All language subtitles for 09 - Hondo - Judas

Prossigam.

-Vamos.
-Vamos.

Hondo, n�o deixe que ele
se levante da sua cadeira.

Ele est� sentado,
mas voc� levantou um pouco.

Eu s� estou me posicionando.

Correspond�ncia.

Ei, Bottles, voc� n�o
desistiria agora, n�o �?

S� te custaria $0,50.

Seu maldito teimoso.
Voc� nunca sabe quando perdeu.

-Donaldson?
-Aqui.

-Ogden?
-Aqui.

Hays?

Olhe.

Isso � meio que um impasse.
Vamos chamar de impasse.

Estou esperando uma carta
muito importante.

-Desista e perder� $1.
-Hondo, voc� � o juiz aqui.

Diga a ele que podemos continuar
depois que eu pegar minha carta.

Isso depende do Bottles.

Se desistir, ele perder� $1.

-Christy?
-Eu.

Voc� odeia perder, n�o?

N�o.

S� quis ter certeza
de que valeu a pena.

Ei, Hondo, pode vir comigo
para me ajudar a ler a carta?

-Achei que soubese ler.
-Bem...

Leio palavras impressas,
n�o escritas.

Espero receber uma carta
daquela potranca.

Aquela que prometeu
te amar para sempre

depois que gastou um m�s de sal�rio
com ela, em uma noite?

Essa mesmo.

Ela disse que escreveria
assim que pudesse vir me visitar.

-A �ltima � para voc�.
-O que eu te disse?

Ela realmente me ama.

Ela disse que
escreveria para mim

assim que sua av� doente
se recuperasse.

Hondo.

Hondo, o capit�o quer falar com voc�
e o Buffalo no seu escrit�rio.

� melhor irmos ver
o que ele quer.

Hondo, voc� acha que aquela garota
realmente tem uma av� doente?

� prov�vel que ela tenha uma
para cada noite da semana.

Os �ltimos relat�rios
os colocam nesta �rea aqui.

-Evans disse quantos eram?
-Eles contaram cinco.

S� levaram os cavalos
e ningu�m foi ferido.

Nenhum tiro foi disparado.
Vieram a noite,

abriram o port�o do curral
e levaram todo a tropa.

Devem ter sido alguns jovens bravos
provando sua coragem.

Pode ser.
Ou pode ser outra coisa.

Voc� quer que descubramos
que outra coisa � essa, heim?

Isso mesmo.
Se for importante,

quero que o coronel Crook
saiba o mais r�pido poss�vel.

Requisitem os suprimentos
e partam amanh� cedo.

Capit�o, estou partindo agora,
mas n�o para pegar

Apaches ladr�es de cavalos.
Buffalo pode cuidar disso.

N�o, espere um pouco.
N�o irei sozinho.

N�o vivi tanto tempo
sendo est�pido.

-Acorde o Bottles e o McCoy.
-Acho que n�o entendeu, Sr. Lane.

Considero essa miss�o importante
e o quero nela.

Acho que voc� n�o entendeu, capit�o.
Isso � importante para mim.

-O que � isso?
-� uma carta.

Posso ver isso, Sr. Lane.
O que houve?

M�s not�cias?
Doen�a na fam�lia?

-O que �?
-O que � n�o importa tanto

quanto de quem veio.

-De quem veio?
-De um homem morto.

Sam, voc� ficar� com o Buffalo.

Isso aconteceu
antes de nos conhecermos.

-Ele est� b�bado, Sr. Baker?
-Ele est� s�brio como uma professora.

Eu posso par�-lo, sabia?
Eu posso prend�-lo.

N�o, eu n�o faria isso
se fosse voc�.

Ele destru�ria sua cadeia.
Voc� o conhece.

Quando ele fica com aquela express�o,
� melhor lhe dar espa�o.

Voc� acha que pode
fazer ele mudar de ideia?

Voc� pode ordenhar
uma ursa-parda?

-Acha que ficar� longe muito tempo?
-Eu n�o sei.

-Posso fazer algo por voc�?
-N�o.

� algo que tenho
que cuidar sozinho.

Disse ao Sam para ficar contigo.

Adeus, Hondo.

"Nova Canaan.
Vida ou morte, agora."

Assinado com a letra "Q".

Quantas?

Ah, eu quero 3 cartas.

-O que ser�?
-U�sque.

Acho que terei que jogar com essas,
e apostarei $0,20.

-Eu pago.
-De onde vem?

Oeste.

-Para onde vai?
-Leste.

Outro u�sque.

Tudo vermelho.

Voc�s duas, sumam.

Precisamos conversar algo.

E esque�a essas cartas,
pode ser?

Ele � mais importante.

N�o para mim.
Estou perdendo $1,50.

Vamos.
D� as cartas.

Voc� pode perder $1.000
se n�o prestar aten��o.

Entendeu?

-Eu n�o.
-Foi antes do seu tempo, irm�ozinho.

Aquele � o Hondo Lane.

H� uma recompensa
de $1.000 por ele.

$1.000?

-Acho que terei que cuidar dele.
-Del...

Se n�o o matar
com o primeiro tiro,

eu e o Gar ficaremos felizes
em enterrar voc� pela manh�.

Se sente com sorte?
V� em frente.

A chuva parou.

-Quando o pegaremos?
-N�s temos tempo.

S� o seguiremos e
esperaremos ele se descuidar.

Quando ele se descuidar,
conseguiremos $1.000.

Legendas
DANILO CARVALHO

Saia com as m�os para o alto
eu te explodirei.

Um pouco mais perto do meu p�
e arru�naria minhas botas.

Est� tarde para visitas, n�o?

-Depende.
-Quem � voc�?

Sam Bragg, delegado federal
respons�vel por este territ�rio.

-Tem prova disso?
-Bem, eu posso...

Bem devagar, senhor.

Gostaria de tomar um caf�,
delegado?

Estava a caminho de Concho
quando vi sua fogueira.

Um homem n�o costuma viajar sozinho
por essas partes.

Pensei em esperar voc� dormir
para vir question�-lo.

A �nica coisa que descobri
� que tem o sono leve.

Bem, sou batedor do ex�rcito,
servindo no Forte Lowe.

-Fica a alguns dias daqui?
-Sim.

Estou numa miss�o especial.

Faz tempo que
n�o passo por aqui.

Procuro um lugar chamado
Nova Canaan.

-� para l� que vai?
-Isso mesmo.

-Sim, era uma �tima cidadezinha.
-Como assim, era?

A febre os atingiu
h� cerca de 3 anos.

Matou metade das pessoas
e a outra metade partiu.

Virou uma cidade fantasma,
heim?

Nova Canaan.

Nasceu em 1853.

Faleceu em 1868.

Que descanse em paz.

Qual � o problema, Hondo?

Acha que est�
vendo um fantasma?

Coronel Quantrill.

Eu n�o fui morto naquele ataque.
Eu levei um tiro nas costas.

Sangrei como um porco.

Esperei um dia inteiro numa vala
antes de fugir.

Reportaram que voc� havia sido morto.
Eles at� encontraram seu corpo.

Eles encontraram um corpo
com o rosto desfigurado,

usando minha casaca.

Tinhamos a altura
e peso parecidos.

Parecia que um cavalo
tinha lhe dado coices no rosto.

Eu n�o sei.

N�o sei quem ele era,
mas sei que me deu minha vida.

Coronel, quero que saiba
que sab�amos que estava sumido

depois daquele ataque.
Tentamos encontr�-lo, mas...

O ex�rcito da Uni�o chegou
e tivemos que partir para n�o morrer.

Eu sei.

Estava t�o ferido
que n�o consegui gritar.

Tive que ficar sentado
enquanto voc�s partiam.

Aqui.

� dif�cil de acreditar que
esteja vivo na minha frente.

Naquele dia, eu s� acreditei
que estava vivo

por causa da minha respira��o.
Foi nisso que me concentrei.

Inspirar e expirar.

Foi a coisa mais dif�cil
que j� tive que fazer.

Algu�m mais sabe...

Dr. Zeber.
Eu devia ter pensado nisso.

Prazer em v�-lo, Hondo.

-Faz muitos anos.
-At� demais, doutor.

Prazer em v�-lo.

-Bem, ainda com o coronel, heim?
-Aonde mais eu estaria?

Ele cuidou de mim
quando eu fui baleado.

-E tirei o bra�o dele.
-Bem, ele n�o teve escolha.

Um homem pode viver com um bra�o,
mas n�o con gangrena.

Faz 4 anos.
O que tem feito?

Estivemos esperando
numa cidadezinha do Texas

at� o povo esquecer
o nome Quantrill.

-Isso nunca acontecer�, William.
-Eu gostaria que sim.

Se esquecessem meu nome,
isso nos daria espa�o.

-Quais s�o seus planos, coronel?
-S� tenho um.

� s� o que precisamos.

Isso mesmo.
At� o restante dos homens chegarem.

-Quais homens?
-Voc� ver�, Hondo,

quando fizermos a chamada.

Como faz�amos nos
velhos tempos.

Nos dias dos
Guerrilheiros de Quantrill.

Eu digo para irmos peg�-lo.

Ele parece estar sozinho.
Deve ser f�cil.

� assim que quero, f�cil.

Certo.
Vamos l�.

Se abaixem!

-E agora?
-Ainda quer peg�-lo, irm�ozinho?

N�o.
N�o contra essas chances.

Ent�o esperaremos.

-Esperaremos se separarem.
-Quem ser� que s�o?

Eu n�o sei.
N�o consegui ver os rostos deles.

Deve ser um bando de andarilhos.
N�o valem o pre�o de uma bala.

Tenente Jesse James.

Aqui, senhor.
� um prazer, senhor.

Capit�o Frank James.

Estou aqui, doutor.

-Sargentos Jim e Cole Younger.
-� um prazer, senhor.

Sargentos Charlie e Bob Ford.

Estamos aqui.

Muitos dias na sela,
mas estamos aqui.

E capit�o Hondo Lane.

S� faltou um, coronel.

Muito bem.

Faz 4 anos desde que cavalgaram
com o Quantrill

e vejo que ficaram famosos.
Isso � bom.

-N�o ficamos parados.
-Posso ver isso.

Ei, Frank.

Esse cartaz n�o � muito justo
com voc�, heim?

Saber que est� vivo foi a melhor coisa
que aconteceu conosco, senhor.

-Obrigado, Jesse.
-� dif�cil de acreditar

que estou olhando para voc�,
senhor.

Ah, Frank.

Faz tempo que n�o te vejo.
Os anos lhe fizeram bem, Hondo.

Por que n�o?

A vida f�cil que ele leva
n�o envelhece ningu�m.

Dingus.

Se quiser voltar comigo,
te arrumo um trabalho igual ao meu.

Dingus.

N�o ou�o te chamarem assim
h� muito tempo, irm�ozinho.

Pode acreditar nisso.

A �nica coisa que seus empregadores
fariam, seria me enforcar.

At� a morte.

Soube que limparam seu nome, Lane.
Isso � verdade?

Sim.

Se importa em nos dizer
como conseguiu isso?

Podemos fazer o mesmo.

Bem, eu concordei
em trabalhar para o ex�rcito.

Ex�rcito da Uni�o?

O ex�rcito ianque,
"barriga azul"?

Isso mesmo, Bob.

Receio que terei que ficar
como estou.

Esse � um pre�o muito alto
a se pagar.

-Acho que fez o certo, Hondo.
-Bem, obrigado, Cole.

Hondo Lane.

Desta vez,
eu saquei mais r�pido.

Pode ser,
mas voc� acertou o teto.

Hondo, velho amigo.
Voc� � uma vis�o para olhos cansados.

Johnny Reno,
voc� nunca chega na hora.

Sempre um dia atrasado
e com um d�lar a menos.

Bem, soube que est�
se saindo bem, Hondo.

-Sempre seguindo a lei.
-Funcionou para mim, eu acho.

Ent�o, o que faz aqui
com todos n�s?

-Talvez possa responder isso, senhor.
-Bem...

Primeiro temos
que abrir uma garrafa.

Nos juntarmos depois de tantos anos
merece uma comemora��o.

Ei, doutor.

Lembra de quando arrancou
um peda�o da perna do Lane

e abriu sua �ltima garrafa de conhaque
para ajudar no sofrimento dele?

Eu cuidei dele v�rias vezes,
mas n�o lembro dessa vez.

E o Hondo, sendo o bom amigo que era,
queria dividir conosco.

Sim, exceto que cometi um erro.
Eu deixei voc�s beberem primeiro.

Sim, era um �timo conhaque.

Desceu macio.

Eu n�o sei.
N�o consegui prov�-lo.

Lembro que arrebentou as amarras
enquanto o doutor procurava a bala.

Teria arrancado sua orelha no dente
se tivesse se aproximado.

Judas!

N�o sei qual de voc�s,
mas h� um Judas entre n�s.

Ele senta conosco
e ri conosco.

Mas eu digo que ele
� um Judas!

N�o, William.
N�o agora.

Agora n�o � a hora.

Sim.

Depois que descansar um pouco
lhes contarei o restante do plano.

-O que foi tudo aquilo?
-Eu n�o sei.

Judas n�o � algu�m que
se vira contra os amigos?

N�o que se vira contra,
que os trai, Johnny.

Foi isso que ele disse
que um de n�s era.

Mas qual?

Acham que foi por isso
que ele nos reuniu?

N�o, deve ser outra coisa.

Me pergunto se precisaremos
usar nossas armas.

Com ele,
n�o sempre precisamos?

-Ele acaba de se descuidar.
-Gostaria de saber quem s�o os outros.

-N�o os vi muito bem.
-Podemos descobrir mais tarde.

No momento,
n�o perderei $1.000.

Pegamos todos eles?

Coronel,
te devo minha vida de novo.

-O que faz aqui sozinho?
-Te deixei um bilhete explicando.

Amigos n�o partem
e deixam bilhetes.

-Agora, me diga.
-Imaginei que era melhor partir

sem saber quais s�o seus planos.

N�o quero fazer parte deles
e n�o quero saber o que �.

Voc� viajou muitas milhas
para vir me encontrar.

-Por que?
-Pensei que poderia...

Fazer algo bom.
Pensei que poderia ajudar.

-Eu signifiquei tudo isso para voc�?
-Sim, senhor.

Com Jesse, Cole e os outros,
acho que n�o precisar� de mim.

Voc� n�o pode viajar
com o bra�o assim.

Volte comigo
e Leonard cuidar� disso.

-Pegarei seu cavalo.
-Coronel.

Acha que fui eu que te acertei
pelas costas?

Pegarei seu cavalo.

S� pegou de rasp�o,
mas deixar� uma cicatriz.

-Como nos velhos tempos, n�o?
-At� demais.

Provavelmente eram ca�adores
de recompensa que n�o sabiam

-que havia sido inocentado.
-Provavelmente.

N�s todos valemos
quase $50.0000.

Voc� valia m�seros $1.000.

O que n�o receberiam mesmo.

Pare com isso!

Por que n�o v� se os outros
precisam de ajuda no est�bulo?

Voc� nunca voltou para
o seu consult�rio, n�o �, doutor?

N�o.

Isso � uma pena.

-Sabe, voc� � um bom m�dico.
-Estou aonde sou necessitado.

-E todo esse tempo com o coronel?
-Sim.

Bem, voc� n�o mudou nada,
doutor.

Mas ele, sim.

Eu mudei.

S� n�o demonstro tanto.

H� algum motivo
para ele estar desse jeito?

Motivo?

4 anos de massacre
� um motivo?

Mandar homens para serem desmembrados
e mortos n�o � um motivo?

Derrota n�o � um motivo?

Trai��o n�o � um motivo?

-Tem certeza de que ele foi traido?
-Absoluta.

Doutor, por que ficou com ele?

Eu li uma vez que, se um homem
tivesse ao menos um amigo

durante a sua vida,
ele teria vencido.

-Um era o suficiente.
-Sim.

Ei, meu velho.

Te trouxe comida...

Para preencher esse buraco.

Darei uma olhada nesse bra�o
em um dia ou dois.

-Enquanto isso, pegue leve com ele.
-Obrigado, doutor.

Peguei essa receita
com um cozinheiro do ex�rcito.

-Quando o fuzilaram?
-Assim que provaram a comida.

-Como est� seu bra�o?
-S� sei que est� no lugar.

Eu li o recado que deixou
para o coronel.

Ainda partir�?

-Est� fazendo a coisa certa.
-Por que n�o faz o mesmo?

� tarde demais
para mudar meu jeito.

Bem, houve um tempo
em que n�o era tarde demais.

Sim, n�o me lembro dele.

O que aconteceu com o est�bulo
que ia abrir com seu irm�o?

Aquele plano morreu com ele.

Ele era a �nica fam�lia
que tinha, n�o era, Johnny?

Sim.

A �nica fam�lia.

Aquele tempo se foi.
N�o podemos trazer o ontem,

s� nos planejarmos
para o amanh�.

Sim, e seus planos para o amanh�
incluem cavalgar com o Quantrill?

At� o fim, velho amigo.

Sem voltar atr�s.

Coloquem no bar.

-Leonard cuidou do seu bra�o?
-Sim, senhor.

Isso � bom.

Cavalheiros, acho que est�
na hora de revelar o plano.

-Senhor, h� algo...
-Sente-se, soldado!

Ou�a o plano, por favor.

Depois voc� decide.

Sim.

Acho que deve ao menos isso ao coronel
depois do que ele fez essa noite.

Agora...

Daqui a alguns dias,
estaremos com $200.000.

Como?

Isso � uma mapa.

Como pode ver,
esse � o Forte Tender.

� o ponto de distribui��o
das folhas de pagamento do oeste.

Todo m�s eles recebem uma carro�a
com as folhas de pagamento.

Esse m�s eles trar�o
uma carga especial.

$200.000 em ouro.

E n�s cudaremos
para que chegue vazia.

Ainda n�o sei como, senhor.

A carro�a parte daqui
e aqui fica o Forte Tender.

E nos esconderemos
a duas milhas.

Eles tem quantos soldados
de guarda?

20.

Isso n�o � tudo que eles tem.
H� uma gatling dentro da carro�a.

-Estou ciente disso.
-Ent�o, talvez esteja ciente

de que eles tem ordens para atirar
em quem se aproximar daquela carro�a.

Com tudo isso contra n�s,
nunca conseguiremos.

-Frank est� certo.
-Prometo que ningu�m ser� baelado.

Aqui.

Aqui.
Usaremos isso.

-Uniformes ianques.
-Isso mesmo.

Os chap�us e as armas
est�o dentro do outro.

Nos aproximaremos
como soldados ianques

e esperaremos a chance
de atacar, heim?

Isso mesmo.

Ser� aqui, em Stone Creek.

A neve do inverno derreteu
e inundou aquele riacho.

Os soldados ter�o problema
para passar com a carro�a

e ningu�m prestar� aten��o.

Pegar� aquela gatling
e massacrar� 20 homens?

Pedirei que se rendam.

E se fizerem isso,
ningu�m ser� morto.

� uma promessa.

-E se n�o se renderem?
-A decis�o caber� a eles.

Ainda assim � arriscado.
At� demais.

-Muitas coisas podem dar errado.
-Sim, senhor.

E aqueles uniformes n�o s�o garantia
de que nos aproximaremos da carro�a.

Cavalheiros,
eu tenho uma garantia.

Qual, senhor?

Contarei depois que
decidirem o que far�o.

Certo, coronel.
Eu ouvi.

Qual � o problema, Lane?

N�o gosta da ideia de matar
alguns "barrigas azuis"?

-Ford, voc� est� me irritando.
-Certo, voc�s dois.

Guardem essa briga para depois.
No momento, isso � o que importa.

Como dividiremos, senhor?

50% para mim e o Dr. Zeber.

Os outros 50%
voc�s dividem como quiserem.

Isso parece justo.

Conversem entre si.
Lhes darei uma hora para decidir.

Coronel, senhor.

Eu sei qual ser� minha resposta,

mas o que me preocupa
� o Judas que citou.

N�o gostaria de ser baleado nas costas
com uma espingarda, como voc�.

Voc� n�o ser�.

Viram os olhos dele?

O jeito que ele est� agindo?

Ele est� no limite.

Talvez sim, ma se conseguirmos nos
aproximar da carro�a, talvez d� certo.

Ele preparou esse plano
como fazia durante a guerra.

E eles sempre funcionaram.

N�o estou dizendo
que n�o funcionar�.

S� estou dizendo que n�o quero
cavalgar um homem louco.

Ou com um Judas.

Agora, Lane,
aonde ia quando saiu daqui?

-Seja mais claro, Ford.
-Sim, eu serei.

Qual � o �nico de n�s que
trabalha para os ianques agora?

Qual � �nico de n�s
que quer sair desse neg�cio?

Qual � o �nico de n�s que pode
coletar $50.000 de recompensa

por nos entregar?

Agora, isso foi claro o suficiente?

Ele est� com um bra�o ruim
e voc� deu o primeiro soco.

Tem sempre
que ter vantagem, n�o?

N�o se preocupe com isso,
Jesse.

Pegue-o, Bob!

Eu n�o faria isso, primo Charles.

Est� bem?

Sim.

Voc� se saiu muito bem
para um garoto do campo.

Lane!

Suba.
Quero falar com voc�.

Isso n�o muda nada.
Ainda digo que foi ele.

Ele � o Judas!

Diga-me algo, Hondo.
Voc� acredita em vingan�a?

Acho que depende
at� onde me levar�.

Sabe, eu, Cole, Jesse
e o restante dos rapazes

lutamos pela Confedera��o
por que �ramos sulistas.

Nosso amor e dever
pertenciam ao sul.

Mas voc� lutou
por um motivo diferente.

Se me lembro bem,
um oficial ianque matou sua esposa.

N�o foi?

-Sim, foi por isso.
-Chegou a encontr�-lo?

Sim, eu encontrei.

O que fez com ele, Lane?
Como se vingou dele?

Eu o deixei ir.

Sim?

Oh, Leonard.

-S� queria saber como est�o.
-Oh, bem.

A briga que teve
fez o bra�o piorar, Hondo?

N�o, os pontos n�o abriram.
Obrigado, doutor.

Bom.

Se precisar de algo, William,
me avise.

Obrigado.

Sabe, eu costumava ser
como voc�.

Quer dizer,
eu conseguia perdoar meus inimigos.

Agora...

Quando era professor,
eu costumava ensinar

que o homem era a melhor
e mais nobre criatura na terra.

Ent�o a guerra provou
que eu era um tolo.

E guerra provou
muitas outras coisas tamb�m.

-Coisas boas e importantes.
-Talvez.

Diga-me, Hondo.
Voc�...

Tem medo da morte?

Bem, eu penso em como
poderia acontecer, as vezes.

Mas, n�o.
Eu n�o tenho medo dela.

A vida � boa para voc� agora, n�o?
Ela � importante para voc�.

-Sim, ela � importante.
-� isso que quero para mim de novo.

Eu quero que a vida seja
importante para mim de novo.

Acha que vingan�a e $100.000
bastar�o para voc�?

Sim.
Sim, eu acho.

E terei os dois.

Bem, coronel,
h� algo que preciso dizer.

Espere.

Antes de dizer qualquer coisa,
quero que se lembre de algo.

Quero que pense naquela noite
em que foi capturado em Lawrence.

Eles iam te enforcar
na manh� seguinte.

E liderei um ataque
para te libertar.

Quero que pense nisso
por um minuto.

Coronel,
voc� acha que fui eu que...

Te tra�?

Por que n�o nos juntamos
aos outros?

Aquela carro�a com a folha
de pagamento chegar� em 3 dias.

Enquanto isso,
podemos resolver os detalhes.

Contei 8 uniformes.
Com o Dr. Zeber, n�s somos em 10.

Leonard n�o ir� conosco,
ele nos encontrar� depois.

O doutor n�o � muito bom
com uma arma.

-�, doutor?
-Nunca precisei ser.

Ainda falta um uniforme.

O Judas tamb�m
n�o ir� conosco.

Quando eu chamar seu nome,
venha pegar seu uniforme.

Cole Younger.

Jim Younger.

Johnny Reno.

Frank James.

Charlie Ford.

Bob Ford.

Jesse James.

E...

Esse aqui...

� meu.

Eu disse a todos voc�s.
Ele � o Judas.

Voc� � um mentiroso, Ford.

Hondo, voc� conhece o batedor
que acompanha a carro�a

-com a folha de pagamento, n�o?
-Sim, ele � meu amigo.

-Cavalheiros, essa � nossa garantia.
-Do que est� falando?

Hondo, voc� ir� vestido assim.
Se ele usasse um uniforme,

o batedor saberia
que h� algo de errado.

� por isso que voc�
� t�o importante para n�s.

� por isso que precisamos
tanto de voc�, Hondo.

Agora tudo faz sentido.

Ent�o, quem ficar� para tr�s,
senhor?

Soldado Reno,
largue esse uniforme.

Voc� disse hoje mais cedo
que n�o queria cavalgar com um Judas

por que temia ser baleado
pelas costas com uma espingarda,

como eu fui.

Eu nunca disse a ningu�m
com o que fui baleado.

S� 3 homens sabiam.

Eu.

O Dr. Zeber, que me tratou.

E o homem que me baleou.

Voc� me baleou e me deixou
para morrer numa vala, Johnny.

Por que?

Johnny.

Meu irm�o Ned.
Conversamos sobre ele, se lembra?

-Sim.
-15 anos de idade.

Sempre tentando agir
como se fosse mais velho.

Sempre tentando provar
que era um homem.

Voc� assassinou ele, Quantrill.

Johnny, eu j� matei.

Mas nunca assassinei.

Eu discordo.

O que te faz pensar
que o coronel o assassinou?

Est�vamos numa marcha for�ada,
3 dias e 3 noites.

Choveu o tempo todo.

Fez frio o tempo todo
e est�vamos encharcados.

Sim.

Quando batemos em retirada
de Liberty.

Isso mesmo.
Ned estava doente.

Com o pulm�o doente.

Ele teve que fazer a guarda noturna.
N�o deixou eu ficar no lugar dele.

Disse que faria a parte dele,
como o restante de n�s.

Eu fui a sua tenda.
E pedi...

N�o, eu te implorei
para tir�-lo do seu posto.

Eu te disse
o qu�o doente ele estava.

Voc� disse n�o.
Disse que ele era um soldado.

Disse que ele tinha
que cumprir seu dever.

Ele tinha 15 anos de idade,
Quantrill!

Na manh� seguinte,
eu o encontrei.

Ainda no seu posto.

Com a cara na lama.

O virei...

E o segurei pr�ximo a mim.

Tudo que ele disse foi:

"Adeus, Johnny".

Ent�o morreu.

Eu...

N�o me lembro.

Houve...

Tantos que morreram
por tantos motivos.

Tantas decis�es a se tomar.

-Eu n�o me lembro, Johnny.
-Eu me lembro.

E esperei.

-E tive minha chance naquele ataque.
-Johnny, por que voc� voltou?

Eu recebi a carta.

Eu tinha que saber,
tinha que descobrir...

Se voc� ainda estava vivo.

De certa forma, estou feliz.

N�o est�, n�o.

Voc� veio para atirar
nas minhas costas de novo.

-Eu n�o acredito nisso.
-N�o me importa o que acredite.

N�o me importa
o que qualquer um acredite.

Eu sei.

Eu n�o quero te matar, coronel.

Se fizer isso, sei que morrerei.

Tudo que quero fazer � partir.

-Apenas partir.
-Deixe-o partir daqui.

N�o.

Muita dor.

Muita agonia
nesses �ltimos anos.

N�o tenho como apagar
essas mem�ria t�o facilmente.

Todos n�s temos mem�rias.
O que aconteceu est� no passado.

Deixe-o sair daqui.

Isso s� acabar�...

Quando estiver morto.

Por que a resposta tem sempre
que vir de uma arma?

Sinto muito, William.

Hondo.

Voc� estava certo sobre...

Vingan�a.

Por que n�o marcou a cova?

As pessoas acham que ele
morreu como her�i de guerra.

� melhor que permane�a assim.

Pode imaginar algu�m
traindo um homem assim, Jesse?

Ainda digo que n�o dev�amos
t�-los enterrado t�o pr�ximos.

-Voltar� ao Forte Lowe?
-Sim.

Temos planos no Missouri.
Voc� pode se juntar a n�s.

-Ser� muito interessante.
-Sim, enquanto durar.

Frank, Jesse,
voc�s s�o bons amigos,

mas tenho bons amigos
no Forte Lowe tamb�m.

At� mais, Dingus.
At� mais, Frank.

E voc�, doutor?

Pensei um pouco nisso.

Voltarei para Lawrence, Kansas.

Lawrence?

A cidade que inc�ndiamos
durante a guerra.

Acho que o povo de l�
pode precisar de um m�dico.

At� mesmo um velho e usado
como eu.

Diga-me algo.

Voc� teria cavalgado
novamente com ele?

Bem, n�o precisa responder.

Deixe-a enterrada aqui com ele.

Adeus, filho.

At� mais, doutor.

-Ol�.
-Ol�.

-Voltar� ao Forte Lowe?
-Sim.

Encontrou o que procurava
em Nova Canaan?

N�o.

Como voc� disse,
n�o h� nada aqui, exceto...

Fantasmas.

At� mais, delegado.