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LONDRES
PRESENTE

A hist�ria que assistir�o � verdadeira.

� baseada num fato real.

Contada por algu�m que a viveu.

Bem, Sr. Johnson,
se pudermos garantir a entrega

at� o meio de abril, fechamos o neg�cio.

Na verdade, Sr. Latham,
podemos esperar at� o dia 20,

mas n�o al�m disso.

Tamb�m temos prazos de entrega a cumprir.

Sim, claro.

Bem, verei com a f�brica e

poderemos confirmar com voc�

amanh� por volta do meio-dia.

Est� �timo, obrigado.

Que tal um ch�?

Sei que voc�s americanos
gostam de uma bebidinha � tarde.

Os texanos com certeza!

Tomarei um u�sque com gelo,
se tiver, rapaz.

Sim, Johnny, pode trazer, por favor?

Tomarei u�sque e �gua.

-Certo.
-Obrigado.

Esse mapa � diferente.

Acho que sim, agora.

Mantenho-o aqui como lembran�a.

Parece um mapa militar.
Segunda Guerra, n�o?

Sim. Lutou na guerra?

Certamente. Passei quatro anos
nos Fuzileiros Navais.

Pulando sobre aquelas ilhazinhas
no Pac�fico.

Sim, mas nada t�o animado assim.

Eu fui oficial administrativo,
Major QGFAE.

Quartel General
das For�as Aliadas Europeias.

Mas nunca sa� de Londres.

Obrigado, Johnny.

O major est� sendo muito modesto.

Mesmo que nunca tenha sa�do de Londres,

Major Latham dirigiu um dos casos de
espionagem mais inusitados do mundo.

Se n�o fosse por ele,

talvez estiv�ssemos falando alem�o hoje.

Espionagem? S�rio?
E ganhou a guerra para n�s?

N�o iria t�o longe.

Eu iria.

Bem, conte-me, se n�o se importar.

-Adoraria ouvir.
-A hist�ria � sua, Sr. Latham.

Voc� conta a ele.

Bem, Johnny, eu...

N�o quero aborrecer o Sr. Johnson
com velhas hist�rias de guerra.

Com certeza,
depois de quatro anos no Pac�fico,

minhas explora��es parecer�o mon�tonas.

De jeito nenhum. Eu gostaria de ouvir,

se n�o se incomodar.

N�o me incomodo.

Na verdade, gosto de reviv�-la.

Vejamos, por onde devo come�ar?

Havia um alem�o chamado
Hans Pabst von Ohain.

Ele desenvolveu
o turborreator de fluxo axial em 1939

e logo depois mostrou-o em Paris.

Alguns anos depois,

os nazistas tinham dominado
quase toda a Europa.

A Inglaterra
era constantemente bombardeada.

Est�vamos conscientes da superioridade
da Alemanha a essa altura da guerra,

mas t�nhamos esperan�a de que,
junto com nossos aliados,

pud�ssemos virar o vento a nosso favor.

O Comandante americano,
General Olson, e eu

t�nhamos criado um esquema bizarro.

Que, no entanto,
ach�vamos de grande m�rito.

Ele marcara um encontro no Quartel General
tempor�rio dos Aliados

com os franceses e os russos.

A intelig�ncia relatou que Karl Stahl,

o homem respons�vel por construir
o avi�o de combate a jato da Alemanha,

morrera de ataque card�aco.

Isso � �timo, General Olson.

� um al�vio para n�s.

� mesmo.

Mas h� muitos cientistas l�
que podem substitu�-lo.

O que nos preocupa agora
� a assistente dele,

Martha Grossman.

O major Latham pode lhe explicar.

Major.

Obrigado, General Olson, vou tentar.

Cavalheiros,

faz alguns anos que Martha Grossman
simpatiza com a causa aliada.

E ela tem enviado informa��es

a respeito dos experimentos deles
aos nossos especialistas aqui em Londres.

E a julgar pelas informa��es,
estamos muito atr�s

no desenvolvimento dessa aeronave
e seu combust�vel.

Nos preocupa demais que se eles
forem os primeiros no ar

com esse tipo de aeronave,

seremos derrotados nos c�us.

O que aconteceu com essa Sra. Grossman?

Esse � o problema.

Martha Grossman � judia.

Estava segura enquanto Stahl
estava vivo para proteg�-la,

mas logo ap�s a morte dele,
ela foi tirada do projeto

e mandada a um campo de concentra��o.

Tenho certeza de que os alem�es
duvidaram da lealdade dela

ou teriam permitido que continuasse,

sendo ou n�o judia.

Obrigado, Major.

No momento estamos
fazendo todo o poss�vel

com sabotagem,
bombardeios e tudo o mais

para tentar impedir os alem�es
de continuarem

e fabricarem essa aeronave.

Mas se pudermos
contatar Martha Grossman,

h� uma boa chance
que ela tenha informa��es que poderiam

rapidamente resolver
muitos de nossos problemas

e nos colocar de volta na corrida.

Mas onde est� Martha Grossman agora?

Nossas fontes na resist�ncia localizaram
o paradeiro de Martha Grossman

num campo de prisioneiras
pr�ximo � vila de Steingarten.

Steingarten fica aqui,

e o campo de prisioneiras, 5 km ao sul.

Mais ou menos aqui.

Steingarten � usado
como �rea de recupera��o ou descanso

para oficiais alem�es da frente.

As mulheres, judias em sua maioria,

est�o no campo com o simples prop�sito
de servirem como prostitutas.

Nosso plano � simplesmente

colocar duas de nossas mulheres no campo.

A miss�o delas ser�
localizar Martha Grossman,

obter e memorizar o
m�ximo de informa��es

a respeito dos experimentos dela
e dos motores a jato que puderem.

Parece meio improv�vel.

Talvez.

Mas pelo nosso bem,
espero que n�o seja.

Essas mulheres devem ser piores
do que prostitutas.

Quem encontrariam
para uma miss�o como essa?

General Olson j� fez uma sele��o.

Os arquivos do Corpo Feminino do Ex�rcito
nos enviou 27 nomes

que s�o excelentes possibilidades.

Essa duas oficiais foram a escolha final.

Cavalheiros, apresento-lhes as tenentes
Linda Harman e Grace Freeman do CFE.

As duas oficiais,
com total conhecimento pr�vio da miss�o,

se voluntariaram para nos auxiliar.

Sentem-se, por favor.

Em minha opini�o,
as tenentes Harman e Freeman

s�o escolhas excelentes para essa miss�o.

Ambas s�o especialistas
no campo da guerrilha,

combate corpo a corpo e karat�.

Al�m disso, ambas falam franc�s e alem�o.

Tenho certeza de que estas mulheres
podem cumprir essa miss�o.

Mas mesmo se encontrarem Martha Grossman,

vamos supor que esteja doente demais
para ser retirada,

ou que seja morta na fuga,

ent�o todo esse esfor�o ser� in�til.

Os alem�es n�o ficar�o sentados
enquanto essas senhoras tomam nota.

N�s levamos isso em considera��o.

Estas mulheres passaram por um treinamento
abrangente e memoriza��o

com o Corpo de Intelig�ncia do Ex�rcito
no Fort Holabrid em Baltimore.

Elas memorizaram praticamente tudo
que ouviram ou leram.

Posso demonstrar?

Qual sua idade, General?

-Quarenta e sete.
-Obrigado.

Memorizem a partir da p�gina 47
at� eu mandar parar.

Sei o que devem estar pensando.

Mas esse projeto tem prioridade m�xima.

Devemos tentar tudo, eu repito, tudo

que tenha a m�nima chance de dar
as informa��es de que tanto precisamos.

Senhoras, fechem o manual

e repitam em un�ssono
a partir da p�gina 47.

"Uma �rea geral de pesquisa
� um estudo continuado

por pesquisadores de instala��es militares
ou �reas adjacentes,

para determinar
se as medidas de seguran�a s�o adequadas

Em reservas militares,
a pesquisa � conduzida

para determinar a adequa��o da seguran�a
de instala��es espec�ficas.

Pesquisa de comunidades geralmente inclui

o estudo da popula��o civil,
ag�ncias policiais locais,

procedimentos policiais

e condi��es espec�ficas que levam ao crime
dentro de cada �rea.

Pesquisa que
deve acabar..."

Obrigado, tenentes, foi muito bom.

Realmente not�vel.

Temos sua aprova��o?

Certo, Major, continue.

Parece que todos concordamos.

Senhoras, saltar�o de paraquedas
no local e, uma vez dentro,

encontrar�o com o capit�o Robert Calais
da Resist�ncia Francesa e seus homens.

Ele lhes dar� roupas, identidades

e outras informa��es

que ser�o necess�rias
para completarem a miss�o.

Ent�o ele transportar� voc�s
para Steingarten.

Ser� nesse caf�
que ser�o presas pela Gestapo.

Tamb�m ser�, como j� foi explicado,

necess�rio que cooperem com Jerry

de qualquer forma que eles mandarem.

Pois nos disseram que se n�o cooperarem,

ser�o mandadas para a c�mara de g�s.

Quando partimos?

Esta noite �s 21h.

A chegada de paraquedas
ocorreu sem incidentes.

Ambas aterraram em seguran�a
em um campo localizado a 23 km a oeste

da cidade de Steingarten.

Mais ou menos a 6 km do Campo do Amor.

Jerry sabia muito bem
das atividades da resist�ncia

e tinha patrulhas constantemente
vasculhando a �rea.

Sentem-se, por favor.

Senhoras, sou Robert Calais.

Estas s�o suas credenciais.

Voc� � Bertha Liechtenstein

e voc� � Cara Strassberg.

Aqui est� a hist�ria de voc�s.

Podem memorizar tudo?

Sim, podemos.

Diz quem foram sua m�e, seu pai,

onde nasceram e tudo mais.

Como sabem, ter�o exatamente cinco dias
assim que entrarem no campo

para obter e memorizar
toda informa��o necess�ria.

Martha Grossman ainda est� no campo.

J� que as mulheres ficam todas juntas
em um quartel,

n�o ter�o problema em contact�-la.

Precisam faz�-la acreditar

que s�o aliadas e n�o espi�s alem�s,

ou ela n�o dir� nada a voc�s.

Ser� necess�rio convenc�-la.

Tem algo que possa nos dar
para provar quem somos?

Ser�o minuciosamente revistadas
por um m�dico

e banhadas, antes de serem colocadas
no campo.

� imposs�vel entrar com qualquer coisa
que ajude voc�s a ganhar a confian�a dela.

Ent�o devemos confiar apenas
em sua mem�ria.

Mem�ria das experi�ncias passadas
em que ela esteve envolvida.

Aqui est� uma lista do nosso pessoal
com quem ela tem se comunicado.

Memorizem-na.

Vamos come�ar.

Troquem de roupa.

Onde podemos nos trocar?

Aqui mesmo.

Aqui?

Talvez a miss�o n�o tenha sido
bem explicada a voc�s.

Pelos pr�ximos cinco dias,
ser�o prostitutas para o Terceiro Reich.

E ter�o de ser convincentes nessa tarefa.

Acho que descobrir�o,
a partir desse momento,

que n�o h� espa�o para vergonha
em suas personalidades.

Al�m disso, estou sem tempo.

Agora troquem de roupa.

Na manh� do quinto dia, �s 3h,

meus guerrilheiros atacar�o o campo.

Os nazistas t�m seguran�a m�nima.

Acreditam que 50 prisioneiras

n�o ser�o capazes
de criar maiores problemas.

No momento em que ouvirem tiros,
cortaremos a cerca.

Voc�s, claro, trar�o Martha Grossman
com voc�s.

Ningu�m mais.

Sei que � cruel
deixar as outras mulheres l�.

Mas n�o h� nada mesmo que possamos fazer.

Pessoas demais se movendo
pelo p�tio seriam vistas.

Um avi�o brit�nico ter� aterrissado
a 3 km a oeste desse local.

E voc�s tr�s voar�o de volta
ao Quartel General dos Aliados.

Aqui fica o pr�dio da guarda.

Aqui � esquerda
s�o os alojamentos das mulheres.

Aqui, um amplo barrac�o de dep�sito.

Atacaremos a partir dessa �rea.

Atrairemos todos os guardas
para fora do barrac�o

e os traremos para este ponto.

S� h� uma torre, aqui,

neste canto.

E essa torre vai estar atirando
contra n�s.

Nesse momento, o p�tio estar� sem guardas.

E voc�s sair�o com facilidade

at� o outro lado da �rea de dep�sito.

Antes do ataque,

nossos homens
ser�o posicionados nessa �rea

do outro lado da cerca.

T�m certeza que sabem onde �?

Sim, temos.

Aqui est� uma foto da Martha Grossman.

Foi tirada h� alguns anos.

� dif�cil dizer o quanto est� mudada,

mas espero que ajude a reconhec�-la.

Alguma pergunta?

N�o, est� bem claro.

Certo, ent�o,

assim que estiverem prontas,
partiremos para Steingarten.

Ambas s�o muito corajosas.

N�o ser� agrad�vel.

Boa sorte.

�s 5h10 da manh� seguinte,

as garotas foram presas
pela Gestapo em Steingarten.

O Capit�o Calais permitiu
que Jerry recebesse informa��o falsa,

de que a cerca da estrada
estava sendo usada para abrigar judeus.

Bem-vindas, senhoras,
ao Campo de Amor n�mero 7.

No momento, talvez algumas de voc�s
sintam-se desafortunadas.

Mas deixe-me assegurar-lhes

que serem enviadas ao Campo do Amor 7

foi de longe a alternativa mais agrad�vel.

N�o posso garantir
que amar�o o Campo do Amor 7.

Mas posso garantir

que far�o amor no Campo do Amor 7.

Foram trazidas para c�
com um �nico prop�sito,

que � dar prazer aos oficiais
de nossos ex�rcitos do fronte.

Eu e meus homens garantiremos
que voc�s deem prazer total a eles.

Dar prazer ser� sua �nica fun��o.

Ador�vel.

Tenho certeza de que vestida ou despida,

em qualquer evento,
deve ser muito charmosa.

Infelizmente, Klaus Muller, esta jovem

deformada ser� in�til para n�s.

Tire-a daqui, por favor.

Levem-na, ela est� gr�vida.

Por favor, n�o!

Cale a boca, sua porca judia!

Senhoras, com certeza est�o exaustas
e encardidas ap�s sua viajem empoeirada

e querem se lavar, ficar ador�veis.

Ent�o, farei com que
o sargento Klaus Muller

e o cabo Reiss

consigam para voc�s todos os acess�rios
de limpeza para seu prazer,

limpeza e higiene.

Queremos que fiquem
o mais confort�vel poss�vel.

Sargento Klaus Muller, cabo Reiss,

tenho certeza
de que cuidar�o das senhoras.

Levante!

Levante!

Bem, senhoras, acredito que estejam
refrescadas ap�s esse banho.

Cada uma de voc�s foi escolhida
para trabalhar no Campo do Amor 7.

Para servir ao Terceiro Reich
com seus corpos e sua vontade.

Se alguma de voc�s
achar essa escolha desagrad�vel,

fale agora, para que possamos
lhes dar suas alternativas.

Mas eu lhes asseguro

que achar�o as alternativas
cada vez mais desagrad�veis.

Por exemplo, Auschwitz, Belsen, Dachau.

Na verdade, creio que achar�o
que este campo

n�o � nem t�o ruim quanto imaginavam.

Na verdade, � quase como f�rias.

Ser�o alimentadas regularmente,

ter�o roupas quentes e confort�veis,

e devem manter-se limpas.

Cada uma receber� uma por��o de cosm�ticos

e devem usar os cosm�ticos

para manterem-se atraentes
para os oficiais do Reich.

Ent�o,

antes de irem para os alojamentos,
algumas formalidades.

Passar�o por uma inspe��o m�dica

para sabermos se est�o em boa sa�de.

Mas nos certificamos que nunca sofram
nenhuma indignidade

no Campo 7.

N�o ser�o sujeitadas
a uma inspe��o por um guarda

nem por um m�dico.

Tivemos o trabalho
de arrumar uma m�dica

para que nenhuma das senhoras judias

tenham suas sensibilidades ofendidas.

Mandem a doutora, por favor.

Entre, doutora.

-Heil, Hitler.
-Heil, Hitler.

S�o todas suas, doutora.

Tirem a roupa.

R�pido, fa�am o que a doutora mandou.

Quero que as senhoras, sempre,

cooperem com a Dra. Chernov.

Ela acabou de receber uma condecora��o

do comit� m�dico do Fuhrer em Berlim,

por sua excelente atua��o
e incans�vel devo��o ao Reich.

Tenho certeza de que,
se cooperarem com ela,

ela sempre ter� considera��o
por voc�s e seus problemas.

Deve servir de consolo a voc�s saber

que sempre ter�o uma amiga aqui,
no Campo do Amor 7.

Voc� primeiro.

Me solte, seu porco!

Certo, voc�.

Sei, Srta. Strassberg,

que seu pai era um banqueiro
em Wiesbaden, certo?

Imagino, ent�o,
que com a guerra e tudo mais,

o neg�cio dos bancos n�o � mais o que era.

Com certeza
as taxas de juros ca�ram, certo?

Qual � o problema, Srta. Strassberg?

N�o est� gostando de seu primeiro dia
no Campo do Amor 7?

Prometo que ser� muito pior do que isso.

Isto � apenas o come�o.

Por exemplo...

E voc�, Srta. Leichtenstein,

sei que seu pai est� no ramo de armarinhos

em Dusseldorf, certo?

N�s ainda n�o tivemos not�cias
da Resist�ncia Francesa.

E esperamos pacientemente
no Quartel General dos Aliados

por comunica��o com o Capit�o Calais.

Senhores, estamos recebendo
uma mensagem da Raposa Azul Um.

Ligue o alto-falante.

A neve cobre o solo.

Dois p�ssaros foram vistos no c�u
no come�o da noite.

Parece que voavam na dire��o nordeste.

Estou muito cansado
e dormirei por cinco dias.

Entrarei em contato com voc�s
no Canal C�digo Azul

como listado na publica��o, 14 A.

Suas instru��es datam de dois de janeiro.
Aqui � Raposa Azul Um, desligando.

Elas conseguiram.

J� est�o no campo.

Senhoras, trouxemos quatro novas
colegas de quarto.

Tenho certeza de que as far�o sentir-se
bem-vindas ao Campo do Amor 7

e explicar�o as regras
e regulamentos a elas.

Como se chama?

Reina.

Sou Helga.

A quanto tempo est�o aqui?

Chegamos juntas, h� seis meses...

N�o sei mais. Costumava manter registro,
mas agora n�o sei mais.

Foi em 14 de setembro. Meu marido e eu
est�vamos escondidos no por�o.

Ao anoitecer, sa�mos para procurar comida,
como sempre faz�amos.

Eles o viram primeiro.

Ele gritou para que eu corresse,
mas n�o pude.

Ele foi ferido.

Fomos trazidos para o campo
de prisioneiros num vag�o de carga.

Assim que os homens e mulheres
foram separados,

algumas mulheres foram trazidas para c�.

Sabe onde seu marido est�?

Voc� sabe?

N�o sabemos.

O que acontecer� conosco agora?

N�o deixar�o que fiquem com os oficiais
at� saberem quanto s�o cooperantes.

A primeira coisa que acontecer� �

que ter�o de servir
a todos os guardas do campo.

Quando tiverem a certeza
de que ser�o boas prostitutas,

ser�o levadas ao Stalag dois.

-O,que � isso?
-E uma sala.

Como esta, s� que tem uma s�rie
de divis�es e camas.

Geralmente vamos para l�
uma ou duas horas ap�s o jantar.

Ent�o eles trazem
os oficiais de Steingarten

e continuamos a fazer amor com eles

at� que todos tenham sido servidos.

�s vezes, quando os oficiais v�o embora,
eles trazem um �nibus cheio de soldados.

Como foi capturada?

Tamb�m procur�vamos por comida.

Elas parecem felizes.

Nem tudo aqui � t�o ruim
se eles gostam de voc�.

Somos bem alimentadas,

porque n�o gostam de vadias magricelas.

No campo de trabalho onde est�vamos,
as condi��es eram terr�veis.

Nos quatro dias em que ficamos l�,

oito pessoas morreram de fome e doen�as.

Algumas parecem at� gostar dessa vida.

Acho que estamos melhores que muitos.

Uma vez, um oficial me pediu
para fazer algo que n�o gostei.

Ele reclamou com o comandante.

Agora, se vir aquele oficial outra vez,
eu farei.

Farei isso e qualquer coisa
que ele queira.

E far�o o mesmo se quiserem sobreviver.

Conhecem Martha Grossman?

Sim, mas n�o est� aqui agora.

Eu a vi ontem � noite.

Estava num cub�culo em frente ao meu.

�s vezes nos deixam em Stalag dois

para servir alguns oficiais
que v�m em seus pr�prios carros.

� melhor descansarmos agora.

Sugiro que fa�am o mesmo.

Esta noite ficar�o com os guardas.

Talvez seja sua noite mais dif�cil aqui.

Senhoras, desculpe interromper
seu descanso.

Por�m, algumas de voc�s n�o s�o
t�o cooperantes como as outras.

Por exemplo, vejam a Srta. Kauffman.

A Srta. Kauffman

disse que era uma indignidade
ela ser examinada

para agradar ao Terceiro Reich

e que ela estava acima disso.

Algumas de voc�s s�o prisioneiras novas

e talvez n�o estejam familiarizadas
com o Assento de Honra.

Com certeza a Srta. Kauffman n�o est�.

Vamos familiariz�-la com ele.

Fizemos tudo neste campo
para sentirem-se confort�veis

e faz�-las felizes.

E esperamos sua coopera��o.

Voc�s t�m duas op��es:

cooperar ou serem mandadas
para outro campo.

Leve a Srta. Kauffman
para o Assento de Honra.

Talvez algumas das novatas ter�o uma ideia
do que esperamos de voc�s

se prestarem bastante aten��o.

Deus, n�o!

Agora, senhoras,

sugiro que enquanto a Srta. Kauffman
estiver no Assento de Honra,

ningu�m tente ajud�-la de forma alguma.

A menos, claro,
que escolham tomar o lugar dela.

E isso pode ser facilmente arranjado.

Estou avisando para que ningu�m a ajude.

Senhoras, pelo seu pr�prio bem,
espero que tenham bom senso.

Voc� a ajudou!

Voc� a ajudou!

Eu avisei! N�o a ajude!
Mas voc� a ajudou!

Agora todas voc�s sofrer�o
por causa de uma pessoa!

Disse a voc�s que estou no alto comando
mas voc�s n�o servem para nada!

Nada al�m do exterm�nio!

Tirem seus roup�es e formem um c�rculo!

Segurem seus baldes, suas porcas!

Klaus Muller!

Klaus Muller, coloque-as num c�rculo!

Levantem seus baldes!

Depressa! Todas!

A primeira que abaixar o balde
sentir� meu chicote!

Baldes para cima! Baldes para cima!

Os bra�os est�o ficando cansados?

Vigie aquela, sargento Klaus Muller.

Levante sua m�o! Heil Hitler!

V� em frente, abaixe o balde.

Me d� a chance de usar meu chicote!

Vamos, senhoras, n�o � t�o dif�cil.

Imaginem que os baldes
est�o ficando pesados em seus bra�os.

Finjam que s�o flores
que est�o colhendo no campo

e talvez consigam manter os bra�os altos
mais alguns minutos.

Encontrei esse
ponto de vantagem.

Temos vis�o total de quem sai
ou entra nos alojamentos principais,

Elas j� jantaram,

mas ainda n�o fizemos contato visual
com Martha Grossman.

Nosso �ltimo contato foi h� 23 horas,
quando foi levada � se��o dos oficiais.

Ou ela ainda est� l� ou algo deu errado.

Pode estar na sala de deten��o.

De onde estamos, a sa�da e entrada
dos dos alojamentos dos oficiais

e para a sala de deten��o
est�o encobertas pelo dep�sito.

Entrarei em contato novamente
se houver algo novo.

Este � o R�dio, desligando.

Boa noite, senhoras.

Como vai minha aluna favorita?

Por favor, ajude-me.

Farei o que quiser.

Tenho certeza que far� o que quisermos,
mas veja, minha cara,

disse �s outras senhoras
que ficaria aqui a noite toda

para servir de exemplo.

E s� ficou aqui cinco horas.

Ainda tem pelo menos mais 11 horas.

Adoraria ajud�-la, mas n�o posso.

Klaus Muller, reanime minha aluna
para que continue seus estudos.

Sim.

Depois apronte essas mulheres
e leve-as para fora daqui.

Agora quero as garotas
que chegaram esta manh�

em fila aqui.

O resto de voc�s em fila ali.

V�o trabalhar.

O que est�o esperando? Fora!
Andem! Andem!

Voc�s duas

foram escolhidas para irem
ao escrit�rio do comandante

onde entreter�o os guardas deste complexo.

E se forem bem sucedidas

ter�o permiss�o de se juntar �s outras
na se��o dos oficiais amanh� � noite.

Levem-nas para fora.

E voc�s duas,

n�s as escolhemos para o nosso prazer.

Sargento Gotthardt.

Vamos, cara, qual das duas quer?

N�o tenho prefer�ncia.

Certo, ent�o escolherei primeiro.

Acho que ficarei com esta.

Desculpe, mas como guardas aqui,
h� certas coisas que temos de fazer.

Eu entendo.

Est� me machucando.

Espere, est� me machucando.

N�o me entenda mal,

gosto de sexo como qualquer homem,

mas n�o da tortura nem das surras.

Talvez num outro lugar,

numa outra �poca, as coisas tivessem sido
diferentes entre n�s.

Mas aqui,

eu devo seguir ordens.

H� pessoas sendo mortas
e pessoas que matam.

E elas tamb�m devem seguir suas ordens,

independentemente de seus
desejos pessoais.

N�o precisa se desculpar,

eu entendo.

Mesmo?

O pessoal no fundo do alojamento
provavelmente est� nos observando.

Por favor, n�o.

Senhor, o sargento Gotthardt est� aqui.

Mande-o entrar.

Sargento Gotthardt
se apresentando, senhor.

Sente-se, Gotthardt.

Vejo que pediu transfer�ncia
novamente, Gotthardt.

Sim, senhor.

Pensei ter deixado bem claro a voc�

que considero um pedido de
transfer�ncia uma ofensa pessoal.

Gotthardt, est� aqui
pela sua �tima atua��o.

Se continuar a pedir essas transfer�ncias,

as pessoas pensar�o que n�o est� feliz
no Campo do Amor 7.

E queremos voc� feliz.

Senhor, como expliquei em minha carta,
a �nica raz�o de meu pedido

� uma necessidade pessoal
de voltar a lutar na guerra.

Sinto que seria mais �til dessa maneira.

Ent�o discorda da opini�o dos oficiais

cujas ordens o colocaram aqui, Gotthardt?

N�o questiono a opini�o
nem o julgamento de ningu�m.

Mas posso lembr�-lo que sendo Suboficial,
tenho o direito de...

Os �nicos direitos que tem
s�o os de obedecer o que eu disser.

Agora, Gotthardt,

os outros homens gostam do trabalho,
por que voc� n�o?

Com todo respeito, comandante,

acho que a maioria do que acontece aqui
� desnecess�ria e desumana.

Acha que � desumana, Gotthardt?

Vamos supor, por um rid�culo momento

que eu esteja interessado no que pensa,

gostaria de saber o que acha desumano.

Acho os experimentos da Dra. Chernov
nas mulheres desumanos.

Os experimentos da Dra. Chernov
s�o ordens diretas.

Do Dr. Sach em Berlim,
o chefe de todos os experimentos.

E cada experimento � registrado, arquivado
e mandado para Berlim.

Questiona essa autoridade?

Vinte e sete mulheres morreram
nos �ltimos tr�s meses

devido aos experimentos da Dra. Chernov
e esteriliza��o.

A esteriliza��o � necess�ria
para a purifica��o da ra�a.

Sabe disso, Gotthardt.

Ela usa uma pasta grossa
que � injetada completamente no �tero.

Isso causa muita dor durante uma semana

e, finalmente, a morte da paciente.

� preciso encontrar
um m�todo de trabalho, Gotthardt.

Exatamente o mesmo m�todo
foi usado nas 27 mulheres,

com o mesmo resultado: dor e morte.

N�o � obvio que o m�todo n�o funciona?

Mas alguma coisa o incomoda, Gotthardt?

Senhor, minha �nica raz�o para o pedido

� voltar para a guerra.

E minha �nica raz�o para negar o pedido

� manter a disciplina no campo, Gotthardt.

Seu pedido foio negado.

Est� dispensado.

Heil, Hitler!

Gotthardt,

acho que cansei de paparicar voc�.

Pelos pr�ximos tr�s meses,
nas suas horas de folga,

servir� como assistente da
Dra. Chernov nos experimentos.

Talvez trabalhando em primeira m�o

ter� uma compreens�o melhor da situa��o.

Agora entendo perfeitamente, Coronel.

Mesmo, Gotthardt?

H� uma doen�a dominante neste campo.

O que acontece aqui � errado!

Essas pessoas s�o seres humanos
e as crueldades neste campo s�o

-desnecess�rias!
-Gotthardt!

Gotthardt!

Essas pessoas n�o s�o seres humanos.

Existem apenas
para servir ao Terceiro Reich

e quando o Terceiro Reich acaba com elas,

elas se tornam lixo
e n�s as descartamos, Gotthardt.

Voc� existe apenas para servir
ao Terceiro Reich.

Tenha cuidado, Gotthardt,
para n�o virar lixo,

ou ser� descartado.

Agora est� dispensado, caia fora.

-Heil Hitler!
-Heil Hitler.

Senhor, decodificamos uma mensagem
da Raposa Azul Um.

Obrigado, sargento.

-General Olson.
-Sim?

Acabamos de receber uma mensagem
da Raposa Azul Um.

Nossas garotas est�o no alojamento e
tudo est� indo como planejado.

Excelente.

Sim, senhor. H� um problema.

Perdemos o rastro de Martha Grossman.

Foi levada ontem � noite ao Stalag Dois,
o alojamento dos oficiais,

e n�o voltou ao alojamento dela.

Bem, crian�a, imagino que esteja preparada
para ser mais cooperante hoje?

Sim, farei qualquer coisa.

Por favor...

Certo, des�am-na.

Veremos o qu�o bem ela aprendeu a li��o.

Diz estar preparada
para fazer qualquer coisa.

Vamos come�ar com minhas botas.

Rasteje at� aqui e lamba minhas botas.

Agora!

Deixe-as bem limpas.

Agora a outra bota.

Faz um excelente trabalho, porca.

Como vai?

Bem, apenas cansada.

Quantos foram?

Teve sorte em pegar o sargento Gotthardt
e os homens dele.

Ele � o �nico decente aqui.

Ele tenta ajudar sempre que pode.

Sabe, os oficiais,

a maioria � t�o b�bada,
que eles n�o s�o um problema,

�s vezes s�o s�dicos, batem nas garotas,

se voc� mantiver a cabe�a erguida,
eles logo cansam.

Soube algo de Martha Grossman?

Sim.

A garota com o oficial ao meu lado, ontem,

disse que ouviu Martha reclamando
que estava doente.

Os guardas ficaram zangados

e ela acha que Martha foi levada
para a sala de deten��o.

O que � isso?

Bem, � para onde

as garotas que se comportam mal
s�o levadas para puni��o

e tortura.

Eles as mant�m l�, geralmente por um dia,

at� quebrarem seus esp�ritos.

Ent�o ou as mandam de volta para c�
ou para a c�mara de g�s.

Est� exausta, � melhor descansar.

Temos que dar um jeito.

N�o temos muito tempo.

Acho que tenho um plano.

Dois dias se passaram desde que as garotas
foram capturadas e levadas ao campo.

Apesar de Calais e seus homens
vigiarem o campo constantemente,

s� podiam nos informar

onde as garotas estavam.

S� podemos supor o que
realmente acontecia atr�s do arame farpado

e das paredes cinza.

Quando soubemos que tinham sido levadas
� se��o dos oficiais,

sab�amos ao menos que tinham conquistado
a confian�a dos guardas do campo.

Nenhuma prisioneira
era colocada nessa se��o

at� que fosse determinado
que ela seria cooperante.

O campo era visitado
por centenas de oficiais toda semana.

O coronel Karl Muller, que fora chefe do
Movimento da Juventude Nazista,

agora estava de licen�a em Steingarten,
vindo da R�ssia,

onde sua campanha fora bem-sucedida

em levar os ex�rcitos alem�es
para dentro da Uni�o Sovi�tica.

O Coronel Max Kemp,
membro da temida SS Nazista.

Durante o �ltimo ano, ele fora o
encarregado da extermina��o

em Buchenwald e Auschwitz.

Suas visitas ao Campo do Amor 7
eram frequentes.

E era curioso que um homem
capaz de ordenar a execu��o

de literalmente milh�es de seres humanos,

pudesse ter tanto desejo ao mesmo tempo

de fazer amor com aquelas
que ele descartaria depois.

Depois da guerra, o Coronel Kemp
evitou a captura

e at� hoje n�o foi levado � justi�a.

General Marcus Kirschman,
segundo em comando da SS Nazista,

sob Henrich Himmler.

Como o Coronel Kemp, ele tamb�m
um ass�duo frequentador

dos v�rios Campos do Amor da �rea.

Nossa vigil�ncia constante desse campo
provou um fator incomum.

Havia mais oficiais de alto escal�o
em um �nico lugar ao mesmo tempo

do que em qualquer outro lugar
por outra raz�o.

Como resultado dessa informa��o,

os Campos do Amor tornaram-se um alvo
importante

para as for�as da resist�ncia
no final da guerra.

Havia 12 Campos do Amor no total.

E quando foram finalmente libertados, 76
oficiais de alto escal�o foram capturados.

Isso enfraqueceu muito
o alto comando nazista

no momento em que os aliados
mais precisavam.

Seu porco nazista!

Vai se arrepender disso! Su�no!

Levante, mulher!

Bem, soldado, devemos deixar
nossa encrenqueira confort�vel?

Sim.

Est� confort�vel, Srta. Strassberg?

Agora, soldado, se me der licen�a,

gostar�amos de ficar a s�s.

Claro, Sargento Klaus Muller.

Agora, sua porca judia,

voc� pensar� duas vezes

antes de recusar os favores
de um oficial do Terceiro Reich!

Tenho algo para voc�.

Acho que vai gostar.

Est� gostando?

N�o, por favor!

Est� pensando a respeito?

Por favor, n�o!

N�o! Por favor!

Meu Deus!

Aguente firme.

Vou ajud�-la.

Certo?

Estou embaixo de voc�.

Se colocar os p�s nas minhas costas,
aliviar� a press�o.

Voc� � Martha Grossman?

Sim, como sabia?

Estivemos procurando voc�.

Como assim me procurando?

Sou uma oficial do Ex�rcito Americano.

Fui mandada aqui por ordem direta
do Alto Comando Aliado em Londres.

Minha miss�o � contatar voc�
e ajud�-la a escapar.

Por favor! N�o, me escute!

Estou dizendo a verdade!

Posso provar.

N�o quero ouvir.

Tenho informa��es que s� poderiam
ter sido passadas pelas for�as Aliadas.

Se quiser, posso dar o nome
de cada oficial a quem escreveu

desde 1938,
at� sua captura em 14 de agosto.

O nome de seu contato aqui na Alemanha
� John Marco.

Ele tem mais ou menos 1,72m, barba ruiva.

O primeiro homem que contatou em
Washington foi o General Seymor Arlington.

Por favor, ajude-me.

Por favor, ajude-me.

Estou aqui h� tempo demais.

Suspeito de todos.

Ainda n�o sei se devo confiar em voc�.

Deve confiar em mim.
Como uma alem� saberia disso?

O Gen. Arlington � o comandante
da constru��o da aeronave a jato

na Base A�rea de Bishop, na Virg�nia.

Ele enviou seu arquivo

para o Brigadeiro General Thompson,
do Pent�gono.

Certo.

Acredito em voc�.

Que faremos agora?

Quero que me diga tudo que sabe
sobre seus experimentos.

N�o recebemos nenhuma informa��o de voc�
desde oito meses antes de sua captura.

Achamos que pode nos dar
informa��o adicional importante.

Sim.

Sim, uma coisa importante aconteceu.

N�s desenvolvemos
um combust�vel que reagiu

exatamente como esper�vamos.

Certo, posso memorizar o que me disser.

O plano de fuga j� foi colocado em a��o.

Tenho uma parceira comigo.

N�s tr�s vamos escapar.

Agora, diga-me tudo o que sabe.

Na manh� do terceiro dia,

o campo foi visitado
pelo General Erich von Hamer.

Ele tinha estado com Rommel na �frica
por mais de um ano.

Ele agora substituiria
o General Carl Brenner

como comandante da �rea em Steingarten.

Ele era um dos oficiais
mais condecorados de Rommel

e sua nova tarefa foi feita
para dar a ele um per�odo de descanso

das atividades do fronte.

N�o dever�amos chamar o comandante e dizer
que o general est� no complexo?

N�o, soldado, n�o acho
que ser� necess�rio.

Senhor, o General von Hamer est� aqui.

� tudo, soldado.

Heill, Hitler!

� um prazer conhec�-lo, senhor.

Mesmo?

Posso oferecer-lhe uma bebida?

N�o bebo.

Transformou este lugar num bom escrit�rio.

Vejo que tem todos os confortos de um lar.

Bem, tentamos dar aos oficiais
o maior conforto poss�vel.

Gostaria de um charuto, senhor?

-Estes vieram de...
-H�bito nojento.

Talvez se interesse por mulheres, senhor.

Posso conseguir qualquer coisa...

N�o estou aqui por prazer.

Minhas ordens.

Estou substituindo o Gen. Brenner
como seu comandante de �rea.

Os Generais em Berlim decidiram

fazer um rod�zio dos oficiais no comando
aqui a cada sete meses.

J� que o Gen. Brenner est� em Steingart
h� mais de um ano,

acham que deve ser mandado
para uma posi��o de combate,

para o fronte russo.

E dar ao resto de n�s que temos lutado
nessa guerra

um descanso mais que merecido.

Diga-me, Hoestat,
h� quanto tempo est� servindo aqui?

Fui colocado como encarregado
deste campo pelo pr�prio Himmler.

E pelo que entendi,

ele queria que eu fosse
o comandante permanente do campo.

H� quanto tempo est� aqui?

Dezesseis meses, senhor.

Por�m, na �poca, Himmler me disse que...

Foi o pr�prio Himmler
quem sugeriu esse rod�zio.

Por�m, Hoestat,
acho que n�o temos um problema aqui.

Estou ciente de sua ocupa��o civil

e sua escolha por Heinrich Himmler.

Assim, contanto que as coisas
corram bem,

n�o vejo motivo
para n�o ficar mais um tempo.

Obrigado, senhor. Obrigado.

Sempre tentei manter tudo no campo

o mais perfeito poss�vel.

Tenho muitas cartas de recomenda��o
de oficiais que estiveram aqui.

E todas elas atestam claramente...

Todas elas foram tratadas como porcas!

Voc� fica aqui sentado na gl�ria

enquanto meus oficiais se encontram
com as mulheres em um quarto sujo

com divis�rias de madeira barata.

Mas senhor,
temos um problema de espa�o aqui.

Temos um pr�dio para as mulheres,
um pr�dio para o dep�sito,

-temos...
-Ent�o, de agora em diante,

voc� entreter� os oficiais aqui!

Cuide do estado atual

e coloque paredes permanentes, tapete,
e mobilie os quartos.

Sim, senhor. Claro, senhor.

Trarei meus oficiais na sexta-feira.

Vai entret�-los pessoalmente aqui.

Eles jantar�o, tomar�o u�sque e ter�o
quantas mulheres desejarem.

E quero que elas usem lingerie.

Devem ficar mais bonitas. Concorda?

Certamente, senhor.

Suponho que mant�m as mulheres
em boa sa�de, certo?

Em excelente condi��o, senhor.
Talvez queira fazer uma inspe��o.

Posso juntar algumas no p�tio em...

N�o ser� necess�rio, Coronel.

Confio em seu
excelente julgamento profissional.

Qualquer homem com tanta experi�ncia civil

em lidar com esse tipo de mulher
n�o deve ser questionado.

Por�m, h� algo que talvez possa fazer
por mim pessoalmente.

O que quiser, Herr General.

Qualquer coisa.

Uma das tenentes foi levada
para a sala de deten��o.

Se quiser, podemos mudar nossos planos
e atacar agora para libertar as mulheres.

N�o, � imposs�vel mudar o cronograma.

Faremos o plano como estabelecido.

Al�m disso, s�o garotas inteligentes.

E n�o teriam feito nada de errado
para criar uma situa��o

em que fossem levadas
para a sala de deten��o.

A menos que tenham feito de prop�sito.

Viu Martha Grossman?

N�o, senhor.

Isso me preocupa.

Talvez ela tamb�m esteja
na sala de deten��o.

Devemos dar �s nossas mulheres uma chance
de conseguir a informa��o que precisam.

Esperarei aqui.

Fique atento. Desligo.

Senhoras, esta noite,

ter�o a honra

de entreter um dos oficias
de mais alto escal�o do Terceiro Reich.

Espero que ele esteja muito feliz
ao final da noite.

Esse cavalheiro n�o quer se envolver
com n�o-arianas.

S� que ver voc�s em a��o.

Quero que fa�am amor umas com as outras
enquanto o cavalheiro assiste.

Est� claro?

Acho que n�o preciso fazer uma descri��o

do que exatamente quero.

Mas quero que o oficial
saia completamente satisfeito.

Que cada uma d� o seu m�ximo.

Se houver reclama��o,

prometo que a puni��o
ser� � altura do crime.

Desculpem-me por n�o ficar.

Certo, senhoras, comecem.

Senhor, aqui � Latham.

Certo, Latham.

Senhor, acabei de receber informa��o
da Raposa Azul Um.

Capit�o Calais informa que

Martha Grossman e a tenente Freeman
foram levadas � sala de deten��o

�s 2h da manh� de ontem.

Todas as prisioneiras
ficaram nos alojamentos ao longo do dia.

O ataque ainda est� marcado para as 3h
desta manh�.

Muito bem, Latham.

Marque uma reuni�o com os
comandantes em meu escrit�rio

para as 2h desta manh�.

Acompanharemos o ataque de l�.

Sim, senhor.

Isso � tudo, sargento.

�s 19h da noite do quinto dia,

Cap. Calais come�ou a posicionar
seus homens ao redor do campo.

Um ataque foi lan�ado para distra��o
no port�o da frente,

permitindo a Calais libertar as mulheres
do canto sudeste do campo,

atr�s do barrac�o de dep�sito.

Parab�ns, senhoras.

Seu companhia foi solicitada
no escrit�rio do comandante.

Por�m,

� um pouco cedo para essa festa.

Ent�o, esperaremos aqui um pouco.

Coloquem isto.

E enquanto esperamos,

por que n�o vem at� aqui com...

Por que n�o a deixa em paz?

Por que n�o cala a boca?

N�o! N�o!

Deixe-a em paz!

Se fizer isso de novo, mato voc�!

Essas mulheres n�o valem nada!

Podemos fazer o que quisermos
com elas, como alem�es.

Qualquer coisa!

E voc�, se n�o gosta de assistir,

saia!

Ele � um porco.

Acho que todos somos.

S� que �s vezes n�o conseguimos evitar.

Voc� sempre foi bom conosco.

Obrigada.

Pessoalmente, n�o concordo com nada disso.

N�o acho que seja necess�rio.

Fala da guerra
ou do campo de concentra��o?

Deste campo.

Talvez at� da guerra.

N�o sei.

Sei que as pessoas
n�o devem ser tratadas como animais.

Se acredita nisso, nos ajudaria a escapar?

N�o poderia fazer isso.

Por que n�o?

Disse que n�o gosta disso.

Por que n�o faz algo a respeito?

Sou um soldado,
tenho que cumprir minhas ordens.

Mesmo se elas me deixarem enojado.

Eles nunca saberiam que esteve envolvido.

Arranjar�amos isso.

Mas se � errado, se acha que � errado
o que acontece aqui,

ent�o tem o dever pessoal
de fazer algo a respeito.

Sou um soldado.

N�o tenho op��o, devo seguir ordens.

Talvez, se eu fosse um oficial...

as coisas fossem diferentes.

Mas, por agora, sou apenas um soldado.

Percebo que n�o entende.

Mas custe o que custar, um soldado
deve obedecer suas ordens.

Entendo.

O comandante est� pronto.

A festa no escrit�rio do comandante
n�o estava no plano.

O plano existente era que
as mulheres escapassem

da se��o dos oficiais, localizada
no centro do complexo.

Como agora a dist�ncia
da rota de fuga seria o dobro

da planejada originalmente,

Calais contatou o Quartel General Aliado

e pediu que o ataque fosse adiado por 24h.

Por�m, como havia sido determinado
que as tenentes Harman e Freeman

junto com Martha Grossman

estavam agora em um pr�dio,

Gen. Olson decidiu que o ataque come�aria
como o planejado.

Ele achou que levaria muito mais dias

at� que a situa��o se desenrolasse.

At� que as tr�s mulheres
estivessem juntas novamente.

Inacredit�vel! Estou cego!

Klaus Muller!

Klaus Muller!

Meus olhos!

Meus olhos!

Incr�vel! E elas se libertaram?

Sim, duas garotas foram pegas
por um avi�o brit�nico

numa pista de decolagem
escondida pr�ximo ao campo.

O esquadr�o de escolta as levou de volta
a Londres atrav�s do canal.

E as duas garotas,
Martha Grossman e a tenente Freeman,

-onde est�o agora?
-Ah, bem, ainda

est�o por a�. Martha Grossman � casada
e mora nos Estados Unidos.

Teve quatro filhos,
at� o �ltimo relat�rio.

Espero que tenham mantido
suas hist�rias em segredo.

Mesmo tendo a mente aberta,
n�o vejo como eu poderia

me casar com uma mulher que fez amor
com metade do ex�rcito alem�o.

-Com guerra ou sem guerra.
-Sim, verdade.

Bem, minha esposa e eu o visitaremos
em nossa pr�xima viagem � Am�rica.

Estou ansioso por isso.

N�o terminou sua hist�ria.
E a Tenente Freeman?

N�o sei, n�o recebo uma carta dela
h� mais de 20 anos.

� minha esposa. Venha, eu o acompanho.

Para onde, chefe?

42 Golden Square.

Bem, querida, como foi o o seu dia?

Maravilhoso, querido.
Simplesmente maravilhoso.

FIM