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tradu��o e sincronia:
saredes

O VISITANTE NOTURNO

Emmie, Anton t� certo, voc� n�o v�.
Sua pr�tica est� perdendo dinheiro.

Aqui est�o os n�meros. -Um m�dico
do campo nunca ganha dinheiro.

� por isso que quero vender este
lugar e mudar pra cidade.

Poderia at� obter uma nomea��o pra um
hospital. -N�o. -Seja razo�vel, Emmie.

Eu n�o vou vender a minha parte.
Papa deixou para n�s.

Quando Salem foi levado
voc� tomou a parte dele.

Mas eu n�o vou assinar
e n�o vou vender.

Eu n�o quero dizer mais nada sobre isso.
Eu n�o vou assinar.

Quando era Ester, Salem e eu,
t�nhamos a mesma opini�o.

D� a sua opini�o. � por isso que
quero que voc� concorde, e assine.

- Quando Salem estava aqui...
- Salem vem para jantar.

Salem. Salem. Salem
vem para jantar.

Sim, Emmie, quando
Salem estava aqui?

Pelo menos ele era um homem. Ele podia
se embebedar, mas dirigia esta fazenda.

Ele trabalhava. N�o ficava
sentado em seu escrit�rio

lendo panfletos m�dicos e
esperando o telefone tocar.

Isso n�o � da sua conta, Emmie.
Anton � um m�dico, n�o um fazendeiro.

- E ent�o, agora eu sou a empregada.
- Seja razo�vel, Emmie.

Trocar os len��is, lavar a
roupa, esfregar o ch�o...

N�o adianta. Emmie nunca vai
concordar em vender a fazenda.

Se eu pudesse ter obtido o dinheiro h�
dois anos estar�amos na cidade agora.

Eu sou um bom m�dico. Eu
era antes de vir para c�.

- Quer dizer antes de se casar comigo.
- N�o � isso.

Oh. Salem. Mas, como voc�...
voc� sabe... eu pensei...

Eu estive pensando
sobre voc�, Britt.

Eu estive pensando sobre
voc� por um longo tempo.

Dr. Jenks. Britt? Ela est� o qu�?

Oh n�o, Sr. Torens,
vamos, vamos.

Bem, eu vou para a�.

- Por aqui. O quarto dos fundos.
- Tudo certo. Sra. Torens?

Voc� se importa de sair
enquanto eu a examino?

Bem, o que foi?

- Ela foi estrangulada.
- Estrangulada? Mas porqu�?

Por que algu�m iria querer
matar a nossa Britt?

N�o foi morta faz muito tempo. Bem,
� melhor cuidar de sua esposa.

E em seguida, avise a pol�cia.

- Para que todas essas gravatas?
- Eu n�o sei.

- Eu simplesmente n�o sei.
- Algu�m se enganou com sua bolsa?

Emmie t� me dizendo pra colocar minhas
gravatas limpas, e dane-se se esque�o.

Aquela mulher. Sempre tem
que ser do jeito dela.

- Ah, Inspetor.
- Descobriu alguma coisa?

- Estrangulamento.
- Manual?

Essas contus�es regulares
descarta as m�os.

Uma meia, corda macia, ou
algo parecido, eu diria.

- Ela foi agredida?
- N�o.

- Ela lutou?
- � dif�cil dizer. Era uma garota forte.

- Que cheiro � esse?
- � o Vick VapoRub que ela est� usando.

Uma das marcas mais populares.
�leo de hortel�-pimenta.

- Ah, mentol, na verdade.
- � isso a�.

Muito engra�ado. Um
truque muito engra�ado.

- Do que est� falando?
- Isto.

- Por que colocou na minha bolsa?
- Eu n�o sei do que est� falando.

Talvez Emmie fez. Emmie.
Emmie, querida.

Ent�o, n�o sabe nada
sobre os meus instrumentos?

Voc� n�o os tirou da minha
bolsa e colocou isto em seu lugar?

Eu n�o. Voc� est� louco?

N�o, mas tenho certeza que algu�m nesta
casa t� tentando fazer que eu pare�a.

- Emmie. Em....
- Ent�o � Emmie. � Emmie, n�o �?

- Ela descobriu.
- Como ela poderia?

Ela agiu estranhamente por muito tempo.
Assistindo. Tudo. Cada movimento.

Ela continua trazendo Salem. Salem isso.
Salem aquilo. Salem. Salem. Salem.

Anton, voc� est� chateado.

Calma. Emmie n�o podia saber e mesmo
que soubesse, n�o poderia fazer nada.

Oh, ela pode.

Anton, um lavrador b�bado foi
encontrado morto no quintal.

Salem foi considerado culpado.

A pol�cia ficou satisfeita, e nenhuma
hist�ria de Emmie vai mudar isso.

- O papagaio poderia mudar isso.
- O papagaio?

O papagaio viu tudo e te ouviu. E se ele
disser, "Acerte-o, Anton."

Ningu�m presta aten��o
ao que um papagaio diz.

Emmie prestaria aten��o nisso e faria
a pol�cia prestar tamb�m.

N�o, Emmie n�o pode nos prejudicar.
- Oh, sim, pode e ela vai tentar.

Por que levar meus instrumentos?
Que uso tem pra ela a morfina?

- Morfina?
- Sim.

Tr�s ampolas retiradas da minha
bolsa, suficiente para matar um homem.

- E uma seringa.
- Isso � f�cil de descobrir.

Vamos perguntar a ela.

Se ela estiver dormindo,
poder�amos procurar em seu quarto.

Ester.

Emmie?

� o seu peso de papel.
- Sim.

Ester.... Ester.

- Me passe pra pol�cia.
- Ester. Abra a porta. Ester.

Ester. Abra a porta.

Acerte-o, Anton. Acerte-o.
Acerte-o.

- Eu sabia.
- Acerte-o, Anton.

Eu sabia que voc� ia dizer isso.
Cale-se. Cale-se.

Eu vou te pegar.

Ester. Ester. Ester.

Anton? Anton?

- Anton, qual � o problema?
- N�o.

Ou�a, foi Salem. Salem matou Emmie.
Ele n�o te tocou? N�o te machucou?

Para onde ele foi?

- Vamos. Sente-se. Sente-se aqui.
- Aqui?

- Ele matou Emmie. Ele matou Emmie.
- N�o adianta Anton.

Olhe para este quarto.
Voc� fez isso.

- Perdeu completamente o ju�zo.
- N�o, me ou�a.

Salem estava neste quarto.
Ele matou Emmie.

Passe-me para o asilo.

Ester, Salem voltou
para o asilo.

- Ele voltou pra l�.
- O que mais voc� esperava?

Mas se ele conseguiu sair
do lugar, por que voltaria?

Salem estava aqui? Voc� o viu?

� melhor manter a mesma
historinha, � a sua �nica defesa.

Defesa, o que voc� quer dizer?
Eu n�o preciso me defender.

N�o... n�o entende o que estou dizendo,
Salem estava nesta casa e matou Emmie.

Entre, entre, por favor.
� Emmie, minha cunhada.

- Onde ela est�?
- Ela est� aqui em cima, em seu quarto.

Encontramos ela juntos. Minha esposa,
Sra. Jenks. Ela desceu para telefonar.

Ent�o eu vi Salem escondido
no arm�rio, quase nu.

Aqui � o lugar onde ele
estava de p� quando eu o vi.

Muito louco, completamente louco,
para matar uma mulher inocente.

Uh, voc� olhou ela, doutor?

Por que n�o. Vi que ela estava morta e...
-Pensamos em n�o tocar em nada.

Bater com muita viol�ncia. Sem motivo.
Tem que ser um man�aco.

Deve ter sido um grande choque para
ambos descobrir ela assim.

Sim, claro.

E Salem estava escondido neste arm�rio,
voc� disse? Sim. A porta, por favor.

Este � o quarto de minha esposa.
Este � meu escrit�rio.

- Voc� se importaria?
- N�o, n�o, n�o, claro, v� em frente.

- Ah, as famosas gravatas.
- As famosas...

Oh, n�o. Entendo, Torens
lhe disse sobre elas.

Tantas coisas aconteceram que eu
quase esqueci de mencionar isso.

Minha bolsa foi saqueada e um punhado
de gravatas colocadas dentro.

Poderia explicar aquilo como uma
a��o de um homem sensato?

Parecem bastante limpas para mim.

Como, limpas? Oh n�o,
n�o, voc� entendeu mal.

Inspetor, eu tive que inventar
a hist�ria para o Sr. Torens.

- Afinal, tudo era t�o embara�oso...
- Vejo, gravatas em uma bolsa m�dica...

� embara�oso. Bem,
j� vi o suficiente.

Vamos encontrar meu assistente e
sairemos. - Certo.

Ester, o Inspetor est� saindo agora.

N�o vou incomod�-los
mais esta noite.

� claro, aquele neg�cio
das gravatas me lembrou.

� a morfina e a seringa que �
importante. Meus instrumentos.

- O que aconteceu com elas?
- Roubadas. Roubadas da minha bolsa.

O que ele poderia
fazer com elas?

N�o importa. Vamos verificar isso.
Tentar encontr�-las.

O m�dico da pol�cia e a ambul�ncia
estar�o aqui em um minuto.

Boa noite, senhora Jenks.
Tente descansar um pouco.

Obrigado Inspetor, boa noite. Acho
que cuidei disso muito bem.

Voc� fala demais.

- O que � isso, senhor?
- Uma das gravatas do Dr. Jenks.

Mentol.

Verificado. Tra�os da mesma subst�ncia
mentolada do pesco�o da garota Torens.

Nenhuma impress�o digital.

Este material n�o prova
nada, disse o laborat�rio.

Desculpe-me, senhor, n�o entendo
por que n�o prendeu o m�dico?

Ele � o nosso homem, �
t�o claro como cristal.

- Voc� tem certeza disso, n�o �, Carl?
- Sim. Bem, sim.

Obviamente a gravata � a arma do crime.
Bem, tudo n�o aponta para o Dr. Jenks?

Sim, aponta. Sim.
Muito claramente.

O mais estranho � a sua
hist�ria de Salem, de repente

aparece no meio da noite
e mata a pr�pria irm�.

Interroguei os funcion�rios do asilo
e, claro, Salem n�o tinha sa�do.

Ainda mais que voltou e se trancou
na cela de novo.

Agora, por que o m�dico contaria
uma hist�ria t�o louca?

- Sim, por qu�?
- Bem, n�o faz sentido.

Talvez fa�a, talvez fa�a sentido demais.
- Como?

2 assassinatos. Primeiro caso,
estrangulamento,

a arma, uma gravata.
Pertence ao Dr. Jenks.

Segundo caso. Cr�nio esmagado, peso
de papel pesado. Pertence ao Dr. Jenks.

Principal suspeito, Dr. Jenks.
N�tido. �bvio.

Motivos desconhecidos.
Possibilidade, obra de um man�aco.

Talvez. Talvez. Mas
quem � o man�aco?

Obrigado pelo tempo, Dr. Kemp.

Sem problemas, mas te aviso,
� uma longa caminhada.

Sair? Porque sim, muito simples.
Se ele pudesse voar.

Voc� acha Inspetor que algu�m
poderia descer estas paredes?

Mas um deles conseguiu
cerca de dez anos atr�s?

Aquilo n�o foi uma fuga, Inspetor.
Foi suic�dio.

Essa � a sala de terapia ocupacional.
Mant�m nossos pacientes ocupados.

Salem � o mais alto no meio.

Ele fez tudo isso?
- Sim, em terapia.

- Muita imagina��o.
- Como Jo�o e o P� de Feij�o l� em cima.

Dr. Kemp, como Salem
poderia sair daqui?

Sim, achei que voc�
ia voltar nisso.

Bem, � muito simples. Primeiro
ele teria que abrir esta porta.

Mas como voc� pode ver a
fechadura � apenas por fora.

Bem, e esta abertura de correio?

Isso � para as bandejas
quando est�o confinados.

Mas olhe, o painel se
abre por fora.

N�o pode chegar atrav�s dela
na fechadura,

mesmo que estivesse aberta e vai ter
que ter uma chave para come�ar.

Eu vejo. Vamos supor que
deixaram a porta aberta.

Eu n�o gosto de
suposi��es descuidadas.

N�o vamos basear nossas
hip�teses sobre minha neglig�ncia.

Tenho que construir
sobre algu�m descuidado,

ent�o, se gosta ou n�o, eu vou dizer
que voc� escorregou na noite passada.

Eu vou ter essa porta aberta.
Agora, onde Salem iria?

Simples. Ele sai para esse corredor
e � onde ele p�ra. Fique aqui.

Aqui � o Doutor Kemp. Estou
no �ltimo andar com o inspetor.

Por favor, feche as
portas por um momento.

� a mesma coisa em cada ala e andar.
�s nove horas n�s trancamos.

Alguma cela vazia. Cela que ele poderia
entrar e ent�o for�ar uma janela?

Sinto muito. Temos uma casa cheia. E
pare de dar � Salem todas as chaves.

Vou dar-lhe a porta aberta.

Mas n�o vou conceder que ele conseguiu
no turno de Pop. - Pop?

O atendente da noite desta ala.
Esse � o seu escrit�rio.

Certo. Como � isso? Ent�o Pop �
subornado. - Sim. Certo.

Ele � muito amig�vel com Salem.
Eles jogam xadrez juntos.

Vamos ir longe a ponto de dizer que
Pop chegou a abrir a porta para ele.

Agora Pop fez tudo o que podia fazer.
Ele n�o pode sequer abrir os port�es.

Salem est� por conta pr�pria.

Lembre-se, � quase uma centena
de metros at� o p�tio abaixo.

Um visitante para voc�, Salem.

Posso ficar sozinho com ele?

Certamente. Mas n�o para um jogo de
xadrez com ele. Voc� nunca vai escapar.

Voc� � da pol�cia, n�o �?
Eu sei por que voc� veio.

Voc� est� na inc�moda posi��o de tentar
obter informa��es de um lun�tico.

Estou aqui para falar com
voc� como iguais.

Com um olho para reconsiderar meu
confinamento aqui? - Possivelmente.

Eu gosto daqui. Estou seguro...

- De quem?
- De mim mesmo.

Gostaria de jogar xadrez? - N�o jogo.
O que quer dizer, de si mesmo?

Se eu fosse l� fora eu mataria pessoas.
Minha irm�, Ester, e seu marido.

- E quantos outros?
- N�o h� outros.

Oh, Emmie sempre foi gentil comigo e
generosa. Ela costumava me

mandar biscoitos e coisas. Lamento
que ela tinha que descobrir.

- Descobrir o que?
- Tem certeza de que n�o joga xadrez?

Muita e n�o tenho a noite toda tamb�m.
- Bem, nem eu.

O que voc� lamentava
que Emmie descobriu?

Ela descobriu que eu
n�o matei o lavrador.

- Como voc� sabe?
- Bem, por que mais Jenks a mataria?

Eu n�o tenho certeza
se ele fez.

Oh, sim, voc� tem. Voc�
simplesmente n�o sabe por qu�?

- E a garota, Britt Torens?
- A consci�ncia � uma coisa terr�vel.

Por que n�o paramos de gracinhas
e dizemos o que est� em nossas mentes?

Eu mantive isso para mim
at� agora, n�o �?

Britt morreu. Ent�o,
por que levantar a quest�o?

Eu poderia ser capaz de tir�-lo daqui.
- Eu disse que ia matar as pessoas.

N�o h� policial no mundo que poderia
me deter. - E sobre a Britt?

Senhorita Torens tinha uma disposi��o
encantadora, disse o pastor local.

Era muito popular entre os vizinhos. E o
pai estava completamente inconsol�vel.

Ent�o?

Por isso, teria sido cruel de mim
destruir o car�ter dela em p�blico.

Eu n�o sou o p�blico.

Eu estava com Britt Torens no
momento que o lavrador foi morto.

- Sozinhos?
- Sozinhos.

Ela poderia ter dito isso no tribunal
e voc� seria inocentado?

Sim, eu acho que � a maneira
que poderia ter sido.

Voc� � um mentiroso, Salem.

� claro que eu sou. N�o havia
uma garota fina em Britt.

N�o deveria ter te dito tal coisa.
- Mas por que n�o disse ao tribunal?

Seu pai a teria deserdado.

Tinha esperan�a de que Britt fosse ao
tribunal e falasse por vontade pr�pria.

Sua incapacidade de fazer isso veio
como uma, bem, como uma revela��o.

Uma decep��o.

Al�m disso, tinham encontrado meu
machado com minhas impress�es,

e sangue na l�mina,
e motivos e raz�es.

Eu n�o bebia demais? Bem, voc�
deve conhecer a hist�ria, Inspetor.

Eu n�o espero que voc� prove
o que acabei de dizer.

Eu n�o espero que voc�
me tire daqui tamb�m.

S� espero que isso lhe d� um
pouco de raz�o para pensar.

Entendo. Espera que acredite que sua
namorada teve um ataque de consci�ncia

- foi at� Jenks e amea�ou expor tudo.
- Algo assim.

Por que iria at� Jenks e n�o � pol�cia?
- Voc� � o policial, Inspetor, me diga.

Desculpe, n�o sabia que
voc� tinha um visitante.

Oh, tudo bem, Pop. N�s vamos
ter muito tempo depois.

Eu tenho um presente para voc�.

Presente? At� mais, ent�o.

- � como estar de volta � escola.
- Sabemos o que estamos fazendo aqui.

Eu tive muito tempo para
pensar sobre a pol�cia.

Espero que ainda nos mantenha em sua
estima. Agradecemos a paci�ncia.

Voc� n�o deve ser sarc�stico.

Eu poderia mat�-lo com minhas pr�prias
m�os e s� me colocariam l� embaixo.

Isto � o que fazem comigo quando falo
fora de hora, Inspetor. Como se sente?

Como voc� se sente? Oh, n�o, eu
n�o vou te machucar. N�o lute.

Deixe-me dizer uma coisa.

Sei uma boa parte do que
aconteceu l� na noite passada.

N�s lemos jornais aqui, voc� v�. Eu
tenho pensado muito esta manh�.

Ent�o, deixe um louco te dar um
conselho inteligente, Inspetor.

O pr�ximo homem na lista do
Dr. Jenks, sem d�vida,

ser� um advogado sem
valor de nome Clemens.

Sabe o que 2 anos pensando me disse?

Clemens foi pago para mudar
minha alega��o.

Porque Ester e Anton
queriam uma condena��o.

Mas algo deu errado naquela casa agora,
depois de 2 anos vigiando um ao outro.

Eles est�o com medo.

Ester est� dizendo a Anton pra matar
todos que podem reabrir o julgamento.

E qual prova absurda eles v�o arranjar
para provar que escapei deste lugar?

Huh? Bem, n�o sei. Mas vai acreditar em
qualquer coisa, e n�o estou preocupado.

Mas h� uma coisa que eu gostaria de
saber sua opini�o, Inspetor.

Realmente acredita que algu�m iria voltar
a esta pris�o uivante ap�s ter sa�do?

Preferia estar morto.

- Posso me levantar?
- Certamente.

Fa�a-me um favor Inspetor, n�o acho que
Anton � louco. Eu sou o �nico louco.

Voc� n�o deve acreditar em
uma palavra do que eu disse.

Sr. Clemens n�o recebe ningu�m agora.
-Gentilmente diga-lhe que � urgente.

Mas ele est� doente. Ele
est� na cama, com febre.

Sou um inspetor de pol�cia.
� extremamente importante.

Oh... Bem, tudo bem. Entrem.

Voc�s podem esperar aqui.
Na biblioteca.

Sra. Hansen. Sra. Hansen.

Quem diabos est� tocando a
campainha a esta hora?

- � a pol�cia, senhor.
- Pol�cia?

- Voc� tem um mandado de busca?
- N�o, senhor.

O que lhe d� o direito de meter
o nariz nos meus pertences?

Sr. Clemens, tem alguma raz�o para
acreditar que algu�m queira mat�-lo.

Claro que n�o. Que tipo
de bobagem � essa?

� pra isso que me tirou da cama?
Diga-me o que quer e saia daqui.

Tem a ver com um julgamento
que voc� est� familiarizado.

O caso de homic�dio de Salem.

Acredito que mudou a alega��o de Salem
de inocente para culpado por insanidade.

- Certamente. Certamente, eu fiz.
- Por qu�?

Porque o meu primeiro
dever � meu cliente.

Porque sei a diferen�a de pris�o perp�tua
pra assist�ncia em institui��o mental.

- Voc� j� visitou o asilo?
- O que isso tem a ver?

Porque se tivesse, n�o acho
que estaria fazendo uma

distin��o t�o fina entre
os dois estabelecimentos.

Aonde quer chegar?

Sr. Clemens, por bom comportamento
at� onde vai uma senten�a de perp�tua?

Vinte. Vinte e cinco anos.

E um homem que foi
certificado como criminoso insano,

em quanto tempo pode sair?

At� a autoridade
qualificada se convencer

que sua sanidade
mental foi restaurada.

O que poderia significar nunca.

Por favor, me diga pra quanto Jenks
aumentou sua comiss�o pra mudan�a?

Voc� est� insinuando que
eu fui subornado?

N�o, eu nunca
mencionei a palavra.

Mas a irm� de Salem e
a garota Torens foram

assassinadas e Dr. Jenks fez
acusa��es contra Salem.

Por que diabos Jenks traria de
volta o nome de Salem agora?

Todo mundo sabe que
ele foi preso.

Porque o Dr. Jenks t� ansioso
para me convencer de

que Salem esteve em sua
fazenda na noite passada.

Jenks disse isso? Mas por que
inventar uma hist�ria como essa?

Eu n�o posso imaginar.

Mas j� que teve uma
compreens�o t�o estreita com

ele h� 2 anos, ocorreu-me
que pode explicar isso.

Como se atreve. Saia. Saia.

Eu realmente vim aqui para
avis�-lo para tomar cuidado.

E eu n�o t� falando
do seu resfriado.

Obrigado pelo presente Salem.
� muito gentil de sua parte.

Mas, ora, ora, ora, se n�o � o conjunto
mais estranho de homens que j� vi.

Salem, quer estragar o meu jogo?

Eu n�o posso jogar com todos esses
fazendo caretas para mim.

Bobagem. Puxe sua cadeira. Estou indo
capturar sua rainha esta noite, Pop.

N�o, voc� n�o est�.
Oh, j� � quase nove.

� melhor eu fechar
e jogar atrav�s da abertura.

Arranje tudo,enquanto pego o banquinho.
E � a minha vez com as brancas.

Eu n�o sei.

N�o mova sua rainha prematuramente,
Salem. Eu avisei sobre isso antes.

Eu quero exp�-la. Eu sei
o que estou fazendo.

� a sua vez.

- Eu n�o vi esse movimento.
- Ent�o, por que o barulho?

Porque a sua rainha continua apontando
para o meu cavalo, � por isso.

Eu n�o suporto esses homens.

Salem, aprecio o trabalho que teve,
mas eu n�o posso suport�-los.

Por que n�o pega suas pe�as ent�o?
-Bem, � muito tarde para trocar, mas...

Eu simplesmente n�o
consigo jogar com estas.

Esse cavalo n�o estava a� antes.
Quando trocamos o tabuleiro voc�...

Pop, tem que aprender
a ser um bom perdedor.

� xeque-mate em 3 lances e sabe
disso, independentemente da rainha.

Salem, isso n�o � bom. Eu n�o
estou me divertindo.

Porque voc� est� perdendo.

Est� tarde de qualquer maneira.
Est� na hora de trancar.

S� um momento, Sra. Hansen.

� o senhor Clemens. Sra.
Hansen diz que ele est� mal.

Seja o que for, diga-lhes que n�o
t� atendendo at� depois do funeral.

Parece bastante urgente.
Isso pode ser sensato...

- Voc� deveria ir.
- Voc� est� certa.

Diga a ela que eu j� vou.
Imediatamente.

Ele j� vai estar a�.

� melhor voc� esquecer aquela ave.
Deve ter voado para longe.

Eu ouvi ele.
Te digo, eu ouvi.

Vamos procur�-lo mais tarde, querido.
Deve estar no s�t�o.

Agora eu acho que voc� deve
chegar at� Clemens. - Certo.

A pol�cia, por favor.

- Como uma noite de ver�o.
- Ele est� tossindo assim o dia todo.

Clemens, h� quanto
tempo est� assim?

Sra. Hansen, quero falar
com este homem � s�s.

Pegue outro cobertor e
aumente a caldeira.

Este lugar t� t�o frio
quanto um celeiro.

N�o se preocupe com essas coisas.
Eu n�o te chamei para me medicar.

Eu tenho ido atrav�s de alguns
arquivos muito interessantes, doutor.

Algumas provas e testemunhos tomaram
uma curiosa luz desde a morte de Emmie.

Acredito que voc� est� delirando. Na
verdade, tenho certeza que voc� est�.

Sim, estou delirando, assim como o
inspetor de pol�cia. �, ele esteve aqui.

E eu quero saber o que diabos
voc� est� dizendo sobre mim.

Do que est� falando?

Eu estou falando sobre o assassinato
do lavrador h� dois anos.

� disso que estou falando.

O homic�dio que voc� culpou Salem.

E agora teve a estupidez de dizer ao
Inspetor que voc� o viu em sua casa.

Por que, seu idiota, quem acha
que vai acreditar nisso?

- Eu o vi. Ele estava l�.
- Para o que voc� levou o Inspetor?

Pateta.

Voc� certamente fez o
Inspetor suspeitar de Salem.

Ele suspeita dele que tem informa��es
que levaria voc� preso para sempre.

Ele foi at� o asilo, tudo bem. Ele
foi l� e descobriu um monte.

Um monte sobre voc� e sua esposa.
N�o sobre mim, Jenks.

Por qu�? Porque eu n�o tenho nada
a ver com isso e nunca tive.

E agora que ele est�
fazendo voc� suar,

� melhor manter a boca fechada sobre
a forma como eu defendi Salem.

A comiss�o n�o era
exorbitante, nem era...

Fique quieto agora.
Eu vou tomar o pulso.

- O que foi todo esse barulho?
- Sr. Clemens est� delirante.

T� com um pouco de pneumonia dupla.
Ele tem que ficar na cama.

Vai ficar bem? - Sim. T� se recuperando
de uma tosse e vou dar-lhe um sedativo.

Traga-me um copo de �gua, por favor.
- Ok.

Obrigado. Abra a boca agora.
Voc� vai se sentir melhor agora.

- V� embora. Eu n�o quero nada.
- Agora vamos. T� tudo bem.

Ele vai dormir a noite toda.

Voc� n�o deve sair de casa.

- Se ele ficar inquieto, me ligue.
- Obrigada.

Venha comigo para o escrit�rio e
vou lhe dar uma receita.

E dizer-lhe o que fazer e o que gostaria
que ele comesse nos pr�ximos dias.

Inspetor, estou t�o aliviada.
T�o terrivelmente aliviada.

Temia que ele voltasse
antes de voc� chegar.

Quer dizer que o m�dico saiu? Pra onde?
- Eu fiz ele ir. Em uma chamada.

T� mais quente na cozinha.

Te chamei, porque h� algo errado com o
meu marido. Algo assustador.

- Eu acredito que ele est� louco.
- Por que diz isso, senhora Jenks.

- Ele realmente acredita que viu Salem.
- E voc� acha que n�o?

Como poderia? E agora temo
que ele vai tentar me matar.

Aqui, sente-se. Agora, por
que ele tentaria mat�-la?

Por que ele desejaria matar sua irm�?

Havia algo sobre Emmie que ningu�m
sabia. Ela e Anton, quero dizer.

- Por favor, continue, senhora Jenks.
- Emmie me apresentou a Anton.

Ela estava sempre
recebendo ele por aqui.

Juro que n�o sabia que tavam planejando
me usar assim que me casasse com ele.

Usar voc�?

Voc� est� sugerindo que havia algo
errado com o julgamento h� dois anos?

E mais, eu n�o acho que Salem �
louco, ou que ele estava louco.

Acredito que Emmie e Anton estavam
na cozinha fazendo algo e que o

lavrador veio cambaleando sobre
eles e foram for�ados a mat�-lo.

Eu acredito que eles moveram o corpo e
colocaram sangue no machado de Salem.

Essa � uma acusa��o muito s�ria,
Sra. Jenks. Aqui nesta cozinha.

Quero dizer que foi esfregada e limpada
na noite que o lavrador foi assassinado.

Voc� n�o deveria ter
mencionado isso no julgamento?

Isso simplesmente n�o pareceu
importante na �poca.

Eu perguntei a Emmie sobre isso.

Lembro-me de entrar naquela manh�,
ver o ch�o todo limpo.

At� debaixo deste fog�o.

- Ela estava perturbada?
- De modo nenhum.

Ela me disse que n�o dormia
na noite anterior e que

se levantou para fazer
uma x�cara de leite quente,

e n�o p�de suportar
a vis�o do ch�o sujo.

Agora eu me pergunto o que eles faziam
quando o lavrador entrou de supet�o?

� claro que s�o s� suposi��es e � tarde
demais para comentar um caso morto.

Eu n�o acho que est�
morto, Inspetor.

Emmie e Anton odiavam Salem. Ele n�o
os deixava fazer nada com a propriedade.

Ele n�o se importava com dinheiro e
dirigia as coisas com efici�ncia.

- E Anton fez isso?
- Certamente.

Salem nunca foi pr�tico. Ele
apenas se sentava e bebia.

E por estar no controle, o que pod�amos
fazer � ver os lucros irem pro ralo.

Emmie n�o gostava disso.

E acredite, eu tamb�m n�o, mas
Emmie levou muito a s�rio.

Ela era uma mulher gananciosa.

Sempre discutindo com
Salem em vender este lugar,

enquanto os
pre�os estavam altos.

Vamos voltar a esta cozinha.

Se me perguntar,
algu�m esteve neste

ch�o com um machado
e parece queimado.

- Exatamente. Emmie cuidou do seguro.
- Entendi.

Eles pretendiam iniciar um inc�ndio
aqui, queimar o lugar e receber.

O lavrador entrou, os
pegou em flagrante.

Ent�o o Dr. Jenks vai at� ele com...
com o machado.

Meu jovem amigo tem a imagina��o f�rtil.
- Mas eu acho que ele est� certo.

- O que em nome de Deus � isso?
- Esse � o papagaio. Isso � outra coisa.

Anton tem tentado mat�-lo.

- Cad� ele? - N�o sei.
Ele saiu na noite que Emmie foi morta.

Anton fica aterrorizado
com a voz do p�ssaro.

Uh, ele pode n�o fazer
um som por horas.

Sabia que ele procura atrav�s dos
cantos desta casa como um lun�tico.

Ele ainda se levanta
no meio da noite...

- Qual � o problema? - Aquele
rel�gio n�o funciona. N�o h� anos.

Os ponteiros nem est�o conectados.
Anton voltou.

Ele usou a porta da frente. Ele est� na
casa. Esperando. Ele est� ouvindo.

- Ele vai me matar por falar com voc�.
- Pare com isso. Ningu�m vai te matar.

Olhe ao redor, Carl.

Bem, as aves estiveram aqui.
T� mais sujo do que a gaiola.

- Pode ter voltado a funcionar sozinho.
- N�o. Anton voltou.

- Eu sei que ele est� de volta.
- Ele n�o est� aqui.

- Para onde ele foi? Para onde ele foi?
- Pro Clemens, uma hora atr�s.

Abaixe isso. Voc� pode fugir. Corra,
n�o vou dizer que voc� esteve aqui.

- Voc� est� aqui, Salem.
- Sim, sou insano, Ester. Sou louco.

- Voc� se certificou disso, n�o �?
- N�o... eu n�o fiz. Foi Anton.

Ele fez tudo isso com voc�. Eu n�o sabia
disso antes que fosse tarde demais.

- Foi Anton e Emmie.
- Eu te conhe�o, Ester.

Tentei ajud�-lo todos esses anos, Salem.
Tentei tirar voc� dessa terr�vel pris�o.

Mas Anton te odeia. Eu entendo
que voc� queira mat�-lo.

Mas matar Emmie. Isso foi uma
coisa terr�vel de se fazer.

Pobre Salem.

Pobre Salem. Eu vou ajud�-lo.

Voc� ainda pode fugir. Apenas
me d� o machado e corra.

Eu n�o vou contar a ningu�m.
Eu sempre te amei, voc� sabe.

Eu n�o te ajudei antes?
E voc� me ama.

Voc� � meu irm�o mais velho.

Ent�o... d� para mim.
D� para mim.

D�-me, agora.

N�o seja bobo. Voc� n�o entende,
estou tentando ajud�-lo.

D�-me agora, seu idiota.

Ester. Ester.

Salem.

N�o. N�o. Voc� n�o pode. Por favor.
Pare com isso. Pare. Pare. Pare. Oh.

N�o. Voc� n�o pode.
Voc� n�o pode.

A casa est� vazia, senhor.
Nenhum sinal do Dr. Jenks.

Eu j� vi gente cortada aos peda�os
antes, mas nunca assim.

V� embora. Avise-os na delegacia.

Inspetor. Inspetor. Ele j� foi?

- Inspetor.
- De quem est� falando?

- Salem
- Oh, ele esteve aqui novamente, n�?

Acho que ele matou Ester, porque a ouvi
gritar e ent�o eu n�o a ouvi mais.

Ent�o, eu tenho que ter muito cuidado,
porque ele pode sair. Entrar e sair.

Eu acho que � prudente manter
todas as portas trancadas.

E como voc� acha que ele
matou a senhora Jenks?

Com o machado, claro. Ele
teve que usar o machado.

- Para se vingar.
- Para se vingar.

Sim. Colocamos sangue
em seu machado.

Desta vez, ele teve
que limp�-lo em mim.

Ele saiu para matar Ester e agora ele
t� voltando pra colocar a culpa em mim.

Eu desejaria n�o ter
escutado Ester.

Pensar em queimar esse lugar pelo
dinheiro foi uma loucura. E ent�o...

Matar uma pessoa, porque ele...
porque ele nos interrompeu.

"Acerte-o, Anton. Acerte-o." E eu...

Diga ao sargento que vamos precisar
de declara��es de Jenks e Torens.

-E voc�?
-Para o asilo o mais r�pido que posso.

Aqui � o Dr. Kemp. Abra.

Sinto muito em lhe dar este problema.
- Sem problemas, senhor.

- Posso entrar, por favor?
- Certamente.

Salem. Salem vem para jantar.

tradu��o e sincronia:
saredes