, amor � o que te faz

devolver $100.000.

Eu daria qualquer coisa a
minha garota, at� minha vida.

Ela � t�o gentil, t�o doce, t�o linda.
Sabem meus amigos ela � t�o

santa que nem sequer casar�
comigo at� seu av� estar feliz.

-Tem certeza de que ela te ama?
-Claro que tenho.

Como sabe?

Meus amigos, n�o gosto de me
gabar, mas todas as mulheres s�o

loucas pelo Cisco Kid.

Vamos.

Vamos.

Vamos!

N�o esque�am o que eu disse.
Se espalhem pela casa,

fiquem fora de vista e assim que
ele chegar aqui, atirem nele.

Tudo bem.

Capit�o, estou feliz que
tenha aparecido esta noite.

Isso te dar� a chance
de v�-los trabalhando.

-Eles parecem eficientes, senhor.
-Pode apostar que s�o.

Vou te pegar uma bebida enquanto
esperamos meu amigo aparecer.

Nossa, um fantasma.

-Como entrou aqui?
-Ele pode entrar em qualquer lugar,

ele n�o � um homem,
ele � o diabo.

-Do que est� falando?
-Este � o Cisco Kid.

Cisco Kid?
Pensei que estivesse morto.

N�o, senhor,
n�o estou sequer doente.

Gordito, desarme-os, r�pido.
Eles podem tentar algo.

Os rev�lveres.

Assim � melhor.

-O que quer aqui?
-Vim conforme o combinado.

A� est� o dinheiro,
agora d�-me a escritura.

Voc� � louco se acha que
pode escapar com algo assim.

Voc� nunca sair� daqui vivo.
Esta casa est� cercada pelos

-meus homens.
-Por Deus, ele est� certo.

Estamos sendo deselegantes
ao manter os amigos dele no frio.

Chame-os.

Eles est�o vindo.

-O que est� acontecendo aqui?
-Vamos, diga-os para largarem as armas.

Fa�am o que ele diz.

Para tr�s.

Pegue a escritura para
eu n�o ter que mat�-lo.

Cisco, o que acha de
mat�-los primeiro?

Ent�o encontramos
a escritura n�s mesmos.

N�o, o sr. McNally � muito esperto
para morrer por algo assim, n�o?

Espero n�o t�-los quebrado,
eram �timos rev�lveres.

Obrigado.
Agora quero que assine isso.

Para o caso de mudar de ideia sobre
o sr. Davis manter a escritura.

-Voc� pensou em tudo, n�o?
-Sim, � assim que trabalho.

Voc� pode escapar agora,
mas sou t�o esperto quanto voc�,

n�o esque�a isso.

E acabarei enforcando
cada um de voc�s.

Pode ser que sim.
Vamos, amigos.

-Daria minha vida para lutar com voc�.
-Isso � imposs�vel, n�o uso os punhos.

Se machucar minha m�o,
n�o posso tocar viol�o.

Se n�o posso cantar can��o
de amor, n�o posso fazer amor.

Se n�o posso fazer
amor eu morro.

Adeus, amigos.

-Eles far�o muito barulho.
-Cisco, que tal incendiarmos a casa?

N�o, estou muito feliz.
Tenho a escritura,

minha garota me espera e para nos
pegar eles ter�o que ir � Portugal.

Ent�o por que matar algu�m?
Vamos.

Madame, se voc� sentar aqui,
terminaremos isso rapidamente.

A� est�, basta se acalmar,
assinarei estes certificados para voc�

e isso concluir� nosso neg�cio.
A� est�, senhora.

Ol�, pessoal.
Mama, prazer em v�-la.

Espere.
O que � isso?

-Uma fortuna, minas de ouro.
-Voc� agora � dona da maior

-mina de ouro no M�xico.
-Sim.

Mama Soledad, estou com fome.

-Deixe-me explicar...
-N�o � necess�rio.

Voc� n�o ter� que vender
mais minas de ouro, vov�,

voc� agora � um rancheiro.
Eu trouxe a escritura do rancho.

-N�o posso acreditar.
-Claro, a� est�.

Onde est�o todos?
Onde est� a senhorita?

-Ela est� cavalgando.
-Espero que ela volte logo,

-tenho tanto a dizer para ela.
-Isso est� certo.

Isso ser� f�cil para o Alan, com um
presente de casamento como esse,

-Ann n�o poder� dizer n�o.
-O que voc� disse?

Achei que ficaria surpreso,
tamb�m fiquei.

Mas � isso que o Major e
eu sempre quisemos.

-O que voc� me disse?
-Qual o problema?

Est� me dizendo que a senhorita
e o americano se casar�o?

-Qual � o problema?
-Voc� me disse que eles n�o

se amavam, que n�o
se viam por dez anos.

Foi isso que eu te disse,
mas voc� sabe como s�o essas coisas,

Ann n�o � feia e o Alan n�o � cego.

Ent�o ele n�o � cego, heim?
Ele n�o � cego.

Viajo por toda esta terra, luto,
os tiro da cadeia, assalto um banco

e o tempo todo ele estava
sentado aqui na minha casa

comendo minha comida, bebendo meu
vinho e fazendo amor com minha garota.

N�o deixarei ele fazer isso comigo,
n�o deixarei ele me trair e roubar

o amor da minha vida.
Eu vou...

Eu vou...

-Sempre mortos de fome.
-Parem de comer!

-Qual o problema, Cisco?
-Olhe aqui,

monte seu cavalo e v� encontrar
minha senhorita e o americano.

Diga ao americano que estou do outro
lado da fronteira e preciso v�-lo agora.

-Do outro lado da passagem.
-Mas, Cisco, eles est�o vigiando

-a passagem e o prender�o.
-Fa�a o que eu disse.

Sim, Cisco.

Olhe, n�o deixe-o ir com a
senhorita, diga-o para se apressar,

mas voc� � quem trar� a garota.

Preciso ter certeza de que o americano
seja pego pelas pessoas certas.

Lopez, v� at� a passagem imediatamente,
diga-os que o Cisco Kid tentar� escapar.

Certo.
Cisco, no escuro pensar�o

-que ele � voc� e ele ser� morto.
-Voc� � muito esperto.

Eu sei disso, Cisco.
Mas se quer que o americano morra,

-por que n�o deixa eu atirar nele?
-N�o, se quisesse que ele

morresse assim, eu arrancaria seu
cora��o com minhas pr�prias m�os.

Mas, Cisco, ainda acho que voc�
devia me deixar matar algu�m.

-Cuidado com seu ombro, Alan.
-Ele j� est� melhor.

Nem sequer d�i mais.
Est� vendo?

Voc� acha que teremos o
mesmo c�u sobre o nosso rancho?

Nosso rancho?
Voc� est� sendo otimista esta noite.

Isso pode parecer louco e
n�o sei como ele far� isso,

mas sinto que o sr. Chicuelo
pode recuperar nosso rancho.

-N�o acredito em milagres.
-Talvez n�o,

mas o que diz de imaginarmos
isso mesmo assim?

Ei, senhor, senhorita.

Senhor, procurei em
toda parte por voc�.

O sr. Chicuelo pediu para
v�-lo imediatamente.

-Ele est� bem?
-Sim, � melhor se apressar, senhor.

A viagem � longa e o
sr. Chicuelo � muito impaciente.

-Isso � sobre o que?
-Sobre o rancho, eu acho.

O rancho, eu disse que ele o
conseguiria para n�s, vou com voc�.

N�o, senhorita, ele pediu
para ver apenas o senhor.

-Onde ele est�?
-No lado americano da fronteira.

� melhor eu ir para l�.
Te levarei de volta.

Senhor, n�o h� tempo a perder,
eu levo a senhorita de volta.

Tudo bem ent�o.

O caminho mais r�pido
� pela passagem, senhor.

-Sim, eu sei.
-Volte depressa, Alan.

N�o se esque�a,
v� pela passagem!

-Sr. Chicuelo.
-Sim, senhorita, sou eu.

-O que faz aqui?
-Vim v�-la e esperei bastante.

Por que est� aqui?
Por que mandou a mensagem ao Alan?

-Alan, ele s� ter� o que merece.
-O que ele merece?

-O que quer dizer?
-Ele me traiu enquanto eu

estava longe e tentou
roub�-la de mim.

-Voc� deve estar louco.
-Estou louco,

odeio o homem que tentou
matar o amor que sente por mim.

Mas n�o te amo,
eu amo o Alan.

Sempre amei.

-Voc� n�o me ama?
-Sou grata por tudo que fez

por n�s, estou em d�vida
com voc�, mas n�o te amo.

Voc� fez algo terr�vel, sei que fez,
voc� fez mal ao Alan.

-Alan, voc� o ama?
-O que voc� fez com ele?

Sinto muito, senhorita.
Cometi um grande erro,

mas tentarei repar�-lo.

� um prazer estar aqui
em tempo de me divertir.

Aqui, tome outra bebida.
Voc� � muito supersticioso.

Mas estou dizendo que
eu mesmo o matei, senhor.

Bem, em breve te mostrarei
como mat�-lo para sempre.

N�o conseguiremos, Cisco.
� tarde demais.

Se n�o pudermos peg�-lo antes dele
chegar a passagem, talvez dev�ssemos

atravessar as montanhas
e chegar antes dele.

-Mas isso � muito perigoso.
-Voc� n�o precisa vir comigo.

-A� vem ele.
-Isso � �timo.

Melhor dizer ao rapazes para n�o
atirarem at� ouvirem minha arma.

Ele encontrar� um
vespeiro desta vez.

-Boa noite, senhores.
-Peguem a arma dele.

Espere um pouco,
te aconselho a se render.

-Se renda, fa�a o que ele diz.
-Me render a um homem?

N�o para um homem, senhor.
N�o, as colinas est�o cheias

com meus homens, eles est�o atr�s de
todas as matas e rochas da passagem.

Voc� n�o acredita nisso?
Certo, ou�a.

Amigos, voc�s est�o a�?

Sim, Cisco, estou aqui.

Sim, Cisco, estamos.

Agora, abaixem as armas.
Eu disse para abaixarem as armas!

Ou�a, meu amigo, sei que voc� �
bravo e n�o se assuta facilmente.

Mas aceite meu conselho.
Se eu souber que voc� tocou

num fio de cabelo dos
meus amigos, o Cisco Kid voltar�.

E prometo sobre o t�mulo da
minha santa m�e, que o matarei.

-Entendeu isso?
-Direi o que farei com voc�.

Farei um acordo, fique fora dos meus
neg�cios que deixo seus amigos em paz.

-Temos um acordo?
-Voc� mostrou um �timo dicernimento.

Estou com saudades do
M�xico e de voc�, meu capit�o.

Acho que voltarei e deixarei voc�
continuar me perseguindo, adeus, amigos.

N�o atirem em mim, meus amigos n�o
gostar�o se atirarem na minhas costas.

At� mais.

-Bem, onde iremos agora, Cisco?
-Vamos visitar a Carmencita.

-Carmencita?
-Mas ela tem p�s de pato.

N�o preciso olhar os
p�s dela. Vamos!