All language subtitles for Invasion.2021.S02E07.WEB.x264-TORRENTGALAXY

Bom dia.

O café está no fogão.

Madrugaste.

Só desde que o mundo virou um inferno.

Queres dar uma olhadela nisto?

Coordenadas de todos os que desapareceram?

Que foram levados.
O Martin disse que "levaram" a Lisa. Olha.

Estava a tentar dormir quando me apercebi.

Se esse tal miúdo viu o espantalho
dos Williams antes de o Felix ser levado,

deve ter visto coisas
nos outros pontos de captura, certo?

Aqui, onde a Edna Reynolds foi vista
pela última vez, há uma boca de incêndio.

Algum malandro pintou uma cara na boca
de incêndio. Se calhar ele viu essa cara.

O salão de beleza, onde a Dolores Kim
foi vista pela última vez.

A placa tem a forma de uma tesoura.
Se calhar ele desenhou a placa.

Ou talvez sejam as coordenadas.

Os números.

Talvez estejam num destes desenhos,
como o distintivo do Xerife Tyson.

Tenho estado a rever cada desenho,
cada linha, cada palavra, cada número.

- Tem de estar aqui.
- Ou talvez devas fazer uma pausa.

Faço uma pausa quando acabar.

- Pareço...
- Intensa?

Eu...

Eu ia dizer: "Tu a falar."

Tenho pensado muito
em como te deves sentir,

a andar pela cidade
onde todos estão a desaparecer.

Mas mantiveste a calma até ontem à noite,
quando um deles voltou.

E agora...

Não andas à procura de todos, pois não?

Andas à procura de alguém.

É do Billy?

O que foi?

Eu conheço este número.

É uma matrícula. Pertencia ao Ben Shelton.

Os sobrinhos, o Cal e o Chet, levaram-lhe
a carrinha, um dia, e desapareceram aqui.

Foram os primeiros dois a desaparecer.

O Xerife Tyson encontrou a carrinha,
mas não os rapazes,

e depois ele desapareceu no mesmo sítio.

Depois o Shelton e a mulher
também desapareceram.

Aqui mesmo.

Espirais.

E se...

... eles estiverem a pensar...

... a mover-se...

... em espiral?

O que fica aqui no centro?

É a quinta do Ben Shelton.

Depois de o Ben desaparecer, a quinta
ficou vazia até o exército a ocupar.

Transformaram-na num armazém de provisões
para guardar comida e assim.

Acho que não é só isso que guardam.

Vamos.

Todos estes soldados,
formação tática e de cobertura.

Digo, vá lá. O que estão a guardar?

É impossível estarem a guardar comida.

Não há dúvida
de que estão a esconder algo.

Anda.

Temos de ver melhor.

Que raio está ali em baixo?

- Temos um pico.
- Muito bem. Está ativo.

Equipem-se.

Unidade de recolha, em posição.

Temos um. Tragam-no para cima!

Sargento, ali!

Intrusos! Às 12 horas!

- Merda. Vai! Continua. Vai!
- Espera!

Merda.

Quieto! Põe as mãos no ar. Mãos no ar.

Está bem, calma.

INVASÃO

Casp. Que sítio estranho é este?

Acho que foi aqui que me mantiveram.

Quê, não sabes?

Não parece o tipo de relatórios
que a minha mãe fazia.

Quero dizer, está tudo em francês.
Então, quem sabe?

O que quer que fizessem aqui,
parece que não os salvou.

Exceto a ti, amigo. Tu safaste-te bem.

O que aconteceu, Casp?

Não tenho a certeza.
Nem sequer me lembro de ter acordado.

Eu estava aqui.

Ainda bem que não estavas
quando invadiram isto, não é?

E eles? Estavam aqui?

Quem são?

Espera. Tu é que desenhaste isto, certo?

Sim, devo ter desenhado.

Mas não me lembro.

Nem tenho a certeza se os vi.

Como é que os desenhaste se não os viste?

Eva, Elkin, Natori. Dizem-te alguma coisa?

São...

Les enfants exceptionnels.
Estão todos aqui.

Até tu, Caspar.

Eram pacientes aqui nesta ala contigo.

Parecem ser mais do que pacientes.
Digo, "crianças excecionais"?

- Vejam isto. Eram ratos de laboratório.
- Mas para quê?

- Para que os testavam?
- Quem sabe?

Ele não.

Tudo isto faz parte da CDM.

Então, é militar.
Portanto, cada um destes miúdos...

... tu...

... podem ser uma arma.

- Não sabemos.
- Mas faz sentido, não?

Porque outro motivo estariam
aqui fechados se não fossem perigosos?

Na verdade, é uma boa pergunta.

Casp, nos meus sonhos dizias que ias
descobrir como vencer os extraterrestres.

Descobriste?

Os outros. Os miúdos,
acho que podem ser a chave.

- A sério?
- Tenho-os sentido.

Ouvido.

Mesmo quando estava inconsciente.
Só que eu não sabia que eram eles.

No início, pensei que eras tu, Jam.

Mas falavam línguas diferentes.
Continuam a falar.

Só que agora estão mais calados.

É como se estivessem longe.

A chamar.

Não sei porque é que estamos assim.

Ligados.

Mas talvez possamos usar isso
para ripostar.

Então, vamos procurá-los.

Sim, Casp. Onde é que eles estão?
Em Paris, algures?

- Mais longe, acho eu.
- Desculpem.

Pensei que o Caspar era a chave.
Agora os outros miúdos é que são a chave?

E ele nem sequer se lembra de os conhecer.

Não. Mas, não, não te preocupes,
ele ouve-os na sua cabeça,

mesmo que o GPS dele
não seja propriamente de última geração.

Alguma destas coisas vos parece louca?

- Vá lá, Monty. Não é preciso...
- Não, Alf.

Eu entendo.

É um bocado louco,
mas toda esta viagem tem sido louca.

E todas as loucuras
nos trouxeram até aqui.

Ao Caspar.

Se ele diz que os miúdos nos podem ajudar
a vencer a guerra, vamos procurá-los.

- Vá lá, o que temos a perder?
- Nem sabemos por onde começar.

E que tal por aqui?

Há um laboratório perto de Orléans.

Ou estavam a fazer um.
Parece-te bem, Casp?

Sim. Acho que sim.

Se eu ouvir, podemos seguir as suas vozes.

- É o suficiente para mim. Vamos lá.
- Eu também alinho.

Sim, claro. Porque não?

Como disseste, não há nada a perder,
certo? Para além das nossas vidas.

Ali está. Camp Pierce.

Então, o que achas?

Vamos recuperar a tua filha.

Vamos arranjar forma de entrar.

Uma subida muito íngreme,
não achas, Clark?

Presumindo que passamos pelo portão.

Deve haver pelo menos 50 soldados armados
lá em baixo, a julgar pelas casernas.

Antes de fazermos quaisquer suposições,
dá-nos um dia para observarmos a base.

Reunir os factos que conseguirmos.

Clark, não temos parado.

Olha para nós.

Começámos com 40. Já só somos 12.

- Perdemos o Jack, pelo amor de Deus.
- Catorze.

Com o Luke e eu, somos 14.

Estou a falar de pessoas
que podem realmente fazer algo.

Estou a limpar a tua arma, Hanley.

Pronto. As pessoas podem
expressar as suas preocupações.

Mais alguém?

Sem ofensa, mas quantos mais de nós
estamos dispostos a perder?

Tudo para recuperar uma?

Uma?

Ela não é "uma", é a Sarah.

Tu entendeste.

Os nomes são importantes. Sem eles,
as pessoas são mais fáceis de esquecer.

Digo-te o que não vou esquecer.

Que foi ele que os trouxe até nós.

- Não, não sabemos isso.
- Ele ouve-os na sua cabeça.

- Achas que não acontece dos dois lados?
- Não é assim.

Ele salvou-nos a vida no nevoeiro.

- Ele parou aquele extraterrestre.
- Dizendo-lhe apenas para o fazer.

- Que mais lhes tem dito?
- Afasta-te.

- Porquê? Receias que saibamos a verdade?
- Afasta-te!

Pessoal, respirem fundo.

Estavam a esconder-nos coisas.

Aquela cena do objeto extraterrestre?

Tu?

De todas as pessoas. A sério?

Pronto, está bem. Vão. Vão-se embora.

Não preciso disto. Eu faço-o sozinha.

Estás errada, sabes? Precisas mesmo deles.

Vais precisar deles, lá em baixo.

Fica.

Fala com eles.

Eu tentei falar com eles.

Não. Não como soldados. Como pessoas.

Pessoas assustadas,
a arriscar as suas vidas.

Mostra-lhes quem és.

Em Medicina, passei uma semana
a acompanhar um médico na ala do cancro.

Vi pessoas a descobrirem que a morte
vivia dentro dos seus corpos...

- Aonde queres chegar?
- Tens algum sítio aonde ir?

Tinha-me esquecido disso.

Ou tinha-o reprimido.

Reprimido, como a tantas outras coisas.

O médico disse-me uma coisa
no final dessa semana.

Ele disse: "Os que têm
as melhores hipóteses de sobrevivência

são os que estão dispostos a lutar
por algo mais do que eles próprios."

Talvez sejam as suas famílias,
os seus entes queridos, mas alguma coisa.

Algo maior do que a sobrevivência.

E eu esqueci-me.

Até vos ter conhecido.

Até vos ter visto a lutar.

A arriscar as vossas vidas.

A dar as vossas vidas...

... por algo mais.

Lamento que tenham perdido entes queridos
à procura da minha filha.

Uma dor como essa é...

Mas se quiserem parar,
reprimir isso, eu entendo.

Acreditem.

Era o que eu teria feito
antes de vos conhecer.

A todos vocês.

Sou eu.

É uma busca aérea. Vem cá.

Segura aqui. Tirei-a àquele sargento.

Bem, se não tivesse já sido fugitiva...

- Não é o teu primeiro rodeio?
- Quem vai mesmo a rodeios não diz isso.

- Temos de ir!
- Ainda não. Vá lá.

Está aqui, algures.

O que é que vimos, lá atrás?

Aquele buraco. Aquela luz azul.
É quase como se estivesse vivo.

Porque há algo lá em baixo.
Algo enviado por eles.

E os militares não querem
que ninguém descubra o que é.

Eu sabia que mentiam,
a fingir que nos estavam a proteger.

O tal rapaz, o Caspar,
achas que viu alguma coisa?

Ele não viu apenas alguma coisa.

Ele viu tudo.

Que raio se passa na quinta do Ben?

Não sei.

Mas temos de descobrir.
Anda, vamos embora.

Sei de um sítio seguro.

Deve ter sido
uma espécie de ponto de evacuação.

É muito aberto.

Está livre. Vamos lá.

Muito bem. Desembucha.

O quê?

Tens claramente algo a dizer.
Di-lo antes que o teu cérebro sobreaqueça.

Achei que ias ficar contente.

Como o resto de nós.
Digo, depois de tudo o que passámos.

Agora finalmente encontrámos o Caspar.

Encontrámos?

Como é que ele foi o único
que sobreviveu naquele hospital?

- O único que ficou.
- Ou que ficou para trás.

Sim, seja como for. Porquê?

Olha, à minha merdosa maneira, acho eu,
conheço-o tão bem como vocês.

Olhava-o nos olhos.
Via o medo que lhe causava.

E a dor.

E sim, divertia-me com isso.
Mas a questão é que o via a ele.

Agora, olho para ele e vejo...
Não sei, não vejo nada. Como um vazio.

Diz-me que não vês isso também.

Ouve. Os sonhos do Caspar
trouxeram-nos até ele.

Por isso, vou confiar nos sonhos dele,
onde quer que levem.

Consegues fazer isso? Confiar nele?

Eu confio em ti.

São os teus sonhos que eu vou seguir.

... ataques dos mais recentes
e mais letais extraterrestres continuam.

Do Noroeste do Pacífico
até às Montanhas Rochosas.

Com avistamentos a aumentar...

- O que foi, miúda?
- Os níveis de amoníaco...

... nestas áreas,

e o aumento do número de ataques
forçou a retirada de comunidades,

por vezes, em terrenos traiçoeiros.

... a ajuda militar e humanitária
está a espalhar-se para criar uma...

Boa noite, Marlene.

... situação grave a desenvolver...

Pronto.

Agora, a parte da hospitalidade acabou-se.

Porque estão dois fugitivos em minha casa?

E falem baixo. Acabei de deitar os gémeos.

Eu sei que isto é...

Eu só... eu sei.

E acredita, se tivéssemos outro sítio
para onde ir, iríamos...

És perigosa?

E ele é?

Não. Céus, não.

Porque dizem que és.

Senhora, prometo-lhe, estamos...

Desculpa, isto é uma conversa de família.

Ainda somos família?

Digo, legalmente?

Bem, pelo menos isso.

Marlene, estás a correr um risco
só por falares connosco.

Nem sei dizer
o quanto isso significa para mim.

Mas vai valer a pena.

Para encontrar o Billy.

Tu...

Sabes o que aconteceu ao Billy?
Sabes onde é que ele está?

Temos uma pista, uma pista real.
Só precisamos de um pouco de tempo.

Podes dar-nos isso?

Não é bonito, mas dá para dormirem.

- Obrigada.
- Têm até ao nascer do sol.

Céus.

Então, queres falar do assunto?

Queres dizer do Billy?

Sim. Quem é ele?
Tipo, o marido dela ou assim?

Não, é o meu.

Podemos sentar-nos?

O Billy não era um homem mau. Não é.

Não mentia, não traía.

Mas passámos por uma fase difícil
e nunca resolvemos as coisas.

As conversas levavam a discussões e...

Então, deixámos de falar.

Durante meses.

Então, um dia,
ele disse que queria um filho.

E eu disse: "Que engraçado.
Eu quero o divórcio."

Acho que não teve assim tanta piada.

Ele veio viver com a Marlene,
a irmã mais velha dele.

Dois dias depois, o Xerife Tyson
desapareceu e os extraterrestres chegaram.

E depois desapareceram outros
e os militares chegaram.

E depois, o Billy desapareceu.

Depois chegaste tu.

Queria que ele fosse embora.

Mas não assim.

Sinto que a culpa é toda minha.

O meu filho estava doente.

O corpinho dele estava a sofrer, sabes?

Tanto.

E, por um momento,
só queria que a dor fosse embora.

Toda a dor, dentro de todos nós. Que só...

... parasse.

E depois...

... o médico veio e deu a notícia, sabes?

Isso abala-nos mesmo, perder alguém assim.

Será que alguma vez para?

Eu digo-te.

Eu digo-te.

Vamos lá.

Esta maldita chuva,
mesmo ao sairmos da cidade.

- É como na nossa terra.
- Não é nada como na nossa terra.

Vamos arranjar mantimentos.

Vejam aqui.

Sim! Hora de reabastecer!

Esquece lá a chuva,
vou afogar-me em plástico.

Só há grandes.
Vamos ter de nos desenrascar, sim?

Recebemos notícias
de ataques extraterrestres...

E se fosse antes isto?

- Isso é lixo, Pen. Pousa isso.
- O quê? Não.

Vês? Etiquetas. Novinho em folha.

Funciona sequer?

Vou fazer com que funcione.

- Muito bem, dá cá isso agora. Está bem?
- Não. Vais deitá-lo ao lixo.

- Pen, dá cá isso.
- Não!

- Pen, larga isso, agora!
- Não!

Está tudo bem.

- Eram eles?
- Claro que são.

Casp, consegues senti-los? Como antes,
no hospital da minha mãe. Estão perto?

Vá lá, pensei que estivesses
ligado a eles ou assim.

Não sinto nada.

Isso é bom, certo?
Talvez tenham seguido em frente.

Merda! Esta foi aqui perto!

Parece que estão a invadir os edifícios.

Não.

Tu estás bem. Tu estás bem, Pen.
Pega nas minhas mãos.

Pronto, Pen. Tu estás bem.

Se entrarem aqui, somos alvos fáceis.

É hora de seres Jedi, Skywalker.

O Monty tem razão.
Não podemos ficar aqui. Vamos.

Foda-se!

Casp? Podes dar-nos uma direção?
Dizer-nos qual é o caminho seguro?

Por aqui.

Muito bem, vamos lá.

Caspar, vai à frente.

Vão!

Corram!

Merda! É um beco sem saída! Foda-se!

Pessoal, o que é que fazemos?

Pessoal, por aqui!

- Vêm aí.
- Abre isso! Vão.

Vão.

- Depressa!
- Vão!

Foda-se.

Meu Deus. Vai, Penny. Vamos lá.

É uma queda de cinco andares!

Mas que raio?
Levaste-nos diretamente a eles!

O que fazemos? O que é que fazemos?

Casp?

Estou farto de lhe dar ouvidos!
É por causa dele que estamos aqui!

Abre. Abre! Abre-te!

Abre!

- Abre-te! Abre! Abre! Abre-te.
- Penny.

Abre.

Estou a ouvi-los! Vêm aí!

- Abre!
- Confiámos em ti e agora estamos presos!

Certo.

Tu e eu. Esquerda, direita, esquerda.
Estamos bem.

Estamos bem.

Não, não estamos.

Vamos lá!

Meu. Já soubeste de Camp Allman?

- Que aconteceu?
- Foi-se.

Uma companhia inteira
desapareceu do mapa durante a noite.

- Merda.
- Olá?

Mas que raio, miúdo? Estás perdido?

Preciso de ajuda.

Onde está a tua família? Eles estão bem?

Não são eles. Sou eu.

Passa-se algo de errado comigo.

Vou reportar.

Estás doente ou assim?

Não pareces muito mal.

Que tal eu levar-te para dentro,
para a enfermaria?

Chamar o médico para te examinar.

Tudo bem?

Devias pedir-lhes
que examinem o teu amigo primeiro.

Livre.

Deixaste a tua mãe orgulhosa.
Vai. Abre o portão.

É bom que tenhas razão, Clark.
Ela vai entrar num ninho de vespas.

- Cuidado!
- Merda!

- Vão!
- Sigam-me!

Fora da carrinha! No chão! Já!

Eu disse para o chão. Já!

Calma.

Revista-a.

Que raio. Já é mau termos um inimigo
que nem sequer é humano.

Temos de nos preocupar com os humanos
se tornarem inimigos?

- Limpa.
- Certo, importa-se de me dizer

que raio pensa que está a fazer?

Estou a reunir-vos a todos
num único local.

Estão cercados! Baixem as armas!

Larguem-nas, já!

Ponham as armas no chão!

- No chão!
- Tu também, Cabo.

Façamos com que ninguém
leve um tiro, hoje.

Pronto. Calma!

Mexam-se.

- Boa condução.
- Boa contagem.

Tinhas razão. Têm pouco pessoal.

Queres saber quantas pessoas há
numa base do exército?

Fica de olho na messe.

Vamos procurá-la.

Que raio é isto?

- Não acredito que funcionou.
- Eu disse-te.

Todos têm de comer. Até os corvos.

Estrada bloqueada...

Agradece à Marlene por mim.

Acho que não vai querer ver
nenhum de nós novamente.

Vamos encontrar o Billy. E os restantes.

Desapareçam!

Guarda isto.
Por via das dúvidas, está bem?

Vais conseguir.

Não é o teu primeiro rodeio.

Vamos lá, malta! Vamos lá!

Jamila.

Tem cuidado, sim?

Casp. Cuidado com a lata. Está quente.

Tens frio?

Não. Estou bem.

Lá se foi Paris, não?

O raio da cidade quase nos matou.

Eu quase nos matei.

Tentaste, Casp.

Ainda estás a recuperar ou assim, certo?

Ainda te estás a lembrar.

Eu posso ajudar-te a lembrar.
A lembrares-te de nós. Não?

Guardei o desenho que fizeste.

Este tempo todo.

Costumava pensar
que era para não me esquecer de ti.

Mas, passado um tempo, percebi
que era para não me esquecer de mim.

Da forma como me vias, Casp.

Fizeste-me acreditar.

Se conseguiste fazer isso por mim,
eu consigo fazer isso por ti.

Sim?

Está tudo aos bocados.

É como um sonho do qual não me consigo
lembrar, sabes? Está tudo a escapar.

É a primeira música
que ouvimos juntos. É antiga.

Estávamos num autocarro, certo?

Sim.

E eu tinha um caderno?

O teu caderno de notas.

Sim. Caiu aberto.

Sim.

E depois tu...

Eu lembro-me.

Muito bem. Sarah Malik.

Desta altura. Oito anos de idade.

Cabelo castanho comprido. Onde está?

Sabe, apesar do que disse lá fora,
não somos inimigos.

Com todo o respeito, senhora,
enganava-me bem.

Está com o Movimento, certo?

Não queremos magoar ninguém.
Espero que consigam ver isso.

Provocaram concussões
aos dois homens no portão.

Só queremos a minha filha.

Entreguem-na e nós vamos embora.
Sabemos que ela está aqui.

Ouça. Se não for o responsável,

diga-nos só quem é
e nós falaremos com eles.

Ninguém é responsável.

- Quem é o oficial superior?
- Sou eu.

Mas só fui nomeado cabo por votação.
Não é oficial.

O resto da companhia foi transferido
para reforçar outras posições.

Ninguém comanda o local?

Defendemos o nosso posto até novas ordens.
Cumprimos o nosso dever.

É por isso que recuso o seu pedido
para obter mais informações.

Recusa o meu pedido?

Todos os assuntos relativos
às ações militares deste posto avançado

são considerados confidenciais
e não devem ser partilhados com civis.

Pronto.

Ela é minha filha.

Onde está ela?

O quê? Ali?

É aqui que ela...

amêndoa

Ajuda.

Lamento.

Sim.

Eu também.

- Aneesha.
- Jesus, meu.

Aneesha!

Segurem-no.

- Que estás a fazer?
- Segurem-no!

- Apontem-lhe as armas.
- Não é assim que se faz.

- Aneesha.
- Aqui está. Propofol.

Que estás a fazer?

Normalmente, administraria 40 miligramas.

No seu caso, digamos 60.

Podes dizer-me qual é o plano?

Ela esteve ali, Clark. Naquele quarto.

Agora, vou dar-lhe uma última oportunidade
de me dizer onde ela está

antes de remover algo de que ele
vai sentir falta quando acordar.

Aneesha, isto... Tu não és assim.

Eu sou exatamente assim! Sou a mãe dela!

Ouça. Eu também perdi pessoas, está bem?

Perdi família. Perdi...
Foda-se. Por favor, pare.

Aneesha.

Senhora, por fa...

Agora ou nunca.

Por favor. Ouça. Por favor, só...

- Fale!
- Porra, por favor...

- Onde está ela?
- Não está aqui!

Não está aqui.

Procurei no gabinete administrativo
e encontrei isto.

Levaram-na ontem à noite.

- Lamento, Aneesha.
- Oklahoma?

Sim. Não é uma base militar.

Projeto Idabel?

O que é isto?

É para onde vamos a seguir.

Não te preocupes. Vamos encontrá-la.

Não, não vão.

Nunca vão conseguir chegar a ela.

- Chegámos a vocês.
- Não está a entender.

O Projeto Idabel

não é uma pequena base meio abandonada
como esta.

É o ponto zero.

É onde tudo isto começou.

Ouça-me. Se levaram a sua filha para lá,
então, ela foi-se.

Não há nada que possa fazer.

Vamos. Segue-me.

Querida Rose.

Esta é a tal mensagem.

Aquela que diz o que não consegui dizer
quando estávamos deitados lado a lado,

porque eu não sabia exatamente
como o dizer.

Continuo a não saber, mas...

Talvez todas as coisas que nos juntaram
não tenham sido por acaso.

Não tenham sido coincidência.

Eu precisava de alguém.

Todos precisamos de alguém,
mesmo que não o vejamos.

Os desenhos, as visões.

Talvez o que os vai unir,

como peças de um puzzle
que se encaixam no lugar, sejas tu.

Como uma luz.

A mostrar-me o caminho.

Perímetro livre.

A mostrar-me o que está
no centro de tudo isto.

A guiar-me para casa.

Legendas: Teresa Moreira