All language subtitles for Angels in the Snow 2015

�amos de viagem,
para passar o Natal nas montanhas.

O pai tinha constru�do
uma cabana de madeira,

e era a primeira vez
que qualquer um de n�s ia v�-la.

C� est�vamos n�s,
a quatro horas das nossas f�rias,

mas as coisas n�o estavam a correr bem.

Surpresa.

Podemos fazer anjos de neve
quando chegarmos � cabana?

A esta velocidade,
vamos l� chegar de noite.

- Portanto, n�o podemos, idiota.
- Alexander, porque lhe chamaste isso?

Sim, quem chama quem um idiota,
afinal?

A quem.
Quem est� a chamar idiota a quem?

Irritante criatura.

Alexander, por favor.

Tenta ter um pouco de esp�rito natal�cio.

Estou a prestar um servi�o p�blico.
A gram�tica correta est� em extin��o.

Se queres prestar um servi�o p�blico,

enfia um saco na cabe�a e cala-te.
- Ent�o, Alex.

Pai, por favor, posso p�r
os auscultadores para n�o ter de o ouvir?

N�o, lembras-te?
Nada de auscultadores.

S�o f�rias em fam�lia, vamos divertir-nos
na companhia uns dos outros.

Vamos l� ter uma conversa agrad�vel.

Ultimamente, n�o tenho ouvido
conversas agrad�veis tuas e da m�e.

N�o te estiques.

O tempo est� a piorar.

V� a esta��o do tempo.

N�o viste antes de sairmos?

E o tempo continua a piorar
por todo o estado,

com a tempestade a vir de oeste.

Os meteorologistas acham
que esta poder� ser a pior tempestade

dos �ltimos 15 anos,

for�ando as autoridades a encerrar todos
os acessos � montanha, na pr�xima hora.

- Achas que dev�amos voltar?
- Judith, ouviste o boletim.

A tempestade est� a vir por tr�s de n�s.

Se voltarmos para tr�s,
vamos apanh�-la em cheio.

Muito bem. Lindo servi�o.

Disseram que a passagem est� aberta
durante mais uma hora, estamos l� em meia.

Vai correr tudo bem.

Vai correr tudo bem, vamos a caminho.
V�o adorar.

Boa! Vamos de f�rias de Natal

e n�o temos de regressar!

Vai ser muito divertido.

J� cheg�mos, meninos.

Boa!

N�o pode ser.

- N�o acredito nisto.
- S� foram utilizados materiais nobres.

Isto � espetacular.

� enorme, pap�!

Vamos. Venham.

Despachem-se!

- Despachem-se!
- Est� bem, est� bem.

� espetacular.

� de ficar pasmado.

Pai,

onde est� a televis�o?

N�o h� televis�o.

Pap�!
Olha a �rvore de Natal!

Ent�o, o que achas?

� bastante imponente.

Imponente?

Bem, esperava...

N�o sei,
disseste que era uma cabana no bosque.

- N�o gostas?
- N�o, eu gosto.

� linda.

Nunca vi nada t�o bonito.
� uma surpresa maravilhosa.

Obrigada.

Pedi ao decorador que a abastecesse

com tudo o que precisar�amos,
desde botas de neve a aspirina.

Portanto, teremos c�
tudo o que precisarmos.

Julgava que �amos
escolher uma �rvore no bosque

e que �amos ser n�s a cort�-la.

Com a tempestade que se aproxima,
acho que n�o consegu�amos ir buscar uma.

- Podemos decorar a �rvore hoje?
- N�o vejo porque n�o, querida.

- Vamos descarregar o carro.
- Est� bem.

Toma.

Onde est�o as caixas com as decora��es?

N�o sei.
Charles, onde est�o as decora��es?

N�o sei onde est�o.

- Porque haveria de saber?
- Puseste-as no carro, n�o foi?

- Porque havia de as ter posto no carro?
- Eu pedi-te. J� estavam ensacadas.

N�o, n�o me lembro nada
de me teres falado em decora��es.

Falei-te, sim. Isso � que falei.

M�e, pai, n�o faz mal.

As luzes ficam bonitas sem mais nada.

N�o acham?
Nem precisamos de decora��es.

Sim, Emily.

E tens raz�o.
A �rvore fica bem s� assim.

Quem precisa de decora��es?

Porque n�o vais ver o teu quarto?

Alguma vez a nossa fam�lia foi divertida?

Tenho estas mem�rias sombrias.
S� n�o sei se as imaginei.

- Sim, creio que quando �ramos mi�dos.
- O que aconteceu?

Sabes bem o que aconteceu.

A tempestade est� mesmo a aproximar-se.
Parece que o meteorologista tinha raz�o.

Apetece-me uma bebida quente.
E tu?

Vou desfazer a minha mala.

M�e, quando a tempestade se for embora,
podemos fazer um boneco de neve grande?

O pap� pode ajudar-te.

Sim, posso ajudar-te.

Adoro construir bonecos de neve.

M�e, vou precisar de uma cenoura
para o nariz do Frosty.

E, pai, n�o te preocupes,
se os teus bot�es pretos desaparecerem.

� por uma boa causa.

Os olhos do Frosty.

Est� bem.

� o Ben.

Tenho de atender. � o Ben.

Disseste que n�o atendias chamadas
de trabalho enquanto c� estiv�ssemos.

Disse-lhe para n�o me telefonar,
exceto se fosse urgente.

Desculpem-me.
Volto j�.

N�o. Explica l�.

O qu�?

N�o, n�o.

- N�o demoraste mesmo nada.
- Est� tudo bem, obrigado por perguntares.

Em? Querida?
Podes desligar o jogo, por favor?

Alexander, desliga o tablet. Jennifer.

Vamos fechar o port�til.

Ora bem, nova regra de f�rias.

A partir de agora, n�o se ligam aparelhos
eletr�nicos durante o resto da viagem.

- O qu�? Est�s maluco?
- O que vamos fazer aqui fechados?

� Natal.

Leiam um livro, contem uma hist�ria.

Falem uns com os outros.

Podias cozinhar qualquer coisa
com a tua m�e.

- H� muita coisa que podes fazer.
- Vais desligar o teu telefone?

Preciso do telefone
para assuntos profissionais, filho.

Se n�o estiver a par do que se passa,
pode ser catastr�fico.

Claro que sim.

Os teus modos est�o a envelhecer
demasiado depressa.

Charles, preciso de falar contigo.

O que foi, Judith?

N�o gostas do meu plano?

Estes mi�dos n�o d�o apre�o
ao que t�m.

- Sempre a olhar para os aparelhos.
- O que esperavas?

Est�s ao telefone
de cinco em cinco segundos.

Tenho assuntos importantes a tratar.

- Eu sei, � claro que tens.
- N�o tenho culpa que tudo fique infernal

assim que saio da cidade.
- Est� sempre um inferno

na tua empresa.

Admira-me que n�o lhe mudes o nome
para Enxofre Comercial.

Nada disto teria acontecido,
se estivesses estado pronta a tempo.

Est�s a brincar comigo?

Se tivesses entrado no carro a tempo...
Puseste-nos a todos de mau humor.

- N�o come�aste com o p� direito.
- Gritaste.

N�o estava a gritar com ningu�m.

N�o te quis dizer.

Estamos quase.

Estamos quase a perder tudo.

Est�s sempre prestes
a perder tudo.

N�o te d�s conta? Talvez n�o fosse
assim t�o mau se perd�ssemos tudo.

Assim, poder�amos morar
na nossa casa em Waverly,

onde eramos felizes.

Isso...

Est�s a menosprezar o meu sucesso.
At� parece que foi mau para todos.

Dei-te tudo.

Mas n�o me d�s nada do que preciso.
N�o percebes isso?

M�e? Pai?

Sim, Em?

Sim?

M�e, esqueci-me de te dizer,

o Benjamin disse na escola

que eras a m�e mais bonita
de todas as da turma.

�

muito gentil da tua parte
dizeres-me esses elogios.

J� � muito tarde, querida,
quero que v�s para a cama, est� bem?

- Est� bem.
- Vamos.

Boa noite, Em.

Estou farta da charada.

Qual charada?

Parecemos estranhos que vivem juntos.

Passamos um pelo outro
nos corredores e afastamo-nos.

Fazemos tudo o que podemos
para n�o nos tocarmos.

Disseste que este Natal ia ser diferente.

Disseste que esta casa
ia ser um santu�rio.

Que seria uma oportunidade
de nos conhecermos melhor outra vez.

Mas, agora, vejo que fui uma parva
ao pensar que algo iria ser diferente.

Judith...

Queres continuar a viver assim?

Porque eu n�o.

Judith...

O que est�s a dizer?

Acho que sabes o que estou a dizer.

Pensava que tudo ia ser diferente
assim que cheg�ssemos � cabana,

mas, afinal, estava tudo na mesma.

Rezo para que os meus pais
n�o se divorciem.

- O que � isto?
- N�o sei.

Por favor, ajudem-nos.

Vou ver as c�maras de seguran�a.

- Est�o pessoas � nossa porta da frente.
- Temos de os deixar entrar.

Devem estar a congelar.

Por favor, abram a porta!

Est� algu�m?

Est� algu�m?

Por favor.

Por favor.
Podem abrir a porta, por favor?

Entrem.

Devem estar a congelar.

Venham para a lareira. Venham comigo.

Obrigado.

A nossa carrinha despistou-se e choc�mos
contra uma �rvore. Tivemos de a deixar.

Vimos as vossas luzes. Estamos a andar
contra o vento h� uma hora.

- �amos para Whiteplane esquiar.
- Sim.

Pens�mos que consegu�amos passar.

Somos os Tucker de Greensburg.

Chamo-me Joe, a minha mulher, Amy.

Sou a Emily. Tenho oito.

A minha filha, Lucie, 15.
Robbie, 16.

O meu irm�o Alexander tem 15.

E a minha irm�, Jennifer, tem 14.

A minha m�e, Judith, tem 39,
e o meu pai, Charles, tem 50.

T�m de despir essas roupas de esqui.

Vestimo-nos para esquiar. Infelizmente,
as outras roupas ficaram na carrinha.

N�o faz mal, temos muitas roupas.
C� nos arranjamos. N�o h� problema.

- Sim.
- � muito generoso da sua parte.

Os quartos de h�spedes s�o
l� em baixo, � direita,

fiquem � vontade.
- Obrigada. Muito obrigada.

Eu posso mostrar-lhes os quartos deles.

Vou buscar-lhe algumas roupas.

- Est� bem.
- Alexander e Jennifer,

ajudem-me a ir buscar
roupas para os mi�dos.

N�o esperas que partilhe as minhas
roupas com uma estranha, pois n�o?

- Vou fingir que n�o ouvi isso.
- Tamb�m vamos partilhar computadores?

Sim, e a nossa comida, as nossas camas,
toalhas e tudo o que possam precisar.

Despachem-se.

A sua casa � espetacular.

Obrigado. Ainda bem que gosta.

- Joe.
- Sim.

Sim, constru�-a para fazer
uma surpresa � minha mulher,

mas ela n�o gosta dela.
Acha-a demasiado imponente.

Pronto.
Tenho aqui algumas roupas para si.

As casas de banho t�m champ�,
sabonete, tudo o que precisam.

- Estejam � vontade, est� bem?
- Sim.

Obrigado.

E,

desculpem a inconveni�ncia,
sobretudo na �poca natal�cia.

- N�o faz mal.
- N�o.

Dei-lhe a tua camisola castanha.
Espero que n�o te importes.

- Claro.
- Vou fazer uns waffles.

Pronto.

O pequeno-almo�o est� pronto.

Na hora certa.

- Sentem-se melhores, menos congelados?
- Nem imagina quanto.

- Nem sentia os p�s, quando cheg�mos.
- S� cont�vamos fazer um dia de esqui,

por isso, agarr�mos em todos os cobertores
e trapos que t�nhamos na carrinha.

Eu tinha uma toalha
� volta do pesco�o, debaixo do capuz.

Ficava-te bem.

- O irm�o e a irm� gostam um do outro.
- Gostaria mais de ti

se te parecesses com ela.

Porque n�o se juntam a n�s � mesa?

Obrigada.

Porque n�o t�m
nenhumas decora��es na vossa �rvore?

Esquecemo-nos delas em casa.

Mas fica bonita s� com as luzes.

N�o. Parece nua, triste, s� e deprimida.

Ent�o vamos fazer umas decora��es
para a pobre coitada.

Com o qu�?

- Podemos come�ar por enfiar isto num fio.
- Ser� que t�m por c� pipocas?

Sim, posso ver na despensa. Anda.

Pod�amos fazer ornamentos com bolachas.

Sim, sim!

Vamos fazer decora��es de Natal!

PIPOCAS

Depois de terminarmos as decora��es,

a Jennifer, o Alexander e eu concord�mos
em partilhar os presentes com os Tucker,

para que n�o se sentissem � parte.

Tenho uma ideia genial.

Dev�amos mudar as etiquetas
e d�-los aos Tucker.

O que acham?

- Sim, tudo bem.
- Sim, vamos a isso.

A m�e ajudou-nos a mudar
as etiquetas dos presentes.

O Robbie ficou com a T-shirt
que o Alexander pediu.

Para a Lucie
do Pai Natal

E a Lucie ficou com o colar
que condizia com os brincos da Jennifer.

Quando o Robbie abriu o presente dele,
o Alexander ficou feliz por ele,

apesar de querer muito aquela T-shirt.

Considero isto um milagre de Natal.

- � t�o bonito.
- Muito bonito.

Bom trabalho. Muito bom mesmo.

Fui eu que enfiei as pipocas.

- Sim fizeste uma boa...
- Olhem para a �rvore de Natal.

Olhem! M�e!

- Esqueci-me de uma coisa. Volto j�.
- Est� bem.

Ela trouxe-o mesmo?

Receio que sim.

De qualquer forma, �...

- Cata-vento?
- Sim, sim.

- Est� muito bem.
- Est� bom, vamos.

- Sim, sim.
- N�o vejo.

Sim, sim.

Como vou p�r o anjo
no cimo da �rvore?

N�o olhem para mim.
N�o consigo chegar l�.

Sabem que mais?

Acho que posso ajudar-te.

Obrigada.

A� vai ele.

Est� lindo!

- Est� t�o bonita!
- Est� mesmo muito bem.

Est� muito bem.

- Bom trabalho.
- Tamb�m acho.

- Bom trabalho.
- Muito bem.

Muito bem,
� tradi��o na nossa fam�lia

que, na v�spera de Natal,

cada crian�a abra um presente.

E gostaria
de partilhar essa tradi��o convosco.

Muito bem.

- Para mim?
- Sim.

Foi durante essa noite fria e nevada

que finalmente comecei a entender
o que significa o esp�rito de dar.

Sim.

J� sei para quem � este.

T�o giro.

- N�o acredito.
- Sim.

- Obrigada, m�e.
- Isto � bestial.

Obrigado.

A nossa troca de presentes
foi muito divertida.

Foi lindo.

Quem me dera saber tocar
um instrumento.

N�o � assim t�o dif�cil.

Anda, deixa-me mostrar-te.

Duas cordas. Tenho de tocar nesta.

- Est� bem.
- E nesta.

- Est� bem.
- Pronta?

V�s? N�o � assim t�o dif�cil.

- Como aprendeste a tocar?
- Tive aulas de m�sica na escola.

Se calhar devia ter escolhido m�sica
ou canto, em vez de discurso p�blico.

J� me feres os ouvidos assim,
muito obrigado.

Que engra�adinho.

Alexander, eu ouvi a Jennifer
a cantar no duche.

Ela canta bom.

Eu canto bem.

Para um semin�rio, tivemos de escolher
um tema para um trabalho individual,

e, ent�o, escolhi
erros gramaticais comuns.

Fiz um blog sobre isso.

Sim, tem tr�s seguidores ao todo.

Um deles � a nossa m�e.

Tenho 38 seguidores
e s� comecei a semana passada.

Bestial, Jennifer. Vou seguir-te.

Assim, ficas com 39 seguidores.

Sabias que gram�tica correta
pode salvar vidas?

Por exemplo:
"Vamos comer av�",

que quer dizer "vamos canibalizar a av�",

pode ser alterado com a adi��o de uma
simples v�rgula para "vamos comer, av�".

Agora, significa que a av� foi convidada
para comer com eles.

Sim, tamb�m tive a Sra. Donnelly a ingl�s.

Ela j� usa esse exemplo h� 50 anos.

Porque est�s sempre
a deitar-me abaixo?

- � coisa de irm�os mais velhos.
- N�o na minha casa.

Obrigado, mana.

Robbie!

O que foi?

Quem quer jogar Monop�lio?

- Eu quero! Eu!
- Boa.

- Sim, pode ser.
- Eu!

Pai, quando jog�mos a semana passada
tir�mos-te o dinheiro todo e os hot�is,

deixando-te na mis�ria.

Isso � porque vos adoro
e deixo-vos ganhar.

Pois, sim, pai.

Tens de os ensinar a ter respeito.

Temos jogo.

Eu sou o carro.

Tu podes ser o gato
e tu podes ser o dedal.

Eu vou ser o carro de corrida.

- Vamos a isso.
- Muito bem, estou pronto.

Contem comigo.

Isto � muito divertido.

Olhem para ela a avan�ar.

- Como � poss�vel?
- Muito bem.

Odeio gabar-me,
mas tenho um dom para o Monop�lio.

Quero...

Sou muito boa em cobran�as,
por isso, dominei o jogo.

Sempre que perguntava ao meu pai
porque n�o nos prestava aten��o,

dizia que estava a fazer v�rias coisas
ao mesmo tempo.

- O pai f�-lo frequentemente...
- N�o.

... neste Natal.

Quando?

N�o, n�o.
N�o foi isso que combin�mos.

- Olhos de cobra.
- Olhos de cobra.

Ol�.

- Achei que precisaria de companhia.
- Sim, claro.

Obrigada. Sente-se.

Obrigada.

O Joe tem tanto jeito para os mi�dos.

Pois tem.

O Joe foi professor de secund�rio,
com uma paix�o pela hist�ria dos EUA.

Achava que os mi�dos deviam ter
um olho no passado

e o outro no futuro.

E a Amy?

Eu era enfermeira.

Adorava os meus doentes.

Era?

Disse "era", n�o disse?

Interessante.

Est�o a fazer mudan�as na vida?

Digamos que algumas mudan�as
foram recentemente feitas.

E a Judith?

Era editora de moda antes de casar.

Sim.

Tinha um trabalho espetacular
em Nova Iorque.

N�o era bem remunerado.
Era t�o pobre como um rato de igreja,

mas adorava o meu trabalho.

E, depois, apareceu o Charles
e deixei-me encantar,

abdicando de tudo por ele.

Costumava dizer que tinha sido
a melhor decis�o que tomara.

Costumava dizer?

N�o me interprete mal,
adoro os meus filhos. � que...

As coisas n�o t�m corrido bem entre n�s
h� j� bastante tempo.

Soube que foi ele
que desenhou esta casa

e que a construiu como uma surpresa
para si e para os mi�dos.

N�o diria que foi uma surpresa.

N�o � com certeza
por mim e pelos mi�dos.

� tudo pelo neg�cio.

Vai trazer aqui os clientes,
impression�-los e depois...

� tudo pelo espet�culo.

Desculpe.

Desculpe, estou a desabafar consigo
todos os meus problemas pessoais.

Sou toda ouvidos.

Estou...

- Estou aqui para si.
- Obrigada.

Obrigada pelo ch�.

Conte-me mais sobre si.

Por onde devo come�ar?

Eu e o Joe conhecemo-nos na faculdade,

e depois viaj�mos
e acab�mos finalmente por assentar.

Por exemplo, John Adams e o filho.

Escreviam estas cartas longas

e muito bem redigidas um ao outro.

Mesmo sabendo que as cartas podiam
levar meses a ser entregues,

tal como aconteceu
quando Adams estava na Europa.

Mas, hoje em dia,
como comunicam pais e filhos?

Quero dizer, � claro

que um pai pode receber uma mensagem
� velocidade da luz,

mas tudo o que dir� ser� algo como:
"Ol�, pai, o que se passa?"

Provavelmente nem sequer teria
o "ol�, pai",

se calhar s� diria: "o que se passa?"

E ent�o, agora, o pai obriga-me
a escrever-lhe cartas.

E escreve umas cartas lindas.

Limito-me a copi�-las
dos ficheiros de John Adams.

Nunca pensei que um dia veria
os meus filhos a ter uma conversa

sobre John Adams.

Talvez dev�ssemos come�ar
a ter mais conversas com os nossos filhos.

E, agora, escreve estas cartas profundas

sobre coisas da vida dele.

Como fazer com que as suas f�s femininas
lhe deem espa�o.

- Ela est� a inventar.
- N�o estou nada.

As raparigas enviam-lhe mensagens
dia e noite.

Ele p�e uma fotografia no Instagram
e recebe 400 likes em meia hora.

Isso n�o � bem verdade.

Aposto que �.
�s t�o giro.

Tamb�m deves ter o mesmo problema,
Alexander. Demasiadas admiradoras?

- Bem...
- N�o, ele n�o tem admiradoras.

- Ele � um desajeitado socialmente.
- Cala-te.

Para uma mi�da,
usas muitas palavras de adulto.

Pois uso. Sou dotada.

Tento acrescentar uma palavra nova
ao meu vocabul�rio, todos os dias.

Ontem, aprendi a palavra "iatrog�nico".

Quer dizer quando os efeitos secund�rios
da cura s�o piores

do que os sintomas da doen�a.

�s o tipo de rapariga que eu gosto.

- C�rebro e beleza.
- Para.

Olha, meu,

desculpa por as minhas irm�s
n�o te largarem o dia todo.

N�o precisas de ser t�o simp�tico.
Ainda as encorajas mais.

O que est�s para a� a dizer?
Elas s�o fixes.

N�o, est� tudo bem.

Est� tudo bem.

A tempestade est� a derrubar �rvores.
Uma delas quase que atingia a casa.

A nossa casa vai desabar?
Tenho medo.

N�o te preocupes, querida.
A forma como o teu pai construiu esta casa

vai aguentar tudo
o que a tempestade trouxer.

A s�rio?

Prometo.

Ora bem. Vem para aqui.

Olha para aquilo.

N�o temos permiss�o para estar on-line,
ou nos telem�veis,

e olha para ele ali, colado.

� rid�culo.
Anda, vamos para aqui.

Isto � o que escolhi
para o meu projeto de investiga��o.

Esta criatura, aqui,
� a abomin�vel lula Humboldt,

tamb�m conhecida por diablo rojo,
que em espanhol quer dizer diabo vermelho.

Tem dezenas de tent�culos
com estes dentes pequeninos nas pontas.

Ouvem-se hist�rias de pescadores mexicanos
a serem tirados dos barcos

para o fundo do mar e a serem
dilacerados por estes monstros.

J� imaginaste? Num minuto
�s um pescador sentado no teu barco,

a viver a tua vida,

e no outro minuto est�s no fundo do mar,

a ser dilacerado
por aqueles dentinhos, ali.

Porque ficas obcecado
por essas criaturas horr�veis?

N�o, n�o estou obcecado.

Tive de escolher um tema
para o meu projeto de investiga��o.

Sabes como �, aproximava-se o prazo
e n�o tinha nada para apresentar,

por isso, peguei num livro de natureza,
ao calhas, virei uma p�gina, e

l� estava ela, a lula Humboldt.

N�o s�o assim t�o diferentes de n�s.
Aqueles pescadores.

O qu�, n�o sermos comidos por lulas?

N�o. A parte de "num minuto est�s aqui,
no outro n�o est�s".

- Ent�o, qual � a tua cena?
- A minha cena?

Sim, a tua cena.

Se tivesses de escolher um tema
de investiga��o, o que seria?

Bem, n�o conseguiria chegar ao semin�rio,

mas se chegasse,
acho que teria de dizer

bolachas.

Bolachas?

Cozinho tudo.

Bolos, tartes, brownies. Praticamente tudo
em que os ingredientes principais

sejam a��car e manteiga.
- Fixe.

Sabes de algum tema melhor
que seja digno de investiga��o?

N�o. Na verdade, n�o sei.
Parece-me bestial.

Deixa-me mostrar-te
mais umas criaturas destas.

Maleita

M-A-L-E-I-T-A

M � uma letra dupla,
mais a pontua��o de palavra tripla.

S�o 36 pontos. Ganhei.

Nunca tinha ouvido essa palavra,
mas vou confiar em ti.

� uma palavra verdadeira. Significa
achaque, sensa��o de mal-estar.

� como nos sentimos quando olhamos
para a tempestade pela janela?

Sim, poderias dizer isso.

Que idade tens?

Estou quase a fazer 15.

Pois.

Comportas-te como se fosses
bem mais velha.

Robbie, sabes uma coisa?

Sei dizer todos os presidentes por ordem.

- Sabes?
- Sei.

Robbie, se fosse a ti n�o o faria.

A seguir, vai dizer os rios todos
da Am�rica do Norte.

Posso recit�-los para ti?

- Claro.
- N�o digas que n�o te avisei.

Washington, Adams,
Jefferson, Madison, Monroe,

John Quincy Adams,

Jackson, Van Buren,

Harrison, Tyler, Polk, Taylor,

Fillmore, Pierce, Buchanan,

Lincoln, Johnson, Grant, Hayes,

Garfield, Chester A. Arthur,

Harrison, Cleveland,

Harrison, McKinley, Teddy Roosevelt,

Taft, Wilson, Harding,

Harding, Coolidge, Hoover,

Roosevelt, Truman,

Eisenhower, Kennedy,

Johnson, Nixon, Ford,
Carter, Reagan, Bush,

Clinton, Bush, Obama.

Muito bem.

Pap�! Viste?

Acertei em todos e por ordem.

Muito bem, querida.

S� um minuto.

Emily.

Sorri.

Agora, quero eu uma tua.

Olha para aqui. Sorri.

Tr�s, dois, um.

Muito bem, Lucie.

Venham todos! Est� na hora!

Na hora de qu�?

De pendurar as nossas meias
de Natal, � claro.

V�, venham todos.

Est� bem.

- V�, despachem-se.
- Est� bem.

- Venham.
- Estamos a ir.

Pendurar as meias de Natal � uma tradi��o
dos Montgomery na V�spera de Natal.

Eu partilho a minha contigo, Robbie.

Alexander, tu partilhas a tua com a Lucie.

- Est� bem.
- � melhor pormos uma nota

para que o Pai Natal n�o fique confuso.
- Boa ideia.

- Vamos a isso.
- Muito bem.

- Ficaram muito bem.
- Muito bonitas.

- Est� muito bem. Bom trabalho.
- Sim.

Tenho mais uma coisa no saco.

Fiz esta para a beb� Bella.

Querida.

Obrigada por te lembrares da Bella
este Natal.

� uma meia t�o gira.

Beb� Bella?

� a minha irm� mais nova,
mas, agora, est� no c�u.

Perdemo-la h� tr�s anos.

Lamento muito.

Tinha o cabelo loiro, olhos azuis
e faces rosadas.

Parecia a Cinderela.

Tenho a certeza de que era muito bonita.

Tenho fotografias dela,
se quiserem v�-las.

Claro, ador�vamos.

Aqui � quando tinha apenas um m�s.

E este � o primeiro banho.

Aqui foi quando o Alexander lhe deu
a provar um picle.

Detestou.

Esta � a Emily a pegar-lhe.

Era uma beb� muito comportada.

Raramente chorava.

Ao contr�rio da Emily,
que n�o parava de chorar.

Eu era uma beb� diva.

Aqui foi logo a seguir a ter nascido

e a m�e ia a sair
com ela do hospital.

N�o estavas em nenhuma
das fotografias, pai. Porqu�?

Provavelmente, estava a trabalhar.

N�o, n�o estava no trabalho.

Eu

n�o estava nas fotografias
porque tirei a maior parte delas.

Pai?

Sim, Jen?

Os Tucker querem que fa�amos
uma coisa que eles fazem.

Uma tradi��o natal�cia.

Est� bem, querida, eu j�...

Eu j� vou.

Est� bem.

Agora que estamos todos aqui,

chama-se "Passar a Vela de Natal".

� uma tradi��o que vem
da minha av� e n�s

fazemo-la todos os Natais.
- Como se joga?

N�o � um jogo, Emily.

� uma oportunidade de dizermos
porque estamos gratos.

Vamos passando a vela,

e quando chega a nossa vez,
dizemos umas quantas frases.

Quais s�o os nossos objetivos,
aquilo por que estamos gratos.

- Qualquer coisa do g�nero.
- Sim.

Pode ser?

Come�o eu.

Dizem que o melhor presente
que um pai pode dar aos seus filhos

� amar a m�e deles.

Quero agradecer-te, Amy,
por fazeres com que seja t�o f�cil.

E cada dia que passei contigo
tem sido um peda�o de c�u.

De certeza que h� dias
que n�o dou tanto apre�o

como deveria.

Se pudesse dar-vos a todos
um pequeno conselho,

seria apreciarem cada momento
que a vida vos proporciona.

Porque cada momento � demasiado precioso.

Muito bem.

Quero dizer que estou grato
� fam�lia Montgomery

por nos ter dado guarida.

E por ser t�o divertido
ter ficado preso na neve.

Alexander, Jennifer, Emily,

s� vos conhe�o h� pouco tempo,
mas

j� parece que s�o
os meus melhores amigos.

Nunca vos esquecerei.

M�e?

Eu tamb�m estou grata pela oportunidade
que tivemos de conhecer os Montgomery.

N�o s� porque nos abrigaram,

mas sinto que j� somos velhos amigos.

Porque nos deram a oportunidade
de sentir o esp�rito natal�cio.

Quero agradecer-lhes por terem sido
t�o bons para n�s.

A sua generosidade
� algo que n�o se v� muito.

A vida passa a correr,
mas a bondade dura para sempre.

Ora bem,

n�o estou muito habituada
a fazer estas coisas,

por isso, vou apenas dizer que estou grata
por o nev�o ainda n�o nos ter matado.

Estou grata pela lula Humboldt.

Bem, eu estou grato
pelas bolachas deliciosas

que a Lucie nos vai fazer amanh�.

Eu quero ajudar a faz�-las.

Tamb�m podes ser a seguir.

Estou grata por a minha mam� ter feito
waffles caseiros de leitelho,

esta manh�.

E tamb�m estou grata
por os Tucker terem vindo,

para que pud�ssemos ver como � uma fam�lia
em que todos gostam uns dos outros.

Pap�, � a tua vez.

Muito bem.

Estou grato por...

Muito bem, estou grato

por ter corrido tudo bem
com a empresa, este ano,

e se as coisas continuarem

numa boa dire��o,
e � um grande "se",

ultrapassaremos isto
e teremos um ano de sucesso.

Desculpem, vou-me deitar.

Judith?

Posso entrar?

S� queria ver se estava bem.

Ele cresceu numa fam�lia
onde n�o havia comunica��o.

A m�e dele foi ter com o pai dele
e perguntou-lhe se a amava.

E ele disse: "Disse-te que te amava
no dia em que cas�mos.

Se alguma coisa mudar, informo-te".

N�o � desculpa que se d�, pois n�o?

Calar a nossa fam�lia?

Falar de neg�cios

quando teve a oportunidade perfeita
para dizer algo simp�tico sobre

mim e os mi�dos?

Ele acha que a forma
de me fazer feliz �

acenar-me com coisas,
como

joias e casas,

carros.

N�o quero nada disso.

Nada disso me traz felicidade.

Tudo o que quero

� que ele olhe para mim

da mesma forma que o Joe olha para si.

Isto pode parecer uma parvo�ce,
e pe�o desde j� desculpa,

mas, por vezes, s�o as piores estradas
que nos levam aos melhores s�tios.

Parece mesmo uma parvo�ce.

- O que aconteceu?
- N�o sei. Espere a�.

- Pronto. Tudo bem. Venha.
- Est� bem.

Charles, o que aconteceu?

A tempestade deitou
o quadro el�trico abaixo,

mas n�o se preocupem,
temos um gerador de apoio.

Como vamos fazer as bolachas amanh�,
sem eletricidade?

Quando a eletricidade voltar,

podes fazer as bolachas que quiseres.
- Quanto demora o gerador a arrancar?

O tipo que o instalou
disse que levaria cinco segundos.

Cinco elefantes, quatro elefantes,
tr�s elefantes,

dois elefantes, um elefante.

N�o percebo.
J� devia ter arrancado.

- Mais do que cinco elefantes.
- Onde est� o gerador?

Est� tudo bem, querida.
Est� l� fora, no alpendre.

Muito bem, vamos dar uma espreitadela.

- Est� bem.
- Anda c�.

N�o te preocupes, querida.

Eu vou convosco.

Jennifer, fica com a tua irm�.
Vou buscar lanternas.

Vou procurar mais velas.

- Ajuda-o.
- Joe?

Venha.

Ajuda-o.

V�.

- Vamos para ali.
- Sempre em frente.

Pronto.

Vamos.

Tome.

Veja o combust�vel.

Est� cheio, Joe. Est� cheio.

Ent�o, temos combust�vel, ar,
e fa�sca.

- N�o h� raz�o para n�o trabalhar.
- Exato, Joe.

N�o h� mesmo raz�o nenhuma.

Charles.

Charles!

Vou process�-los.

Aquele gerador foi deitar dinheiro � rua.

Se nos encontrarem mortos, congelados
aqui no ch�o, vou processar a empresa.

Vai ser dif�cil process�-los,
estando morto.

Vamos congelar at� � morte?

N�o, querida. N�o te preocupes.
Vai correr tudo bem.

- N�o te preocupes.
- Ningu�m vai congelar at� � morte.

Vamos todos acampar � volta da lareira
e manter-nos quentes.

Como uma grande festa do pijama.

Sim. V�o aos vossos quartos buscar
almofadas, cobertores, animais de peluche,

tudo o que quiserem, est� bem? V�o l�, j�.
- Est� bem.

Inacredit�vel.

O que foi isto?

Parecem as telhas
a soltarem-se do telhado.

Joe. Joe!

Joe!

Vamos.

Vamos.

- Obrigado, Joe.
- Sim.

�s vezes, eu e os meus amigos

jogamos a este jogo,
quando conhecemos pessoas novas.

Pedimos-lhes para se descreverem
numa palavra.

Deixa-me perguntar-te que palavra
usarias para te descreveres?

- Come�a tu primeiro.
- Tranquila.

- Queres dizer, descontra�da?
- Sim.

Muito bem.

V�m-me tr�s palavras � cabe�a,
n�o sei qual deva dizer.

- Quais s�o as tr�s?
- Ora bem,

fant�stico, generoso,

e inacredit�vel � outra.

Robbie, tenho uma pergunta.

Qual � a tua pergunta?

Levas-me ao meu baile de finalistas?

O qu�?

Estou a falar a s�rio.

Ainda faltam pelo menos sete anos.

E ent�o?

Ent�o, duvido que ainda queiras
que te leve daqui a sete anos.

Creio que, nessa altura,
j� ter�s mudado de ideias.

Nunca mudarei de ideias.
Sei que n�o.

Por favor. Prometes-me, por favor?

O problema � que

n�o posso fazer promessas
que poderei n�o conseguir cumprir.

Porque n�o vais conseguir cumprir?
Porqu�?

Vou tentar explicar-te.

Cumpriria se pudesse.

Estou a falar a s�rio.

Queres dizer que cumprir�s se puderes?

Pronto, cumprirei se puder.

Ent�o tamb�m quero
que me leves ao meu baile.

Est� bem.

N�o quero que este nev�o acabe.

- Porqu�?
- N�o quero que os Tucker v�o embora.

Tamb�m n�o quero
que eles se v�o embora.

Ela ainda � mais ador�vel
quando est� a dormir.

Obrigada.

Ent�o,

podem dizer-nos
como se conheceram?

Lembro-me como se fosse ontem.

Foi no semestre de outono,
no meu �ltimo ano do secund�rio.

Vi esta vis�o a atravessar a pra�a

e trazia um vestido branco,

o sol estava a p�r-se
e havia aquela...

Havia uma luz t�nue � volta dela.

E ao passar por mim, disse:
"Ol�, beleza."

O que vais fazer para o resto da tua vida?

O que lhe respondeu?

Virei-me para ele,

olhei por cima do ombro
e disse:

"Vou pass�-la contigo, � �bvio."

Assim, sem mais nem menos.

Aposto que n�o te lembras
o que vestia,

no primeiro dia em que nos conhecemos.
Nem pensar.

- O que foi aquilo?
- O que foi aquilo?

- O que se passa?
- Grande e assustador.

Parece que as �rvores
se v�o partir ao meio.

Estou mesmo cheia de frio.

Meu Deus.

N�o te preocupes.

Disseram que era a pior tempestade
desde h� dez anos.

Judith.

- O que foi?
- Est�s bem?

Estou com uma dor de cabe�a horr�vel
e disseste que havia aspirina. Onde est�?

Desculpa por este Natal
e pela forma como est� a correr.

N�o � o que tinha planeado.

Esta tempestade, a eletricidade, e...

Tens de compreender que, neste momento,
ando sob muita press�o,

e cada vez que falo com o Ben
sobre trabalho, eu...

Charles.

Sabes onde est�o as aspirinas,
ou n�o?

Podemos conversar?

Sobre trabalho? N�o, obrigada.

N�o. Sobre n�s.

Cada vez que falo contigo,
n�o ouves.

E quando ouves,
n�o prestas aten��o a nada do que digo.

Ent�o, s�...

Muito bem, ao que � que n�o
presto aten��o?

Por onde come�o?

Come�a apenas.

Est�s a brincar comigo?

Estamos a meio da noite.

O Ben est� a tratar com os japoneses.
L� � de manh�.

S� temos de rever alguns n�meros,
antes da negocia��o.

N�o.

� s� um minuto.

J� disse que n�o.

A �nica conversa que quero
ter contigo � agora.

Quero que me ou�as.

Assim que o nev�o passar
e os Tucker se forem embora,

vou alugar um carro

e vou levar os mi�dos para casa, sem ti.

Estou a falar a s�rio.

E para onde � que eu vou?

Porque n�o perguntas ao Ben?

- Acordem.
- Finalmente, temos eletricidade.

- Boa, pai.
- Ol�.

Pai?

M�e, onde est� o pai?

- Amanh�...
- Est� bem.

N�o sei.

Quero fazer pepitas de chocolate.
E tu?

Vamos � procura dele.

- Est� bem.
- Sim.

- E tu? De que gostas?
- Gosto de manteiga de amendoim.

- Vou ver l� acima, est� bem?
- Vou por aqui.

E pepitas de chocolate.

- Eu gosto de panquecas. Pode ser.
- Vou buscar as bolachas.

Parece-me um bom plano.
Se me perguntares...

N�o o encontrei c� em cima.

Eu sei, tamb�m n�o o encontrei.
Vou por aqui.

Est� bem.

Sim.

- A �rvore fica muito melhor com luzes.
- Sim.

Seria bom.

O que gostavas de ter?

Meu Deus, pai!

Venham todos, r�pido!
O pai teve um acidente!

- O qu�? Onde � que ele est�?
- Debaixo da �rvore.

- Onde?
- Vamos!

- V�o!
- Fiquem aqui!

- Pai!
- Pai!

Charles!

- Pai, est�s bem?
- Charles!

- Meu Deus. Ajudem. Ajudem o pai.
- Charles!

- Ajudem-me.
- Temos de o levantar.

Tirem-no da�!

- N�o consigo levant�-lo.
- V�.

Tirem-no da�!

Ajudem-me aqui.

- Vamos.
- Vamos.

- Levem-no para dentro.
- Est� a segur�-lo?

- Temos de o levar para dentro.
- Estou a segur�-lo.

Pronto. J� estou a segur�-lo.

Estou a segur�-lo.

Ajudem-me.

- Entrem.
- Vamos, r�pido. Tragam-no para dentro.

Entrem.

V�, levem-no para o sof�.

- Temos de arranjar cobertores. Vamos.
- Vamos, cuidado.

No sof�.

Vamos.

- Pronto.
- Baixe-o com cuidado.

Pap�.

- Devagar.
- Eu consigo.

Devagar. Deitem-no devagar.

- Devagar.
- Cuidado com o pesco�o.

- Eu seguro-o.
- Pap�!

Pap�, acorda. Pap�.

N�o tem as pupilas dilatadas.
� um bom sinal.

N�o sinto nenhum incha�o,

a respira��o n�o est� obstru�da.

- Acho que est� tudo bem com o pesco�o.
- Ele vai ficar bem?

Pode ter um traumatismo craniano,

mas s� saberemos
quando acordar completamente.

Os sintomas incluem dor de cabe�a,
n�useas, tonturas

e dificuldade de concentra��o.

- Dev�amos lev�-lo a um hospital.
- N�o nestas condi��es.

Fica a 32 Km. Nunca conseguiremos.
As estradas estar�o cortadas.

- Dev�amos lev�-lo para o seu quarto.
- Est� bem.

Emily? Est�s bem?

Est�s assustada com o teu pai,
n�o est�s?

Tenho medo que ele morra.

O teu pai vai ficar bem.

Como sabes?

Rezei uma ora��o por ele.

E a minha m�e � enfermeira.
Vai tomar conta dele.

Quem me dera que fosses minha irm�.

Posso ser.

Podemos ser irm�s de alma.

V�, d�-me o teu mindinho.

Irm�s de alma para sempre.

Como est� ele?

Gostava que ele acordasse.

- Vou s� v�-lo.
- Est� bem.

Continuam a n�o estar dilatadas.
O que � bom.

As pessoas podem ficar inconscientes
durante horas, acordar e ficarem bem.

N�o se preocupe.

Eu e o Joe estamos aqui.
Grite se precisar de alguma coisa.

Est� bem.

Est� tudo bem.

O teu pai vai ficar bem.

Como sabes isso?

Sei-o.

Se pensarmos nisto,

ontem eramos todos uns estranhos.

Charles?

O que me aconteceu?

Tiveste
um pequeno acidente.

As luzes est�o acesas.

Sim.

Parece que o gerador l� arrancou.

A Amy acha que tens um traumatismo,
por isso, tem cuidado.

S� me lembro de estar deitado l� fora,

a pensar em ti e nos mi�dos.

Porque estavas l� fora
na tempestade?

Por causa do que disseste.

Pensava em que te ias embora.

Nada mudou.

Judith,

a verdadeira...

Pap�!

Acordaste!

- Cuidado, querida.
- Ol�.

Ol�.

Estamos felizes por n�o teres morrido.

Eu, tamb�m.

Foi o Alexander que deu

pela tua falta e que te encontrou.

Salvou-te a vida.

Ent�o estou em falta para contigo, filho.

N�o foi nada.

N�o, diria que foi muito importante.

Vou buscar �gua.

- Estamos felizes porque vais ficar bem.
- Obrigado.

Senta-te.

V� l�.

Ou�am.

Sei que n�o tenho sido muito bom
a comunicar convosco.

A dizer-vos o que sinto.

E devia dizer-vos todos os dias

o quanto vos amo.

A cada um de v�s.

Portanto, vou fazer-vos uma promessa.

Prometo que vou mudar.

Para ser um melhor pai.

N�o tens sido horr�vel.

Tens-nos dado
uma sensa��o de maleita,

de vez em quando,

mas n�o � assim t�o mau.

Bem, prometo-vos que vou mudar

e vou come�ar hoje.

Agora, venham c�
e deem um abra�o ao vosso pai.

N�o.

Pareces o meu macaco.

�s um macaco.

Malta, est� sol! Feliz Natal!

Venham!

Olhem! Est� sol!

V� l�! � Natal!
Despachem-se!

Olhem, olhem!

- Est� bem.
- Venham.

Tens raz�o, Emily.

- A tempestade j� passou.
- Finalmente.

Ent�o, o que est�o aqui a fazer?

Vistam as roupas da neve
e v�o l� para fora divertir-se.

Ora bem!

M�e!

- Feliz Natal, mam�.
- Feliz Natal.

Mam�, tenho estado a pensar.

Acho que n�o dev�amos abrir os presentes
em frente aos Tucker, e tu?

Isso � muito atencioso, querida.

Tamb�m acho que n�o.
Esperamos at� eles se irem embora.

E tamb�m ningu�m deve querer
abrir presentes agora.

Adoro-te.

Mam�, vou vestir-me para ir brincar
com os outros l� fora.

Fixe!

- Que bom.
- Luta de neve!

- Ent�o!
- Robbie!

Robbie!

Ol�, meninos.

Fiz chocolate quente e muitos lanches.

Est�o na bancada da cozinha
para quando vos apetecer.

Anda, junta-te a n�s.

- Junta-te a n�s.
- Vamos.

Anjos de neve!

- Vamos.
- Anjos de neve, malta!

- Anjos de neve?
- Sim.

Anjos de neve.

Boa!

Um, dois, tr�s!

J� te levantaste.

Parece que a Emily conseguiu,
finalmente, fazer os anjos de neve.

Sim.

- Apanha.
- Sim.

Sim.

Robbie, vamos tirar uma selfie.

- Est� bem, vamos a isso.
- Sim.

- Est� bem.
- D�-me s� um segundo.

Pronto.

S�o anjos de neve lindos.

Um, dois, tr�s, quatro,
cinco, seis, sete.

Sim, gosto do teu.

Gosto do teu.

Pronto.

- Boa.
- Fixe.

- J� est�.
- Muito bem.

- Fixe.
- Espetacular.

N�o sei quanto a v�s, mas estou cheia
de frio. Vou entrar para me aquecer.

- V� l�.
- N�o, N�o!

Meu Deus!

- D�-lhes!
- Onde v�o?

Sim, vai ser fixe e divertido.

- Acerta-lhes.
- Vamos.

Estou c� fora.

N�o, N�o!

N�o!

Bolas!

Vamos. N�o, n�o!

O que faz fora da cama?

Com licen�a.

- A sua mulher deu-me alta.
- Boa.

S� queria agradecer-lhe por ter ajudado
a minha fam�lia quando me apaguei.

Fico contente por o ter feito.

Mas est� com bom aspeto,
por isso, dev�amos ir andando.

Robbie! Lucie!

Est� na hora de irmos embora.

N�o! N�o v�o!

N�o v�o! N�o!

N�o v�o, n�o nos deixem.

Estavas a pensar que ias ter-nos
a viver contigo para sempre?

Sim, se pudessem.

Est� na hora de darmos
descanso aos teus pais.

Mas os meus pais adoram
que os cansem.

N�o �, pai?

Escuta. Sabes o que dizem
dos peixes e das visitas, Emily?

- N�o, o qu�?
- Em,

acho que os Tucker querem ir esquiar
e as condi��es hoje est�o perfeitas.

- Pois �.
- Pai, temos de ir?

J� demos muito trabalho
aos Montgomery.

- Vou s�...
- Pap�, n�o.

- N�o quero que se v�o embora.
- D�-me um minuto.

Est� na hora de prosseguirmos.

Sabem a que me refiro, n�o?

Muito bem.

Joe?

Posso falar consigo um segundo?

Querida, vai brincar com os meninos.

Est� tudo bem.

Joe, ser� que posso pedir-lhe um favor?

Sim, for�a. � s� dizer.

Ser� que

podia considerar
ficarem mais um dia?

Seria uma grande ajuda para mim.

Est� bem, em que estaria a ajud�-lo?

A Judith disse-me que assim que o Joe
e a sua fam�lia partirem,

que se vai embora.

Com os mi�dos,
e n�o quer que eu v�.

Acho que se ficassem mais um dia

poderia conseguir mudar as coisas.

S� um dia, Joe.

O que me diz?

Sim. Acho que posso ajud�-lo nisso.

Obrigado, Joe.

Robbie, Lucie!

Esque�am, vamos ficar mais um dia.

- Sim!
- Sim!

Boa!

Boa!

Obrigado, Joe.

Boa!

Vou dar um passeio.

- Mas n�o para muito longe.
- Est� bem. Ponho a cabe�a para cima.

- Charles?
- Sim, Joe?

Goze a vida.

Sim.

Onde estiveste?
Estava a come�ar a ficar preocupada.

Fui s� dar uma volta at� � estrada.

Tinha de pensar.

Judith,

estavas a falar a s�rio
na outra noite?

Quando disseste que gostavas

que viv�ssemos outra vez
na nossa casinha, em Waverly?

Sim.

Trabalhei sempre tanto
para tentar dar-te,

a ti e aos mi�dos, tudo.

Tudo o que precisam.

Tudo o que merecem.

Quando vais perceber?
N�o quero

dinheiro, nem casas grandes,
nem carros luxuosos.

N�o casei contigo pelo que tinhas.

Casei contigo por seres quem eras.

Quem era eu?

Uma pessoa que me fazia rir tanto
at� me doer o est�mago.

H� muito tempo que n�o vejo essa pessoa.

Nem eu.

Tenho uma coisa para te dizer.

A raz�o pela qual fui ontem
l� fora para a tempestade,

foi para tirar uma coisa do carro.

Algo que tinha de ter.

E segur�-la na m�o.

N�o sei porqu�, mas foi como
se a minha vida dependesse daquilo.

Do que est�s a falar?

� a �nica fotografia que tenho
de mim e da Bella

e trago-a comigo.

E levo-a para onde quer que v�.

Judith, a noite em que a Bella morreu,
n�o fui v�-la.

A culpa � minha.

- N�o.
- Era a minha vez, nessa noite

e n�o fui l�, Judith.
- O qu�?

- N�o.
- Que ela...

Acho que n�o fui l�
e que o cobertor estava muito para cima,

ou que ela se virou...
- Anda c�.

... ou qualquer coisa.

E sei que se tivesse l� ido,
que teria visto.

N�o te lembras do que disse o m�dico?

Ela faleceu de manh�zinha.

- N�o interessa, n�o teria mudado...
- Podia t�-la salvado.

Podia t�-la salvado.

N�o podes falar assim.

Sinto muita falta dela.

N�o fazes ideia
do que significas para mim.

E a culpa n�o � tua,
porque eu nunca to digo.

Um vestido vermelho, um cinto prateado
e brincos compridos prateados.

O qu�?

Um vestido vermelho, um cinto prateado
e brincos compridos prateados.

Era o que trazias
na noite em que nos conhecemos.

Amo-te.

Tamb�m te amo.

M�e, pai,

obrigada por deixarem a �rvore de Natal
jantar connosco.

Que querida.

Judith, este foi um dos melhores
jantares de Natal

de que me lembro.

Muito obrigada.

Ador�mos ter-vos c�.

Sim, sem d�vida.

Ou�am, eu...
Joe, estava a pensar,

posso ter uma segunda oportunidade
na Passagem da Vela de Natal?

Pai, � "podem dar-me
uma segunda oportunidade?"

Claro que sim, Charles. Podemos
dar-lhe uma segunda oportunidade.

Prestem todos aten��o,

pois sei que isto vai ser deveras bom.

Sem press�o, Charles.

Bem,

primeiro que tudo, estou grato
por termos conhecido a fam�lia Tucker,

que nos bateu � porta
a pedir a nossa ajuda,

mas que nos mostrou,

atrav�s do amor e respeito
que t�m uns pelos outros,

que poderia ter sido a nossa fam�lia
a precisar da sua ajuda.

E estou especialmente grato
por terem concordado em ficar mais um dia.

Estou grato aos meus filhos.

Aos meus filhos magn�ficos e maravilhosos,

pelo seu amor incondicional
que n�o me exige nada,

a n�o ser alguns conselhos,

e que preste um pouco de aten��o
�s suas vidas.

Amo-vos.

- Aprecio-vos.
- Obrigado.

Cada um de v�s.

E, Judith,

�s o amor da minha vida.

Sempre te amei e vou continuar a amar,
e vou esfor�ar-me muito

para ser quem te faz rir,

tal como disseste,
tanto, at� o est�mago te doer.

Amo-te.

� a isto que estou grato.

Por isso e por quem quer que tenha
inventado a sobremesa.

O brinde do pai foi perfeito.

Fez-nos sentir todos muito bem.

E ao olhar em redor da mesa
para todos, a rir e a falar,

comecei a pensar
que, afinal, talvez fossemos

como os Tucker.

Uma fam�lia em que todos se amavam.

Muito bem, estamos prontos.

Os mi�dos est�o � espera l� fora,
portanto acho que...

- Est� no ir.
- Joe, se esperar umas horas,

os limpa-neves j� ter�o desobstru�do
as estradas e...

Charles, n�s ficamos bem. A s�rio.

Tem a certeza de que ele sabe o caminho?
Porque n�o comanda?

Muito obrigada, mais uma vez,
por nos terem acolhido.

Obrigada por terem
trazido o esp�rito de Natal

para a nossa casa.
- Espero poder ver-vos de novo.

- Claro que sim.
- Claro que sim.

- Muito bem.
- Obrigado, Joe.

- Adeus.
- Sim.

Obrigado.

Pronto.

- Adeus, Amy.
- N�s acompanhamos-vos.

- Vamos.
- Est� bem.

- Adeus.
- Levo-vos � porta.

Adeus.

- Vou ter saudades vossas.
- E n�s, tuas.

Vamos ter saudades tuas.

- Adeus, malta.
- Adeus.

Adeus.

Venham.

Judith, em que est�vamos a pensar?
Nunca dev�amos t�-los deixado ir embora.

- Tenho de ir ver se est�o bem.
- Eu vou contigo.

- Sim, eu tamb�m.
- Posso ir, pap�?

- Se vais, vamos todos.
- Vamos buscar o equipamento de neve.

- Boa!
- Est� bem.

O que � aquilo?

N�o sei.

O que se passa?

Uma fam�lia que todos conhec�amos aqui
morreu no nev�o.

Vamos fazer uma homenagem
no seu local preferido.

O que aconteceu?

A carrinha em que seguiam despistou-se.
N�o podiam ter sobrevivido.

Os Tucker. Visitavam a nossa
comunidade tantas vezes,

que j� faziam parte da fam�lia local.

Provavelmente, uma das melhores fam�lias
que tive o privil�gio de conhecer.

Pap�, s�o os Tucker.

N�o, n�o, esperem.
Houve um engano.

Os Tucker estiveram connosco
h� uma hora.

Se fosse esse o caso.

� esse o caso.

Isto � uma loucura. Estiveram connosco
todo o nev�o. Eles est�o bem.

- Sim.
- Disseram que a carrinha se despistou.

Bateram-nos � porta.

N�o � poss�vel. Eu ajudei a retirar
os corpos do acidente.

Conhecia os Tucker h� 15 anos.

- Eram eles. N�o h� engano.
- � um engano.

Estivemos com eles h� uma hora.

Olhe, eu posso provar-lhe.

Ainda ontem, tirei uma fotografia
com o Robbie.

O que foi, querida?

Ele n�o est� l�.

O Robbie n�o est� l�.

- Isto n�o pode estar a acontecer.
- Meninos...

Judith, vamos para casa.

Vamos para casa.

- Obrigado.
- Sim, n�o h� problema.

Fiquem bem.

BUSCA E SALVAMENTO

Mam�, � poss�vel
que fossem os Tucker?

N�o.

De forma alguma.

Pronto, querida.

Judith, est�s bem?

Isto n�o faz sentido.

Estiveram connosco o tempo todo.
N�o era a nossa imagina��o.

Olhem.

O que foi?

S� h� tr�s anjos de neve.

O da Jennifer, o meu e o do Alexander.

Os que os Tucker fizeram,
n�o est�o l�.

E eu sei porqu�.

Porqu�, Emily?

Porque eram anjos de verdade.

Rezei para que tu e o pai
n�o se divorciassem

e, depois, eles apareceram.

Tudo fazia sentido.

Os Tucker a chegarem
depois de eu ter rezado a pedir ajuda,

a Lucie a dizer
que pod�amos ser irm�s de alma,

o Robbie a n�o querer fazer promessas
que n�o poderia cumprir,

o Robbie ter desaparecido da fotografia

e o desaparecimento
dos anjos de neve dos Tucker.

N�o preciso disto.

Boa, pap�!

- Obrigada.
- � divertido.

Este.

Obrigado.

Este foi o melhor Natal
que algu�m podia desejar.

E a minha irm�zinha, a beb� Bella,
sent�amo-la aqui, ao p� de n�s.

Vou recordar este Natal
para todo o sempre.

E para sempre.

Tradu��o:
Sara Gomes