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S�o sobre o lar. 15 00:01:25,952 --> 00:01:29,285 Como s�o retratados os lares no cinema? 16 00:01:30,538 --> 00:01:34,238 Quais t�cnicas e ideias foram usadas? 17 00:01:38,582 --> 00:01:42,934 CAP�TULO 20 - LAR 18 00:01:44,913 --> 00:01:46,951 Vamos come�ar ao ar livre. 19 00:01:47,052 --> 00:01:51,686 Em Ung Flukt, Liv Ullman � uma jovem de esp�rito livre. 20 00:01:52,159 --> 00:01:54,084 Ela fugiu com o namorado. 21 00:01:54,185 --> 00:01:56,751 Nesta ador�vel cena de est�dio 22 00:01:56,852 --> 00:02:00,619 ela fala do sonho de terem uma casa juntos. 23 00:02:01,185 --> 00:02:03,391 Sempre quis ter uma cama s� minha. 24 00:02:03,785 --> 00:02:07,649 Branca durante o dia e preta � noite. 25 00:02:08,019 --> 00:02:10,584 Com uma colcha preta feita de renda, 26 00:02:10,685 --> 00:02:12,489 leve como uma teia de aranha, 27 00:02:12,590 --> 00:02:15,251 que voc� poderia levantar com dois dedos. 28 00:02:15,631 --> 00:02:19,231 E por baixo, tudo puro e branco. 29 00:02:19,332 --> 00:02:24,284 O sonho do lar ser� como uma cola no relacionamento deles, ela acha, 30 00:02:24,385 --> 00:02:29,399 mas a diretora Edith Carlmar funde a cena para os pais dele. 31 00:02:29,500 --> 00:02:32,267 Uma casa burguesa, confusa e formal. 32 00:02:33,518 --> 00:02:35,885 Esses sonhos sufocam? 33 00:02:39,118 --> 00:02:42,351 Alguns minutos depois, voltamos para o jovem casal. 34 00:02:42,452 --> 00:02:45,352 Eles est�o numa velha cabana da fam�lia dele. 35 00:02:45,785 --> 00:02:49,851 O contraste! Madeira nua. Sem tapetes ou enfeites. 36 00:02:49,952 --> 00:02:51,952 Palha servindo de colch�o. 37 00:02:53,655 --> 00:02:55,717 O primitivismo n�rdico. 38 00:02:55,818 --> 00:03:00,385 Um arqu�tipo que n�o anima nem um pouco a garota rebelde. 39 00:03:02,485 --> 00:03:04,517 Vou pegar uns brotos de abeto. 40 00:03:04,618 --> 00:03:07,618 Os brotos mais macios, 41 00:03:08,152 --> 00:03:10,218 � o melhor colch�o. 42 00:03:12,016 --> 00:03:13,751 Vamos nos ajeitar, 43 00:03:13,852 --> 00:03:15,852 vamos come�ar com a pior parte. 44 00:03:16,685 --> 00:03:19,584 O lar dos sonhos � tema de filmes americanos 45 00:03:19,685 --> 00:03:22,218 estrelados por atrizes como Doris Day, 46 00:03:23,018 --> 00:03:26,652 mas, al�m disso, � tamb�m um ideal. 47 00:03:27,918 --> 00:03:31,318 The Enchanted Desna, de Yulia Solnsteva. 48 00:03:32,318 --> 00:03:35,284 A Ucr�nia antes da Grande Guerra Patri�tica. 49 00:03:35,385 --> 00:03:37,851 Uma cabana de palha idealizada. 50 00:03:37,952 --> 00:03:39,418 O menino louro. 51 00:03:39,852 --> 00:03:41,418 O galo canta. 52 00:03:44,652 --> 00:03:46,084 A c�mera se move. 53 00:03:46,185 --> 00:03:47,752 A entrada. 54 00:03:50,752 --> 00:03:52,085 Outra porta... 55 00:03:52,418 --> 00:03:54,585 E deixamos a luz do sol, 56 00:03:54,918 --> 00:03:55,917 o id�lio. 57 00:03:56,018 --> 00:03:58,284 M�sica e tremula��o. 58 00:03:58,385 --> 00:03:59,852 Um obo�. 59 00:04:06,285 --> 00:04:07,451 Santos. 60 00:04:07,552 --> 00:04:10,685 Choro. Um espa�o sagrado. 61 00:04:12,452 --> 00:04:14,284 A escurid�o encantada. 62 00:04:14,385 --> 00:04:17,185 A seguran�a e maravilha do escuro. 63 00:04:32,091 --> 00:04:34,451 Outro garoto, James, 64 00:04:34,552 --> 00:04:37,785 na Esc�cia, em 1973. 65 00:04:38,185 --> 00:04:41,551 Uma luz mais cinza. Um mundo mais sombrio. 66 00:04:41,652 --> 00:04:42,884 E mais... 67 00:04:42,985 --> 00:04:46,318 Uma nova casa para a qual sua fam�lia vai se mudar. 68 00:04:46,785 --> 00:04:48,285 Ele n�o consegue entrar. 69 00:04:48,840 --> 00:04:50,274 O som da chuva. 70 00:04:50,822 --> 00:04:55,570 Pode n�o parecer glamoroso, mas tamb�m � um sonho. 71 00:04:55,907 --> 00:05:00,140 Um recome�o depois dos pobres apartamentos de Glasgow. 72 00:05:00,893 --> 00:05:04,643 A textura da parede em seus dedos. 73 00:05:04,776 --> 00:05:06,176 E ent�o... 74 00:05:06,277 --> 00:05:09,610 Estamos no lugar onde ele quer estar. 75 00:05:10,285 --> 00:05:14,552 Um cineasta menor nos manteria do lado de fora, com ele. 76 00:05:15,385 --> 00:05:17,084 Mas a diretora Lynne Ramsay 77 00:05:17,185 --> 00:05:21,485 nos coloca no lugar de seu desejo: O lar. 78 00:05:22,252 --> 00:05:25,618 A casa est� observando, prometendo. 79 00:05:45,004 --> 00:05:48,704 Essa pequena cena aparece na janela de Ramsay. 80 00:05:49,224 --> 00:05:53,391 O parceiro de Hedi Schneider, no filme de Sonja Heiss. 81 00:05:54,056 --> 00:05:55,705 Uma �nica tomada. 82 00:05:55,933 --> 00:05:57,566 Sem edi��o. 83 00:05:57,917 --> 00:06:00,233 Ele abre uma janela para si mesmo. 84 00:06:00,573 --> 00:06:02,380 Um lar � um mirante, 85 00:06:02,481 --> 00:06:04,548 uma plataforma de observa��o, 86 00:06:11,785 --> 00:06:15,552 um lugar para beber uma cerveja e ver a vida acontecer... 87 00:06:20,885 --> 00:06:23,384 O homem em Jogos da Noite, de Mai Zetterling, 88 00:06:23,485 --> 00:06:25,551 est� � procura da felicidade. 89 00:06:25,652 --> 00:06:30,034 Ele trouxe sua noiva � mans�o onde foi criado. 90 00:06:30,199 --> 00:06:33,501 Sua inf�ncia foi a de um filme de Federico Fellini... 91 00:06:33,659 --> 00:06:38,065 Sexual, fascinante, grotesca e sem certezas. 92 00:06:38,846 --> 00:06:41,185 Em que ele se consola agora? 93 00:06:41,524 --> 00:06:43,618 Coisas nas quais aprendi a confiar. 94 00:06:48,409 --> 00:06:50,891 Pinturas n�o caem em prantos ou fogem. 95 00:06:53,307 --> 00:06:55,602 Camas com dossel n�o s�o infi�is. 96 00:06:57,946 --> 00:07:00,212 Voc� se sentir� extremamente segura. 97 00:07:01,785 --> 00:07:06,485 E ficar� entediada at� a morte na companhia deles. 98 00:07:08,373 --> 00:07:10,739 N�o, n�o vou. 99 00:07:19,969 --> 00:07:22,602 Voc� n�o sabe onde foi se meter... 100 00:07:24,082 --> 00:07:26,485 O dinheiro constr�i um muro � sua volta... 101 00:07:28,178 --> 00:07:31,312 Os objetos s�o o que lhe d�o confian�a... 102 00:07:31,785 --> 00:07:33,018 E a casa. 103 00:07:33,474 --> 00:07:35,323 As coisas est�veis, 104 00:07:35,535 --> 00:07:37,869 as coisas n�o mercuriais. 105 00:07:38,685 --> 00:07:40,185 Elas consolam. 106 00:07:40,752 --> 00:07:44,701 � como se a casa olhasse para ele 107 00:07:44,835 --> 00:07:48,454 da mesma forma que olha pro garoto de O Lixo e o Sonho. 108 00:07:51,840 --> 00:07:53,340 Oxhide 2, 109 00:07:53,441 --> 00:07:57,177 a sequ�ncia do filme de Liu Jiayin, Oxhide, 110 00:07:57,278 --> 00:08:01,333 que vimos no cap�tulo 18 sobre corpos. 111 00:08:01,434 --> 00:08:04,734 Estamos novamente na casa da fam�lia da diretora. 112 00:08:08,614 --> 00:08:10,730 Por mais de 20 minutos, 113 00:08:10,903 --> 00:08:14,536 a c�mera est�tica �olha� para esta mesa. 114 00:08:14,650 --> 00:08:18,950 Um longo e im�vel olhar para a vida dom�stica. 115 00:08:25,122 --> 00:08:27,688 Uma sala vista de uma simples cadeira, 116 00:08:27,789 --> 00:08:29,089 talvez. 117 00:08:30,122 --> 00:08:33,789 O t�tulo do filme sobre nada mais que isso. 118 00:08:40,761 --> 00:08:44,595 Vemos novamente as ma�anetas da porta, a l�mpada. 119 00:08:47,526 --> 00:08:49,554 E depois uma tigela, 120 00:08:49,655 --> 00:08:52,755 uma novidade na tela. 121 00:08:54,468 --> 00:08:57,068 Vamos ver o que h� no saco? 122 00:08:57,755 --> 00:08:59,355 Parece farinha. 123 00:08:59,822 --> 00:09:03,022 A tomada parece quase meditativa agora. 124 00:09:34,795 --> 00:09:37,055 E ent�o... Um corte! 125 00:09:37,156 --> 00:09:38,566 Finalmente. 126 00:09:38,667 --> 00:09:40,316 Um novo �ngulo. 127 00:09:40,465 --> 00:09:43,450 A 45 graus do �ngulo anterior 128 00:09:43,551 --> 00:09:44,785 e mais alto. 129 00:09:44,886 --> 00:09:46,653 Olhando de cima agora. 130 00:09:47,755 --> 00:09:51,089 S� haver� 8 desses cortes em todo o filme. 131 00:09:56,552 --> 00:10:01,052 E em cada vez, a c�mera se move a 45 graus. 132 00:10:01,584 --> 00:10:03,184 A geometria da casa. 133 00:10:06,719 --> 00:10:10,752 Minuciosa, �ntima, o viver im�vel. 134 00:10:19,022 --> 00:10:21,388 O curta Tailpiece, de Margaret Tait, 135 00:10:21,489 --> 00:10:25,089 � igualmente �ntimo, com um formato mais livre. 136 00:10:27,659 --> 00:10:29,421 Uma c�mera port�til. 137 00:10:29,522 --> 00:10:31,289 A voz de uma garota. 138 00:10:36,506 --> 00:10:37,777 Uma cama. 139 00:10:43,922 --> 00:10:45,155 Uma janela, 140 00:10:45,689 --> 00:10:47,122 um espelho, 141 00:10:49,255 --> 00:10:50,855 uma lareira. 142 00:10:52,286 --> 00:10:54,852 Um breve olhar de Tait sobre ela mesma. 143 00:10:55,889 --> 00:10:57,975 Tait est� saindo desta casa. 144 00:10:58,076 --> 00:11:00,542 Suas coisas est�o empacotadas. 145 00:11:01,055 --> 00:11:02,866 Sentimos seus olhos examinando, 146 00:11:02,967 --> 00:11:06,267 tentando lembrar os cantos, recantos. 147 00:11:07,255 --> 00:11:08,722 Ma�anetas. 148 00:11:11,589 --> 00:11:12,856 Uma cadeira. 149 00:11:12,957 --> 00:11:15,590 Coisas que estiveram ao alcance da m�o, 150 00:11:15,691 --> 00:11:18,924 do olhar, durante anos. 151 00:11:20,291 --> 00:11:25,591 Como um garoto no ch�o 152 00:11:27,827 --> 00:11:29,727 Adeus a tudo isto. 153 00:11:42,860 --> 00:11:46,460 Liu Jiayin e Margaret Tait veneram seus lares, 154 00:11:46,561 --> 00:11:48,461 a sala de suas casas? 155 00:11:49,132 --> 00:11:51,499 Se sim, o que � isso? 156 00:11:52,598 --> 00:11:56,131 Escreva uma frase que contenha a palavra �casa�. 157 00:11:57,154 --> 00:11:58,654 Ele hesita. 158 00:11:59,521 --> 00:12:01,154 �Casa� numa frase? 159 00:12:01,791 --> 00:12:03,291 O suspense. 160 00:12:03,991 --> 00:12:05,491 O que � uma �casa�? 161 00:12:07,366 --> 00:12:09,648 Depois essa marcha de pessoas. 162 00:12:10,004 --> 00:12:13,623 E somos exclu�dos do seu lugar seguro. 163 00:12:13,724 --> 00:12:14,990 COL�NIA DE LEPROSOS 164 00:12:15,091 --> 00:12:17,357 Onde eles podem ser eles mesmos. 165 00:12:18,257 --> 00:12:20,257 E ent�o ele escreve sua frase. 166 00:12:20,924 --> 00:12:22,924 Uma bela frase. 167 00:12:37,591 --> 00:12:42,057 A CASA � ESCURA 168 00:12:43,099 --> 00:12:47,049 De A Casa � Escura para Safe, de Antonia Bird, 169 00:12:47,191 --> 00:12:51,490 um dos grandes filmes sobre falta de moradia e seguran�a. 170 00:12:51,591 --> 00:12:53,624 Jovens em Londres. 171 00:12:54,035 --> 00:12:56,590 Eles passam a noite num abrigo para sem-teto, 172 00:12:56,691 --> 00:12:58,356 mas est� tudo um caos. 173 00:12:58,457 --> 00:13:01,623 Ele est� com falta de ar. 174 00:13:01,724 --> 00:13:04,756 Gypo, amigo deles, est� do lado de fora, 175 00:13:04,857 --> 00:13:07,991 enfurecido, fren�tico. Descontrolado. 176 00:13:11,577 --> 00:13:13,656 Ele ganhou um apartamento, 177 00:13:13,757 --> 00:13:16,323 mas n�o s�o 4 paredes o que ele precisa. 178 00:13:16,424 --> 00:13:18,124 Ele precisa de pessoas. 179 00:13:25,257 --> 00:13:26,524 Kaz! 180 00:13:27,456 --> 00:13:29,190 Ele far� de tudo. 181 00:13:33,293 --> 00:13:35,693 Lar quase n�o existe pra ele. 182 00:13:36,490 --> 00:13:38,524 Lar � vida e morte. 183 00:13:39,348 --> 00:13:41,681 O interfone � sua salva��o. 184 00:13:41,782 --> 00:13:43,556 Venha aqui embaixo... 185 00:13:43,657 --> 00:13:45,390 R�pido, t�? 186 00:13:46,590 --> 00:13:48,590 D� pra vir aqui embaixo? 187 00:13:51,357 --> 00:13:56,157 A diretora Antonia Bird intercala os ambientes. 188 00:13:57,290 --> 00:13:59,157 Algum deles � seguro? 189 00:14:21,793 --> 00:14:24,123 Isabelle Huppert tentou se proteger, 190 00:14:24,224 --> 00:14:27,357 bloqueando as portas e janelas de sua casa. 191 00:14:28,118 --> 00:14:32,285 A rodovia do lado de fora os deixava loucos. 192 00:14:32,938 --> 00:14:35,638 Gypo queria entrar. Eles querem sair. 193 00:14:36,218 --> 00:14:39,095 Eles precisam de ar. Estavam presos demais. 194 00:14:39,196 --> 00:14:40,496 Muito assustados. 195 00:14:41,381 --> 00:14:44,281 Ru�do de carro e fuma�a de escapamento. 196 00:14:44,893 --> 00:14:46,137 O para�so. 197 00:14:48,525 --> 00:14:50,792 Ela sai para a luz do sol. 198 00:14:56,203 --> 00:14:58,956 Tutanc�mon saindo de sua tumba. 199 00:14:59,057 --> 00:15:02,990 Um lar n�o � bom quando n�o h� mais nada. 200 00:15:18,596 --> 00:15:21,230 As tr�s �ltimas cenas deste cap�tulo... 201 00:15:21,540 --> 00:15:25,696 Um lar destru�do, um novo lar e um lar futur�stico. 202 00:15:26,483 --> 00:15:30,623 A Epopeia dos Anos de Fogo, de Yulia Solntseva. 203 00:15:30,724 --> 00:15:32,990 A Grande Guerra Patri�tica. 204 00:15:34,157 --> 00:15:36,657 Um soldado volta pra casa. 205 00:15:37,390 --> 00:15:38,757 Uma casa destru�da. 206 00:15:39,390 --> 00:15:40,724 Uma silhueta. 207 00:15:43,193 --> 00:15:44,926 � como um cemit�rio. 208 00:15:54,947 --> 00:15:56,156 Um tanque, 209 00:15:56,257 --> 00:15:59,024 mas tamb�m brotos num arbusto. 210 00:16:03,674 --> 00:16:05,207 Ele caminha, 211 00:16:08,938 --> 00:16:10,238 caminha... 212 00:16:10,918 --> 00:16:13,985 A m�sica cresce, clareia. 213 00:16:26,369 --> 00:16:28,536 Um cen�rio ainda mais arruinado. 214 00:16:29,344 --> 00:16:31,837 Mas tamb�m uma mulher e uma crian�a. 215 00:16:31,938 --> 00:16:33,689 Ela est� fazendo p�o. 216 00:16:33,790 --> 00:16:36,957 Pelo menos h� um forno, uma fornalha. 217 00:16:37,764 --> 00:16:40,214 E ent�o esta aproxima��o. 218 00:16:40,324 --> 00:16:43,290 Uma onda de sentimentos, de volta ao lar. 219 00:16:49,804 --> 00:16:51,171 Um recome�o. 220 00:16:51,473 --> 00:16:53,007 Cultivando os campos... 221 00:16:55,981 --> 00:16:57,648 E mais brotos novos. 222 00:17:02,824 --> 00:17:05,623 E ent�o esta tomada numa grua dentro e acima 223 00:17:05,724 --> 00:17:07,790 do que restou de sua casa. 224 00:17:26,857 --> 00:17:28,956 Uma volta ao mundo sovi�tico 225 00:17:29,057 --> 00:17:33,157 e Larisa Shepitko sugere que � necess�rio repensar. 226 00:17:33,690 --> 00:17:37,357 Seu filme raramente visto, A P�tria da Eletricidade. 227 00:17:40,124 --> 00:17:44,624 Uma linda tomada de um velho olhando de sua casa. 228 00:17:46,417 --> 00:17:50,050 E ent�o um jovem, personagem principal do filme. 229 00:17:50,151 --> 00:17:51,723 Caminhamos com ele. 230 00:17:51,824 --> 00:17:54,689 Ele olha em volta para um vilarejo desolado. 231 00:17:54,790 --> 00:17:56,589 Ele acabou de chegar. 232 00:17:56,690 --> 00:17:58,123 Casas destru�das. 233 00:17:58,224 --> 00:18:01,824 Sua cabe�a gira repentinamente para esta tomada em movimento. 234 00:18:02,558 --> 00:18:05,825 Uma velha observa de sua casa. 235 00:18:06,557 --> 00:18:09,812 A falta de chuva significa que a colheita falhou 236 00:18:09,913 --> 00:18:12,280 e as pessoas est�o com fome. 237 00:18:12,657 --> 00:18:14,991 O jovem observa um cabo. 238 00:18:15,442 --> 00:18:16,908 Come�a a pensar. 239 00:18:17,009 --> 00:18:18,625 Tem uma ideia. 240 00:18:18,946 --> 00:18:20,680 Segue a linha. 241 00:18:21,073 --> 00:18:24,740 O solo de piano parece refletir seus pensamentos. 242 00:18:28,509 --> 00:18:33,142 E ent�o a c�mera busca uma terceira alde� em casa. 243 00:18:33,609 --> 00:18:35,674 � como se estiv�ssemos em As Vinhas da Ira. 244 00:18:35,775 --> 00:18:38,442 Seu olhar, direto para n�s. 245 00:18:38,909 --> 00:18:40,391 Um movimento mais r�pido. 246 00:18:40,563 --> 00:18:43,797 Algo precisa ser feito para ajudar essas pessoas. 247 00:18:48,671 --> 00:18:50,865 Esse homem, t�o magro, 248 00:18:50,966 --> 00:18:53,399 t�o centralizado imagem. 249 00:18:53,998 --> 00:18:57,641 A vila est� morrendo. O lar est� morrendo. 250 00:19:01,275 --> 00:19:04,474 Mas o jovem, uma figura de Cristo, 251 00:19:04,575 --> 00:19:07,158 cria um esquema de irriga��o, 252 00:19:07,354 --> 00:19:12,220 usando os cabos el�tricos para alimentar a bomba d��gua. 253 00:19:12,942 --> 00:19:15,224 Imagina��o e tecnologia 254 00:19:15,396 --> 00:19:18,596 reinventando o lar. 255 00:19:47,742 --> 00:19:51,103 De um dos temas-chave da cultura humana, o lar, 256 00:19:51,204 --> 00:19:53,770 para outra, a religi�o. 257 00:19:54,450 --> 00:19:56,749 Sua intensidade, diversidade, 258 00:19:56,850 --> 00:20:00,540 complexidade, hipocrisia e absurdo. 259 00:20:00,801 --> 00:20:05,201 CAP�TULO 21 - RELIGI�O 260 00:20:08,496 --> 00:20:12,463 Os ricos e bem vestidos americanos de Lois Weber mais uma vez. 261 00:20:12,863 --> 00:20:16,262 O ano � 1915. Um passeio agrad�vel. 262 00:20:16,363 --> 00:20:18,179 O melhor do domingo. 263 00:20:18,480 --> 00:20:20,195 De repente, este intert�tulo... 264 00:20:20,296 --> 00:20:24,463 A ESTRADA LARGA OU O CAMINHO ESTREITO? 265 00:20:26,963 --> 00:20:29,846 E agora um monge da �poca anterior, 266 00:20:30,089 --> 00:20:31,761 a era medieval. 267 00:20:32,096 --> 00:20:34,730 Um caminho mais �ngreme, uma subida. 268 00:20:44,310 --> 00:20:49,234 E ent�o, a diretora Lois Weber nos mostra uma jovem em apuros. 269 00:20:56,128 --> 00:20:58,461 Sujando-se na poeira. 270 00:21:01,847 --> 00:21:03,162 De joelhos. 271 00:21:03,263 --> 00:21:04,963 Arrastando-se. 272 00:21:13,993 --> 00:21:17,527 E depois uma daquelas pessoas bem vestidas. 273 00:21:25,507 --> 00:21:26,940 Uma pequena panor�mica pra esquerda 274 00:21:27,041 --> 00:21:28,941 para reenquadrar sua queda. 275 00:21:30,163 --> 00:21:33,530 A religi�o aqui � terrena, � a labuta. 276 00:21:34,410 --> 00:21:36,044 O peso do seu corpo. 277 00:21:46,500 --> 00:21:47,867 O que ela alcan�a. 278 00:21:50,145 --> 00:21:55,337 1915, o ano das trincheiras da Primeira Guerra Mundial, 279 00:21:55,944 --> 00:21:58,411 da Segunda Batalha de Ypres. 280 00:22:12,897 --> 00:22:16,464 Sri Lanka em 1978 agora. 281 00:22:17,254 --> 00:22:21,053 A bela hist�ria de amor da diretora Sumitra Peries, 282 00:22:21,154 --> 00:22:22,454 The Girls. 283 00:22:23,320 --> 00:22:27,220 Com meia hora de filme, temos esta cena... 284 00:22:28,034 --> 00:22:29,219 O rosto dela 285 00:22:29,320 --> 00:22:32,087 emoldurado por uma tela de papel recortado. 286 00:22:33,518 --> 00:22:35,218 A c�mera se aproxima. 287 00:22:46,637 --> 00:22:48,687 Corta para este objeto. 288 00:22:49,287 --> 00:22:50,520 O que � isso? 289 00:22:50,963 --> 00:22:52,846 Depois um movimento para a direita 290 00:22:52,988 --> 00:22:55,821 ao longo de belos padr�es. 291 00:22:56,554 --> 00:22:58,454 Primeiro plano filigranado. 292 00:22:58,722 --> 00:22:59,954 Floral. 293 00:23:00,287 --> 00:23:01,520 M�ntrico. 294 00:23:01,987 --> 00:23:03,787 A c�mera passeia. 295 00:23:04,554 --> 00:23:06,054 Segue um fio. 296 00:23:23,593 --> 00:23:24,927 Outro fio. 297 00:23:43,025 --> 00:23:44,553 Fora da escurid�o, 298 00:23:44,654 --> 00:23:48,620 v�-se pessoas orando, entrela�adas. 299 00:23:50,439 --> 00:23:52,055 Uma cena, 300 00:23:52,220 --> 00:23:53,919 um momento religioso, 301 00:23:54,020 --> 00:23:56,187 como uma teia de aranha. 302 00:23:57,565 --> 00:24:01,465 A c�mera de Peries passeia nesta cena budista. 303 00:24:02,454 --> 00:24:05,454 A c�mera cria as conex�es. 304 00:24:14,527 --> 00:24:15,553 E agora, 305 00:24:15,654 --> 00:24:19,383 uma terceira cena de genu�na intensidade religiosa. 306 00:24:19,520 --> 00:24:22,386 O filme de Vera Stroyeva, de 1959, 307 00:24:22,487 --> 00:24:25,587 baseado na obra de Mussorgsky, Khovanshchina. 308 00:24:27,953 --> 00:24:31,953 O cen�rio � a Revolta de Moscou de 1682. 309 00:24:32,587 --> 00:24:34,886 O pr�ncipe Khovansky foi assassinado. 310 00:24:34,987 --> 00:24:38,020 Alguns de seus seguidores duvidavam dele. 311 00:24:38,466 --> 00:24:41,219 A diretora Stroyeva corta para uma floresta. 312 00:24:41,320 --> 00:24:44,320 Enevoada, retroiluminada, m�stica. 313 00:24:45,053 --> 00:24:48,020 O libreto diz que � santificada. 314 00:24:48,474 --> 00:24:50,908 Tela ampla, como uma tape�aria... 315 00:24:53,144 --> 00:24:54,471 H� um corte 316 00:24:54,572 --> 00:24:58,239 e seu rosto encontra a luz. 317 00:25:08,064 --> 00:25:10,080 Uma cena sobre d�vida, 318 00:25:10,480 --> 00:25:12,886 mas a ilumina��o, o enquadramento, a intimidade, 319 00:25:12,987 --> 00:25:17,453 a emo��o e a intensidade t�m uma sinceridade Gets�mani. 320 00:25:53,807 --> 00:25:58,573 A mesma sinceridade presente em A Menina Santa, de Lucrecia Martel. 321 00:25:59,587 --> 00:26:02,419 Amalia, de 16 anos, observa seu m�dico, 322 00:26:02,520 --> 00:26:04,853 que nada na piscina de um hotel. 323 00:26:05,487 --> 00:26:08,320 Ele a tocou inadequadamente. 324 00:26:08,720 --> 00:26:10,352 Ela � bastante religiosa 325 00:26:10,453 --> 00:26:13,653 e sente que talvez sua piedade possa salv�-lo 326 00:26:13,754 --> 00:26:15,252 ou absolv�-lo. 327 00:26:15,353 --> 00:26:18,886 Senhor, tenha piedade de n�s. Cristo, ou�a minha prece. 328 00:26:18,987 --> 00:26:21,452 Pai celestial, tenha piedade. 329 00:26:21,553 --> 00:26:26,119 Deus filho. Redentor do mundo. Santa Maria, rogai por n�s. 330 00:26:26,220 --> 00:26:28,386 Santa m�e de Deus. Virgem das virgens, 331 00:26:28,487 --> 00:26:30,619 M�e da gra�a divina, M�e mais pura. 332 00:26:30,720 --> 00:26:33,819 M�e casta. M�e sem culpa. 333 00:26:33,920 --> 00:26:36,086 M�e mais gentil, m�e mais admir�vel, 334 00:26:36,187 --> 00:26:38,675 m�e mais s�bia, m�e do criador. 335 00:26:38,776 --> 00:26:39,997 Sussurrando... 336 00:26:40,098 --> 00:26:42,122 Virgem fiel, espelho da justi�a. Trono da eterna sabedoria... 337 00:26:42,223 --> 00:26:43,555 e a nuca dele. 338 00:26:43,656 --> 00:26:48,690 Vaso da gra�a, vaso da verdadeira devo��o... 339 00:26:57,756 --> 00:27:00,623 Olhares silenciosos e persistentes. 340 00:27:06,056 --> 00:27:08,590 Ent�o, esta mulher toca sua orelha. 341 00:27:09,590 --> 00:27:12,590 A pr�pria Amalia tem problemas de audi��o. 342 00:27:31,123 --> 00:27:33,822 Ent�o ficamos ainda mais intensamente no mundo dela. 343 00:27:33,923 --> 00:27:37,490 Martel mant�m a cena e foca em Amalia. 344 00:27:38,090 --> 00:27:40,555 Porta do c�u, estrela da manh�, sa�de dos enfermos, 345 00:27:40,656 --> 00:27:43,090 ref�gio dos pecadores... 346 00:27:43,490 --> 00:27:45,655 Sa�de dos enfermos, ref�gio dos pecadores, 347 00:27:45,756 --> 00:27:48,122 conforto dos aflitos. 348 00:27:48,223 --> 00:27:49,755 Rainha dos Anjos, Rainha dos Patriarcas, 349 00:27:49,856 --> 00:27:52,555 Rainha dos Profetas, Rainha dos Ap�stolos... 350 00:27:52,656 --> 00:27:56,156 Por que se lembra disso? N�o tem nada mais �til pra fazer? 351 00:27:56,656 --> 00:27:59,823 � quase como uma cena de percep��o extra-sensorial. 352 00:28:00,623 --> 00:28:03,555 Como se as ora��es sussurradas estivessem sendo transmitidas 353 00:28:03,656 --> 00:28:07,422 em alguma nova frequ�ncia de r�dio da f�. 354 00:28:07,523 --> 00:28:12,264 Cordeiro de Deus, que tirai os pecados do mundo, perdoa-nos. 355 00:28:12,365 --> 00:28:13,355 N�o fale comigo. 356 00:28:13,456 --> 00:28:16,044 Seu encantamento usa uma linguagem arcaica. 357 00:28:16,145 --> 00:28:20,478 Enquadramentos assim�tricos e muito vazio nas tomadas. 358 00:28:21,423 --> 00:28:24,755 Um mundo fora do comum onde religi�o e sexualidade 359 00:28:24,856 --> 00:28:26,456 se misturam. 360 00:28:28,490 --> 00:28:31,190 A complexidade da cren�a religiosa. 361 00:28:41,756 --> 00:28:44,655 A figura do Salvador em A P�tria da Eletricidade, 362 00:28:44,756 --> 00:28:46,890 de Larisa Shepitko. 363 00:28:48,056 --> 00:28:51,156 O arco atr�s dele parece uma pintura renascentista. 364 00:28:52,656 --> 00:28:55,656 Ent�o um corte pro seu rosto. Um besouro. 365 00:28:56,456 --> 00:28:59,123 Ele foi teletransportado para este lugar? 366 00:28:59,856 --> 00:29:01,290 Vento frio. 367 00:29:04,990 --> 00:29:06,656 Paisagem des�rtica. 368 00:29:15,723 --> 00:29:18,290 Uma aquarela de camponeses distantes. 369 00:29:19,156 --> 00:29:20,523 Em uma prociss�o. 370 00:29:23,690 --> 00:29:25,190 O que eles est�o fazendo? 371 00:29:45,523 --> 00:29:46,689 Corta para isto. 372 00:29:46,790 --> 00:29:49,023 Um padre. Cruzes. 373 00:29:52,023 --> 00:29:53,656 Uma prociss�o religiosa. 374 00:29:54,690 --> 00:29:57,456 A devo��o e o desespero de uma mulher. 375 00:29:58,956 --> 00:30:00,723 Esperando pelas chuvas. 376 00:30:03,656 --> 00:30:05,922 Este belo movimento acompanha as crian�as, 377 00:30:06,023 --> 00:30:07,966 as crian�as chechenas. 378 00:30:08,067 --> 00:30:10,633 Shepitko e seu fot�grafo 379 00:30:10,734 --> 00:30:15,001 s�o �timos em close-ups em um quadro amplo. 380 00:30:35,043 --> 00:30:37,177 O homem santo n�o est� participando. 381 00:30:38,256 --> 00:30:40,823 � o menos digno de todos. 382 00:30:41,623 --> 00:30:44,156 A religi�o est� abandonando a hist�ria deles, 383 00:30:44,257 --> 00:30:45,691 sua lideran�a. 384 00:30:46,878 --> 00:30:50,278 Uma cena sobre o fracasso da religi�o. 385 00:30:59,825 --> 00:31:02,874 Aqui a religi�o tamb�m est� em crise. 386 00:31:02,980 --> 00:31:06,557 Uma capela de Liverpool. Hora da comunh�o. 387 00:31:06,658 --> 00:31:11,924 Todos fazem fila para receb�-la do padre � direita. 388 00:31:12,025 --> 00:31:15,234 Ningu�m a quer deste padre, � esquerda, 389 00:31:15,335 --> 00:31:20,435 porque os jornais o expuseram como gay. 390 00:31:21,101 --> 00:31:22,857 E ent�o esta garota. 391 00:31:22,958 --> 00:31:24,958 Ela foi abusada pelo pai. 392 00:31:26,249 --> 00:31:28,824 O jovem padre ouviu falar sobre isso, 393 00:31:28,925 --> 00:31:31,358 mas de forma superficial. 394 00:31:34,425 --> 00:31:36,024 A diretora Antonia Bird 395 00:31:36,125 --> 00:31:38,955 faz com que ela passe atrav�s da fila de pessoas 396 00:31:39,056 --> 00:31:41,091 que rejeitam o padre gay 397 00:31:41,192 --> 00:31:43,360 e depois a acompanha, 398 00:31:43,558 --> 00:31:48,158 enfatizando sua escolha, sua caminhada, sua coragem. 399 00:31:56,925 --> 00:31:58,658 Suas vozes calmas. 400 00:31:59,858 --> 00:32:01,258 A hesita��o dele. 401 00:32:02,125 --> 00:32:03,492 O olhar deles. 402 00:32:03,858 --> 00:32:06,492 -O Corpo de Cristo. -Am�m. 403 00:32:08,207 --> 00:32:10,174 Ele sabe que errou. 404 00:32:13,254 --> 00:32:17,087 Mas seu delito n�o foi fazer sexo com um cara, 405 00:32:17,587 --> 00:32:20,020 foi ter falhado ao n�o proteg�-la. 406 00:32:23,854 --> 00:32:26,221 Fracassado em seu cuidado pastoral. 407 00:32:27,554 --> 00:32:29,787 A caminhada dela o absolve. 408 00:32:34,287 --> 00:32:36,320 Esta � uma cena confessional. 409 00:32:36,987 --> 00:32:38,620 Ele vai cair de joelhos? 410 00:32:39,420 --> 00:32:41,254 Ele deveria cair de joelhos. 411 00:32:51,188 --> 00:32:54,288 Ent�o este movimento de grua visualmente articulado, 412 00:32:55,220 --> 00:32:58,420 para cima e abrindo. Uma revela��o. 413 00:32:59,354 --> 00:33:00,854 Um J�accuse. 414 00:33:34,327 --> 00:33:37,294 Outro argumento. Outro mundo cat�lico. 415 00:33:38,487 --> 00:33:40,653 Christine tinha esclerose m�ltipla 416 00:33:40,754 --> 00:33:42,353 e estava numa cadeira de rodas. 417 00:33:42,454 --> 00:33:47,886 Numa peregrina��o religiosa a Lourdes, ela foi curada. 418 00:33:47,987 --> 00:33:49,587 Agora ela pode dan�ar. 419 00:33:53,054 --> 00:33:54,454 Mas de repente, isto. 420 00:34:02,268 --> 00:34:06,562 A diretora Jessica Hausner ainda n�o a mostra no ch�o. 421 00:34:06,663 --> 00:34:11,263 Vemos pessoas servindo bolo antes de v�-la. 422 00:34:12,520 --> 00:34:16,487 E a estranha m�sica lynchiana n�o para. 423 00:34:17,920 --> 00:34:22,120 O clima de sonambulismo � ininterrupto. 424 00:34:27,787 --> 00:34:29,619 Essas pessoas n�o ficaram muito satisfeitas 425 00:34:29,720 --> 00:34:32,054 com sua recupera��o milagrosa, 426 00:34:33,054 --> 00:34:37,220 nem est�o angustiadas com sua aparente reca�da. 427 00:34:38,120 --> 00:34:40,887 Sem sangue, sem paix�o. 428 00:34:43,687 --> 00:34:46,554 � como se a cren�a deles os tranquilizasse. 429 00:35:47,087 --> 00:35:49,691 Eles rejeitam essas cren�as tranquilizadoras? 430 00:35:49,792 --> 00:35:50,918 N�o. 431 00:35:51,019 --> 00:35:52,930 Mas um dos mais ousados filmes 432 00:35:53,031 --> 00:35:56,931 sobre a rejei��o de dogmas religiosos � este... 433 00:35:57,787 --> 00:36:00,753 De Marjane Satrapi, Pers�polis. 434 00:36:01,620 --> 00:36:03,752 Rapazes iranianos foram informados de que, 435 00:36:03,853 --> 00:36:07,120 se morrerem por sua religi�o, ir�o para o c�u. 436 00:36:08,520 --> 00:36:10,919 Esta noite, nosso ex�rcito destruiu 63 tanques 437 00:36:11,020 --> 00:36:12,986 e 26 avi�es de combate iraquianos. 438 00:36:13,087 --> 00:36:16,019 O sangue de nossos m�rtires irriga nosso solo sagrado 439 00:36:16,120 --> 00:36:19,552 e logo os desertos do desespero ser�o novamente f�rteis. 440 00:36:19,653 --> 00:36:24,184 Quando morre um m�rtir o sangue bombeia nas veias da sociedade. 441 00:36:24,285 --> 00:36:26,834 Juntamente com Vincent Paronnoud, 442 00:36:27,085 --> 00:36:30,703 Satrapi adaptou seus pr�prios quadrinhos. 443 00:36:31,352 --> 00:36:34,552 Contraste total em preto e branco. 444 00:36:35,170 --> 00:36:36,686 E esta hist�ria... 445 00:36:36,851 --> 00:36:39,750 Est� com uma cara p�ssima, sra. Nasreen, est� tudo bem? 446 00:36:39,851 --> 00:36:41,317 N�o est� tudo bem, 447 00:36:41,418 --> 00:36:43,497 na escola deram isso pro meu filho. 448 00:36:43,598 --> 00:36:46,330 Disseram aos meninos que, se morressem lutando, 449 00:36:46,431 --> 00:36:49,934 iriam para o para�so e entrariam com essa chave de pl�stico. 450 00:36:50,035 --> 00:36:53,500 Que no para�so comeriam como reis, cercados por mulheres 451 00:36:53,601 --> 00:36:55,700 e viveriam em casas feitas de ouro e diamantes. 452 00:36:55,801 --> 00:36:57,201 Por mulheres? 453 00:36:58,027 --> 00:37:00,627 Claro, ele tem 14 anos, sei que � da idade. 454 00:37:01,135 --> 00:37:02,467 Sofri muito, 455 00:37:02,568 --> 00:37:05,367 criei meus cinco filhos com sangue, suor e l�grimas 456 00:37:05,468 --> 00:37:08,934 e agora querem tirar meu �nico filho com essa chave falsa. 457 00:37:09,035 --> 00:37:11,234 Vivi sempre de acordo com as regras religiosas, 458 00:37:11,335 --> 00:37:15,135 toda a minha vida rezei, usei um v�u e obedeci. 459 00:37:15,770 --> 00:37:18,877 E pra qu�? Como ainda posso ter f�? 460 00:37:18,978 --> 00:37:21,577 Uma m�e furiosa com as autoridades religiosas 461 00:37:21,678 --> 00:37:24,244 por glamorizarem a morte. 462 00:37:24,553 --> 00:37:26,119 E ela p�e o v�u. 463 00:37:28,489 --> 00:37:31,655 O esfor�o para entender a religi�o, 464 00:37:32,627 --> 00:37:34,694 para ver al�m do seu v�u. 465 00:37:35,264 --> 00:37:38,564 Pe�a pro seu filho vir falar comigo, n�o se preocupe. 466 00:37:39,707 --> 00:37:40,840 Gra�as aos meus pais, 467 00:37:40,941 --> 00:37:43,674 o filho da sra. Nasreen nunca foi pra guerra. 468 00:38:00,120 --> 00:38:03,420 Ap�s sexo, lar e religi�o, 469 00:38:03,874 --> 00:38:06,773 vamos dar uma olhada em outra coisa central em nossa vida... 470 00:38:06,874 --> 00:38:08,307 Trabalho. 471 00:38:08,670 --> 00:38:12,173 Como as diretoras o retrataram e valorizaram? 472 00:38:12,274 --> 00:38:17,074 CAP�TULO 22 - TRABALHO 473 00:38:18,607 --> 00:38:21,306 Miranda July se diverte com o trabalho, 474 00:38:21,407 --> 00:38:24,440 com um cara que � p�ssimo em sua profiss�o. 475 00:38:24,541 --> 00:38:26,006 A hesita��o dele. 476 00:38:26,107 --> 00:38:29,106 Ele n�o percebe as regras b�sicas do trabalho. 477 00:38:29,207 --> 00:38:31,023 FORA VENDEDORES 478 00:38:31,218 --> 00:38:33,285 Oh, desculpe, n�o vi seu aviso. 479 00:38:33,741 --> 00:38:36,290 Acho que sou vendedor... 480 00:38:36,394 --> 00:38:38,940 -Jura? -Quero dizer, eu... 481 00:38:39,041 --> 00:38:40,406 Voc� � meu primeiro... 482 00:38:40,507 --> 00:38:43,306 Ador�veis pausas na atua��o. 483 00:38:43,407 --> 00:38:44,540 Ou n�o. 484 00:38:44,641 --> 00:38:47,441 -Vamos deixar desse jeito. -Claro. 485 00:38:57,589 --> 00:38:58,640 Sim? 486 00:38:58,741 --> 00:39:02,006 Meu nome � Jason e trabalho na �rvore por �rvore. 487 00:39:02,107 --> 00:39:04,473 Teria um minutinho para ajudar a reduzir o aquecimento global? 488 00:39:04,574 --> 00:39:07,206 Um vendedor precisa manter seu olhar, 489 00:39:07,307 --> 00:39:10,473 mas os olhos dele vacilam, e os dela tamb�m. 490 00:39:10,574 --> 00:39:14,073 ...meta de plantar um milh�o de �rvores em Los Angeles 491 00:39:14,174 --> 00:39:17,040 por uma pequena doa��o. 492 00:39:17,141 --> 00:39:21,373 N�s lhe daremos uma �rvore jovem e saud�vel. 493 00:39:21,474 --> 00:39:23,273 Nosso rapaz precisa aprender a fazer 494 00:39:23,374 --> 00:39:27,807 o mais b�sico dos trabalhos americanos: Vender. 495 00:39:28,493 --> 00:39:30,193 Poderia jogar isso fora? 496 00:39:30,605 --> 00:39:31,907 Claro. 497 00:39:42,332 --> 00:39:45,806 Leu o manual ontem � noite? Os cinco passos do vendedor? 498 00:39:45,907 --> 00:39:47,406 -Sim. -Um monte de besteira... 499 00:39:47,507 --> 00:39:48,806 Voc� n�o precisa daquilo... 500 00:39:48,907 --> 00:39:51,773 Ele poderia ter ouvido a opini�o do Shia Labeouf. 501 00:39:51,874 --> 00:39:54,574 No livro do Jay h� um maldito passo. 502 00:39:55,139 --> 00:39:57,773 N�o cinco, apenas um, um passo. 503 00:39:57,874 --> 00:40:01,607 Depois que voc� d� o primeiro passo, j� � o chefe da tribo. 504 00:40:02,807 --> 00:40:07,174 Ele vende revistas e est� ensinando suas t�cnicas aqui. 505 00:40:07,512 --> 00:40:10,412 Basicamente, quando abrem a porta e olham pra voc�, 506 00:40:10,974 --> 00:40:13,373 � o grande momento cr�tico. O momento de fisgar ou perder, 507 00:40:13,474 --> 00:40:15,373 porque naquele segundo voc� precisa estud�-los, 508 00:40:15,474 --> 00:40:18,106 precisa l�-los, escane�-los para entend�-los. 509 00:40:18,207 --> 00:40:20,574 Perceber que tipo de pessoa aquela pessoa quer na vida dela 510 00:40:20,675 --> 00:40:22,406 e voc� precisa ser essa pessoa. 511 00:40:22,507 --> 00:40:27,074 As habilidades necess�rias s�o improvisa��o e desempenho. 512 00:40:29,021 --> 00:40:31,073 Persuadir. Falar abobrinha. 513 00:40:31,174 --> 00:40:33,240 Estar sempre perto da meta. 514 00:40:33,341 --> 00:40:36,273 O trabalho dele � vender a si mesmo. 515 00:40:36,374 --> 00:40:38,740 ..."Mam�e tem c�ncer" ou "meu p� est� caindo". 516 00:40:38,841 --> 00:40:40,573 "Estou tentando retomar minha vida." 517 00:40:40,674 --> 00:40:43,140 Sabe, "andei perdido na adolesc�ncia 518 00:40:43,241 --> 00:40:45,522 "e agora estou empenhado em mudar�... 519 00:40:45,623 --> 00:40:47,619 "Sabe, meu pai morreu no Iraque." 520 00:40:47,720 --> 00:40:50,152 Qualquer baboseira triste, e repetem isso o tempo todo 521 00:40:50,253 --> 00:40:51,920 at� perder o sentido. 522 00:40:52,820 --> 00:40:55,785 Essa pessoa n�o d� a m�nima pra revistas, 523 00:40:55,886 --> 00:40:57,519 eles querem algo de mim. 524 00:40:57,620 --> 00:41:01,569 Ent�o, se sou esperto, vou perceber o que � 525 00:41:01,825 --> 00:41:03,279 e trabalhar em cima disso. 526 00:41:03,380 --> 00:41:06,013 -�? -Isso � um super vendedor. 527 00:41:06,646 --> 00:41:10,242 Depois de aprender seu trabalho, se tiver sorte, ele ter� prazer, 528 00:41:10,343 --> 00:41:12,643 prop�sito ou dignidade. 529 00:41:13,521 --> 00:41:18,637 Women of Ryazan foi dirigido por Olga Preobrazhenskaya, 530 00:41:18,841 --> 00:41:20,641 uma atriz nascida em Moscou 531 00:41:20,742 --> 00:41:23,744 que foi uma das primeiras mulheres a dirigir um longa. 532 00:41:23,845 --> 00:41:27,778 Ela filma o corte e a colheita do trigo. 533 00:41:27,879 --> 00:41:30,178 Homens e mulheres colhem juntos, 534 00:41:30,279 --> 00:41:34,445 � quase como se o campo fosse o mar e eles fossem peixes. 535 00:41:36,645 --> 00:41:39,879 Tomadas cl�ssicas, equilibradas e elegantes. 536 00:41:56,364 --> 00:41:58,597 �s vezes, her�icas. 537 00:42:00,042 --> 00:42:01,509 O sorriso dele 538 00:42:03,506 --> 00:42:04,771 e o sorriso dela. 539 00:42:04,872 --> 00:42:07,972 Prazer e prop�sito comum. 540 00:42:08,472 --> 00:42:11,838 Um ano antes da coletiviza��o for�ada da agricultura 541 00:42:11,939 --> 00:42:13,606 na Uni�o Sovi�tica. 542 00:42:22,206 --> 00:42:27,672 Extra��o de sal, agora na Venezuela, em 1959. 543 00:42:29,272 --> 00:42:31,038 Uma tomada feita com um guindaste 544 00:42:31,139 --> 00:42:33,971 abandonado pelos trabalhadores do sal. 545 00:42:34,072 --> 00:42:39,455 A diretora Margot Benacerraf nos mostra o processo, 546 00:42:39,556 --> 00:42:43,390 como � organizado, como � bonito. 547 00:42:43,639 --> 00:42:45,071 Outra tomada cinematogr�fica, 548 00:42:45,172 --> 00:42:47,805 mas este filme foi feito por apenas duas pessoas, 549 00:42:47,906 --> 00:42:51,171 Benacerraf e seu diretor de fotografia. 550 00:42:51,272 --> 00:42:53,511 ...com a for�a de seus bra�os. 551 00:42:53,612 --> 00:42:57,879 Ela disse que chegar a Araya foi como ir � Lua. 552 00:43:00,372 --> 00:43:02,856 O filme dividiu um pr�mio em Cannes 553 00:43:02,957 --> 00:43:06,991 com o filme de Alain Resnais, Hiroshima, Meu Amor. 554 00:43:09,439 --> 00:43:12,572 E o que est� al�m da dignidade do trabalho? 555 00:43:21,606 --> 00:43:23,238 Remova o som sincronizado 556 00:43:23,339 --> 00:43:25,938 e aproxime-se dos rostos dos trabalhadores 557 00:43:26,039 --> 00:43:29,872 e obtenha algo como retratos de Rembrandt... 558 00:43:37,872 --> 00:43:40,139 Algo espiritual. 559 00:43:40,539 --> 00:43:43,506 Exaustivo e iluminado pelo sol. 560 00:44:09,672 --> 00:44:12,538 Afaste-se dessa espiritualidade 561 00:44:12,639 --> 00:44:14,872 e voc� ter� uma cena como esta. 562 00:44:15,239 --> 00:44:16,772 Cozinhando. 563 00:44:17,256 --> 00:44:19,166 E um jazz tocando. 564 00:44:24,455 --> 00:44:26,122 A can��o para. 565 00:44:26,339 --> 00:44:28,772 Mas seu trabalho dom�stico continua. 566 00:44:33,706 --> 00:44:35,271 Novamente a can��o. 567 00:44:35,372 --> 00:44:37,271 Suas tarefas di�rias, 568 00:44:37,372 --> 00:44:39,371 em um ciclo diurno. 569 00:44:39,472 --> 00:44:41,271 Como um loop de m�sica. 570 00:44:41,372 --> 00:44:42,906 Sincopada. 571 00:44:43,339 --> 00:44:45,971 O p� sempre se acumula. 572 00:44:46,072 --> 00:44:50,472 As panelas e pratos precisam sempre ser guardados. 573 00:44:50,806 --> 00:44:53,571 Ela n�o est� alegre nessas cenas, 574 00:44:53,672 --> 00:44:55,938 mas tamb�m n�o est� oprimida. 575 00:44:56,039 --> 00:44:58,438 A vida dela n�o � ruim. 576 00:44:58,539 --> 00:45:01,171 A ambiguidade de seu trabalho. 577 00:45:01,272 --> 00:45:06,072 Repetitivo, cansativo, mas com suas recompensas. 578 00:45:28,216 --> 00:45:32,138 Vera Chytilova nos deu uma montagem de trabalho dom�stico, 579 00:45:32,239 --> 00:45:34,918 mas Valerie Massadian 580 00:45:35,019 --> 00:45:40,753 tem sua personagem, Nana, filmada numa �nica cena. 581 00:45:41,583 --> 00:45:44,149 A m�e de Nana desapareceu. 582 00:45:44,572 --> 00:45:48,455 A crian�a se vestiu e brincou com seus brinquedos. 583 00:45:48,615 --> 00:45:52,288 Mas ocorreu-lhe que ela n�o podia jogar para sempre. 584 00:45:52,468 --> 00:45:57,035 Brincar s�o as lacunas do trabalho ou vice-versa. 585 00:45:57,206 --> 00:45:59,377 Trabalho � uma obriga��o. 586 00:45:59,706 --> 00:46:02,638 Ela tem de arrastar coisas, mover coisas. 587 00:46:02,739 --> 00:46:05,572 Ela tenta arrumar a cama, de certa forma. 588 00:46:07,906 --> 00:46:11,572 Numa sala desordenada, ela quer criar alguma ordem. 589 00:46:15,145 --> 00:46:18,445 Trabalho como o oposto de entropia. 590 00:46:38,606 --> 00:46:42,839 Chantal Akerman tamb�m usa uma simples e rigorosa cena. 591 00:46:43,505 --> 00:46:48,039 Tamb�m vemos Jeanne Dielmann de um ponto fixo. 592 00:46:48,439 --> 00:46:52,539 Sem cortes, sem diminuir o processo de arrumar a cama. 593 00:46:59,072 --> 00:47:02,226 Poderia ser um v�deo do youtube sobre como fazer a cama, 594 00:47:02,327 --> 00:47:05,560 mas Akerman est� atr�s de algo mais radical. 595 00:47:06,068 --> 00:47:10,351 Ela disse que nos filmes havia hierarquias de imagens... 596 00:47:10,544 --> 00:47:13,442 Um beijo ou um acidente de carro eram mais importantes 597 00:47:13,543 --> 00:47:15,412 que o trabalho dom�stico. 598 00:47:15,513 --> 00:47:19,580 Ela quis nivelar a hierarquia, respeitar esse trabalho, 599 00:47:19,681 --> 00:47:22,781 esse mundo do fazer e refazer. 600 00:47:37,910 --> 00:47:40,492 Jeanne Dielman foi obrigada a trabalhar, 601 00:47:40,704 --> 00:47:42,938 e esses meninos tamb�m. 602 00:47:43,224 --> 00:47:48,557 A crise econ�mica significava que se poderia ganhar dinheiro com sucata. 603 00:47:50,464 --> 00:47:53,380 Belo travelling com lentes de longo alcance. 604 00:47:53,483 --> 00:47:55,983 De repente, a m�quina de pesagem. 605 00:47:58,110 --> 00:47:59,109 O que foi? 606 00:47:59,210 --> 00:48:00,710 Que porcaria � essa? 607 00:48:02,410 --> 00:48:03,843 � alum�nio! 608 00:48:04,563 --> 00:48:05,971 Espere, 609 00:48:06,210 --> 00:48:08,109 e um pouco de bronze. 610 00:48:08,210 --> 00:48:09,942 Arbor � t�o jovem 611 00:48:10,043 --> 00:48:13,075 que n�o precisa saber o valor do metal. 612 00:48:13,176 --> 00:48:15,310 Mas a vida o for�ou. 613 00:48:15,843 --> 00:48:18,775 Ele se junta ao quintal dos deliquentes juvenis. 614 00:48:18,876 --> 00:48:21,776 � como uma cena dos tempos vitorianos. 615 00:48:26,410 --> 00:48:29,147 Foi quando a hist�ria em que o filme se baseia, 616 00:48:29,248 --> 00:48:33,215 O Gigante Ego�sta, de Oscar Wilde, foi escrita. 617 00:48:44,914 --> 00:48:46,242 O que � isso? 618 00:48:46,343 --> 00:48:48,175 N�o sabe como o a�o chega, Leone? 619 00:48:48,276 --> 00:48:49,709 N�o fa�o ideia. 620 00:48:49,810 --> 00:48:53,030 Ele sobe o rio em barca�as e � carregado em reboques... 621 00:48:53,131 --> 00:48:55,497 O curta Skyscraper, de Shirley Clark 622 00:48:55,598 --> 00:48:58,164 tamb�m conta a hist�ria do trabalho com metal. 623 00:48:58,265 --> 00:49:00,064 Mas ela faz algo incomum. 624 00:49:00,165 --> 00:49:02,697 Ela mant�m seus personagens atr�s da c�mera. 625 00:49:02,798 --> 00:49:04,564 Narrando. Ironizando. 626 00:49:04,665 --> 00:49:06,130 ...seria uma confus�o, se � que j� aconteceu. 627 00:49:06,231 --> 00:49:08,097 Quando o empreiteiro faz o planejamento, 628 00:49:08,198 --> 00:49:11,664 certifica-se de que todo o a�o pedido seja entregue. 629 00:49:11,765 --> 00:49:13,764 -Isso � log�stica. -O que � log�stica? 630 00:49:13,865 --> 00:49:15,797 Oh, Leone honesto, isso � log�stica! 631 00:49:15,898 --> 00:49:19,428 Aquele caminh�o leva o a�o pelas ruas at� o trabalho. 632 00:49:19,529 --> 00:49:20,628 Entendeu? 633 00:49:20,729 --> 00:49:23,062 Onde n�s, homens de ferro, assumimos. 634 00:49:25,789 --> 00:49:28,389 Observe como colocamos no lugar, pe�a por pe�a. 635 00:49:29,665 --> 00:49:32,530 V� o cara puxando as cordas? � Harry Schnider, d� duro... 636 00:49:32,631 --> 00:49:34,464 -� um cara legal. -Obrigado, Murphy. 637 00:49:34,565 --> 00:49:36,897 N�o sabia que estava aqui, Schnider, retiro tudo! 638 00:49:36,998 --> 00:49:38,297 O que � t�o dif�cil? 639 00:49:38,398 --> 00:49:41,264 Ele tem que guiar cada peda�o de a�o para a posi��o, Dumbo. 640 00:49:41,365 --> 00:49:44,231 Um sino, para cima, dois � direita, e assim por diante. 641 00:49:45,458 --> 00:49:48,397 Sou eu de novo, n�o sou eu? Fiquei bem, n�o? 642 00:49:48,498 --> 00:49:51,797 -Nada mal para um mestre de obras. -Talvez possa aprender algo com um. 643 00:49:51,898 --> 00:49:53,864 -Diga a ele que vai, Lucky. -Pois �, Leone... 644 00:49:53,965 --> 00:49:57,630 Existe uma sensa��o real deles observando a si mesmos, 645 00:49:57,731 --> 00:50:00,864 seu pr�prio trabalho, seu pr�prio processo. 646 00:50:00,965 --> 00:50:03,031 Parecem possuir o filme. 647 00:50:04,794 --> 00:50:06,227 Papai Noel! 648 00:50:08,298 --> 00:50:11,797 Mas e quando o trabalho se torna um desespero? 649 00:50:11,898 --> 00:50:14,564 Tudo que voc� precisa na vida � amor, 650 00:50:14,665 --> 00:50:16,264 e acreditar em si mesmo, 651 00:50:16,365 --> 00:50:18,331 n�o h� nada que voc� n�o consiga. 652 00:50:20,231 --> 00:50:23,264 Certo, deixa eu ver se entendi tudo isso direito. 653 00:50:23,365 --> 00:50:24,730 Basicamente, 654 00:50:24,831 --> 00:50:28,064 voc� n�o tem experi�ncia, diploma, curr�culo, 655 00:50:28,165 --> 00:50:32,430 hist�rico de trabalho e agora quer ser advogada? 656 00:50:32,531 --> 00:50:35,931 O filme de Patty Jenkins sobre Aileen Wornous. 657 00:50:36,421 --> 00:50:41,255 A gram�tica simples do filme, plano e contra-plano, 658 00:50:41,689 --> 00:50:43,930 que se adapta a uma cena de entrevista. 659 00:50:44,031 --> 00:50:46,297 Mas o texto e a atua��o 660 00:50:46,398 --> 00:50:49,164 capturam sua expectativa e esperan�a. 661 00:50:49,265 --> 00:50:52,697 N�o quero parecer duro, mas isso � um pouco ofensivo. 662 00:50:52,798 --> 00:50:57,230 E ent�o a humilha��o e mesmo a decep��o. 663 00:50:57,331 --> 00:51:01,030 Posso te dizer uma coisa? Quando termina a festa na praia, 664 00:51:01,131 --> 00:51:04,630 n�o d� pra voc� achar que vai ter o que os outros 665 00:51:04,731 --> 00:51:07,398 trabalharam a vida toda pra ter. N�o funciona assim. 666 00:51:08,865 --> 00:51:11,864 Foda-se, cara. Sim, foda-se! 667 00:51:11,965 --> 00:51:13,764 Voc� n�o me conhece, porra! 668 00:51:13,865 --> 00:51:15,930 Muito bem... Essa � boa. Viu? 669 00:51:16,031 --> 00:51:17,964 Sinto muito por n�o ter te contratado antes. 670 00:51:18,065 --> 00:51:20,764 Leslie, voc� poderia, acompanhar a senhorita... 671 00:51:20,865 --> 00:51:23,830 N�o sei o nome dela, porque nem curr�culo ela tem. 672 00:51:23,931 --> 00:51:26,364 N�o preciso da sua escolta de merda. 673 00:51:26,465 --> 00:51:29,947 Acha que sou alguma retardada? O poder do entrevistador. 674 00:51:30,048 --> 00:51:32,448 Sua licen�a para julgar. 675 00:51:32,765 --> 00:51:35,497 Ele � o guardi�o do mundo do trabalho. 676 00:51:35,598 --> 00:51:38,831 Tudo que voc� precisa � amor e acreditar em si mesmo. 677 00:51:39,660 --> 00:51:40,927 Grande ideia! 678 00:51:41,777 --> 00:51:44,002 N�o � bem assim que funciona. 679 00:51:44,949 --> 00:51:47,764 E quando voc� est� realmente desesperado por um emprego 680 00:51:47,865 --> 00:51:50,298 e consegue ler o guardi�o... 681 00:51:50,735 --> 00:51:53,635 Talvez voc� possa atender as mesas, coquetel? 682 00:51:53,942 --> 00:51:55,535 N�o, n�o, n�o. 683 00:51:56,740 --> 00:51:58,773 N�o, n�o... 684 00:52:01,765 --> 00:52:03,031 Olha s�... 685 00:52:05,553 --> 00:52:07,590 A personagem de Maggie Gyllenhall 686 00:52:07,691 --> 00:52:11,364 saiu recentemente da pris�o, era viciada em hero�na 687 00:52:11,465 --> 00:52:14,430 e sua filha mal sabe quem ela �. 688 00:52:14,531 --> 00:52:18,163 Portanto, o que ela quer, trabalhar com crian�as, 689 00:52:18,264 --> 00:52:20,506 n�o � apenas pelo dinheiro. 690 00:52:20,607 --> 00:52:23,830 Ela quer recuperar algum status social. 691 00:52:23,931 --> 00:52:25,364 Muito bem... 692 00:52:28,564 --> 00:52:30,264 E ent�o? 693 00:52:44,264 --> 00:52:45,497 Bonitos. 694 00:52:46,146 --> 00:52:48,713 Chupo seu pau se me der o emprego que quero. 695 00:53:01,198 --> 00:53:03,697 Allen, parab�ns pela conta da Fisher. 696 00:53:03,798 --> 00:53:05,364 Obrigado, Baxter. 697 00:53:05,990 --> 00:53:08,763 Embora o mundo dos yuppies dos anos 80 esteja bem distante 698 00:53:08,864 --> 00:53:11,311 dos problemas de Sherrybaby, 699 00:53:11,412 --> 00:53:15,746 esta cena � estranhamente parecida com sua entrevista. 700 00:53:16,031 --> 00:53:18,756 O banqueiro de investimentos Patrick Bateman 701 00:53:18,857 --> 00:53:21,023 e seus associados est�o desesperados 702 00:53:21,124 --> 00:53:23,456 para afirmar o status social. 703 00:53:23,557 --> 00:53:27,489 A trilha sonora zune quando vemos a est�tica, 704 00:53:27,590 --> 00:53:31,290 quase er�tica de seus cart�es de visita. 705 00:53:31,627 --> 00:53:32,910 Novo cart�o. 706 00:53:33,122 --> 00:53:34,588 O que acham? 707 00:53:36,131 --> 00:53:38,198 Nossa, muito legal. 708 00:53:38,531 --> 00:53:39,797 Olhe pra isso! 709 00:53:39,898 --> 00:53:41,630 Peguei ontem na gr�fica. 710 00:53:41,731 --> 00:53:43,697 -Belas cores! -Isso � osso, 711 00:53:43,798 --> 00:53:46,797 e as letras s�o chamadas de silian rail. 712 00:53:46,898 --> 00:53:48,930 Muito bacana, mas isso n�o � nada. 713 00:53:49,031 --> 00:53:50,365 Veja isso. 714 00:53:50,798 --> 00:53:52,664 Isso � sensacional! 715 00:53:52,765 --> 00:53:55,298 Casca de ovo, com fonte Romania. 716 00:53:55,798 --> 00:53:57,231 O que acha? 717 00:53:58,065 --> 00:53:59,164 Bacana. 718 00:53:59,265 --> 00:54:02,130 � como se estivessem comparando seus p�nis. 719 00:54:02,231 --> 00:54:06,130 Trabalho ritualizado, comodificado e decadente, 720 00:54:06,231 --> 00:54:09,397 como uma cena de um filme de samurai. 721 00:54:09,498 --> 00:54:10,664 Esperem, 722 00:54:10,765 --> 00:54:12,765 voc�s n�o viram nada ainda. 723 00:54:14,465 --> 00:54:17,398 Letras em relevo. Nimbus p�lida. 724 00:54:17,880 --> 00:54:19,165 Branco. 725 00:54:20,398 --> 00:54:21,464 Impressionante. 726 00:54:21,565 --> 00:54:25,297 Levam isso longe demais, esses homens-pav�o. 727 00:54:25,398 --> 00:54:27,997 O trabalho para eles � exibi��o, 728 00:54:28,098 --> 00:54:31,298 freudiano e gladiat�rio. 729 00:54:41,465 --> 00:54:46,130 Olha essa cor sutilmente branca e a espessura de bom gosto... 730 00:54:46,231 --> 00:54:49,698 Meu Deus, tem at� marca d'�gua. 731 00:54:54,365 --> 00:54:56,731 Algo errado? Patrick? 732 00:54:57,098 --> 00:54:58,431 Voc� est� suando. 733 00:54:59,098 --> 00:55:02,097 Estilisticamente, este document�rio n�o � nada parecido 734 00:55:02,198 --> 00:55:04,098 com o filme de Mary Harron. 735 00:55:04,199 --> 00:55:10,162 Mas ele tamb�m � sobre levar o trabalho, seu ethos, seu ego, 736 00:55:10,263 --> 00:55:11,930 a um extremo. 737 00:55:12,131 --> 00:55:13,795 A diretora Barbara Hammer 738 00:55:13,896 --> 00:55:17,595 entrevista pessoas sobre um not�vel coletivo de cinema 739 00:55:17,696 --> 00:55:21,363 no Jap�o nas d�cadas de 1960 e 1970. 740 00:55:21,723 --> 00:55:25,629 Eles radicalizaram a produ��o e distribui��o de document�rios 741 00:55:25,730 --> 00:55:27,999 vivendo entre seus assuntos, 742 00:55:28,100 --> 00:55:32,633 fazendeiros protestando, por exemplo, durante anos seguidos. 743 00:55:32,994 --> 00:55:38,629 Para a Ogawa Produ��es, viver na... 744 00:55:38,730 --> 00:55:42,862 Cooperativa agr�cola de Sanrizuka, 745 00:55:42,963 --> 00:55:45,295 para viver coletivamente, 746 00:55:45,396 --> 00:55:50,662 fazer filmes coletivamente, ter uma abordagem comum 747 00:55:50,763 --> 00:55:52,863 na obra... 748 00:55:53,351 --> 00:55:57,717 Mas a diretora Hammer n�o evita o lado negativo da abordagem deles. 749 00:55:58,235 --> 00:56:01,901 Trabalhar nas produ��es da Ogawa tornou-se uma esp�cie de culto, 750 00:56:02,002 --> 00:56:07,002 obsessivo, � sua maneira, como no Psicopata Americano. 751 00:56:08,513 --> 00:56:13,012 Os cineastas anularam todas as fronteiras entre vida e obra, 752 00:56:13,113 --> 00:56:16,379 e seu brilhante l�der, Ogawa Shinsuke, 753 00:56:16,480 --> 00:56:21,312 exigia devo��o e, �s vezes, submiss�o sexual. 754 00:56:21,413 --> 00:56:25,079 Nos coletivos radicais japoneses da �poca, 755 00:56:25,180 --> 00:56:27,347 o ego era reprovado, 756 00:56:27,861 --> 00:56:32,053 mas era presente no trabalho de Ogawa e sua equipe 757 00:56:32,154 --> 00:56:34,846 e danificava os la�os do trabalho. 758 00:56:34,947 --> 00:56:38,347 Acho que o Ogawa tinha esse tipo de atra��o. 759 00:56:43,180 --> 00:56:45,912 A diretora colombiana Marta Rodriguez 760 00:56:46,013 --> 00:56:50,347 come�a nos levando a um mundo de trabalho n�o sindicalizado. 761 00:56:50,947 --> 00:56:53,346 Plano fechado de uma menina que cava a lama. 762 00:56:53,447 --> 00:56:55,712 A fam�lia dela faz tijolos. 763 00:56:55,813 --> 00:56:58,247 Nenhuma trilha sonora. 764 00:56:59,680 --> 00:57:02,547 � nessa chamin� onde s�o queimados os tijolos? 765 00:57:07,227 --> 00:57:09,705 A sirene � um alerta. 766 00:57:19,613 --> 00:57:22,147 Um alerta para essas condi��es? 767 00:57:22,780 --> 00:57:26,212 Estamos bem longe da dignidade dos trabalhadores do sal 768 00:57:26,313 --> 00:57:29,780 ou da espiritualidade do filme de Shepitko. 769 00:58:01,075 --> 00:58:05,588 Ent�o, al�m de sua c�mera observadora, antropol�gica, 770 00:58:05,689 --> 00:58:09,989 Rodriguez acrescenta uma voz autorit�ria. 771 00:58:10,413 --> 00:58:11,780 Col�mbia. 772 00:58:12,313 --> 00:58:14,945 A fam�lia de Alfredo e Maria, mais seus doze filhos, 773 00:58:15,046 --> 00:58:19,480 vivem nessa realidade ignorada. 774 00:58:20,713 --> 00:58:25,295 Como eles, uma popula��o de cerca de 50 mil pessoas 775 00:58:25,396 --> 00:58:28,395 sobrevive da produ��o primitiva de tijolos 776 00:58:28,496 --> 00:58:32,296 nos latif�ndios urbanos ao redor de Bogot�. 777 00:58:41,380 --> 00:58:43,263 Aprendendo como trabalhar, 778 00:58:43,364 --> 00:58:44,970 sobre sua dignidade, 779 00:58:45,071 --> 00:58:47,829 espiritualidade, necessidade, 780 00:58:47,930 --> 00:58:52,063 excessos, divis�o e explora��o. 781 00:58:52,547 --> 00:58:57,547 Mais uma cena sobre o trabalho, que nos afasta do limiar. 782 00:59:13,740 --> 00:59:16,806 A cozinha de um pal�cio tunisiano. 783 00:59:17,273 --> 00:59:20,039 As empregadas acabaram de ver a m�e da casa gritar, 784 00:59:20,140 --> 00:59:24,248 porque ela est� gr�vida, provavelmente de um estupro. 785 00:59:24,349 --> 00:59:26,115 E o que elas fazem? 786 00:59:31,096 --> 00:59:32,405 Elas trabalham. 787 00:59:32,506 --> 00:59:33,672 Ritmadamente, 788 00:59:33,773 --> 00:59:35,005 devagar, 789 00:59:35,106 --> 00:59:36,506 suavemente. 790 00:59:43,873 --> 00:59:48,105 A diretora Moufida Tlatli passeia a c�mera em volta dos rostos 791 00:59:48,206 --> 00:59:50,873 enquanto lavam e cozinham. 792 00:59:55,040 --> 00:59:57,756 O trabalho acalma seus cora��es. 793 00:59:57,857 --> 01:00:01,323 � o que elas fazem quando n�o sabem o que fazer. 794 01:00:06,906 --> 01:00:08,373 � reparador. 60109

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