All language subtitles for Smileys People 2of6 (1982 - Simon Langton - Imdb 9.0)

- É um ladrão, querido?
- Sinto muito, não. Só um visitante.

Ainda assim, é bom ser imaginativa, não é?

Muito gratificante. Obrigado. Bom dia.

Se tiver algo para o apartamento
6B posso evitar a subida para você.

Obrigado.

Certo, senhor.

- Poderia ir a Hampstead, por favor?
- Que lugar?

No Heath.

Poderia ajudar o meu irmão em sua tarefa?

Não, obrigado, não é necessário.

Seria agradável para mim, e
não é nenhum problema também.

Não, obrigado. Muito obrigado.

Normas de Moscou, Vladmir, velho amigo.

Queria falar com o Sr. Lamb,
por favor, um de seus motoristas.

Perdão, mas não é um telefonema pessoal.

Quero que o Sr. Lamb dirija para
mim, e ninguém mais que o Sr. Lamb.

Diga que preciso dele por algumas horas.

Meu nome é Sampson, Sampson com P.

South e Green. Ao lado da parada do ônibus.

"General, alguém está vigiando minha casa.

"Não acredito que sejam nem
seus amigos nem os meus".

"Esta manhã tive a impressão
de que queriam me matar".

"Não me enviaria ao mago mais uma vez?"

- Straight e Steady?
- Sampson com P?

Por favor, poderia parar o
motor? Sou um detetive particular.

Acho que conheceu um monte dos
nossos e que somos uma doença

mas ficaria encantado de te
pagar por um pouco de informação.

- Sim?
- Assinou um recibo, ontem, de 17 £.

Lembra para quem?

Alto. Estrangeiro. Com bigode e manco.

- Velho?
- Bastante, andava com bengala e tudo.

Onde o pegou?

Restaurante Cosmo, Rua Praed. Às 10:30.

- Onde disse para o levar?
- Ao Charlton.

- Charlton no sudeste de Londres?
- Uma igreja na Rua Battle of the Nile.

Perguntou por um "pub"
chamado The Defeated Frog.

Rã?

- Francês.
- Deixou ele lá?

Esperamos uma hora e
voltamos para a Rua Praed.

Fizeram alguma outra parada?

Em uma loja de brinquedos e
uma cabine telefônica ao voltar.

Comprou um pato de madeira com
rodas. Amarelo. A ligação foi local.

- Como sabe?
- Emprestei uma moeda.

Então voltou e pediu
mais duas moedas no caso.

Pode dizer na empresa que não apareci.

Direi o que me der na telha.

Tentou usar uma cabine telefônica em Londres?

Horrível! Quase não se consegue.

As moedas entopem.

E a repatriação. Isso é outra
coisa. Eu faria todos voltarem.

Eles não deveriam estar aqui. Não acredito.

Obrigado.

- Olá, Sr. Brownlow. Como vai?
- Olá, senhor. Como vai? E a Sra. Ann?

Está muito bem, comprei um presente para ela.

Poderia guardar no cofre e pego depois?

- Não está fazendo tique-taque?
- Somente quando chove.

Eu adoro a bolsa!

Sra. Craven?

Sou eu.

Olá.

- Onde está Villen?
- Seu nome é William.

Entenda de uma vez, Max.

É escolha dele. Britânico até a raiz.

- Nem estoniano e russo. Britânico.
- Quero falar com ele, Stella.

Não estou pedindo para ele fazer
nada. Inclusive posso ajudá-lo.

Ouvi isso antes. Ele não está.

- Foi ao seu trabalho, onde deve.
- Então o que faz seu caminhão lá fora?

Foi ao depósito, enviaram um carro.

E essa segunda xícara na cozinha?

- Não tem nada a ver com isso.
- Mais.

Villen, sou Max, tenho que
falar com você, por favor.

Irei embora logo e te
deixarei em paz. Eu te prometo.

Talvez seja melhor fazer o chá?

Não fala com ele a sós,
para não o enrolar de novo.

- Só quero falar sobre Vladmir.
- Sei. Ligaram a metade da noite.

- Quem?
- "Onde está Vladmir? Onde está Vlad?"

Quem vocês acham que William é?
Jack, o Estripador?

Ele não o viu, bem sabe
Deus, faz muito tempo.

Beckie, querida, fique calma.

Normalmente não sou assim.

- Quem perguntava por ele?
- Quem senão ele?

Lembra de Mikhel? O
craque da Radio Liberdade.

Primeiro-ministro designado da
Estônia, revendedor de apostas.

Meia-noite e meia, enquanto sai dente
no Beckie, começa o maldito telefone.

Era Mikhel, fazendo seu teatrinho.

"Onde está Vlad? Onde está nosso líder?"

- Por que estava tão preocupado?
- Vlad devia, acho que 50 libras.

Provavelmente perderam em um
cavalo numa de suas muitas perdas.

"Olha, Mikhel", falei, "Não está aqui.
Não estamos escondendo-o no sótão.

Não o vimos desde que batizamos
Beckie. Nem ouvimos falar dele.

William acaba de chegar de Hamburgo.
Não vou acordá-lo. Precisa dormir."

- Então, ele desligou?
- Que nada. É um sanguessuga.

"Villen é o favorito do Vlad."
"Para quê? A corrida das 15:30, em Ascot?

Olhe, Mikhel, tenho de voltar a dormir."

William está fora disso agora.
Ele não é político, não é servil.

Ele superou seu pai ser um mártir.

Ele já está grandinho. Pode andar
com seus próprios pés, certo?

Eu disse, certo?

O que está fazendo? É assim?

Suponho que já ouviu as
novidades sobre Vladmir.

Novidades? Que novidades, por favor?

Ele desapareceu. Seus amigos
foram te chamar na hora errada.

Amigos?

Velhos emigrantes.

Tomam chá. Jogam xadrez todo dia.
Política. Falam de sonhos loucos.

Mikhel não é meu amigo, Max.

Mas Vlad sim é seu amigo.

Vald foi amigo de seu pai antes
que você. Camaradas de armas.

Sim. Vladmir foi amigo
do meu pai. Um bom amigo.

Também o padrinho do Beckie.

Mas não por política. Nem por nada.
Eu sou William Craven.

Tenho casa inglesa, esposa inglesa,
filha inglesa, nome inglês. Certo?

- Também um trabalho inglês.
- Um bom trabalho, sabe quanto ganho?

Compramos a casa, talvez um carro. Certo?

Quando viu ele pela última vez, William?

Quem, Max? Vi quem?

- Desculpe, não te entendo.
- Fale para ele, Bill.

- Quando viu Vladmir pela última vez?
- Faz muito tempo.

- Semanas?
- Sim, semanas.

- Meses?
- Seis meses.

Sete. No batismo. Ele era padrinho.
Fizemos uma festa. Mas não política.

- E não viu ele depois?
- Não.

William, quando voltou, ontem?

- Cedo.
- Tão cedo como às 10:00?

Poderia ser. Não estava
aqui. Fui visitar minha mãe.

Vladmir veio aqui ontem de táxi.

Acredito que viu William. No
caminho, comprou um brinquedo.

O táxi esperou uma hora, depois o
levou para Paddington, onde vive.

Vlad é padrinho do Beckie.

A Stella não gosta dele. Então,
precisa vir aqui como um ladrão.

Vlad é um homem velho. Sabe-se quando
voltará a ver o Beckie novamente.

É um amigo da família.

Não desta família, já não é mais.

Foi amigo do meu pai, camarada.
Lutaram juntos contra os bolcheviques.

Trouxe um brinquedo para
o Beckie! Por que não, Max?

Disse que comprou o maldito brinquedo.

A Stella não gosta dele, certo?

Tem medo de que façamos política.
Por isso não disse para a Stella.

Ela visita sua mãe no hospital.

Enquanto está fora, Vlad faz uma curta
visita para ver o Beckie, dar um alô.

Por que não?

Stella, me escute. Vlad não
voltou para casa na última noite.

Sinto muito, mas não é minha culpa.

Max, Vlad é um homem velho, está sozinho.

Talvez tenha encontrado
uma mulher alguma vez.

Foi bastante famoso por isso. Por que não?

E antes de ontem?

Viu Vlad ontem.

Veio de táxi e trouxe um pato
amarelo de madeira para o Beckie.

Com rodas.

- Exato.
- Muito bem.

Mas antes de ontem? Não conte ontem.

Quando foi a última vez que o viu?

Segunda-feira. Vi na segunda-feira.
Ele me ligou e nos reunimos.

Quero que vá embora. Quero que
saia daqui e não volte mais.

Por favor, Max. Agora.

Temo que Vlad tenha desaparecido
para sempre, William.

Está nos jornais.

Mataram-no com um tiro.

A polícia vai te fazer perguntas.

Tenho que saber o que aconteceu e
te dizer o que tem que responder.

Para os outros não dou nada.

Para o Vlad tudo.

Eu amo esse homem.

Depois da morte do meu pai, Vlad
se converteu em um pai para mim.

Às vezes, eu mesmo dizia "Meu pai".

Não "Tio". "Pai".

Talvez pudéssemos começar na segunda-feira.

Com a primeira reunião.

E o sinal de segurança?

O sinal que indica "Não estou sendo seguido".

Era o jornal de ontem de Hamburgo.

Bill, maldito louco estúpido.

Por que não puseram no maldito correio,
seja o que fosse,...

... e o que seria feito com isso?

- E funcionou? A entrega funcionou?
- Sim, funcionou bem.

Vlad agarrou os negativos como se
estivessem benzidos pela igreja.

- No envelope?
- Sim, envelope amarelo da Kodak.

Olhou devagar, um depois do outro, até
que encontrou o que estava procurando.

- Só um? Um negativo?
- Claro.

- Um quadro ou uma tira?
- Quadro.

Um quadro pequeno.

35 mm, como da AGFA automática que tenho.

E durante a viagem, em todo
o caminho para Hamburgo,

nunca pensou em olhar uma vez?

Era secreto, Max. Segredo militar.

Ele não faria isso. Ele é muito direito.

Eram espiões soviéticos os que
mataram Vladmir. Sabia muito.

- E você também; e todos nós.
- Isso é tudo o que ele disse?

Apenas o que "Max acreditaria"? Nada mais?

Nada sobre o valor do que
você entregou, por exemplo?

Nada sobre ter alguma
outra prova, por exemplo?

Nada mais.

Nada de explicar com quem contatou
em Hamburgo e fez os acertos?

Se outros do grupo estavam
envolvidos? Pense, por favor.

Mencionou isto para outros,
William, além de mim?

- Para ninguém, Max.
- Não teve tempo.

Acha que Vladmir disse para
alguém? Alguém que conheça, claro.

Do grupo, somente para Mikhel,
pois precisava.

Mas não para todos. Somente para Mikhel.

Perguntei para ele "Vladmir,
quem sabe que faço isto para você?"

"Só Mikhel, e muito pouco", respondeu.

"Mikhel é meu amigo, mas nem
nos amigos podemos confiar".

"Não temo os inimigos", disse.
"Mas temo enormemente os amigos."

Quem quer que entre em contato...
A Polícia, o grupo, qualquer um,...

já sabem o que precisam saber.

Vladmir veio ontem trazer
um presente para o Beckie.

Encontrou William aqui. Passearam
no jardim, falaram dos velhos tempo.

Fim da estória.

- Esteve aqui?
- Se perguntarem, sim.

Vim trazer as más notícias.

Vladmir mencionou Hector?

- Do Hector, nada.
- Então, não falou?

William disse que não, pelo amor de Deus!

Trouxe alguma outra coisa para o Vladmir?

Além do que estava no envelope
amarelo. Talvez um presente?

Algo de que gostasse e que não
pudesse encontrar na Inglaterra?

Cigarros, no barco.

Comprei cigarros franceses
de presente para ele.

Gostava muito do Gauloises.
Sem taxa, sem filtro, sim.

E as 50 £ que Mikhel tinha te emprestado?

- Devolvi.
- Inteiras?

Os cigarros eram um presente.
Amava esse homem, Max.

Amava pelo meu pai.

Você não contou para ninguém em
outro lugar, como o trabalho, não é?

Para alguém que pudesse
ajudar a um fatigado velho,...

... que está aborrecido consigo mesmo?

Não?

Bom.

Cheguei numa idade em que estou
autorizado a perguntar, você sabe.

Está defasado, Max.
Seja lá o que você está fazendo.

Cedo ou tarde, um lado
ou outro terá que parar.

Você é como o grupo.

Há algo que não pode me dizer diante dele?

Não.

Alguém mais tocou a campainha além de Mikhel?

Alguém que se equivocou de
número. Que tocou e saiu fora?

Veio alguém até a porta?

Um pesquisador? Um evangélico?

- Um entrevistador? Alguém?
- Ninguém.

Estava visitando sua mãe, ontem, no hospital?

Sim.

Espero que melhore logo.

Fique longe, Max, todos vocês.

Aconteça o que acontecer, por
pior que seja, somos nós agora.

Ele cresceu. Não precisamos
mais de um vigário.

Provavelmente eu faça isso.

Boas notícias, senhora.

As radiografias mostram que não
há nada quebrado nem deslocado.

Tem algumas feridas e
contusões, mas isto é tudo.

Pode ir quando quiser.

Senhora...

Tenho amigos. São boa gente, mas brutos.

Com eles não há privacidade
nem tranquilidade.

Nós, mulheres, às vezes,
precisamos ficar tranqüilas.

Entende?

Entendo, mas é difícil.

Deixe-me uma noite aqui.

Isto não é um hotel...

Mas pode ficar.

É muito amável.

Você veio. Estou feliz!

Eu te esperava, mas não
arriscava com certeza.

No entanto, estava te
esperando. Esperei o dia todo.

Ele te amava, Max. Você era o
melhor. Ele sempre falava isso.

Era sua inspiração, seu exemplo.

Sinto muito, Mikhel. Mesmo.

Todos nós, também, Max.

Inconsolável.

Mas somos soldados.

Elvira também o queria muito.

Era como um irmão. Instruiu-a.

Minha mulher, Max.

Quem você acha que fez isso, Mikhel?

Ele foi traído?

Max, você sabe tão bem como eu quem fez isso.

Estamos todos em perigo. A chamada
pode vir a qualquer momento.

Para os bolcheviques, os exilados
continuam sendo o inimigo principal.

Anátema.

Uma vez que destruíram nossa
cultura e nossas igrejas,

... quando puderem, destroem-nos.

E fazem bem em temer-nos.
Um dia, vencer-los-emos.

Podiam ter matado Vladmir há anos.

Por que escolher este momento em particular?

A menos que Vlad tivesse algo
que os provocasse de alguma forma.

Coisa que podia ter feito, como o conheço.

- Quem pode dizer?
- Bem, se alguém pode, é você, Mikhel.

Não me diga que não confiou em você.

Nosso líder era um homem
reservado. Esta era sua força.

Tinha que ser assim. Era
uma necessidade militar.

Mas não com você, certo? Venha,
faça uma injustiça para você mesmo.

Às vezes, comigo. E,
no final, sempre com Mikhel.

Ele veio me ver uma noite.

Eu estava dormindo no andar de cima.
Ele deu o toque especial na campainha.

- "Mikhel, preciso de 50 £".
- Quando foi isso?

Faz 12 dias, uma semana,
na segunda-feira passada.

Jamais tinha me pedido dinheiro.

Por isso, entendi imediatamente
que era um assunto oficial.

"General", disse-lhe,...

... "Você está em uma conspiração.
Diga-me no que consiste." Fez um gesto, negando.

"Escute", disse-lhe,...

"... se isto for uma conspiração,
ouça-me, vá onde Max está."

Ele se recusou.

"Quando tiver pescado o peixe grande,
coisa que espero,...

... vou até o Max
reivindicar nossas despesas...

e talvez muitas outras coisas".

Em minha carteira, tinha 50 £.

Nesse dia, tinha feito um bom investimento.

- Eu dei o dinheiro para ele.
- Foi muito bem de sua parte.

Era meu dever.

Sinceramente, não me guio por outra norma.

E esta proposta para você, esta
demanda de fundos operacionais,

caiu do céu?

Não aconteceu nada antes de
te dizer que tinha algo grande?

Há uns meses,...

talvez dois,

recebeu uma carta aqui, neste endereço.

- Estava acostumado a receber outras?
- Esta carta era especial.

- De onde vinha?
- Vinha de Paris, Max.

Uma carta longa, muitas
páginas. Escrita à mão.

Dirigida ao general,
pessoalmente. Não ao Sr. Miller.

Ao General Vladmir. O mais pessoal.

Levei com toda pressa. Disse-me
que era um segredo militar.

Está nadando ou está se afogando?

Sim. Ponha-me cinco de cada vez.

Disse algo mais sobre o peixe grande?

- Por favor, Max?
- O peixe grande.

A operação que disse que estava planejando.

Perguntava-me se não estava
exagerando de alguma forma.

Pediu alguns mapas.

Estava em dúvida em te dizer isto.

Você era o seu "vigário",
mas não pertencia à nossa causa.

Mas, como confio em você, digo-te.

- Mapas de onde?
- Mapas de ruas, plantas de cidades.

O litoral do norte.

- Ele telefonou.
- Elvira, temos uma reunião, aqui.

Para Hamburgo. Uma ligação especial.
Você lhe deve essa ligação.

2,80 £. Você deve a ligação.

- Como sabe isso?
- Pediu ao operador para o chamar de volta.

E você estava presente quando ele fez isso?

Está preocupada, Max.
Perdoe-a. Não tem disciplina.

Mas ele telefonou para Hamburgo.
Por acaso não saberia a que número?

Como poderíamos? Não nos disse nada.

Foi reticente a tudo.

Ela não me diz nada, Max.

- Está confusa pela tristeza.
- Então, quando foi o último contato?

Ele me ligou, ontem à tarde.
Não o ouvia tão excitado, há anos.

"Estive pescando" disse, "e foi um sucesso".

"Fique acordado. Estarei com você às 23:00."

Nunca chegou.

Saúde.

- Estranho.
- O que é estranho, Max?

Perguntou por mim. Sempre pelo Max.

Ele te amava, Max. Como todos nós.

Não perguntou pelo Hector. Nunca
por seu carteiro. Por que não?

Esse foi sempre o
procedimento dos velhos tempos.

Primeiro o carteiro, depois o vigário.

Por que ele cortou Hector?

- Hector não era bom para ele.
- O quê?

Disse-me isso.

"Nosso carteiro, Hector, é como os bancos".

"Quando chove, tira o seu guarda-chuva."

Bom.

Parece que todos o traímos,
de um modo ou outro, não?

- Não, eu jamais, Max.
- De verdade?

Achava que tinha bons motivos.

Inveja. Dinheiro. Uma mulher.

Isso é uma maldade, Max.

Eu nunca amei uma mulher como amava Vladmir.

Nem sequer ela.

O Circo não tem nada a ver com isso.

A versão oficial é...

... "Atiraram nele e roubaram-no."

Fim da estória.

E eu nunca vim aqui, Mikhel.

Você se faz de desentendido...

... ou deixaremos de passar-te
o subsídio para sempre.

Terá de depender dos cavalos.

Meu Deus, sim.

George, velho amigo. Está aqui!

Tentei contato antes. Não respondia.

Na vizinhança. Vi a luz.

Posso acreditar que já está de volta?

De onde, Oliver?

De limpar a casa?

É tarde para isso. Tenho algo para você.

Sinto que te devo desculpas.
Separamo-nos de forma áspera.

Fui desagradável.

Bem, como estão as coisas?

Pronto? Terminou?

O Ministério do Interior telefonou.
Têm o relatório do patologista e...

o corpo pode ser liberado.

Recomendam uma rápida incineração.

Pensei que, talvez, se te der o nome
da empresa que leva essas coisas,...

poderia dar para os interessados.

- Vou pegar um lápis.
- De fonte desconhecida, naturalmente.

Quem diabos é Olearius?

Um explorador do Século XVII.

E o que ele explorou?

Bom rapaz?

Importaria se terminasse
isto sozinho, Oliver?

Não é meu e vale a metade
do produto interno bruto.

- Estava falando de coveiros.
- Sim.

A empresa é Suntherland. Rapazes locais.

Rua Heath, Hampstead.

27. Entendeu? Quer que eu repita?

Acho que sim, obrigado.

Agora, George, temos um encontro você e eu.

Um seminário sobre o casamento. Sem limites.

Escolhi você como meu melhor perito nisto.

Há uma tratoria muito decente, perto daqui.

Vou tratá-lo com um bom jantar,
enquanto me transmite sua sabedoria.

Uma sexta-feira, por exemplo? Tudo bem,
sexta-feira? Dormimos o fim de semana.

Sexta-feira seria ótimo.

E não encontrou nada, não?

Nem obstáculos, nem
problemas, nem cabos soltos?

Foi tempestade em copo
d'água, como se suspeitava?

O que houve com a conta de telefone?

Que conta de telefone?

Pedi para rastrear ligações da Biblioteca Báltica
e do apartamento do Vladmir.

Quer dizer isso. Sim, claro!

Lembro-me, tinha esquecido.

- Alguma outra coisa?
- Não, não acredito, obrigado.

Saudações aos garotos.

As preocupações o mantém acordado,
quando as tem.

Mas, quando não as tem, não pode dormir.

Não acha que deveríamos tentar todos
a mesma coisa? Você parece exausto.

Sim, suponho, estou. Um dia exaustivo.

Bom, até mais, então. Não deveria ter bebido.

- Lembranças a Ann. Está fora?
- Sim, está fora.

O quê, vagabundeando? Alguma
coisa de mulher? Boas ações?

Encontrará um monte de táxis
em King's Road. Cuide-se.

Ela nunca fez isso, você sabe.

Minha, não sua. Nunca tive qualquer namorada.

Tenho uma sessão da tarde no escritório,
o ministério...

- Viria à casa...
- Boa-noite, Oliver.

Kirov me traiu em Tallinn,
quando éramos estudantes,

... a muitos anos atrás.

Ele acha que não sei. Agora, este porco
gordo espiona para o Centro de Moscou.

Há duas noites, em meu
novo apartamento de Paris,

... na Rua Bac,...

Kirov e eu tivemos uma
verdadeira bebedeira russa.

Você sabe; vodca, champanhe.

E, então, começou a falar.

"Onde está Karla?", perguntei-lhe.

"É bonita? Tentamos dormir com ela?"

Riu de mim. Acha que sou um ignorante.

"Karla não é uma mulher", disse.
"Karla é o codinome de um homem".

Max, a raposa mais habilidosa
de todo o Centro de Moscou...

é Karla.

Ouça, então. Ouça como sabemos
que Kirov é um homem de Karla.

Karla pediu para ele encontrar uma garota.

Uma que possa utilizar, Max.

Max, ajude-nos, dê-nos
os recursos do Circo.

Voltamos para Paris esta noite.

E encontraremos a garota e ela
nos levará até Karla. Eu sei.

E você também. Posso ver em sua cara.

Precisaria de provas.

Boa noite, Diamante Azul.

Diamante Azul, responda, por favor.

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