All language subtitles for Arizona Territory(1950)

CUMPLICIDADE

Devagar, meu jovem.

Voc� � uma garota.

Sim, com uma bala de rifle
no bra�o direito.

� melhor olharmos esse bra�o.

N�o parece muito ruim.
Parece que foi superficial.

Sorte n�o ter ca�do da carro�a.

Ou poderia ter quebrado o pesco�o
pelo jeito que os cavalos corriam.

- Obrigado por par�-los, Sr...
- Jeff Malloy.

Sou um garimpeiro
� caminho de Santa de Oro.

Por que algu�m iria
querer te emboscar?

Eu n�o sei, exceto que na
semana passada eles n�o

s� feriram meu condutor �ndio,
como o mataram.

Me chamo Doris Devin.
Sou dona do posto de troca

perto da reserva �ndia.
Isso �, desde o ano passado,

quando meu pai morreu.

N�o consigo entender.
Nunca tivemos problemas antes.

Qual � o problema
com o xerife local?

O que ele tem
feito para ajud�-la?

O xerife Trump e o agente de �ndios
de Santa de Oro tentaram encontrar

o assassino, mas n�o parece
haver nenhuma pista.

Voc� precisa ir para casa
cuidar desse ferimento.

Tem certeza de que est� bem?

Sim, exceto que n�o poderei
conduzir por um tempo.

Isso ser� um problema.
J� que enviamos diversos

produtos ind�genas
para o mercado do leste.

Entendo.

Estava voltando para Santa de Oro
depois de entregar um carregamento

para a empresa de transportes.

Amarrarei meu cavalo
e te levarei para casa.

N�o precisa sair do
seu caminho, Sr. Malloy.

N�o � longe e consigo
control�-los com uma m�o.

N�o estou com pressa.
Al�m do mais,

sempre termino o que come�o.
Especialmente,

quando h� uma
garota bonita envolvida.

Algu�m apareceu
enquanto estive fora?

Ningu�m importante. S� duas �ndias
querendo comprar tabaco.

Bom.

Acho que isso n�o �
da minha conta, Kilburn.

Mas para onde voc� foi?

Voc� est� certo, Steve.
Isso n�o � da sua conta.

Aqui est� seu dinheiro.
E h� mais para voc�

se mantiver a boca fechada.

Claro, s� pensei que fosse algo
que eu pudesse ter feito por voc�.

Para que suas m�os macias
n�o ficassem com calos.

� sua sobrinha.
Ela voltou na hora certa.

Quem � aquele
estranho com ela?

N�o sei.
Nunca o vi.

� melhor voc� ir. Me espere
nos fundos perto do curral.

Claro.
Voc� � quem manda.

- Ol�, Srta. Doris.
- Ol�, Steve.

Vim trazer um saco de tabaco.

- Bom amigo seu, heim?
- N�o exatamente.

Ele trabalha no rancho do Morgan.
Aparece sempre no posto.

� melhor cuidarmos
desse bra�o.

Doris, voc� est� ferida.
O que aconteceu?

� apenas uma
ferida superficial, tio Otis.

Algu�m atirou em mim em Rock Point.
Perto de onde encontramos o corpo

- do Pony na semana passada.
- Coiote safado.

Isso est� ficando s�rio.
Quem � esse?

Jeff Malloy.

Ele estava por perto e
salvou meu pesco�o...

Quando os cavalos come�aram
a correr depois que desmaiei.

Sr. Malloy, este � meu tio,
Otis Kilburn.

- Ol�.
- Prazer em conhec�-lo, Malloy.

- Obrigado por ajudar minha sobrinha.
- Foi um prazer.

Meu tio veio do leste para me
ajudar depois que meu pai morreu.

Pegarei �gua.
Voc� encontrar� bandagem

- e algod�o naquele arm�rio.
- � claro.

Ap�s cuidar de voc�, Srta. Devin,
irei a cidade relatar ao xerife.

Agrade�o por isso.

Sabe, tio Otis, acho que o
Sr. Malloy perdeu seu chamado.

- Ele devia ser um m�dico.
- Talvez ele seja.

Nossa.

Eu n�o saberia diferenciar rem�dio de
veneno at� que o paciente morresse.

Vou a cidade reportar isso
ao xerife, imediatamente.

Obrigado por tudo.
E, por favor, passe por aqui de novo.

Pode apostar que sim.

Adeus.

Me pergunto quem
ele � de verdade.

- De alguma forma, n�o confio nele.
- Mas, tio...

N�o estou pensando
em mim mesmo, Doris.

Voc� sabe que meu
caminho est� tra�ado.

Estou preocupado com voc�.
Com todas as coisas que est�o

acontecendo por aqui,
voc� n�o pode confiar em ningu�m.

- Especialmente em estranhos.
- Eu sei.

Tamb�m achei que pareceu
coincid�ncia demais ele estar

em Rock Point para me ajudar.
Mas agora tenho certeza de

que ele � gente boa.

Mas, Doris, n�o gostei desse
atentado contra sua vida.

Aquele safado traidor
podia ter te matado.

Querida, por que n�o faz as malas
hoje e pega a primeira dilig�ncia

- de volta para Kansas City.
- Tio, por favor.

- N�o vamos falar sobre isso de novo.
- Mas voc� ficar� mais segura

com sua tia Mary.
Posso gerenciar...

Tia Mary n�o pode cuidar dela mesmo,
muito menos de mim.

N�o tenho dinheiro agora.
Ent�o n�o vamos falar sobre isso.

Se os neg�cios continuarem a crescer
poderemos discutir esse assunto.

- Mas, querida, n�o tem medo?
- � claro que tenho.

Ao menos, um pouco.
Quem n�o teria ao ser emboscado?

Mas n�o fugirei.
Ainda n�o.

Muito bem.
Acho que n�o tenho

o direito de ter dizer o que fazer.

Vou guardar a carro�a.

O que houve?

- Viu aquele estranho?
- Sim.

- O que tem?
- Pagarei o dobro que

recebe como vaqueiro para ficar
por aqui escondido de olho nele.

- Ele se chama Jeff Malloy.
- O que quer que eu fa�a com ele?

Se ele aparecer novamente,
quero que seja pela �ltima vez.

E tenha certeza de
fazer isso fora da reserva.

N�o quer se meter com
o Greg Lance, quer?

Isso � assunto meu.

Tudo bem.
Agentes de �ndios n�o me incomodam.

- O que diz?
- Acordo fechado.

Sou muito pregui�oso para
cuidar de vacas mesmo.

Bom.
Fique atento.

Ol�.
Como posso ajud�-lo, estranho?

Pode alimentar e
escovar meu cavalo?

Pode deixar.

Acho melhor checar as
ferraduras dele tamb�m.

- Tudo bem.
- Onde fica o escrit�rio do xerife?

Descendo a rua.
Mas n�o adianta

procurar pelo xerife Trump.
N�o por alguns dias.

Alguns dias?
Onde ele est�?

Foi para uma
conven��o em Phoenix.

Onde fica o escrit�rio do avaliador?

- Logo ali.
- Obrigado.

Quem diria.
Nunca vi ouro

- de tanta qualidade nestas partes.
- � mesmo?

Quanto d� em dinheiro?

$5.280,32.

N�o tenho essa quantia
em m�os, senhor.

Mas posso ter dar $500
e um recibo pelo resto.

Ou voc� pode trocar o ouro por
dinheiro no banco do condado.

Est� tudo bem.
N�o estou com pressa.

Pode me dar os $500 e o recibo
que recebo o resto amanh�.

Claro.

Esta � a maior quantia
que vejo em muito tempo.

E sou avaliador
h� 22 anos nestas partes.

O banco e o pessoal
s� acreditar�o vendo.

Esse ouro n�o veio
destas partes, meu velho.

A n�o ser que ache que Santa de Oro
possa aguentar uma corrida do ouro,

isso pode se tornar um alarme falso.
N�o ficaria t�o agitado sendo voc�.

Claro, sei o que quer dizer.

Se importa se eu deixar
meu alforje aqui?

- O pego mais tarde.
- Claro.

Est� tudo bem.

- Como vai, Jud?
- Ol�, Sr. Lance.

Parece que aquele
estranho te hipnotizou.

Sim, esse ouro me deixou
animado por um tempo.

Aquele homem acabou
de trocar mais de $5.000.

Bem, isso � muito dinheiro.

Mas ele n�o pode ter
encontrado ouro por aqui.

De qualquer forma,
ele n�o agiu como se tivesse.

Nossa.
Voc� finalmente conseguiu, heim?

Isso caber� perfeitamente
no meu neto.

Sinto muito por ter demorado
tanto tempo para consegui-lo.

Mas voc�s sabem como s�o aquelas
�ndias durante a colheita de milho.

Claro, eu sei.
Quanto custa?

Esque�a, Jud.
Voc� me ajudou muito nesta cidade.

Como o resto dos bons cidad�os.
Precisando de algo mais, s� avisar.

Sou muito agradecido, senhor.

Nunca vi um roubo t�o ousado
sem sequer usarem uma arma.

Pedir $0,50 para escovar
e alimentar um cavalo?

Isso � pior que roubo.

Pague o que eu disse ou leve-o
para ser escovado em outro lugar.

- N�o diga.
- Digo sim.

Bem, aqui est�.
Fa�a esse dinheiro valer a pena

e cuide bem do meu cavalo.

Isso � um roubo.
� o que �.

O que...

- Eu devia...
- Espere, Luke.

V� com calma.
Sou eu.

Jeff Malloy.

Voc� mudou mesmo.
Sequer aguenta uma piada.

Acho que n�o.
Se me dar uma chicotada

com esse neg�cio
devia ser engra�ado.

Maldi��o, Jeff, � bom v�-lo.
E voc� n�o mudou nada.

N�o, mas n�o posso dizer o mesmo
de voc� pelo que acabei de ouvir.

Sempre soube que era p�o duro.
Mas nunca achei que veria

Isso n�o � coisa para um
delegado federal fazer.

Nossa.
N�o t�o alto.

Vamos para l�,
onde podemos conversar...

Sem acordar os mortos.

Ent�o, trabalhando
disfar�ado de novo, heim?

- Atr�s de algo grande.
- Sim, � grande mesmo.

Mas me diga.
O que diabos faz por aqui?

- S� vim trocar ouro por dinheiro.
- Que tal me ajudar?

Bem, � melhor usar isso
para matar o tempo.

No que est� trabalhando?

- Dinheiro falsificado.
- Falsificado?

Est�o fazendo dinheiro com as placas
que mandaram um homem para

- a cadeia por dez anos.
- N�o recuperaram as placas

- quando o condenaram?
- N�o.

E ele saiu h� um ano atr�s.
Seis meses depois,

essas notas de $10 e $20 come�aram
a aparecer em Saint Louis.

Depois em Kansas City
e Chicago.

N�o entendo.
Isso fica longe daqui.

Esse tal de Otis Kilburn tem
uma sobrinha que cuida de

um posto de troca
ao norte daqui.

Depois que o perdemos de vista,
temos seguido todas as pistas.

Ent�o � por isso que
seu nome era t�o familiar.

Me lembrei.
O nome dele estava

em todos os jornais
quando ele foi preso.

Sim, ele est� com sua sobrinha.
A conheci depois que algu�m

a emboscou e seus cavalos
come�aram a correr.

Prometi que reportaria ao xerife,
mas ele est� fora da cidade.

Maldi��o, talvez o Kilburn tenha
voltado a usar seus velhos truques.

Ent�o, ele e sua sobrinha est�o
trabalhando juntos, heim?

Como assim,
"trabalhando juntos"?

Jeff.

Voc� n�o mudou nada.
Uma garota bonita ainda

- pode te enganar.
- Ou�a, seu velho urubu desconfiado.

Isso pode ter um fundo de verdade,
mas voc� est� errado sobre a

Doris Devin ser uma falsificadora.
E provarei a voc�.

- Agora, levante-se.
- Espere um pouco, Jeff.

N�o s� provarei isso,
como te colocarei no posto...

Para pegarmos o Kilburn,
caso ele seja culpado.

- Como assim, "me colocar�"?
- Voc� ver�.

Te conto no caminho.

N�o consigo entender, Greg.
Exceto que eu n�o estaria viva

para contar sobre isso se n�o fosse
por aquele estranho, Jeff Malloy.

Cad� seu tio?
Devido as circunst�ncias,

- voc� n�o devia ficar sozinha.
- Estou bem.

Meu tio est� na vila
trabalhando na olaria.

Temos um grande pedido para
enviar para o leste em alguns dias.

Doris, n�o entendo esses
ataques tanto quanto voc�.

- Mas sei que te amo e...
- Eu sei, Greg.

Mas ainda n�o estou pronta
para decidir sobre isso.

Voc� tem sido um amigo t�o bom
desde que meu pai morreu.

E voc� entende sobre o tio Otis.
Se n�o fosse pela sua ajuda,

seria dif�cil para
ele se reabilitar.

E ele tem feito um bom trabalho.
Mas o que isso tem a ver conosco?

- Quero me casar com voc�.
- Greg, quero saber que,

se e quando me casar com voc�,
ser� por que eu te amo.

N�o por que sou agradecida.

Tudo bem, querida.
Voc� � quem manda.

Estarei por perto
esperando que se decida.

� o Jeff Malloy.

Ol�.

N�o esperava que voltasse
t�o cedo, Sr. Malloy.

N�o h� nada como o presente
para fazer as coisas...

Sim, quando o Jeff se decide,
a hora n�o quer dizer nada.

- Nada mesmo.
- Luke � um velho amigo meu.

Ele costumava
conduzir uma dilig�ncia.

Esbarrei com ele em Santa de Oro e
como sempre, est� faminto e quebrado.

� uma condi��o tempor�ria.
Ao menos, h� esperan�a.

Entendo.

Eu queria dizer � que voc�
precisa de um condutor e

o Luke precisa de um trabalho.
Ele trabalhar� pela moradia e

dinheiro para o tabaco.
N�o �, meu velho?

Sim.
Claro.

- E n�o fumo muito, senhorita.
- Acho que podemos fazer um acordo.

Greg.

- Sr. Malloy e Luke...
- Luke Watson, senhorita.

Este � o Sr. Lance,
agente de �ndios.

- Prazer em conhec�-lo, Malloy.
- Ol�.

- Voc� tamb�m, Watson.
- Ol�.

Doris me contou sobre
o que fez por ela hoje.

- Como seu amigo, sou agradecido.
- Aquilo foi dif�cil para uma garota.

Sim, foi mesmo.

Mas creio que tenha descoberto
que o xerife Trump est� fora da

cidade e que estamos
indefesos no momento.

Sim, soube disso antes
de ir ao escrit�rio do avaliador.

Bem, o que diz, senhorita?
Ficarei com o trabalho?

Acho que sim.
O que acha, Greg?

N�o posso conduzir sozinha e
meu tio est� ocupado com a olaria.

Por que hesitaria?
Contrate-o.

- Bem, muito obrigado, senhor.
- Bem, tenho que ir a reserva

para a inspe��o de rotina.
Obrigado de novo, Malloy.

- At� mais.
- Querem entrar?

Sim.
Claro.

- O que tenho que fazer, senhorita?
- Tem que trazer a cer�mica da

vila ind�gena.
Temos que embal�-las aqui.

Ent�o as leva a Santa de Oro
para serem enviadas.

Sim, claro.

� claro que n�o sou especialista,
mas n�o � incomum �ndios enviarem

- seus produtos?
- Sim, suponho que seja.

Antes do meu pai morrer faz�amos
poucos neg�cios com a reserva.

- � mesmo?
- Desde que meu tio

criou uma f�rmula secreta
com um mesti�o na vila,

eles tem feito produtos
muito bons.

- Como esses.
- Bem...

Nosso neg�cio est� crescendo.
Voc�s gostariam de beber caf�?

- Eu n�o, obrigado.
- Eu gostaria.

Cerca de seis meses um visitante
do leste viu nossa cer�mica.

Ele � um importador de St. Louis.
Desde ent�o, ele tem comprado

- tudo que produzimos.
- Bem, isso n�o � interessante?

Isso mostra que, as vezes, voc� n�o
sabe quando tem uma mina de ouro

- no seu quintal.
- N�o � mesmo?

Meu pai passou a maior parte
da sua vida aqui.

Com a mesma cer�mica,
praticamente.

Quero dizer, o mesmo molde.

Mas a f�rmula do argila
n�o era dur�vel.

Ele nunca chegou a lugar nenhum,
apenas sobreviveu.

Bem, isso � passado.
Meu tio est� na olaria da vila.

Ele deve chegar logo para nos
informar sobre o pr�ximo envio.

Claro, senhorita.
Voc� � a chefe.

Bem, acho que j� vou.
Os vejo depois.

Ei, Jeff.

Vai sair de Santa de Oro
e voltar para a mina?

N�o, acho que n�o. N�o at�
o xerife Trump voltar � cidade.

Para que eu chame sua aten��o
sobre n�o estar na cidade quando

- tentaram mat�-la.
- Voc� � muito gentil.

E ele fala s�rio, senhorita.
Nunca o vi perder um barco

quando h� uma
garota bonita � bordo.

Seu velho brincalh�o.

Vou me hospedar no hotel.
Se n�o estiver ocupado,

voc� pode vir jantar comigo.

- Ele n�o estar� muito ocupado.
- Bom.

Joe, voc� e o Sr. Kilburn
est�o fazendo um bom trabalho.

- Seu trabalho est� ficando famoso.
- Eu sei.

Voc� se surpreender� em como
esse neg�cio pode ser lucrativo.

- Bem, como est�, Kilburn?
- Eu estou bem.

Mas n�o estaria
se n�o fosse por mim.

E n�o esque�a disso.

Admito, Lance, que sua popularidade
com os �ndios ajuda bastante.

Mas quero que saiba que casar
com minha sobrinha n�o far�

com que eu deixe os
neg�cios s� para voc�.

Ent�o � por isso que matou o
condutor e depois tentou mat�-la.

Pony tinha que morrer.
Ele era muito curioso.

Quantas vezes quer que
eu repita isso para voc�?

Com rela��o a Doris,
eu n�o tentei mat�-la.

S� queria assust�-la.
Tir�-la do meu caminho.

Mas ela n�o parece se
assustar com facilidade.

E ela gosta da id�ia
de se casar comigo.

Voc� quer se casar com a Doris
por que o posto de troca se tornou

a chave da nossa opera��o.
Mas entenda uma coisa.

Sem minhas placas
para fazer esse dinheiro,

- voc� estaria acabado.
- Aonde est�o aquelas placas?

Voc� acha que eu
as deixaria por aqui

- depois de imprimir essas notas?
- Por que n�o?

- Onde mais elas estariam seguras?
- Onde ningu�m poder� encontr�-las.

Sabe, Kilburn, somos dois tolos,
suspeitando um do outro,

ficando gananciosos e podendo
estragar uma parceria perfeita.

Aqui.

Isso chegou hoje do leste.

O bom e velho dinheiro americano.
$10.000 para cada um de n�s.

Isso � pelo �ltimo carregamento.

Agora voc� est� sendo esperto.
Mas, lembre-se,

ainda ficarei de olho em voc�.
N�o esque�a disso.

Claro, esse � seu privil�gio.

Mas seria mais inteligente ficar
de olho naquele estranho

que ajudou a Doris hoje.

Ele voltou quando
eu deixava o posto.

Trouxe um velho chamado Luke com ele.
Disse que era um velho amigo que

havia encontrado na cidade.

E a Doris o contratou
para conduzir a carro�a.

Estou � sua frente, parceiro.

N�o sei sobre esse Luke.
Me preocuparei com ele mais tarde.

Mas j� arrumei um jeito
de cuidar do Jeff Malloy.

�? Como?

Isso � assunto meu.

Tudo bem, Kilburn.
Te vejo mais tarde.

"� um vaqueiro do rancho do Morgan.
Vem sempre ao posto de troca."

- Mas o que fez com o corpo dele?
- Deixei escondido, por enquanto.

Numa velha cabana
na sa�da da cidade.

Pensei em deix�-lo imaginando sobre
o que aconteceu com seu assassino.

Ent�o voc� admite que eu
estava no caminho certo.

- Que a Doris Devin faz parte disso?
- Claro, se o Kilburn est� usando

aquele posto de troca
como local da falsifica��o,

ent�o ela deve fazer parte.
Ela � a dona, n�o?

Talvez esteja certo,
talvez n�o.

Mas se estiver, aquele posto
de troca est� no meio de tudo.

- Ent�o, quer saber a verdade?
- N�o sei como.

Algu�m pode querer comprar o posto.
A garota est� assustada.

Ela foi ferida.
E se for inocente,

- ela ir� querer vender, certo?
- Sim, entendi.

Bem, vou me oferecer para
comprar aquele posto pela manh�.

Vamos sair daqui e comer.
Estou com fome.

Sim, mas...
Comer?

Sim.
Claro.

DEPARTAMENTO AMERICANO
DE INTERIOR

ASSUNTOS IND�GENAS
Greg Lance, Agente.

Mas j� arrumei algu�m
para cuidar do Jeff Malloy.

- Como est�?
- � o melhor caf� da manh�

que tomo em muito tempo.
Desceu confortavelmente,

- como a cama que me deu.
- � pouco.

Mas � por que n�o tenho lucrado
muito para pag�-lo melhor.

N�o se preocupe, senhorita.
Continue me servindo assim

- que esquecerei do pagamento.
- N�o tenho muito dinheiro,

mas n�o precisar� trabalhar
sem ser pago.

apesar do seu est�mago
estar satisfeito.

Bem, � melhor
preparar os cavalos.

Os �ndios que fazem as cestas
ficam a uma milha depois da vila?

Sim, e no caminho de volta
pegue a cer�mica que meu tio

- preparou para o envio.
- Entendi.

Falando no seu tio, senhorita.
Pelo o rosto dele,

- senti que n�o gostou muito de mim.
- Meu tio � gente boa, Luke.

- Ele s� demora para fazer amizade.
- Claro, eu entendo.

Doris.

O Steve Cramer passou aqui
esta manh�, antes de eu acordar?

N�o, eu n�o o vi.
Por que?

- Estava esperando ele?
- N�o exatamente.

Ele disse que traria material do
rancho para embalar a cer�mica.

N�o tem problema.
Selarei o cavalo.

Doris me disse que foi a cidade
ontem a noite jantar com o amigo

que te arrumou este trabalho.
Voc� se divertiu?

Sim, foi bom.
Mas aconteceu algo engra�ado.

- Jeff n�o apareceu.
- N�o?

N�o, senhor.
Procurei por ele por toda

a cidade, mas n�o o encontrei.
Bem, achei que ele estava

fazendo outra coisa,
ent�o comi ovos com presunto.

Bem, foi melhor mesmo.
Sabe, Santa de Oro �

- uma cidade vazia.
- Sim, foi isso que achei.

- O que faz com esse casaco?
- S� costurava um bot�o solto.

N�o entendi.
Voc� nunca falou assim comigo.

N�o tive a inten��o.

Acho que acordei de mau humor.

- Me desculpe, querida.
- Est� tudo bem.

Sabe, deve ser por causa dessas
dores de cabe�a que venho tendo.

Voc� devia ir a cidade
ver o Dr. Morris.

Sim, acho que devo.
Farei isso depois que

enviarmos a cer�mica.

- Chegarei cedo para o jantar.
- Tudo bem.

- Bom dia.
- Ol�.

Acho que deve pensar que
sou louco por voltar t�o cedo.

N�o, acho que � uma
surpresa prazerosa.

Na verdade, vim conversar
sobre neg�cios.

- Podemos nos sentar?
- Sim, � claro.

- O Kilburn est�?
- N�o.

Esperarei l� dentro.
Preciso v�-lo.

- M�s not�cias?
- Nada que n�o possamos tratar

se ele chegar a tempo.

Desde que decidi
me estabelecer por aqui

me pergunto se n�o resolveria
seus problemas comprando este posto.

Isso se chegarmos a um pre�o
e voc� me deixar checar o

invent�rio e outras coisas.

Meu tio tamb�m anda preocupado
com os perigos que corro aqui.

Ele vem tentando me fazer partir para
o leste para viver com a minha tia.

Francamente, Sr. Malloy,
o dinheiro � a �nica coisa

que me impede de partir.
Mas se vender a voc�...

- Isso resolveria seu problema, n�o?
- Sim, resolveria.

Por que n�o pensa nisso por alguns
dias enquanto verifico o posto?

Tudo bem, isso dar� a n�s dois
a chance de pensar nisso.

Se quiser, Sr. Malloy, voc� pode
dormir nos fundos com o Luke.

Fechado.
E j� que estamos

falando nisso,
pode me chamar de Jeff.

Tudo bem, Jeff.
Fechado tamb�m.

Agora podemos entrar
para sua inspe��o.

H� muito o que aprender
sobre o nosso sistema de troca,

com os �ndios, bem como
sobre nosso invent�rio.

Tudo bem. Vamos.

Ol�, Lance.

Voc� pensou que era t�o esperto
ao esconder as coisas de mim.

O Steve Cramer n�o
matou o Malloy.

Ele matou o Steve
e escondeu seu corpo,

em uma cabana perto da cidade.

- Como assim "escondeu"?
- Acha que eu seria est�pido.

o suficiente para deix�-lo l� depois
que vi o Malloy indo para o posto?

Sim.
Certo.

Ele e a Doris podem me
incriminar com o corpo do Steve.

Mas por que o Malloy
escondeu o corpo?

� claro que ele deve estar
esperando pela volta do xerife.

Ent�o ele apareceria vivo para
fazer voc� suar e cometer um erro.

Sim.
Entendi.

Voc� cometeu muitos erros.
Ent�o estou assumindo o comando.

Mas primeiro, quero saber
o que fez com aquelas placas.

Onde as escondeu?
No posto?

- N�o, elas est�o aqui.
- Ao menos fez isso certo.

N�o deixe-as sair daqui.

Ol�, parceiro.
Creio que seja o Joe.

Sim, a Srta. Doris
me contou sobre voc�.

A cer�mica ind�gena
est� pronta para mim?

- Carregarei para voc�.
- Sim, claro.

Voc� tem um belo grupo aqui.
Acho que vou entrar e conhecer

o pessoal enquanto carrega.

- Ningu�m pode entrar na olaria.
- Maldi��o, trabalho para eles.

Como serei eficiente se
n�o conhecer o trabalho?

A f�rmula da cer�mica
do chefe � secreta.

Fique na carro�a
enquanto a carrego.

Sim.
Claro.

Se essas s�o as regras.
Mas n�o sei o que � t�o importante

sobre canecas como essa que precisa
se manter em segredo dos empregados.

Isso � tudo.
Eu s�...

Ele � um velho esperto.

E est� trabalhando com o Malloy.
Pode apostar nisso.

Deixe-o sair daqui e
acabaremos com ele.

V� devagar.
A cer�mica quebra facilmente.

Sim, eu sei.
A Srta. Doris me disse.

Ei, Joe.
Venha c�.

- Entendeu o que tem que fazer?
- Entendi.

Ent�o v�.

Voc� tamb�m.
Pegue o corpo do Steve

onde o escondi e
traga-o para c�.

Use a outra trilha.
Temos que fazer tudo no tempo certo.

- Est� indo para o posto?
- Sim, vou ver o Malloy.

Abutre maldito.

Ainda bem que tenho
a pele grossa.

Isso.

Com certeza.

Vamos.

- Voc� � bem organizada.
- Obrigado.

E agora irei a vila com voc�
se selar meu cavalo.

Certo.

Mas n�o tem problema em
deixar o posto sozinho?

Eu sempre deixo.
De qualquer forma,

o Luke deve voltar
logo com a carro�a.

Ele pode ficar de olho nas coisas.
J� volto.

Doris?

Ol�, Greg.
Estou feliz que esteja aqui.

Tenho algo para te dizer.
Algo sobre o tio Otis.

� mesmo?

Ei, aquele n�o � o cavalo
do Malloy l� fora?

Sim, ele est� l� atr�s
selando meu cavalo.

Ele quer comprar o posto e estou
pensando seriamente em vender.

- Vou lev�-lo a olaria agora.
- Ele quer comprar o posto?

Sim, e talvez seja melhor vender.

Greg, receio que meu tio esteja
tirando vantagem de n�s dois.

Ele n�o mudou.
Sen�o...

- Sen�o o que?
- Onde ele conseguiria $10.000?

- $10.000?
- Sua carteira caiu

acidentalmente do seu casaco.
Eu vi o dinheiro.

Mas n�o disse a ele.

Greg, o que posso fazer al�m de
vender para o Jeff Malloy e sair?

Bem, para come�ar, voc� tem que parar
de confiar tanto naquele estranho.

E te direi o por que.
Para come�ar...

Ent�o o segui e encontrei
o corpo do Steve.

Malloy o matou da mesma forma
que matou o Pony e tentou te matar.

Ele fez isso para ficar com seu posto
de troca agora que est� lucrando.

Voc� tem a prova disso, n�o?
Ele est� tentando convenc�-la

a vender.

N�o sei onde seu tio
conseguiu aquele dinheiro.

Mas acho que ele possa
ser parceiro do Malloy.

Ou voc� � um mentiroso ou sua
imagina��o tomou conta de voc�.

Greg disse que voc� matou o
Steve Cramer e escondeu o corpo.

Isso mesmo.
Algu�m contratou o Steve.

Para me matar.
A mesma pessoa que

queria seu condutor
fora do caminho.

- E que atirou em voc�.
- N�o v� que ele a enrola, Doris?

- Deixe-o terminar.
- Tentei prender o Steve.

Para entreg�-lo ao xerife
e faz�-lo falar.

Mas ele n�o queria isso.

O que parece ser um al�vio
para o Sr. Lance aqui.

Luke, Jeff e Greg Lance
est�o se matando.

Eles est�o destruindo o posto.
Se apresse e tente par�-los.

- Vou a olaria chamar meu tio.
- Espere um pouco.

Maldi��o.

- O matou, Jeff?
- N�o, ele est� bem.

- Ei, voc� est� ferido.
- N�o foi nada.

Jeff, estamos no caminho certo.
Conseguimos.

Olhe.

Um monte de notas de $10
como a que tenho.

Venha c�.

O dinheiro estava escondido
no fundo desses jarros.

Olhe.

- Escondidos no fundo falso.
- Ent�o foi o Kilburn.

Claro, ele estava contrabandeando
as notas nas cer�micas.

E o mesti�o, Joe,
estava ajudando ele.

Foi ele que me atacou
com uma faca.

Amarre-o.

Doris!

Doris!

A Doris e o cavalo dela
n�o est�o aqui.

- Voc� a viu?
- Sim.

Ela passou por mim
e disse que ia a olaria.

- Nossa, ela avisar� o Kilburn.
- N�o seja louco.

� mais prov�vel que ela
caia numa armadilha.

Vamos.
Pegue o cavalo dele.

- Tinha que vir xeretar, heim?
- Ent�o est� falsificando de novo.

� assim que conseguiu o dinheiro
que encontrei no seu bolso.

Greg Lance estava certo.
Est� trabalhando com o Jeff Malloy.

Malloy?
Foi isso que o Lance disse.

- Tentando me trair.
- Greg est� nisso contigo?

Sim, at� o pesco�o.
Tentando casar com voc�

e me excluir.
Mocinha, voc� teve

a chance de voltar para o leste.
Nem pensar.

Vamos sair daqui, depressa.

A porta est� trancada.
Aquele � o cavalo dela.

Vamos tentar os fundos.

Cuide dela, Luke.
Vou atr�s do Kilburn.

Luke, meu tio est�
falsificando dinheiro.

Sim, sabemos disso.

Sou um delegado federal, Doris.

Certo. Levante-se.

E pode apostar algum dinheiro
honesto e bom,

que para onde eles v�o nunca mais
olhar�o para este vale.

Exceto para um monte
de grades de pris�o.

N�o esque�a das placas
no alforje do Kilburn.

Vou trocar pelas barras.

- Ate mais, Doris.
- Adeus, Jeff.

- Voc� voltar�, n�o?
- Pode apostar que sim.

Tente me manter longe para ver.