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A MORTE FEZ UM OVO

Legenda: LABOK
Janeiro / 2023

MOTORISTAS CANSADOS,
DESCANSEM!

- Voc� tem olhos bonitos.
- Voc� gosta deles?

O que est� esperando para se despir?

D� uma volta,
deixe-me olhar para voc�.

- Eu sou um pouco gorda.
- N�o, voc� � muito bonita.

Eles s�o brancos e fortes.
Continue caminhando.

- Posso te chamar de "meu amor"?
- Claro que pode.

Meu amor!

Diga isso de novo.

Meu amor! Meu amor! Meu amor!

Eu quero que me abrace forte!

- Diga que vai me beijar.
- Eu vou te beijar.

Voc� vai ter que me cobrir de beijos!

Diga isso de novo.

Cubra-me com seus beijos!

N�o! O que est� fazendo?

Todos os excursionistas,
por favor, dirijam-se ao �nibus.

Sim?

Aten��o. Todos os excursionistas,
por favor, dirijam-se ao �nibus.

Sr Marco! A nova m�quina chegou.

- M�quina nova?
- A m�quina holandesa que est�vamos esperando.

Eles j� a levaram para a granja.

- Sim! A m�quina holandesa.
- Precisa assinar isso!

- O que?
- Est�o em seu nome.

Olha, esse � o seu nome.

Sua esposa estava
procurando por voc�.

Ela diz que os trabalhadores
terminaram de instal�-la.

Ela j� ligou duas vezes.

- Quem fez isso?
- Poderia ter te matado!

Caiu do silo.

Os trabalhadores!

O que est� falando? Algu�m
esqueceu l� e as vibra��es...

- N�o � imposs�vel.
- N�o vejo ningu�m l� em cima.

- O que est� pensando?
- Foi colocado l� de prop�sito.

Foi colocado
l� de prop�sito para que ca�sse!

- E caiu!
- Acalme-se.

Eu tamb�m acho que foi colocado
l� de prop�sito.

- Eles nos odeiam!
- Quem?

Os trabalhadores, tenho certeza.

Tudo porque voc� n�o
resolveu o problema!

Isso n�o teria acontecido se
voc� tivesse falado com eles antes.

Gra�as a Deus est� tudo acabado.

Ali est�o eles.

Eles nos odeiam.
Sempre nos odiaram.

� por isso que eles voltaram,
quando nem precisamos mais deles.

Quando voc� vai fazer alguma coisa?

� uma pena que as fotos n�o
sejam como espelhos. Por que?

A fotografia te mant�m para sempre.

- Voc� n�o pode mudar ou fingir.
- Voc� sempre pode rasg�-la.

- Estou feia, rasgue-a.
- N�o, est� bonita.

- � �bvio que voc� � linda.
- Absurdo.

Quero dizer, tem o seu personagem.
� realmente voc�.

- Olhe para este.
- Voc� parece estranhamente doce aqui.

E pensar que um
dia quis ser doce.

- O que quer dizer com "queria"?
- � claro.

Talvez n�o me agrade.

- Voc� est� �tima aqui, voc�s duas.
- Sim, essa � a melhor.

E aquelas? O que s�o?

Fotos do novo maquin�rio.
O t�cnico os levou.

S� pensando em algumas ideias novas.

Elas s�o muito claras.

Aquela nova m�quina �
exatamente o que precis�vamos.

Ainda bem que insisti, agora
temos a melhor da regi�o.

- Fa�a muitas c�pias.
- Ok.

Com licen�a, tenho que
fazer uma liga��o.

Olhe para esta.

Divers�o!

Um momento.

- Quem �?
- Por que se trancou?

- Algu�m veio te procurar.
- Quem?

Eu n�o a conhe�o, uma jovem.
Esqueci de te contar.

- Ele perguntou por voc�.
- Perguntou o que ela queria?

Ele apenas disse que precisava
v�-lo e que o veria no escrit�rio.

- Por que n�o perguntou seu nome?
- Ela n�o foi muito pr�xima.

- Ela queria voc�.
- Como era?

Alta, olhos azuis, bastante jovem.

Muito bonita.

- Alguma vendedora.
- Sim, talvez.

Estava olhando a Gabri
hoje, no banho, o corpo lindo.

Gabri? E o tem a Gabri?

Seu corpo nu parecia feito
de muitas pe�as desconexas.

Linda, viva, perfeita.

Pronta para ser conectado e
desconectado � vontade.

Voc� n�o pode ver um ser
humano como um brinquedo.

- Isso pode destru�-la.
- N�o, por que destruir?

Rejuvenescer. Novo cada vez.

Isso tudo � muito surreal.

N�o h� nada mais real do que
as costas nuas dela.

Suas pernas apertadas e
sua barriga impec�vel.

E sua pele firme que n�o muda,
n�o importa como seu corpo se mova.

Ela � uma menina que n�o deixa
ningu�m mud�-la, ela � completa.

Eu adoraria desmont�-la.

Naqueles momentos em que ela
ri, ou se esconde atr�s do cabelo.

Ela � t�o jovem, n�o
percebe essas coisas.

S�o os outros que
te fazem notar ou n�o.

Sonhei com ela outra noite.

Ela estava deitada na cama, im�vel.

Como se estivesse morta.

� tudo um absurdo.

N�o. Ela era linda.

Carinhosa...

Foi s� um sonho.

Se soubesse de onde v�m os sonhos.
Iria l� e mergulharia de cabe�a.

Gabri.

Gabri.

Por aqui!

Ele viu voc�!

Vamos nos esconder!

Gabri.

Gabri.

Estamos preparando a lista
de convidados. Ter�a que vem est� bom?

- Sim, mas n�o muitas pessoas.
- Que horas � melhor? 9 ou 10?

- 10.
- Escreva, ter�a-feira �s 10.

O que est� fazendo?
N�o est� escrevendo?

- Desculpe.
- O que �? N�o se sente bem?

- N�o � nada, n�o dormi bem.
- Aconteceu alguma coisa?

N�o, � s� isso...

N�o sei, n�o consegui dormir.

Desci para procurar meu
rem�dio, mas n�o o encontrei.

- Estava no arm�rio da cozinha.
- Poderia ter nos acordado.

- Por que n�o fez isto?
- A ins�nia pode ser atormentador.

- Certo?
- Sim.

Apenas coma menos �
noite, � isso que eu fa�o.

N�o tem nada a ver com comer.
Voc� acha que n�o est� dormindo...

mas est� realmente sonhando.

- Quantos voc� convidou?
- Cerca de vinte.

Espero que n�o tenha esquecido as
pessoas da empresa.

Posso dar uma olhada?

Est� ventando hoje.

0s velhos n�o, eles s�o chatos.

Gabri estava pensando em
um baile de m�scaras.

- Est� de brincadeira?
- Por que n�o? Seria divertido.

Na verdade ser�amos mais divertidos
assim, sem m�scara, n�o acham?

Tenho de ir, est�o � minha
espera na reuni�o.

Com ou sem m�scaras?

Apenas coma menos �
noite, � isso que eu fa�o.

Voc� pensa que n�o est� dormindo,
mas na verdade est� sonhando.

- Bom dia.
-Ah, bom dia.

Dei uma olhada rea��o autom�tica.
Est� funcionando perfeitamente.

Sim...

Mas � estranho, porque o estimulador
musical n�o est� funcionando?

Deveria ter come�ado.

Deve haver um rel� com defeito.
Teremos que verificar todos os pontos.

- Como est� indo sem pessoal?
- Muito bem.

Minha esposa cuida de
carregar a ra��o, n�o � dif�cil.

Com uma m�quina como
essa, contratar trabalhadores � in�til.

- Voc� vai ficar?
- N�o, estou indo para a cidade.

Pronto, ouviu?

J� repararam que s�o todos casais?
Convidamos apenas maridos e esposas.

Vamos dizer "casais fingidos".

Eu sei como eles s�o.

Talvez seja inevit�vel.

- Anna!
- O que �?

Eu convidei algu�m tamb�m.

� verdade? Quem?

Aquele jovem que veio
procurar Marco ontem.

Ele � um tipo divertido.
Achei que seria �timo para uma festa.

- Voc� se importa?
- N�o, deixe-o vir.

Ele tamb�m me pareceu legal.

Seja honesta, voc� fica
entediada conosco, n�o �?

N�o, quando penso no dia que
tiver que sair desta casa.

Do que est� falando?
Como pode pensar isso?

Eu vou ter que sair mais
cedo ou mais tarde.

Vamos, n�o fale besteira.
Por que pensaria isso?

Voc� ficar� conosco para sempre.

Sabe que voc� realmente � bonita.
Voc� � linda.

Como voc� ficaria morena. Eu vou
deixar experimentar minhas perucas.

N�o, eu prefiro assim.
Voc� � melhor loira.

- Como est� o mercado?
- Nada fora do comum. Est� firme agora.

Compre, compre, compre!
Estou comprando tudo!

Voc� chegou.
Est�vamos te esperando.

Voc� n�o vem?
A reuni�o � ao lado.

O presidente j� est� aqui.
Vamos.

- Como est� o maquin�rio novo, tudo bem?
- Sim, est� funcionando.

Foi uma boa ideia.
N�o h� outra maneira.

Aperte os custos de produ��o ou morra.
N�o espere ajuda de ningu�m.

Te disseram que vai
haver uma triagem?

- N�o sei, me ligaram.
- Uma triagem? Ningu�m me disse.

Voc� n�o sabe?
� muito perturbador...

- Algo pornogr�fico?
- Isto n�o � motivo de risada.

� sobre o que eles v�o discutir
no congresso em Amsterd�.

Modifica��o embrion�ria.

Ouvi dizer que houve grandes
avan�os, devemos ir para Amsterd�.

Modifica��o do embri�o!
Isso nos salvaria.

Est�o falando sobre isso h� anos,
vamos torcer para que seja verdade.

Acho que algu�m andou mexendo no
meu equipamento, sabe de alguma coisa?

N�o, n�o fui eu, e
ningu�m entra no laborat�rio.

Estou trabalhando com culturas
tratadas com is�topos radioativos.

O menor erro arruinaria
a pr�xima ninhada.

- Eu nunca estive aqui antes.
- Seu marido, talvez?

- Acabei de esbarrar nele.
- E onde ele estava? Aqui?

Sim, eu o encontrei no laborat�rio,
n�o sei o que veio fazer aqui.

� estranho ele vir aqui. Tinha
uma reuni�o, e estava com pressa.

� por isso que acho que n�o foi
ele quem tocou nas suas amostras.

- Eu n�o vejo por que faria isso.
- Devo ter entendido errado.

Estou apenas falando sobre
isso porque estou preocupado.

Voc� sabe, para um qu�mico
as amostras s�o sagradas.

Quer ver?
� muito interessante.

Aqui, sob o microsc�pio.
Vou coloc�-lo em foco.

S�o c�lulas embrion�rias extra�das
de uma solu��o cancer�gena.

V� como eles lutam enquanto
trabalham para criar uma nova estrutura?

- Voc� pode ver?
- Sim, � t�o interessante!

Gabri, olha!

O maior obst�culo � que as
c�lulas morrem depois de algum tempo.

E a� est� o verdadeiro problema.

Injetando tecido de crescimento vivo
com uma for�a mil vezes mais poderosa.

Incr�vel!

Parece fant�stico, mesmo
que eu n�o entenda nada disso.

Deixe-me ver.

E se o experimento falhar?

Eles morrem.

Olhe para eles.

Desculpe-me se continuo
com meu trabalho.

Est� vendo?
Todas essas cores maravilhosas.

Eu gostaria que algo semelhante
acontecesse dentro de mim.

Voc� � louca? � c�ncer!

N�o, voc� n�o entendeu, estava pensando
na necessidade de mudar a si mesmo.

Eu gostaria...
Nem eu mesmo consigo explicar.

Gostaria de me transformar,
mudar, me tornar outra coisa.

Algo que vai mudando
at� que ela exploda.

N�o, escute, voc� me
assusta falando assim.

Por qu�?

Voc� reparou no Marco? Est�
agindo de forma estranha h� um tempo.

- Como se escondesse alguma coisa.
- O que estaria escondendo?

N�o sei, mas
quero saber o que �.

E tenho certeza que
vamos descobrir isso juntas.

- S� ser� poss�vel com voc�.
- Juntas? Mas como?

Deixe comigo, voc� vai ver.

N�s podemos alcan��-lo
melhor do que se eu tentasse sozinha.

Fale baixo, ele est� ouvindo.

No que diz respeito ao p�blico,
nosso setor n�o clonou nada de errado.

Temos que passar a mensagem de
que o frango est� dispon�vel a cada dia!

- Frango � como p�o!
- Muito bom, como p�o!

- P�o que � s� carne.
- Grande slogan!

A verdade � que as pessoas n�o
sabem o bastante sobre frango.

Temos que quebrar essa
barreira para que todos saibam!

Temos que colocar
frango em todas as fam�lias.

Trata-se de aumentar a
publicidade a um n�vel pol�tico.

Assim como qualquer produto industrial.

E � por isso que, como presidente
da nossa associa��o, pensei em voc�.

Eu aprovo. Aprovo plenamente!

Mas � imposs�vel, n�o
sei nada de publicidade.

- Voc� precisa de um especialista.
- Seu bom gosto � tudo que precisamos.

Voc� � a pessoa mais
qualificada aqui.

N�o estava interessado em pintar?
At� escreveu um livro sobre isso.

Isso � irrelevante,
interesses juvenis esquecidos.

N�o � nada mais do que
alguns esbo�os e slogans.

Todos n�s devemos dedicar
nosso tempo livre � empresa.

Voc� n�o pode mudar isso.

- Eu posso tentar.
- Eu nunca duvidei de voc�.

Muito obrigado.

Quero apresentar a pessoa
que nossa associa��o contratou...

para organizar a campanha publicit�ria.

Voc� vai ver, ele � um jovem
astuto e com muita ambi��o.

E o mais importante, ele
conhece muito bem o seu trabalho.

Cavalheiros.

Permita-me apresentar o Sr. Mondaini,
nosso especialista em publicidade.

J� passei na sua casa para
ter a honra de conhec�-lo.

Mas n�o tive sorte,
voc� n�o estava l�.

Sim, eu sinto muito.
Minha esposa me disse.

H� muito trabalho a fazer aqui
e estou ansioso por isso.

O pouco que eu puder
fazer, estou a sua disposi��o.

- Obrigado.
- Bom.

Vamos esquecer as
formalidades, v�o se dar bem.

N�o o perca de vista.
Fique com ele.

E agora para o evento
principal, a exibi��o est� pronta.

Vejam, para mim isso �
extraordin�rio.

Se este for o caminho certo, as
perspectivas futuras s�o claras.

Claro, meu p�!

N�o podemos apenas esperar
por esses grandes resultados.

Queremos fechar as fazendas?

Esta � uma batalha pol�tica
e precisamos come�ar a lutar!

Somos produtores ligados �
realidade econ�mica imediata.

- Ningu�m disse o contr�rio!
- Sil�ncio, senhores!

Sil�ncio!

Pare de interromper!

Marco!

� realmente voc�.

O que? N�o me reconhece?

Claro.
O que voc� faz aqui?

J� faz um bom tempo.

Pense bem, at� te
reconheci no escuro.

- N�o sabe o que isso significa para mim.
- Eu tamb�m te reconheci imediatamente.

Estou doente, muito doente.

O que �?

- Parece preocupado.
- N�o, de jeito nenhum.

Talvez eu tenha te incomodado.

- Por que n�o sa�mos daqui?
- Sim, vamos.

Dez anos de dist�ncia.
Pense bem, � a minha cidade.

Eu nasci e cresci aqui,
e eu olho em volta...

e n�o reconhe�o
nada, nem ningu�m.

Terapia de eletrochoque.
Apagaram minha mem�ria.

Entende por que estou t�o feliz
em v�-lo novamente, em reconhec�-lo?

E o seu neg�cio?
Seu escrit�rio de advocacia?

Quem se importa? N�o estou
incomodado com isso, voltei para melhorar.

- N�o posso viver sem meu passado.
- E eu gostaria de dizer adeus ao meu.

N�o encontro mais as
ruas, nem as pessoas.

Eu estou fora! Fora!

Voc� pode ser apenas o
homem mais sortudo do mundo.

Campari e soda.

- Desculpe, estou atrasada.
- Sente-se.

Ainda tenho que postar
os convites, quer vir?

N�o, n�o h� pressa.
Preciso falar com voc�.

O que? Aqui?
� tudo t�o divertido!

Olha para ela.

Que aberra��o!

E aquela outra.

Gostaria de um sorvete.
Posso pegar um?

- Procurei por voc� ontem � noite.
- Eu te disse que n�o.

Seja honesta, onde estava?
Por que n�o estava no seu quarto?

Eu te disse, n�o estava
me sentindo bem.

O que �?
O que est� olhando?

� o meu len�o de cabe�a.
Voc� n�o viu isso antes?

- Quando comprou isso?
- Anna me deu.

Eu tenho ele faz tempo.

- O que est� procurando?
- Essas marcas, o que significam?

Provavelmente alguma bobagem.

S�o s�mbolos primitivos.
Voc� n�o pode l�-los?

N�o, eu n�o entendo
nada, n�o importa.

O que vamos fazer agora?

O que?

O que estava pensando,
quando pegou meu len�o?

Eu queria saber onde
estava ontem � noite?

Voc� n�o deve vir � noite. Se comporta
como se estiv�ssemos sozinhos.

Tem que lembrar que
somos tr�s, e n�o podemos.

- Quem disse que n�o pode ser dois?
- Dois? � ainda mais assustador!

- Voc� n�o tem medo de nada.
- Quem te disse isso?

Tenho medo de tudo.
Tudo, entendeu?

- Estranho, n�o tinha notado.
- N�o me conhece, ningu�m me conhece!

N�o fique empolgada.
Olhe para a frente.

- Voc� tem que encarar as coisas.
- Eu fa�o.

N�o tenho culpa se n�o
acredito mais em nada.

- Por minha causa?
- N�o, eu n�o pensei em voc�.

Eu estava pensando
em meus pais.

Para mim n�o havia nada
mais puro ou amoroso.

Pense bem, est�vamos
saindo de f�rias naquele dia.

- Pare com isso.
- Foi uma manh� maravilhosa.

Sonhei com isso por meses.

- Eu sei, foi um acidente.
- Foi uma cat�strofe!

- Tenho os olhos estranhos.
- Por que estranhos?

Se sentem como de outra pessoa.

Os olhos tamb�m mudam
quando se est� apaixonada.

- Voc� os esconde atr�s dos �culos.
- O que � t�o estranho?

- Voc� tem vergonha?
- Sobre o que?

- Outras pessoas vendo voc�.
- Por que?

- Por causa da Anna.
- N�o tenho vergonha de nada.

- Por que nos encontramos em segredo?
- N�o ser� por muito mais tempo.

- Vamos embora.
- Voc� quer fugir? Por que?

Achei que gostasse
dessa vida com n�s tr�s.

Voc� ainda n�o me conhece.
Estou procurando algo definitivo.

- Voc� quer dizer "amor"?
- Por que n�o?

Acho que n�o h�
nada mais indefinido.

Por que defini-lo?
� t�o bom como �.

- Voc� vai embora comigo.
- N�o, n�o faz sentido.

Por qu�? Por qu�?

Quanto tempo acha que
seu amor vai durar? Um m�s?

Dois meses? E depois?
Como vamos sobreviver?

Quero recome�ar, de uma forma
diferente, quero me sentir livre.

Sem ter que tomar decis�es
que n�o me dizem respeito.

- Imposs�vel!
- Sim, eu sei.

E sempre diferente.
Talvez um pouco louco.

- E como vamos viver?
- Veremos.

- Curtiu isso?
- Isso importa? Eu sempre posso roubar.

Parece divertido!
Eu gosto, mulher de bandido!

Seguido por toda a pol�cia!

Mas cuidado, coragem � um luxo!
Bang! Bang!

Coragem � um luxo!

Voc� ser� a esposa de um
homem apaixonado e feliz!

- Bang! Bang! Amor e coragem!
- Ningu�m vai nos parar!

- Coragem � um luxo!
- N�s vamos fazer isso.

- Eles v�o nos matar!
- N�s vamos fazer isso.

- O amor tamb�m � um luxo, sabia?
- Digamos que � um luxo.

- O que nos importa?
- Onde voc� pensa que vai?

E com dinheiro de quem?
Eu n�o tenho nada, nem voc�.

Tudo pertence a Anna.
As galinhas, a casa, a fazenda.

Capital, contas banc�rias.

O que vamos comer? Flores!

O que est� fazendo?
Pare com isso!

- Por que est� assim?
- Por que voc� se casou com ela?

Pelo dinheiro dela?

N�o vou lhe dar a
resposta que voc� espera.

- Diga-me o por qu�?
- Porque eu a amava.

E como voc� a conheceu?

Da maneira mais comum.

Foi t�o comum
que nos casamos.

E ela foi deixada
no comando de tudo.

- Eu prefiro, me sinto mais livre.
- Mas voc� est� preso aqui.

- N�o vou ficar, vamos fugir juntos.
- N�o, eu vou ficar aqui.

Eu nunca vou seguir voc�.

Sr Marco...

Desculpe incomod�-lo, mas
quero lhe mostrar o material.

Gostaria que voc� examinasse.

Se estiver indo para o escrit�rio,
posso lhe mostrar os esbo�os.

Tenho quinze esbo�os elaborados por
meus est�dios de design gr�fico.

Escusado ser� dizer que
as ideias eram minhas.

Mesmo que tenham sido inspirados
nos conceitos do presidente.

Frango, esse desconhecido, imerso
no medo de s�culos de barb�rie...

depois de uma longa
perman�ncia no campo...

finalmente entra em nossa civiliza��o.

Afirmando-se como um
dos principais protagonistas.

Quem disse que n�o podemos ter...

um engenheiro de galinhas, um m�dico
de galinhas, uma galinha burocrata?

Uma galinha tecnocrata?
E por que n�o? Um soldado galinha!

� uma forma estranha
de se expressar.

Misturar pessoas com galinhas.

Sim, entendo, parece um pouco
perturbador, mas tenho outras op��es.

O homem da galinha de rua
� um pouco menos heroico.

� menos informal, um
pouco como um parente claro.

Olha esse passeio de domingo
com galinhas e crian�as.

"Frango, protetor da fam�lia."

E para concluir, "A festa".

A galinha em busca de
emo��es, a galinha playboy...

que, vestida com seu belo
terno, vai � festa do frango.

O que voc� acha?

Venha dar uma olhada aqui.

Eu acho que deveria servir.

� o maior da casa.
O que acha?

- N�o, n�o h� portas aqui!
- H� outro quarto ao lado.

Vamos, siga-me.

Para come�ar, precisamos
de uma porta que possa trancar.

N�o me diga que esse n�o serve
porque n�o tenho outro.

Que tal?

� perfeito, exatamente
o que precisamos.

O que est�o esperando?

A �rea de jogo deve estar
completamente vazia.

Movendo tudo para fora!

O que est� fazendo?

- Todo mundo tem que trocar de parceiro.
- Sim, � o jogo da verdade.

Uma verdade que nunca
ser� revelada.

Com exce��o dos
interessados, � claro.

Eles ser�o os �nicos que saber�o!

Voc� vai nos dizer o
que vai acontecer neste jogo?

As coisas mais emocionantes.
Teremos que esperar para ver.

Rela��es �ntimas entre casais
casuais? Eu n�o posso acreditar.

- N�o somos ratos!
- Voc� est� errado, meu amigo.

Pode muito bem ser imoral,
mas � mais do que poss�vel.

� verificado biologicamente.

- Quem � voc�? Como entrou?
- A porta estava aberta.

Desculpe, sou um velho amigo
do Marco, preciso falar com ele.

- Marco est� ocupado.
- Eu sei, mas � urgente...

Luigi.

O que est� fazendo aqui?
Como est�?

- Preciso da tua ajuda.
- Claro, entre.

� um velho amigo.
Te explico mais tarde.

O que est� acontecendo?

Eu me perdi, ent�o vi
algumas luzes e era sua casa.

N�o entendo, o
que ele est� dizendo?

Procurava uma estrada ladeada
de �rvores, que se divide em duas.

- Mas n�o encontrei.
- Ele est� procurando uma estrada.

N�o h� estrada que se
divida em duas por aqui.

Voc� me entende, certo?

Claro que te entendo.

Por que voc� n�o fica?

Venha.

N�o, eu vou indo.
H� muitas pessoas.

- Somos todos amigos.
- Talvez haja algu�m que conhe�a.

Amigos, a sala est� t�o nua
que o primeiro casal pode entrar.

Diga-nos, quanto tempo
podemos ficar dentro da sala?

Naquela sala o tempo n�o existe!

Ent�o, para mim isso � muito bom.

Obrigado por me escolher.

Vamos ter certeza de
manter o controle do tempo.

- Podemos assistir?
- N�o!

- O que eles est�o fazendo?
- � s� um jogo.

� o jogo da verdade,
numa sala nua.

Nua? Vazia?

Um quarto nu.

N�o, eu vou sair daqui.

- Mas por que? Fique.
- N�o posso, tenho que ir.

Tenho tanta coisa para fazer.

- Eu te acompanho.
- N�o, obrigado, vou sozinho...

Eu encontro o caminho sozinho.

- Calma, ele est� doente.
- Louco, eu diria.

Por que veio aqui?
Como encontrou nossa casa?

E como o conhece?

N�o me lembro,
n�o o via h� anos.

Voc� nunca o mencionou.

Eu tinha uma vida antes
de te conhecer.

E o que poderia t�-lo
trazido aqui esta noite?

Esta � a pior parte.

� verdade.

- Basta olhar para ele!
- Como foi?

- Voc� se sente feliz?
- N�o podemos dizer uma palavra!

Um amor misterioso!

Um amor misterioso �
igual a zero mais zero!

Vamos, pr�ximo casal!

E sem trapa�a. As regras!
Respeite as regras.

Vamos, pare de beber
e tente se controlar.

- Isso deu errado.
- Est� chorando.

O que deu errado?

- Porque est� chorando?
- Nada... n�o � nada.

E o bondoso mission�rio disse:
"Voc� est� vendo este ovo?"

� assim que eles vivem
na ilha dos crocodilos.

- Sempre termina assim.
- � perigoso!

Sim, mas � emocionante!

E na hora que foi...
As tr�s coisas?

Espere.

Eu n�o me lembro mais!

N�o me lembro.

Por qu�?

- N�o consigo ouvir nada.
- O que espera ouvir?

- Talvez seja o come�o de algo.
- Sil�ncio, ou estar�o nos ouvindo.

Eu n�o sei se posso
continuar com isso.

N�o, voc� tem que
fazer, n�o importa o qu�.

Voc� s� precisa querer.
� uma quest�o de nervos.

N�s somos os mais fortes.
Por que est� tremendo?

Voc� n�o os v�? Olhe para eles!

Diz!

Diz!

O que eu fa�o? Voc� me diz.

Quando te vejo hesitar,
n�o te reconhe�o.

Voc� n�o pode ver?
O que est� esperando?

- Quando voc� o conheceu?
- Desculpe, de quem est� falando?

Voc� sabe exatamente quem.

Aquele cara l� fora.
O agente de publicidade.

Outro dia, quando ele
veio te procurar.

N�o � verdade,
voc�s j� se conheciam.

Como chegou a isso?
Voc� n�o confia em mim?

Eu gosto dele,
ele n�o tem complexo.

Eu n�o gosto dele.

- Isso � tudo que tem a dizer?
- N�o, espere.

Ainda n�o terminei,
h� algo mais importante.

Eu decidi.

Eu n�o vou esperar mais.

Voc� � minha �nica chance.

E se voc� quiser que
aconte�a aqui, estou dentro.

E Anna?

Anna n�o existe mais.
Ela desapareceu da minha vida.

Imagine que ela nunca existiu.

Vamos esquec�-la.

N�s somos os �nicos aqui.

- Quem est� gritando?
- O que aconteceu?

As luzes! Acenda as luzes!

Quem estava por tr�s desta
piada est�pida?

Tudo tem limite!

Eu n�o entendi.
O que aconteceu?

Me desculpe, mas eu fiquei com
medo, gritei como uma idiota.

Sempre tive medo do escuro.
Por favor me perdoe.

- Est� tarde.
- Sim, � verdade.

Sim, � tarde.

� muito tarde.

Com licen�a, Anna.

Sinto muito, foi tudo minha culpa.

O jogo acabou de qualquer maneira.

No final, n�o foi t�o
divertido quanto eu esperava.

E agora temos que arrumar tudo.

- O que � isso?
- Uma carta, endere�ada a mim.

Covardes! Uma carta an�nima.

Repugnante!

Covardes!

- M�nica.
- Sim?

- Est� livre?
- Depende.

- Espera, vamos sair juntos.
- Sim, apenas se apresse.

Posso?

Entre.

O dinheiro primeiro, querido.

Entre, est� aberta.

Serve-me bem.

Isso � o que acontece quando
pensa que sabe tudo.

Mas voc� n�o sabe nada.
S�o os outros que sabem.

Por que est� t�o chateada?
Pode n�o ser verdade.

- Mas a carta � real.
- Assim � melhor.

Pelo menos voc� sabe.

Achei que a sala da verdade era
aquela que compartilhamos por 10 anos.

V� para a cama.

N�o se mexa.

Est� me machucando.

O que est� esperando?
Rasgue-a.

Voc� s� vai acabar acreditando.

Marco comprando suas fantasias
e sonhos, seus segredos sujos.

Eu gostaria de saber...
Onde ele est� conseguindo essas coisas?

No motel perto da rodovia,
voc� n�o leu?

Ele deve ter reservado um
quarto, dado gorjeta ao porteiro.

- Eu os vi.
- Quem?

- As meninas, elas est�o sempre l�.
- Chame-as de prostitutas.

Uma institui��o t�o antiga
quanto o casamento.

Os homens os pagam esperando
aprender algo sobre si mesmos.

Como um psiquiatra.

Nesse caso, as esposas deveriam se fantasiar
de prostitutas para surpreend�-los...

e seria a vingan�a exata!

De que adianta uma esposa,
se ela n�o se torna c�mplice?

Para o inferno com a
respeitabilidade.

E � isso que quero fazer.

Tenho que estimular
seus desejos mais ocultos.

E voc� vai me ajudar.
Eu quero ver essas garotas.

Ok, parece uma
experi�ncia divertida.

E eu voltarei como um deles.

O que acha que vai encontrar?
Pode ficar melhor?

C�es de ca�a!

Apare�am!

� hora de acabar com isso!

Assassinos!

Sanguessugas!

As m�quinas � de todos!

Voc� vai pagar por isso!

Voc� ter� que lidar com os sindicatos!

Black, Black.

N�o sabia que voc� estava aqui.

- O que � isso?
- Voc� ouviu os trabalhadores?

Eles tamb�m estavam
aqui, eu os afastei.

N�o entendem que n�o precisamos deles.
Eles t�m exig�ncias tolas.

Eles quebraram tr�s janelas.

Eu te disse, temos que prestar queixa.
A empresa est� desamparada.

Neste ponto, precisamos da pol�cia.
Temos o direito de ser protegidos.

Dificilmente acho que seja
um assunto para a pol�cia.

As reservas de ra��o est�o
cheias at� as cinco de amanh�.

Voc� deve verificar todos os celeiros,
eles podem ter danificado algum.

Anna.

No fundo, eles est�o
completamente entediados.

� tudo t�o convencional.

Uma imita��o perfeita.

� s� uma quest�o de
roupa e maquiagem.

Com licen�a.

Voc� tem um isqueiro?

Voc� se move bem.

O que est� pensando?

� surpreendente.

Vi algo assustador
em seus olhos, em sua boca.

Voc� est� certa,
um rosto muito robusto.

N�o sei.

Algo indefin�vel.

Como uma capacidade oculta
de sofrer e causar sofrimento.

Ficar triste e
causar profunda tristeza.

� a lingerie que mais conta.

� quase mais importante
do que a pele por baixo.

Eu fico bem de preto.

Ou talvez algo mais
colorido, � mais vulgar.

- Vai ser divertido procur�-lo.
- N�o, eu irei, deixe-me escolher.

- Por que?
- Eu gosto, deixa comigo.

Eu gosto de te transformar
com minhas m�os.

Como quiser.

Chegamos a um ponto de ruptura!

A press�o para baixar os pre�os
est� se tornando intoler�vel!

Os atuais regulamentos de
importa��o n�o s�o suficientes.

O governo deve garantir a plena
integra��o de nossos produtos...

em todas as principais
institui��es sociais.

Nossas galinhas t�m que entrar na
administra��o p�blica, no ex�rcito...

nas pris�es, nas escolas,
nos hospitais e hosp�cios!

Senhores, o frango deve estar
livre para circular globalmente!

Nosso protesto come�ar�
imediatamente!

Vamos atacar com 15.000 unidades!

Bom dia, que prazer!

- Estou te incomodando?
- De jeito nenhum, entre.

Na verdade, voc� deve me
desculpar, viu o que aconteceu?

Esses malandros me feriram.
� uma ra�a agressiva.

Voc� acredita nisso?
Recusaram-se a deixar-se catalogar.

Eles s�o ingratos, porque eu aprecio a
companhia deles quando estou sozinho.

Mas a administra��o precisa
de ordem, antes de mais nada.

- Voc� deve me desculpar.
- Por favor, por favor...

Preciso te pedir um grande favor.

Um convite para minha esposa
para o congresso em Amsterd�.

- Mas � depois de amanh�.
- Ela ir� amanh�.

Tenho muitos convites.
S�cios que n�o podem vir.

Voc� sabe, com
a batalha pela frente.

Fico feliz que pelo menos sua
esposa esteja indo.

Entregue isso � companhia a�rea.

Os melhores
est�o sempre no centro.

Oi.

Eu vi voc� sair da ag�ncia, mas
n�o pensei que fosse alcan��-lo.

O que est� fazendo?
Indo viajar?

N�o eu, minha esposa.

Comprei uma passagem para Amsterd�,
ela vai a um congresso internacional.

Devo me desculpar pela outra
noite, n�o estava me sentindo bem.

Eu precisava te ver, n�o
achei que voc� teria companhia.

Vamos l�, �s vezes voc�s
se juntam para se divertir...

e de repente todos
ficam nervosos.

Sim, � verdade, sua esposa parecia
constrangida, mas eu estava certo.

Essa estrada existe
e se divide em duas.

- Ela continuou dizendo que n�o.
- Ela est� muito irritada ultimamente.

Espero que esta viagem
lhe fa�a algum bem.

N�o sei por que ela estava chateada.
A estrada n�o importa.

� a possibilidade de o recordar,
de o encontrar, e encontrei.

E tenho tantas outras
coisas para encontrar.

Gabri, n�o estava com voc�?

Sim, eu a levei a uma loja,
queria fazer algumas compras.

Se voc� quiser uma carona, entre.
N�o � problema.

N�o, obrigado.
Meu escrit�rio � aqui perto.

Quando voc�
quer se encontrar de novo?

Sobre aqueles cartazes.
O presidente disse que era urgente.

Voc� sabe, com tudo o
que est� acontecendo.

- Voc� ouviu, certo?
- N�o posso.

Eu n�o tenho tempo.
Estou muito ocupado hoje.

Mantenha-me informado.

- � sua esposa.
- Sim, coloque-a na linha.

- Ol�, Marco.
- O que foi?

Precisa voltar para casa imediatamente.
Algo incr�vel aconteceu!

Al�? Al�?

Al�?

Al�?

- O que aconteceu?
- Veja isso.

- O que isto significa?
- Faz parte da �ltima ninhada.

Deve ter acabado de chocar.

� monstruoso.

Eles n�o t�m cabe�a ou asas.

E eles respiram como
se estivessem vivos.

Voc� contou a algu�m?

Sim, o qu�mico.
Ele estar� aqui a qualquer minuto.

Isso foi um erro.

Ou�a, voc� tocou nas
amostras de laborat�rio?

O qu�mico me perguntou h� alguns dias.
Algu�m os havia adulterado.

N�o toquei em nada,
nem mexi em nada.

Ningu�m disse que era voc�.
Eu s� estava perguntando.

O que aconteceu?

Incr�vel!

Sem cabe�a, sem asas!

E eles est�o crescendo
muito r�pido.

E sem comida.

Esta pode ser a muta��o
que todos esper�vamos.

Que maravilha!
Aconteceu aqui, na nossa fazenda.

� tudo carne!

Com ossos bastante pequenos.

Poder�amos reduzir custos.

- At� a embalagem mudaria!
- � verdade!

Devemos informar a diretoria.

Ningu�m ser� informado.
Eles s�o deformidades!

Acho-os horr�veis.

O que est� falando?

� o que procuramos
todo esse tempo.

Isso � revolucion�rio.
Pense na import�ncia disso.

Eles s�o monstros e
devem ser destru�dos.

Isso � um absurdo!

Pode ser a solu��o para todos
os nossos problemas financeiros.

- Saia daqui!
- Voc� n�o v�? Isso � importante.

Vou levar isso para a diretoria.

Saia daqui!

V� embora!

- Vou fazer uma reclama��o!
- Eu disse saia!

O que voc� vai fazer?

Quer destruir resultados
t�o fascinantes como estes?

Finalmente algo
concreto que nos pertence.

- Eu nunca os quis!
- Eu fiz, n�o estou com medo!

Precis�vamos de algo diferente,
misterioso, que pud�ssemos compartilhar!

As dificuldades de um velho
e uma mulher acabaram.

Se n�o os aceita,
voc� � um covarde.

Tome cuidado!

Veja se voc� gosta deles.

Veja isso! E essas!

Sim, maravilhosa. Bem feita.

Voc� viu?

At� tive tempo de fazer
um pequeno ensaio.

- E ele?
- Ele ficou na fazenda.

N�o teve coragem de voltar.

Mas por que ele as matou?

Ele ter� problemas com
as pessoas da empresa.

Claro, e espero
que o fa�am pagar.

Garanto-lhe que nunca
senti um desejo t�o forte...

entrar no quarto dele em segredo.

Para surpreend�-lo.
Para enfrentar sua rebeli�o.

Com sua necessidade de destruir,
com sua f�ria de tirar sangue!

- E n�o est� com medo?
- � ele que tem medo de mim.

Ele est� tentando se defender.

Pela primeira vez, estaremos
realmente cara a cara.

Quero um encontro de verdade.
Ele n�o vai fugir desta vez.

E se tudo acabar
mal, n�o ser� pior?

Ser� pior para ele.
� hora de revelar nosso verdadeiro eu.

De minha parte, sempre o fiz.

Eu nunca soube nada sobre ele.

Finalmente, a verdade.

Olha! N�o � uma obra-prima?

Tem uma carta para voc�.

- Aqui est�.
- Obrigado.

- Como posso ser �til?
- Apenas me diga, sim ou n�o.

- Mal posso esperar.
- Est� tudo pronto.

Al�?

Sim, bom dia.

Pela entrada principal?
Claro que eu sei.

Ok, mas...

Eu n�o preciso do seu conselho.

Apenas me diga a hora
exata e em que andar.

Ok, estarei l�.

Voc� sabe muito bem porque
eu pedi para vir aqui.

Estudei a queixa do seu qu�mico.

O que voc� clonou � inconceb�vel,
al�m da moralidade social...

Eu n�o entendo por que, por
quaisquer raz�es estranhas...

voc� suprimiu um resultado biol�gico
de indubit�vel interesse para todos...

Sem falar na empresa.

Num momento de extrema dificuldade
financeira, produtiva e comercial...

A esperan�a � a �nica
coisa que nos mant�m vivos.

Qualquer pessoa razo�vel
teria achado nojento.

- Nojo � uma sensa��o infantil.
- Mas aconteceu na minha fazenda.

- Ningu�m pode julgar meus sentimentos pessoais.
- Voc� est� errado!

Como criador, voc� tem uma responsabilidade
muito clara para com a empresa.

N�o pretendo trabalhar
em uma f�brica de horrores.

Mas o horror � um sentimento completamente
alheio � biologia ou � economia.

Entendo suas preocupa��es morais.

Mas voc� � o �nico respons�vel
e � quem produz monstros.

Com licen�a.

Eu n�o tenho mais nada a dizer.

N�o tem sido f�cil.

- Tenho certeza.
- Todos voc�s sabem o que eu penso.

15.000 unidades devem ser...

Sim? Quem fala?

� voc�! Como est�?

O que voc� disse?

Sim, claro que � poss�vel.

Pode sempre utilizar
o elevador de servi�o.

Sim, est� bem.

Ok.

N�o! O que est� fazendo?

� imposs�vel limpar.

� aqui que eu quero come�ar.

Eu tamb�m quero come�ar.

A m�quina come�a... �s cinco.

A m�quina, �s cinco.

O ovo, � trabalho.

O ovo...

Voc� n�o pode limp�-lo.

Eu tamb�m quero come�ar.
Isso � imposs�vel.

Voc� n�o pode limp�-lo.
Eu tamb�m, eu tamb�m.

Isso � o que eu quero!
�s cinco.

Isso � imposs�vel.

Imposs�vel.

O que quer?

Lembre-se de levar
sua esposa ao aeroporto.

Ah, sim, obrigado.
Estou � caminho.

Sim, claro. Quantos?

� claro.

Excelente! Bom dia.

Departamento de investiga��o.
O que aconteceu?

- Nada.
- Quem nos chamou?

A pol�cia? N�o fomos n�s.

Recebemos uma den�ncia de que
uma mulher foi assassinada no quarto 724.

Todos n�s j� fomos assassinadas
no quarto 724, certo Monica?

Fui esquartejada naquele quarto
pelo menos duas vezes este m�s.

Comigo � a garganta.

Ele pode ter h�bitos estranhos,
mas � um verdadeiro cavalheiro.

- Ele deve estar l� em cima agora.
- Um trote, parece �bvio.

N�o, vamos dar uma olhada.
Vamos l� pessoal.

Isso � o suficiente, pegue a chave.
Gostaria de pegar um desses pervertidos.

- Onde � o quarto? � intermin�vel.
- Nosso hotel � muito grande.

Abra as persianas,
n�o consigo ver nada.

- Ningu�m aqui, est� tudo arrumado.
- Devem ter acabado de sair.

Ele � um bom homem,
n�o faria mal a uma mosca.

Eu realmente gostaria de encontrar
este bom homem e conversar com ele.

� uma quest�o de moralidade p�blica.

Ele vem aqui com frequ�ncia?

Ele est� alugando este
quarto h� v�rios meses.

Reservado.

Precis�vamos de algo
diferente, algo misterioso.

Para compartilhar juntos.

O momento inevit�vel chegou.

A abertura de barreiras internacionais.

Devemos derrubar esse muro
de ignor�ncia e preconceito.

Nossas galinhas querem
liberdade e n�s daremos isso a elas.

Vamos expandir os mercados.

Que o mundo finalmente
reconhe�a o livre movimento global.

- Eu me assustei e gritei.
- Por que ele estava aqui?

Eu o vi pela janela e foi
quando ele ligou as m�quinas.

- Eu n�o sei mais o que est� acontecendo.
- Sim, estou come�ando a entender.

Ele pensou que era sua
esposa gritando.

Por isso cortou o corrim�o,
para faz�-la cair no picador.

Para se livrar dela! Sim!
Depois, h� a passagem para Amsterd�.

Ele disse ao secret�rio da
associa��o que ela tinha ido ao congresso.

Por que � �bvio!
A viagem para Amsterd�!

Ele criou um �libi.

- Mas Anna n�o sabia de nada.
- Claro, e ela n�o era para saber.

Ele contou aos outros o �libi.

E �ramos dois tolos.
S� tivemos que esperar mais um pouco.

Mas ele foi para o motel.

- Por que ele foi para o motel?
- Para fortalecer seu �libi, � �bvio.

Ele tinha tudo planejado.

No final ele caiu na armadilha,
e era isso que quer�amos.

O que faremos se n�o funcionar?

Vi a pol�cia chegar,
provavelmente j� o prenderam.

E com seu passado, certamente passar�
o resto de sua vida na pris�o.

E herdarei a fazenda, a
casa e at� a conta no banco.

Esse ser� o fim da prima pobre, ter
que ir para a cama com todos ao redor.

Me escute.

Tenho grandes planos
para revolucionar a empresa.

- Mas eu quero tudo novo.
- Vou instalar novas m�quinas.

Vou intensificar os
experimentos bioqu�micos.

Voc� ser� minha esposa.

Querido, foi dif�cil para voc�?

N�o.

Apenas alguns arranh�es.

Ela gritou?

Sim, ela gritou.

Espere.

Quem pode ser?

Uma ideia mais simb�lica e
geral: galinha, protetora da fam�lia.

Quando voc� o conheceu?

N�o h� ningu�m aqui!

Olha! Como ela veio parar aqui?

Ele deve estar aqui tamb�m.

- N�o fique a� parada, me ajude.
- N�o, estou com medo!

Idiota!

Tem algu�m aqui?

N�o! N�o fomos n�s!

- N�o fomos n�s!
- Sim?

- Ent�o quem foi?
- Marido dela.

- E para onde ele foi?
- N�o sei, deve ter fugido.

D� uma olhada ao redor.

Se ele fugir, n�o ir� longe.
Voc� vem conosco.

Mas n�o temos nada com isso.
Somos inocentes!

Voc� ter� todo o tempo
para provar isso.

Chame uma ambul�ncia.

- Chame uma ambul�ncia.
- Ok.

N�o h� ningu�m aqui!

Ningu�m aqui tamb�m!

Precisamos da foto dele para as
equipes de busca, alerte a Central.

Legenda: LABOK
Janeiro /