All language subtitles for Grant (2020) - S01E01 - Unlikely Hero (1080p AMZN WEB-DL x265 t3nzin)

Este document�rio cont�m imagens
que podem perturbar espectadores,

incluindo fotos de arquivo
e cenas dram�ticas de guerra.

Aconselha-se prud�ncia.

Rebeldes!

Rebeldes!

V�m da floresta!

Rebeldes!

� esquerda!

Rebeldes!

Est� ferido com gravidade,
soldado?

� s� um arranh�o.

Ent�o, pode combater?

Vamos, rapazes!

Continuem!

Estou mesmo atr�s.

Todos t�m supersti��es.

Uma das minhas supersti��es
ao ir a um local ou ao fazer algo

sempre foi
nunca recuar ou parar,

at� alcan�ar o objectivo.

General Grant.

Sherman.

Foi um dia no inferno,
n�o foi?

Amanh� acabamos com eles.

Poucos sabem quem foi realmente
Ulysses S. Grant.

Hoje
parece ter sido esquecido.

Chamaram-lhe tanta coisa
ao longo dos anos.

O maior general
do seu tempo.

Um g�nio militar.

Um carniceiro sanguin�rio.

Um Presidente corrupto.

Um b�bedo agressivo,
que teve sorte.

Ele n�o teve sorte.

Ulysses S. Grant
� um indiv�duo humilde comum,

oriundo de uma fam�lia pobre.

Apesar de grandes dificuldades
e fracassos na vida,

tem uma determina��o inabal�vel
e uma mentalidade guerreira.

Este tipo veio do nada

e subiu ao topo
no ex�rcito da Uni�o.

Combateu em batalhas
sangrentas e terr�veis.

Com uma firmeza inabal�vel.

Para salvar a Uni�o.

Para sarar o pa�s.

Para levar o pa�s
rumo � justi�a para todos.

� o her�i n�o her�ico
da nossa grande epopeia nacional,

a Guerra Civil Americana.

� uma hist�ria americana
de patriotismo com a na��o

e do valor de quem somos
e de quem almejamos ser.

EPIS�DIO 1
"Her�i Improv�vel"

Legendas
Canal Hist�ria

Transcri��o e Sincroniza��o
fininhos

"Mem�rias Pessoais
de U. S. Grant"

"A minha fam�lia
� americana,

�-o h� v�rias gera��es.

No estalar
da guerra da Revolu��o,

o meu av� juntou-se
ao ex�rcito continental.

Esteve
na Batalha de Bunker Hill.

Nasci a 27 de Abril de 1822,
no estado do Ohio.

O meu pai continuava
a trabalhar com peles,

mas eu odiava
essa ind�stria.

Ulys,

vem c�.

Oferece 20 d�lares pelo potro.
� quanto vale.

Se o velho Ralston recusar,
ofereces 25.

N�o estragues tudo.

O Sr. Ralston vivia
a alguns quil�metros da aldeia,

tinha um potro
que eu queria muito.

Bom...

O meu pai disse que posso
oferecer 20 d�lares pelo potro.

Mas, se n�o aceitar,
posso oferecer 25.

Fazemos por 25, rapaz.

Aquela transac��o
causou-me muitas chatices.

- Ulysses.
- Ulysses...

Devia chamar-se in�til.

Grant, o In�til.

Na inf�ncia,
Grant n�o era prometedor.

Os mi�dos
chamavam-lhe "In�til" Grant.

N�o ter� tido
a inf�ncia ideal,

com um pai autorit�rio.

Ulysses n�o tem nada
em comum com o pai,

n�o quer seguir o neg�cio
de fam�lia,

n�o gosta do curtume.

Tudo lhe causa repulsa,
o cheiro, o sangue...

N�o gosta.

Gosta de cavalos,
torna-se cavaleiro muito cedo.

� algo que o vai ajudar muito,
a longo prazo.

O pai deve ter pensado
o que faria com o filho

e consegue-lhe
uma entrevista em West Point.

Candidatou-se,
sem conhecimento de Grant.

Quando chegou
a confirma��o,

o pai disse que tinha
uma entrevista,

Grant perguntou para qu�

e o pai disse
que ia para West Point.

Grant respondeu:
"N�o me parece."

E o pai disse: "Sim, vais."

Acabou por ir, mas claramente
n�o queria ser soldado.

Veria com bom grado uma colis�o
de comboios ou outro acidente,

que causasse uma les�o tempor�ria
para me afastar da academia.

N�o aconteceu nada do g�nero
e tive de ir em frente.

General,

houve um erro.

Escreveram Ulysses S. Grant

e eu chamo-me
Ulysses H. Grant.

Foi aceite oficialmente
como Ulysses S. Grant.

Enganaram-se.

� o nome que foi enviado

e � o nome

que passar� a ter.

Sim, senhor.

Deixe-me ver.

Ulysses S. Grant.

Longstreet,
chama-se U. S. Grant.

Uma bela denomina��o.

"Uncle Sam" Grant.

Sam,

William Tecumseh Sherman

e James Longstreet,
da Carolina do Sul, ou Pete.

- � um prazer.
- Como vai?

Bem-vindo a West Point.

As iniciais U. S.
s�o acidentais,

quando v�em o nome,
os outros cadetes d�o-lhe alcunhas,

"United States" e "Uncle Sam" Grant
e � o nome Sam que prevalece.

S� os melhores dos EUA
frequentavam West Point.

Quase todos os generais seniores
da Guerra Civil, de ambos os lados,

se formaram em West Point.

No Norte, t�nhamos Sherman,

McClellan, Sheridan e Meade.

No Sul, t�nhamos Stonewall Jackson,
Longstreet, Jeb Stuart,

e Robert E. Lee,

que foi segundo melhor
na sua turma,

um dos poucos cadetes da Hist�ria
sem dem�ritos.

West Point
foi muito importante,

foi onde Grant conheceu v�rios
futuros generais da Guerra Civil.

O conhecimento profundo
das suas personalidades

deixava-o confiante quando os via
do outro lado do campo de batalha.

N�o foi um cadete modelo,
somando v�rios dem�ritos.

Foi um aluno mediano,

como viria a confessar lia romances
a maior parte do tempo.

Mas era bom a Matem�tica
e gostava das aulas de Arte.

Gostava
das aulas de cartografia.

Era brilhante a cavalo.

Parecia capaz
de domar qualquer cavalo.

Infelizmente para Grant,
aquando da formatura,

n�o havia vagas
na Cavalaria.

O melhor na �rea equestre
dessa turma

acabou na Infantaria.

Apresentei-me na caserna
de Jefferson, em St. Louis.

Em West Point,

tinha um colega de quarto,
Fred Dent,

cuja fam�lia vivia
a menos de 10 km da caserna.

Depressa fui a White Haven,
a propriedade dos Dent.

Vendo que era
uma fam�lia agrad�vel,

as visitas tornaram-se
frequentes.

Os Dent possu�am escravos,
teriam cerca de 30.

N�o h� ind�cios de desconforto
de Grant com os escravos.

Nessa altura,
n�o era abolicionista,

como mais tarde
reconheceria.

Enquanto esteve no Missouri,

o pa�s vivia dividido
pela quest�o da escravatura.

Os EUA estavam mergulhados
numa fic��o, se me permitem,

na qual poderiam
manter a uni�o nacional

equilibrando abolicionistas
e n�o abolicionistas.

A popula��o negra escravizada
era a mais-valia da riqueza do pa�s

e muitos americanos queriam
manter o direito a escravizar.

Com "escravizar"
falo no direito a separar fam�lias,

a vender a m�e
ou o filho de algu�m,

o direito
a torturar pessoas.

A quest�o da escravatura
e das atrocidades do sistema

focavam-se na direc��o
que o pa�s seguiria,

econ�mica e moralmente.

Jesse, o pai de Grant,
� um grande opositor da escravatura

e deixa claras
as suas opini�es e cren�as.

Grant teria no��o das tens�es
que se arrastavam h� muito

entre estados abolicionistas
e n�o abolicionistas.

Em West Point era amigo
de homens que tinham escravos,

alguns tornaram-se
amigos pr�ximos.

Grant fazia parte
dessa tens�o.

Grant, ainda n�o conheces
a minha irm� Julia.

Julia, � o Sam,
ali�s, Ulysses Grant.

Ainda n�o falou,
Tenente Grant.

O Grant � mesmo assim,

mant�m o sil�ncio
em v�rias l�nguas.

Na altura, Grant n�o procurava
namorada, nem mulher,

foi uma surpresa tamb�m para ele
ver-se apaixonado.

Por�m, Julia Dent
� filha de um dono de escravos,

vai criar dilemas a Grant,
causaria muita fric��o.

Enfrenta o pai, abolicionista,
e Frederick Dent, dono de escravos.

As fam�lias
s�o muito diferentes.

Grant fica noivo em segredo.

Tencionavam falar
com o Coronel Dent,

mas fica tudo em suspenso,

quando � chamado para a guerra
entre os EUA e o M�xico.

O que levou � Guerra Americana
foi a expans�o para Oeste,

para territ�rio mexicano,

numa pol�tica externa agressiva
para unificar o pa�s,

at� � Calif�rnia,
a j�ia da coroa na Costa Oeste.

O M�xico estava no caminho
e o ex�rcito avan�a.

Ulysses S. Grant
� designado contramestre,

ou seja,
oficial de abastecimento.

Grant � espectacular nessa fun��o,
incrivelmente din�mico,

mas procura
entrar em combate.

� um formando de West Point
com 25 anos,

com a oportunidade
de criar o seu pr�prio nome.

Ao Coronel Garland.

Protesto respeitosamente
contra a posi��o de contramestre.

Tirem essas caixas!

Impede-me de partilhar perigos e
honras de servi�o com a companhia.

- Preciso de muni��o!
- Sim, senhor!

Vamos! Avancem!

Muni��o!

Muni��o!

Muni��o! J�!

Volunt�rio!

Volunt�rio!

Eu ofere�o-me.

� contramestre,
n�o tem de o fazer.

- Pediu um volunt�rio.
- Muni��es!

Eu ofere�o-me.

Vamos perder esta posi��o,
se n�o levarmos j� muni��es.

Na Guerra com o M�xico,
d�-se um incidente dram�tico.

Grant cavalga debaixo de fogo,
usando o cavalo como escudo,

para manter as tropas
abastecidas em plena batalha.

Na Guerra Mexicana,

Grant aprende uma li��o importante
sobre a sua estrutura emocional.

Em momentos de perigo extremo,
quando muitos entram em p�nico,

Grant mant�m a calma.

Percebe que nada o abala
em combate.

Querem saber quais eram os meus
sentimentos no campo de batalha?

N�o creio ter sentido
nenhuma sensa��o peculiar.

A guerra parece
muito menos horr�vel

aos que participam
na batalha

do que aos que l�em
sobre ela.

Grant assiste
a mortes terr�veis,

perde amigos sucessivamente,

o que lhe d�
uma no��o clara

dos custos da guerra
desde o in�cio.

Muitos oficiais de West Point
serviram na guerra com o M�xico.

Foi onde Grant
conheceu Robert E. Lee.

Grant era oficial
de patente inferior

e Lee oficial
de alta patente.

Lee � o her�i
durante a guerra.

A guerra com o M�xico
acaba em 1848.

Conseguimos
o que quer�amos,

a maior parte
do sudoeste americano,

cerca de 1300 km2 de territ�rio,
at� ao oceano Pac�fico.

Saber se esse territ�rio
seria livre de escravos

surgiria todos os anos,
depois disso, at� 1861.

Em certa medida,
o estender os EUA de costa a costa

conduziu directamente
� Guerra Civil Americana.

Grant voltou da guerra
com o M�xico

e amadurecera,
Julia estava � espera dele.

Mas o pai de Julia, o Coronel Dent,
achou que ela arranjava melhor.

Considerava que a vida militar
seria muito dif�cil para ela.

Grant acabou por conquistar Dent
e pediu Julia em casamento.

Mas Grant vinha
de uma fam�lia abolicionista,

que via horrorizada o casamento
com uma fam�lia de esclavagistas.

Quando Ulysses e Julia
casam em 1848,

ningu�m da fam�lia Grant
comparece.

Os primeiros anos de casamento
foram muito dif�ceis,

Grant ficou estacionado
na Costa Oeste, no Forte Humboldt.

Julia estava gr�vida e n�o o p�de
acompanhar para a regi�o.

Longe, sentia falta da fam�lia,
sobretudo de Julia.

O Forte Humboldt
era um local isolado e desolado.

A melancolia
atacou-o com for�a.

"Querida Julia, o correio
n�o me trouxe not�cias tuas,

s� recebi uma carta
em tr�s meses."

"Querida esposa,
anseio por chegar a casa..."

"Por vezes, fico t�o ansioso
por te ver e aos rapazes,

que quase me apetece ir..."

"Querida Julia,
sinto ser imposs�vel

continuar nesta separa��o."

Grant aborrece-se rapidamente,
quando n�o se passa nada.

Sente-se s�,

talvez seja nessa altura
que surgem problemas com �lcool.

Obrigado.

Quando n�o tenho nada para fazer,
entriste�o,

sinto uma vontade natural
por beber algo.

Capit�o Grant.

Grant?

Conheces as regras
sobre o �lcool.

� aqui que come�am as hist�rias
sobre Grant e o �lcool.

Creio que por vezes bebia.

Era comentado entre oficiais.

Mais tarde, tornou-se assunto f�cil
para quem o queria vilipendiar,

ou desejava prejudic�-lo.

Tornou-se um dos temas
recorrentes da sua vida.

Grant?

Lamento que tenha
chegado a isto.

S� h� uma escolha,

demiss�o

ou o tribunal marcial.

Ol�! O senhor � um soldado?

N�o, eu...

Ent�o, porque usa
esse velho casaco militar?

� um bom casaco,

mas j� n�o sou soldado.

Ent�o, o que �?

Posso perguntar-te quem �s?

Grant. Fred Grant.

Ulys!

Ulys!

Quando Grant
voltou a White Haven,

deve ter sido surreal.

N�o via Julia, a mulher,
h� dois anos.

N�o via Fred, o filho mais velho,
h� dois anos.

E nem sequer conhecia
o filho mais novo, Ulysses Jr.

Grant passa a ser inferiorizado
pelo sogro, o Coronel Dent,

que est� convencido
de que a filha casou mal.

H� um desgaste permanente
em Ulysses Grant.

Grant quer ser independente,

quer sair da casa principal

e afastar-se do Coronel Dent.

Construiu Hardscrabble

em 25 hectares do terreno
que o coronel deu � filha.

Teve de limpar

e desmatar o terreno,

queria ter a fam�lia
na pr�pria casa.

� a sua veia independente.

Julia tinha total confian�a
no marido.

Ele n�o procurava fama
nem fortuna,

as ambi��es
focavam-se na fam�lia.

Dizia: "Conhecem
as minhas fraquezas,

os cavalos
e os meus filhos."

O desafio de Grant
� agora arranjar forma de sustento.

Tenta a agricultura,
mas n�o resulta muito bem.

Tenta um neg�cio imobili�rio
em St. Louis,

mas n�o � muito bom
a cobrar rendas.

Tenta empregar-se como inspector
e n�o consegue.

N�o sabe o que fazer
e v�-se amea�ado pela pobreza.

N�o queria andar a oscilar
entre uma e outra coisa,

mas estava decidido
a sustentar a minha fam�lia.

Se n�o pudesse fazer mais nada,
carregava lenha e vendia na cidade.

Capit�o Grant?

Estive �s suas ordens no M�xico,
em Molino Del Rey.

Foi um dia e tanto.

Sim.

Posso perguntar-lhe
o que faz?

Resolvo
o problema da pobreza.

Capit�o.

Para muitos, vender lenha
era indigno de Grant,

mas ele estava disposto a fazer
o que fosse preciso pela fam�lia.

� isso que resume
Ulysses S. Grant.

A vida trar� dificuldades
e fracasso,

mas temos de insistir
e continuar.

Por�m,
vivia numa casa dividida.

Vivia com os escravos
dos Dent,

mas crescera numa casa

em que o pai era claro
nas atitudes abolicionistas.

Ele n�o � abolicionista,

ali�s, atrav�s
do Coronel Dent,

compra um escravo,
William Jones.

Mas � criticado pelos Dent
e pelos vizinhos

por trabalhar nos campos
ao lado dos escravos.

Era mesmo ridicularizado
por alguns vizinhos

por ser demasiado gentil
com os escravos da mulher.

N�o os chicoteava
o suficiente.

N�o sei por que raz�o a pele escura
n�o pode cobrir um cora��o puro,

como a pele branca.

No final da d�cada de 1850,

Grant j� se debatia
com a quest�o da escravatura.

Entretanto,
surgiu um novo partido,

os Republicanos,

cuja plataforma

n�o � a aboli��o
da escravatura,

mas travar a sua dissemina��o
para novos territ�rios dos EUA.

N�o � essa a vis�o
dos esclavagistas.

Acreditam que os republicanos
querem abolir a escravatura,

mesmo no Sul esclavagista.

Nenhum dos lados est� agradado
e as coisas come�am a escalar.

Grant viu-se no fogo cruzado,

entre os Grant, abolicionistas,
e os Dent, donos de escravos.

Por�m,
tinha as suas ressalvas

e em Mar�o de 1859
foi ao tribunal de St. Louis.

Nome e idade.

Jones, William. 34 anos.

Os pre�os subiram.

Um amigo
d�-lhe mil d�lares por ele.

Quer mesmo libert�-lo,
quando pode ganhar algum?

Sim.

Deus o proteja, William.

A si tamb�m, senhor.

Grant liberta-o.

Quando pensamos em Grant
a devolver a liberdade

a um ser humano escravizado,
imaginem-se a abandonar a casa...

Custa-me ser t�o frio
sobre o assunto,

mas temos de imaginar o que seria
abdicar da melhor mais-valia,

numa altura de pobreza.

N�o vai vender a casa,
abandona-a.

� um imenso
acto de coragem.

Por fim, em 1860,
um ano antes da Guerra Civil,

no que ter� sido para ele
a derradeira humilha��o,

Grant procura
o pai autorit�rio

para pedir um lugar
como escritur�rio

na loja de curtumes
em Galena, Illinois.

Sente-se entediado
e inquieto,

parece destinado a uma vida
de absoluta obscuridade.

Nessa altura, um vision�rio
idealista do Oeste

come�a a surgir com uma capacidade
especial de se expressar.

Consegue transmitir
de forma corrente e popular

os assuntos internos
� popula��o.

Torna-se a cara dos Republicanos,
nas elei��es de 1860.

Chamava-se Abraham Lincoln.

Queria ver
o Sr. Lincoln eleito.

A excita��o era muita

e process�es iluminadas com tochas
davam vida �s ruas.

Com o movimento de secess�o
a ganhar ritmo,

Grant, como muitas pessoas do Norte
e algumas do Sul,

questionava-se o que se podia
fazer para manter a Uni�o.

N�o queria o fim da Uni�o,
via isso como um desastre.

Ainda acreditava que o sentimento
esclavagista extremo abrandaria,

mas estava errado.

A elei��o de Abraham Lincoln
em 1860

� um ataque directo ao Sul.

O Sul sente-se atacado.

O novo governo
vai tirar-lhes todos os escravos.

N�o querem integrar um pa�s

que n�o os ajuda a preservar
o seu modo de vida.

Agora, elegeram este tipo
do meio do Illinois,

um advogado
que n�o sabe de nada...

E come�a.

Dias ap�s
a elei��o de Lincoln,

a Carolina do Sul convoca
uma conven��o de secess�o

e a 20 de Dezembro de 1860
sai da Uni�o.

Seguem-se o Mississ�pi
e a Florida.

Em Fevereiro de 1861, sete estados
do Sul profundo abandonam a Uni�o,

para formar
os Estados Confederados.

Mais quatro estados
deixar�o a Uni�o

ap�s os disparos
no Forte Sumter.

Quando os estados do Sul
abandonaram a Uni�o,

consideraram os fortes
propriedade da Confedera��o.

O governo federal
n�o concordava,

Lincoln afirmou
que ia tomar posse,

manter e ocupar
propriedade federal.

Os confederados queriam
os soldados da Uni�o fora,

ao recusarem,

o Sul abriu fogo querendo
a rendi��o do Forte Sumter.

A guerra come�ou

e o governo
dos Estados Unidos

desesperava por qualquer pessoa
com experi�ncia militar.

Lincoln apela a 75 mil volunt�rios
para suprimir a rebeli�o.

A maior parte no Norte
pensou que seria breve,

a Uni�o venceria a guerra
rapidamente com o poderio militar,

caminhos-de-ferro
e soldados corajosos.

Em Galena, Illinois, John Rawlins,
um amigo de Grant,

foi incumbido pelo governador
de organizar um regimento.

� suicida, n�o achas?

Dou-lhes 90 dias...

Se bem que o Sul
pode reunir

mais de metade
dos oficiais de West Point

e eu vi-os no M�xico.

S�o r�pidos no contra-ataque
conhecem o terreno...

N�o os podemos subestimar.

Vou falar no tribunal,

tenciono reunir
um regimento.

Sei que os jovens respeitariam
um homem com a tua experi�ncia.

N�o sou orador.

N�o te pe�o para falares.

Pe�o-te que lideres.

O apelo do Presidente
por 75 000 volunt�rios

percorreu
os estados do Norte.

De repente,
s� havia dois partidos,

o dos traidores

e o dos patriotas.

N�o vemos grande express�o
de sentimentos de Grant

at� � secess�o do Sul,

� rebeli�o contra os EUA.

Isto consome
Ulysses S. Grant.

Cresce a ouvir falar
sobre familiares

que lutaram na Revolu��o,

o conceito de trai��o
emociona-o.

Querido pai, inclino-me a obrigar
os rebeldes � submiss�o pela for�a.

Quando Jefferson Davis � nomeado
Presidente da Confedera��o,

Grant fica t�o abalado
que agita os punhos no ar e diz:

"Davis e o bando inteiro
deviam ser enforcados."

Para muitos americanos

a experi�ncia
dos pais fundadores do pa�s

continuava a ser isso mesmo
e estava em perigo.

A no��o de combater pela Uni�o
estava embrenhada na cren�a

de que aquilo que fora criado
merecia ser defendido.

Por isso,

tantos homens se dispuseram
a arriscar a vida pela Uni�o.

No in�cio da guerra, os EUA tinham
cerca de 31 milh�es de habitantes,

21 milh�es viviam no Norte

e 10 milh�es no Sul.

Por�m, no Sul, cerca de
quatro milh�es eram escravos,

ou seja, na verdade
s�o seis milh�es contra 21 milh�es.

No Sul, 80% do trabalho
� agr�cola.

Mas o que cultivam?

Tabaco, algod�o,
�ndigo, arroz e milho.

S� duas coisas
s�o para comer.

Pessoas, manufactura,
tecnologia...

O Norte tem todas as vantagens
face ao Sul.

Mas isso n�o determina
quem vencer�.

A guerra
� um choque de vontades

e nesta colis�o
era poss�vel que o Sul vencesse.

Ap�s a secess�o do Sul, o governo
federal procurava um comandante,

para um novo ex�rcito da Uni�o
que tentava restaurar a rep�blica.

primeiro nome que surge
� o de Robert E. Lee, da Virg�nia.

Ofereceram a Lee
o comando do ex�rcito da Uni�o

e ele, obviamente, ponderou,

at� decidir que a sua lealdade
era com o Sul e a Virg�nia.

Ulysses S. Grant come�a
a Guerra Civil como desconhecido,

mas tem
a grande oportunidade,

quando o Illinois o designa
comandante de um dos regimentos.

� assim que relan�a
a carreira militar.

Sa�do do curtume, recebe
esta oportunidade com a guerra,

pode voltar ao ex�rcito
como comandante,

percebe que tem de aproveitar
e � isso que faz.

Grant passa por uma s�rie
de fracassos na vida civil,

chega mesmo a vender
um rel�gio,

para comprar prendas de Natal
� mulher e aos filhos.

De repente,
volta a vestir a farda.

Grant avan�a com rispidez,
p�e o regimento em forma

e as pessoas come�am
a reconhecer-lhe valor.

No ex�rcito,
sentia-se de novo em casa.

Havia algo na forma
como desembainhava a espada.

Pela forma como dava ordens,
as pessoas ouviam e obedeciam.

Logo depois
do in�cio da guerra,

Grant recebe ordens para levar
o regimento para o Kentucky,

por motivos pol�ticos
e militares.

O Kentucky � um
de quatro estados esclavagistas,

que se mant�m na Uni�o
durante a guerra,

s�o os chamados
estados de fronteira.

Abraham Lincoln queria manter
o Kentucky na Uni�o.

Dizia que perder o Kentucky
seria perder tudo,

os outros estados de fronteira
podiam seguir o exemplo.

Depois, o ex�rcito confederado
avan�ou para o Kentucky.

Grant avan�ou o mais depressa
poss�vel para Paducah, Kentucky.

Querida Julia,

voavam bandeiras da secess�o
por Paducah,

para receber
as tropas do Sul.

A nossa chegada

arrasou as esperan�as.

Afasta-te da janela.
S�o os ianques.

Est� na hora!
As tropas est�o a avan�ar.

"Cidad�os de Paducah,

"estou aqui
n�o como inimigo,

"mas como amigo
e concidad�o.

"N�o venho para vos fazer mal
ou para vos irritar,

"mas para respeitar, defender
e fazer valer os direitos

de todos os cidad�os leais."

Grant emite uma proclama��o

para tranquilizar receios
dos civis,

Abraham Lincoln tomou nota,
viu a proclama��o e percebeu.

Estava ali um homem
que entendia as pessoas

e era eloquente como ele.

Grant ocupou Paducah, Kentucky,
sem um �nico disparo.

Recebe ordens para atacar
o abastecimento dos confederados,

no rio Mississ�pi,
na pequena aldeia de Belmont.

Belmont � muito importante,

� o primeiro teste de combate
na Guerra Civil.

"Querida Julia,

"n�o sei a que deves
ficar atenta,

"mas o teu marido
jamais te desgra�ar�,

nem abandonar�
um campo derrotado."

Capit�o,

corra com os rebeldes, j�.

Vamos!

- V�o sentir o sabor do a�o!
- Em forma��o! � minha ordem!

Encontrem as muni��es!

Os confederados
abandonaram o acampamento,

os soldados da Uni�o

travavam a primeira batalha
com poucas baixas.

Estavam euf�ricos.

Aparentemente,
foi uma grande vit�ria de Grant,

mas as tropas
perderam a disciplina.

� vontade.

Mostra o sangue nas m�os!

Malta,

vejam o que encontrei.

Capit�o!

- Controle os seus homens!
- Sim, senhor!

Agora,
consigo bater aos ianques!

Fujam!

Capit�o!

- Controle os seus homens!
- Sim, senhor!

No primeiro conflito de Grant
em Belmont,

os confederados
contra-atacaram.

Para as �rvores!
Entr�mos e vamos sair.

- Baixem a cabe�a!
- Para as �rvores!

Organizaram uma retirada
em combate,

a norte dos barcos,
que permitiriam a fuga.

Grant foi o �ltimo
a subir para o barco.

O barco
j� estava desamarrado,

Grant passou a cavalo
pela prancha para entrar no barco.

Foi um feito incr�vel
como cavaleiro.

Grant, no seu estilo humilde,
deu todo o m�rito ao cavalo.

Cometeu erros graves,

perdeu o controlo
dos homens,

mas aprendia.

Quando sai da batalha de Belmont,
procura o combate seguinte.

Nos primeiros anos de guerra,
h� dois cen�rios diferentes.

Temos o cen�rio oriental,
onde v�rios comandantes da Uni�o

se mostram incapazes de pressionar
o Sul, como o Presidente queria.

Depois, temos o cen�rio ocidental,
onde est� Grant.

No cen�rio ocidental,
a estrat�gia da Uni�o

passa por ocupar instala��es
de transporte cruciais,

abrindo o Mississ�pi,
se puderem.

Era simples
olhar para um mapa

e ver onde ficavam
os pontos fortes dos confederados

e o que podia cair.

Grant via que os mais �bvios,
os que ficavam mais a Norte,

eram os fortes Henry
e Donelson,

comandavam rios cruciais

que podiam usar
para entrar na Confedera��o.

Grant quer
que a guerra avance,

ficar parado
n�o trar� vit�rias.

Faz uma sugest�o ao comandante,
o General Henry Halleck.

General Halleck?

� uma honra.

Apresente brevemente
o assunto que o trouxe.

A minha divis�o est� em Carroll,
no rio Cumberland,

onde pens�mos num ataque naval
a dois fortes inimigos,

Forte Henry

e Donelson.

Prossiga.

O Forte Henry � mal localizado
e a �gua deixa-o vulner�vel.

Donelson � mais forte,
mas o General John Floyd

n�o � soldado.

Acredito que
tomando os dois fortes,

avan�amos at� Nashville

e Alabama.

Um ataque naval duplo?

As vit�rias seriam suas,
general.

Obrigado.

Quando o quiser consultar,

aviso-o.

Sim, senhor.

Chamavam ao Halleck
"Miolos Velhos"

e n�o era � toa.

Quer tudo feito com regras

e n�o � esse o estilo
de Grant.

N�o h� luz da ribalta, nem fanfarra
ou pompa e circunst�ncia,

� para fazer simplesmente,

pelo que os dois chocam.

Grant,
com a sua mentalidade agressiva,

procurou o que chamo a sua
alma g�mea naval, Andrew H. Foote,

o comandante da flotilha ocidental
com canhoneiras revestidas a ferro.

Em conjunto, prop�em ao General
Halleck atacar o Forte Henry.

Suplicam a Halleck
que os deixe avan�ar

e Grant consegue a autoriza��o
com muita dificuldade.

Estar ao comando
� muito diferente.

O comando
� um grande privil�gio

e a responsabilidade
� absoluta.

Grant vive isso
ao aproximar-se do Forte Henry.

A 6 de Fevereiro, as canhoneiras
de Foote atacam o Forte Henry.

A Infantaria
fica atr�s de cada forte

bloqueando
as defesas confederadas,

enquanto a Marinha
leva o forte � rendi��o.

A maioria dos confederados
j� sa�ra.

O Forte Henry rende-se

antes mesmo
de as tropas chegarem.

A captura do forte
foi significativa,

mas Grant n�o ia ficar quieto,
a gozar os louros.

O Forte Donelson ficava
a apenas 20 km para leste.

Ele continua.

Grant acha que se render�o
com o m�nimo esfor�o,

mas n�o acontece assim.

A localiza��o e engenharia
do Forte Donelson era melhor,

come�ou um duelo
com a Artilharia,

que foi ganho pelo forte.

Os confederados sa�ram do forte
para contra-atacar,

Grant n�o entra em p�nico,

� um padr�o
na sua personalidade.

Em qualquer caso,
por pior que fique,

Grant n�o entra em p�nico.

No meio da batalha,
em pleno caos,

Grant mant�m-se em forma,

pensa, est� receptivo,
� capaz de mudar de ideias.

No Forte Donelson, Grant ver�
que os confederados levam mochilas,

n�o tencionam voltar,
est�o a ir embora.

Tragam o prisioneiro.

Mostrem-me o saco.

Parece ra��o
para dois dias.

N�o...

� para tr�s.

- Parece que se v�o posicionar.
- Sim, mas � uma retirada.

Tr�s dias de ra��o
d� para chegar a Nashville.

Capit�o,
dev�amos refor�ar a direita

e esperar at� � noite.

Se esperamos, eles fogem.

Temos de atacar j�
e venceremos.

- Ponham-se em forma��o.
- Capit�o.

Em forma��o

Em forma��o!

Preparar para avan�ar!

Querem armist�cio

e termos de rendi��o.

Arras�mos as defesas,
cerc�mos o forte,

somos mais do que eles,
quase dois para um.

Xeque-mate.

- Quem assinou o bilhete?
- O General Buckner.

Buckner...

Conhe�o-o de West Point.

Pagou uma das minhas d�vidas
em Nova Iorque.

Salvou-me

e ajudou-me a voltar
para a minha fam�lia.

Quais s�o os termos?

Rendi��o imediata
e incondicional.

Ou abrimos fogo.

No Forte Donelson,
Grant organizou um contra-ataque.

Os confederados recuaram
para o forte e ficaram presos.

Quando Grant recebeu a mensagem
sobre os termos de rendi��o,

a situa��o de comando no forte
fora uma sequ�ncia de erros.

Sucederam-se tr�s generais
dentro do Forte Donelson,

John Floyd,

Gideon Pillow

e o velho amigo de Grant
Simon Bolivar Buckner.

Quando se falou em rendi��o,

Floyd disse:

"Da Confedera��o,
sou o que eles mais querem."

Decide n�o se render
e vai embora.

O segundo no comando
� Gideon Pillow,

acha-se o melhor
comandante militar de sempre.

Pillow diz que tamb�m o querem
apanhar, recusa render-se e sai.

Passam ao terceiro
no comando,

Simon Buckner.

A rendi��o
era o mais acertado,

fui ao quartel-general
do Buckner.

General Buckner.

N�o tomaria o forte t�o facilmente,
comigo no comando.

Tem raz�o.

Teria agido de outra forma.

Presumo que o Floyd e o Pillow
tenham fugido.

Ontem � noite.

Pulhas cobardes...

O Pillow temia
que o quisesse prender.

Na minha humilde opini�o,
vale mais como general do Sul.

Eis-nos aqui, velho amigo.

Eis-nos aqui.

- Quanto aos termos que enviou...
- N�o h� termos.

Rendi��o imediata
e incondicional.

Velho amigo.

A primeira grande vit�ria
para os EUA

aconteceu no Forte Donelson,

em Fevereiro de 1862,

cortesia
de Ulysses S. Grant.

US Grant,

Grant, o "In�til",

ficou conhecido como Grant,
"o da rendi��o incondicional".

Entusiasmou
a popula��o do Norte,

foi muito positivo, porque a guerra
n�o corria de fei��o para a Uni�o.

No cen�rio oriental
da guerra,

Lincoln enfrenta lam�rias
e pregui�a de generais sucessivos.

Mas aqui vemos Ulysses S. Grant
no Oeste com vit�rias sucessivas,

Lincoln fica delirante

e apressa-se a assinar a ordem
que o promove a major-general.

� a primeira vit�ria significativa
do Norte na Guerra Civil,

lan�a Grant
para a proemin�ncia nacional.

Na sequ�ncia da batalha
no Forte Donelson,

um correspondente de guerra
fez um retrato de Grant a cavalo,

com um charuto na boca.

Sendo a primeira vit�ria
do Norte,

os f�s e admiradores
enviaram-lhe cinco mil charutos.

Ele come�ou a fumar,

fumava at� 20 por dia.

O primeiro ano
corre bem a Grant.

A haver um novato do ano
para o lado da Uni�o,

� Ulysses S. Grant,
ningu�m soma vit�rias como ele.

Percebeu novamente
que tinha um dom.

Era muito bom ao comando
no campo de batalha

e, mais do que isso,
em termos de estrat�gia e t�ctica.

Grant capturou o primeiro
dos tr�s ex�rcitos que subjugaria.

Abrindo o rio Cumberland,
as for�as navais e terrestres

podem avan�ar para Sul
na Confedera��o.

"Querida Julia,

"espero em breve sair daqui,

"quando o fizer,

"provavelmente,
ser� a maior batalha da guerra.

Estou certo do resultado."

O inimigo instalou-se
em for�a em Corinth,

nos dois caminhos-de-ferro mais
importantes no Vale do Mississ�pi.

Tomando Corinth,

o inimigo n�o teria comboio
para levar ex�rcitos ou provis�es.

Grant pensava como se manter
dois passos � frente,

como manter a iniciativa
e fazer o inimigo reagir.

A leste, a guerra corre muito mal,
� tudo examinado � lupa.

Mas a oeste, com as primeiras
grandes vit�rias nos dois fortes,

os rios Tennessee e Cumberland
ficam abertos � invas�o do Sul.

� o que Grant aproveita.

Sabendo que o inimigo fortificava
Corinth e reunia o ex�rcito,

preparei as tropas
para Pittsburg Landing.

Pittsburg Landing foi uma �rea
de prepara��o para atacar Corinth.

O General Halleck alerta Grant
para n�o avan�ar, nem come�ar nada,

s� iniciaria o conflito
quando estivessem prontos.

O ex�rcito chegara

com um dos principais
comandantes de Grant,

William Tecumseh Sherman,

um dos amigos de Grant
em West Point.

Por�m nunca tinham
trabalhado juntos

e muitos dos soldados
eram novatos.

Alguns receberam as armas
dias antes.

Grant queria formar os homens
e esperar naquele local,

at� chegar outro ex�rcito da Uni�o
ao comando de Don Carlos Buell,

para depois avan�arem
para Corinth.

Grant nunca tencionou combater
em Pittsburg Landing

e estava montada a cena para o que
seria o banho de sangue de Shiloh.

Mando os novos
escavar trincheiras?

N�o tenciono
ficar tanto tempo.

S�o inexperientes, t�m de treinar
com armas e n�o com p�s.

Sherman.

Sam.

- Actividade?
- Espreitam e acabamos com eles.

Ontem esmag�mo-los
em escaramu�as.

- E os homens do General Buell?
- Chegam daqui a tr�s dias.

Avan�amos para Corinth,
quando ele chegar.

Se chegarmos aqui,
at� ao fundo...

Para o General Halleck,

o temperamento dos rebeldes � tal
que n�o h� d�vidas,

Corinth render-se-� mais facilmente
do que o Forte Donelson.

A grande falha de Grant
no in�cio

� o excesso de confian�a.

Acha que se algo acontecer deve
ser ele a come�ar e paga por isso.

O comandante em Corinth,
o General Albert Sidney Johnston,

tem estado sempre
em retirada.

Se n�o recuperar a iniciativa
e derrotar Grant,

pode significar a perda do rio
Mississ�pi para os Confederados.

Johnston acredita que a guerra
pode estar em causa

e decide contra-atacar Grant.

Johnston sabe
que o ex�rcito de Grant

est� em Pittsburgh Landing,

um beco sem sa�da
ao longo do rio Tennessee,

entre dois grandes riachos.

Parece um bom s�tio
para um acampamento militar.

H� boas nascentes, t�m �gua
e um terreno plano para acampar.

Mas o plano dos Confederados
� prender os soldados no beco

e destruir o ex�rcito da Uni�o
num ataque gigantesco.

Johnston aposta,

decide lan�ar os dados.

Vai conquistar ou morrer.

O acampamento de Grant
em Pittsburg Landing

ficava junto a uma pequena
igreja em madeira.

� um dos �nicos marcos
em toda a zona.

Chamava-se Igreja de Shiloh.

"Shiloh" traduz-se
como "local de paz".

Rebeldes!

Disparar!

V�m da floresta!

Rebeldes!

Na floresta!

Rebeldes!

Rebeldes na floresta!

- Relat�rio.
- S�o s� escaramu�as, general.

N�o s�o escaramu�as!

C�us! Estamos sob ataque!
Defendam e mantenham posi��o.

Muni��es!

Grant n�o estava em Shiloh,

tomava o pequeno-almo�o
15 km para norte

no seu quartel-general,
na mans�o Cherry.

Cavalheiros...

Come�ou.

Fogo!

Vamos p�r os homens a mexer.

Formem-nos em regimentos.

N�o me interessa
a disposi��o anterior,

criem novos regimentos.

Sim, senhor.

Vamos! Em forma��o!

O Buell s� chega
ao anoitecer

e o Wallace est� a 10 km
para norte.

Quero que o Wallace avance
com as tropas.

O Sherman?

N�o h� not�cias.

No primeiro dia
da Batalha de Shiloh,

cerca de 40 mil
soldados confederados

surpreenderam
o ex�rcito da Uni�o

e come�aram a avan�ar.

Foi o maior ataque na Hist�ria
americana at� �quela altura.

Quando Grant chegou
a Pittsburg Landing,

os oficiais n�o sabiam
dos soldados,

os soldados n�o sabiam
das unidades.

De imediato,
Grant come�a a avaliar a situa��o.

� quase como se a batalha
o ajudasse a esclarecer as ideias,

consegue ver
o que tem a fazer.

H� que manter a calma,

reunir soldados dispersos

e come�ar a formar
a linha de defesa.

Est� ferido com gravidade,
soldado?

� s� um arranh�o.

Ent�o, pode combater?

Vamos, rapazes!

Continuem!

Estou mesmo atr�s.

Grant, contorna o campo de batalha,
alheio ao caos,

a pensar onde est�o os comandantes,
que avalia��o fazem do combate

e o que pode fazer
para ajudar.

Se Pittsburg Landing cair,

Grant sabe
que perde o ex�rcito.

Se o plano dos Confederados

� prender o ex�rcito da Uni�o
neste beco,

ao longo do rio Tennessee,

Grant vai utilizar a armadilha
na perfei��o

para atrasar,

at� � chegada dos refor�os
de Don Carlos Buell.

Tem a divis�o de Lew Wallace
muito mais perto,

vai contornando e fala com os
diferentes comandantes nesse dia.

Dizem-lhe que Lew Wallace
est� a caminho,

chega a qualquer instante.

H� confus�o e incoer�ncia
no campo de batalha.

Mas Grant tem um enorme
controlo sobre as suas emo��es,

vale-se da bravura f�sica
e da compet�ncia silenciosa,

al�m de ser ex�mio cavaleiro,

numa altura em que era importante
no campo de batalha.

Tentaram algumas vezes
atacar o nosso flanco direito.

onde o Sherman
estava estacionado.

General Sherman,
ponto de situa��o?

General.

Vacilaram, mas n�o cederam.

Preciso de refor�os j�.

- O Buell?
- N�o chegou.

Cham�mos o Wallace.

Pode manter a posi��o?

Sim, senhor.

Mas ter� custos.

Em Shiloh,

Sherman e Grant, sem nunca
terem sido grandes amigos,

colaboram formando
uma dupla maravilhosa,

que vir� a provar ser uma
das maiores parcerias nesta guerra.

Ao passo que diferentes fragmentos
do ex�rcito da Uni�o se dissolvem,

em retiradas de p�nico,

Sherman abranda
a investida dos Confederados.

Ainda assim, Grant sabia que podia
precisar da divis�o de Lee Wallace

para sobreviver
a este combate.

Mas reina a confus�o
entre a divis�o de Wallace,

quanto a como chegariam
ao campo de batalha.

Wallace n�o aparece.

Os Confederados avan�am
e o combate agudiza-se.

Torna-se um combate
ca�tico e brutal,

Grant reconhece que numa altura
de caos, quando tudo corre mal,

temos de fazer algo
para recuperar o controlo.

Grant n�o quer desistir,
vai aguentar e lutar.

- Tenente!
- General Grant.

Leve os homens
para a esquerda j�.

Sim, senhor!

Contrariamente � minha experi�ncia
at� ent�o, est�vamos � defesa.

O inimigo esfor�ava-se
por atacar os nossos homens,

sem pensar nas perdas
do seu lado.

Grant viu que tinha
de ganhar tempo,

ou veria o ex�rcito esmagado.

O primeiro dia de batalha
em Shiloh correu mal,

mas no meio do caos, do ru�do e da
fric��o normal do campo de batalha,

ningu�m fez tudo certo
� primeira.

Grant aprendeu
com as duras experi�ncias

e visualizou como iria acabar,
apesar de tudo o que corria mal.

Grant estava j� a pensar
em avan�ar aos poucos,

mantendo linhas de defesa
sucessivas,

trocando espa�o por tempo,

para aguentar
at� chegarem refor�os.

Ordenaram a todos
os comandantes

para manterem a posi��o,

como disse Grant,
"arriscando tudo".

Que se passa?

O General Prentiss
rendeu-se.

S�o dois mil soldados.

Desloquem a Artilharia
para terreno elevado.

Comecem o ataque ao anoitecer,
a Marinha avan�a pelo rio.

Vou comunicar ao Porter.

No campo de batalha,

Grant parece afastar
os dem�nios do fracasso.

Ele j� passou por isso,

� um guerreiro,

foi um dos tra�os que levou para
todos os ex�rcitos que comandou.

A sensa��o de resist�ncia,
de que n�o seria f�cil,

sabia que n�o venceria
num dia.

Grant passou o dia a recuar,

o comandante confederado,
Albert Sidney Johnston,

entra na batalha,

com o intuito de vencer
ou perecer.

De repente, foi atingido numa perna
e esvaiu-se em sangue.

N�o venceu, pereceu.

O segundo na linha de comando,
Pierre Gustave Toutant Beauregard,

assumiu o comando.

Beauregard
acreditava que tinham

o inimigo onde o queriam,

mas Grant usou muito bem
o terreno.

Os homens criaram a linha de defesa
ao longo de uma grande ravina.

Os Confederados
tinham de descer a ravina

e avan�ar sob fogo
dos mosquetes da Artilharia.

S�o obrigados a recuar
devido ao fogo intenso.

Correm ordens pela linha
confederada de que � o fim,

devem travar o ataque.

Beauregard p�ra o combate
e decide terminar de manh�.

Grant, montado a cavalo,
v� o inimigo descer a ravina,

diz:
"Ainda n�o fui derrotado."

Grant, com a sua
grande determina��o,

acha-se invenc�vel.

Quando anoitece, o dia foi mau
para o ex�rcito da Uni�o,

mas n�o foram afastados
de Pittsburg Landing,

aguentaram-se.

Acima de tudo, Don Carlos Buell
come�a a chegar junto ao rio

e h� canhoneiras que afastam
os Confederados durante a noite.

Mas v�rios oficiais
abordam Grant nessa noite,

para sugerirem ir embora.

Grant foi quase derrotado
no primeiro dia,

foi quase obrigado
a voltar ao rio.

� quando vemos Grant
na sua faceta mais determinada,

mais imperturb�vel.

Fica sob uma �rvore,

ouve os gritos dos feridos,

Sherman aproxima-se
na escurid�o.

General Grant.

Sherman.

Sam,

foi um dia no inferno,
n�o foi?

Amanh� acabamos com eles.

Quando chegarem o Buell
e o Wallace?

Perguntaram-me
qual era o plano de retirada...

Damos o primeiro tiro
pela manh�.

No segundo dia de combate
reuni regimentos de tropas pr�ximas

e mandei-os avan�ar.

Grant sabia que o ex�rcito
estava desorganizado,

travaram um combate violento
durante todo o dia,

mas desconfiava que os confederados
estavam na mesma situa��o.

Acreditava que quem tomasse
a iniciativa de manh� iria vencer.

Deram a ordem de ataque
� primeira luz da manh�,

iam atacar onde estivessem
com as armas � disposi��o.

Encontrem outro comandante em Shiloh
que atacasse no segundo dia.

Todos os outros pensavam
que era imposs�vel.

Grant parece avaliar a situa��o
de forma diferente de todos.

Grant, que falhou e teve de olhar
para o lado sombrio da resist�ncia,

d�-lhes uma for�a redobrada,

que a maioria dos comandantes
n�o consegue oferecer.

Tinha o dom de conseguir
assimilar uma paisagem ou um mapa

e, quase de imediato,
sabia o que havia a defender

e o que n�o podia
ser defendido.

Em Shiloh, Grant percebeu
que os Confederados se esgotaram,

para chegar �quela posi��o.

Grant viu que se durante a noite
chegassem as tropas de Buell

e se o seu ex�rcito
pudesse ser reunido,

reorganizado e posicionado
para contra-atacar de manh�,

o ex�rcito confederado
ia ruir.

Grant estava decidido
a manter-se em combate.

Usou tudo o que aprendera
nesta tomada de decis�o.

� aqui
que ele se torna Grant.

Neste dia, tudo correu bem
ao lado da Uni�o,

torn�ramo-nos
o lado atacante.

Fizemos o inimigo recuar
durante todo o dia,

como nos acontecera
no dia anterior.

Foi mais um terr�vel dia de combate
pelo mesmo terreno,

mas �s 14h00, o comandante
confederado Beauregard

ordenou a retirada
para Corinth.

A batalha terminou e, tecnicamente,
� uma vit�ria para a Uni�o.

� uma vit�ria conquistada
com um custo terr�vel.

As baixas foram imensas,

25 mil homens mortos,
feridos ou desaparecidos.

Era a primeira vez na Hist�ria
americana que v�amos algo assim.

Os ex�rcitos
na Revolu��o de 1812

eram mais reduzidos
do que o n�mero de baixas em Shiloh.

Vi um terreno aberto no segundo dia
t�o coberto de mortos,

que seria poss�vel
atravessar a clareira,

pisando cad�veres
sem nunca tocar no ch�o.

"Shiloh" significa
local de paz.

Durante dois dias
foi tudo menos isso.

Shiloh � muito importante,

foi onde o pa�s acordou

para a realidade daquilo
a que se propunha.

Foi como se sa�sse
do campo de batalha

um postal metaf�rico
para o pa�s,

a dizer, com a imagem dos mortos,
foi a isto que se propuseram.

Obrigou-nos a acordar

e a crescer.

Obrigou-nos a ver

que seria muito mais dif�cil
do que todos imaginavam.

At� � Batalha de Shiloh,

acreditava que a rebeli�o cederia,
de forma repentina e r�pida.

Mas depois de Shiloh abandonei
qualquer ideia de salvar a Uni�o,

que n�o fosse
pela conquista absoluta.

No pr�ximo epis�dio...

Depois de Shiloh
j� n�o sou comandante.

Lincoln tinha raz�o,

Vicksburg � a chave.

A arte da guerra � simples.

Localizar o inimigo,

atacar com toda a for�a

e continuar a avan�ar.

Vai atr�s do Lee?

Vai persegui-lo
at� estar acabado?

Tudo depende de si.