All language subtitles for Hundra 1983 Ptbr

Legendas, Tradu��o, Adapta��o,
Sincronismo: Edelzio Sanches

No �n�cio, era apenas o sil�ncio.
Nunca nos sentimos escravos

e somente �ramos sobreviventes.

- Venha. Vamos ver o beb� de Ardelin!
- Ei, espere-me! N�o corra!

Com a cren�a de nossa f� em sermos livres
aument�vamos a nossa for�a e coragem

para lutar pela liberdade e assim
conquistar a nossa independ�ncia.

Medo e �dio perseguia-nos
implacavelmente.

Para evit�-los, nos
transformamos em n�mades

e al�m da nossa liberdade, percebemos
que havia algo muito mais importante,

exceto por uma coisa:

N�s pod�amos criar vida.
Ger�vamos crian�as.

E nos acampamentos onde viv�amos,
nossos corpos tornavam-se f�rteis,

formando uma comunidade ordeira
e a nossa f� permanecia pura

mas na sua maioria, nasciam
crian�as do sexo masculino.

Nasceu!

- � um menino.
- N�o! � mesmo?

Agora Ardelin ter� que
esperar pela pr�xima.

- Que ser� amanh�.
- Exatamente.

Muitas das nossas mulheres preferiam
pegar em armas, em vez de crian�as.

A melhor delas era...

Hundra!

Besta!

Vamos, levante-se. Agora n�o
� hora de causar problemas.

Voc� n�o seria t�o medroso,
se n�o fosse um macho.

Hundra. Quanto tempo
pretende ficar fora?

Quando tiver carne suficiente
para uma semana.

Em vez de ca�ar, deveria pensar em Ardelin.
Ela trouxe uma nova vida para a aldeia.

Ardelin! Ardelin trouxe vida nova para
a aldeia exatamente por cinco vezes.

Assim que ela se recuperar, ela
arrumar� um outro homem.

Voc� � a �nica mulher na tribo
que n�o tem sequer um filho.

Hundra. Voc� quer que sua irm�
tenha filhos antes de voc�?

N�o vejo problema.

Duas vezes.
Uma para cada de n�s.

Ou�a-me bem.

Eu prefiro montar um
cavalo grande e forte

porque me d� prazer
em vez de dor.

Ora, vamos.

N�s �ramos definitivamente mais
seguros quando Hundra estava conosco.

R�amos muitas vezes
porque viv�amos em paz

mas ent�o, ap�s um longo
per�odo de tranquilidade,

esquecemos de nos preocupar com
o medo, e de repente aconteceu.

Ao seu redor, Hundra n�o
acreditava no que via.

Tudo o que ela conseguia
ver era morte e destrui��o.

HUNDRA
A MULHER GUERREIRA

Dezeseis cavaleiros
desceram a montanha

e perseguiram-na por todo o
dia e a noite at� o amanhecer

com um �nico objetivo:
Matar o �ltimo da tribo.

Finalmente eles tiveram
uma oportunidade.

Besta!

Cansada e completamente sozinha,
Hundra � testemunha da nossa hist�ria

e procura por uma eremida.
Uma antiga conselheira.

Estava irritada e confusa
quando a encontrou.

Aproxime-se.

Voc� � Chrysula?

E voc� � tudo o que
restou da nossa tribo?

Sou Hundra.

Eu pensei, que isso
um dia aconteceria.

Sou uma guerreira com
for�a e habilidades

mas se eu n�o tivesse saido � procura
de homens, poder�amos ter resistido.

No entanto a tribo n�o
pode ser mais salva.

Sim, eles t�m palavras s�bias.

Sem homens, as suas sementes
n�o s�o plantadas em n�s

e n�o temos nenhuma
chance de continuar.

N�s precisamos deles para
o nosso benef�cio, Hundra.

Nenhum homem vai penetrar em meu
corpo com sua espada ou sem ela.

Com a espada n�o, de modo
que significaria o nosso fim.

- Mas ele pr�prio, sim.
- N�o!

Sim, idiota!

Voc� � a brasa fraca do
fogo da nossa liberdade

e o destino desta liberdade

se tornar� o seu
pr�prio destino.

Voc� Hundra, restituir�
a nossa nova gera��o.

Todos morrer�o uma vez mas voc�
ir� reacender a chama novamente.

Voc� � jovem e forte.

Seu fruto ser� para voc�.

Como eu saberei se eu
escolhi o homem certo?

Para seu fruto isso
n�o � importante.

Dei a luz a dez vidas e descobri
que cada um deles era diferente.

Alguns nascem e encontram
mais prazer em aventuras.

Onde posso encontrar
o que possa ser melhor?

O que lhe mostrar
mais fome de poder.

Talvez possa
encontr�-lo no sul

do pa�s localizado na regi�o
sob o s�mbolo do Touro.

Mas s�o essas pessoas que
destru�ram a nossa tribo!

Sim e estes homens poder�o ser um sinal
que ir� garantir a nossa recupera��o!

E essa ser� uma forma
de nunca morrermos?

Ensinarei minha filha a
lutar pela sobreviv�ncia.

Ele ser� igual a mim.

Para ter as mesmas
habilidades de guerra?

Para manter viva as nossas cren�as

deve deixar de lado
a espada, Hundra.

S� assim ser� treinada
para a sobreviv�ncia

e para isso voc� tamb�m ter�
quer ser muito mais forte.

Quando voc� realmente
acreditar em voc� mesma.

Agora chegou o momento de ir.

Mas eu esperarei aqui

e voc� vir� a mim com sua filha,

para que eu possa contempl�-la.

Agora, v�!

Atenda o seu destino.

Mesmo se soubesse que ela
deveria estar entre homens,

Hundra n�o satisfaria
todos os seus prazeres.

Eu tenho que passar.

N�o tenho nada contra
voc�, baixinho.

Mais ao sul, ela encontrou o
sinal que estava procurando.

Um sinal do Touro
e um homem.

Estou aqui, seu porco!

N�o far� mais mal
a voc�s agora.

Est�o livres!
V�o!

Sumam!

Embora n�o quisesse falar
com qualquer homem,

sentiu que nesta cidade poderia
talvez econtrar algu�m melhor.

- Chega! Por favor! N�o!
- Vamos para o templo.

Por favor, n�o!

Sou muito jovem. Por favor!
Sou muito jovem! Deixe-me ir!

Ela ainda � jovem! Por favor!
Tem muitas como ela. Deixe-a.

Saia daqui velho ou ent�o se
arrempeder� pelo resto da vida!

O que � isto?
Quem � voc�?

D� o fora com esse cavalo!

- Venha conosco!
- N�o! Deixe-me!

Agrade�o por tentar
ajudar minha sobrinha.

Sou Landrazza.
E voc� quem �?

- Hundra.
- Obviamente n�o � daqui.

Sim, � isso.

Entre e coma alguma coisa.
Agora temos uma vaga l� dentro.

Voc� diz que elas podem oferecer
boas oportunidades, Grande Nepakin?

S�o limitadas.

Sem d�vida,
h� outras melhores.

- Cheiram como peixe.
- Lave-as bem com �gua e lim�o.

A qualidade deste lote � pobre.
Temos que melhorar.

Desta forma n�o poderei mais negociar
se voc� n�o encontrar um produto melhor.

Limpe-as bem.

Talvez voc� deva procurar
escravos em outras tribos.

Para renovarmos nossos interesses
e manter nossa reputa��o, ent�o...

- Chega, por favor! Deixe-me!
- Por favor! Soltem-na!

- Tirem-na daqui idotas.
- Por favor!

Voc�!
Espere aqui!

- Porque se atrasou?
- Fui impedido por uma mulher.

E que tipo de mulher agiria
contra um homens?

Sim. As mulheres por natureza
s�o ignorantes mas isso � tolice.

Ela n�o � daqui. Cavalgava um grande
cavalo que controlava com habilidade.

Era loira, cabelo comprido e vestia
roupas que eu nunca havia visto antes.

Traga ela ao templo. Talvez seja
a novidade que precisamos.

Leve alguns guardas com voc�.
Pode precisar de... Prote��o!

Pense, grande Nepakin.
Acredita haver tal animal?

- Estou emocionado.
- Eu tamb�m. Prepare a celebra��o.

Sr. Sumo Sacerdote, preparar as
mulheres diariamente � t�o irritante.

A falta de melhor apar�ncia delas
para eles, corresponde a sua ignor�ncia.

- Mas precisa ser feito, claro.
- Rotary, fa�a o seu trabalho.

Sim, senhor.

O que acontece
com a sua sobrinha?

Ele foi levada para o templo.

E vai aprender comportamentos
femininos

e maneiras de satisfazer
os seus l�deres.

V�o transform�-la em um objeto
de beleza sem mesmo ela ser bela.

- Mas eles a usar�o.
- Algumas mulheres s�o usadas.

Mas n�o pela for�a.

Voc�, mulher!
Vem com a gente!

Eu disse.
"Voc�, venha com a gente!"

Porqu�?

Porque o Sumo Sacerdote
Nepakin est� mandando.

- Ningu�m manda em mim.
- Peguem-na!

Peguem-na!
Parem aquela mulher!

Parem-na! Parem-na!
N�o a deixem escapar!

Bastardos!

Fechem o port�o principal!

Devem peg�-la
de qualquer maneira!

Esperem! Eu a quero viva!
Voc�s dois cerquem-na por l�.

Legendas, Tradu��o, Adapta��o,
Sincronismo: Edelzio Sanches

Ent�o, parece ser verdade
o que dizem sobre voc�.

Voc� � muito boa.

Tudo bem?
N�o precisa se preocupar.

Eu sou Patery, um amigo.

Quero ver se est�
ferida com a queda.

Sabe falar?

Deve se acasalar comigo
para eu ter um beb�.

Deve ter batido com a cabe�a
no entanto parece inteira.

- Quem � voc�?
- Hundra.

- Tarkome! Voc� se sente melhor?
- Me sinto muito melhor, obrigado.

Meu filho est� bem?

Ficar� melhor assim que
comer frutas bem lavadas.

Ficar� bem.

Vejo que est� ocupado.

Sim, caiu do meu telhado.

Tenho que deixar
meu filho em casa

e retornar logo ao templo antes
que notem a minha aus�ncia.

At� logo e obrigado.

- Tarkome, como se diz?
- Obrigado.

- E ent�o?
- � sua, aquela crian�a?

- N�o.
- Bom, porque far� uma menina.

Acho que � hora de voc� ir.

- � o meu escolhido para o acasalamento.
- Mas voc� n�o � a minha.

Um homem n�o pode
ser for�ado a fazer amor.

Homens for�am mulheres.

Sim, mas por natureza,
somos diferentes.

Eu n�o estou dispon�vel
para ser usado...

E isso n�o ajudar� em nada.

E se eu remover a l�mina?

E se eu dissesse que � o
meu primeiro homem?

Tracima seria mais
atraente para o amor.

- � por causa do templo?
- Sim.

Ent�o eu vou l�
e voltarei como ela.

Espere um minuto.
O templo � perigoso.

Nada pode me prejudicar.
Este n�o � o meu destino.

Agora, vir� conosco para o templo.

Ei vejam, teremos
novidades em breve.

J� chega.
Agora � minha.

- Ao Touro!
- Ao Touro!

- Louvem ao Touro!
- Louvemos ao Touro!

- Louvem o Touro!
- Louvemos ao Touro!

-Louvemos ao Touro!
- Louvemos ao Touro!

Bem-vindos, valorosos l�deres fortes.
Mais uma vez nos encontramos

nesta noite de purifica��o.

Mas primeiro de acordo
com o nosso procedimento,

ofertamos um presente
para nossos seguidores

que ser�o o nosso futuro ritual.

Esta ra�a �
desconhecida para mim,

mas suponho que ser�
uma agrad�vel caminhada.

Espero que n�o nos cause problemas.
Parece resistente e forte.

Est� n�o � domesticada.

N�o!

� uma selvagem!

Voc� n�o teria prazer nela.

� uma guerreira desgarrada.

Ela quebrar� seu pesco�o
durante o acasalamento.

Voc� n�o sabe nada sobre medo.
Est� emo��o est� s� em covardes.

Voc� parece ser muito corajosa.

Coisa que voc� n�o deve ter.

Ser� que poder�amos descobrir
do que esta selvagem � capaz?

Pode tentar mas
n�o vai ser t�o f�cil.

Eu pagarei 1.000 moedas
de ouro para descobrir isso.

Talvez n�o seja imposs�vel.

Darei outras 1.000 moedas
para v�-la de joelhos!

Mesmo assim eu n�o
seria menos do que voc�.

Dou mais 3.000!

Aceite.

Aceite!
Aceite!

Como quiserem.
Agora continuem com a cerim�nia.

Tragam as fortes virgens que
recebemos a dois meses atr�s.

Gra�as aos nossos esfor�os as
preservamos delicadas e belas.

Saciem aos seus olhos antes
de toc�-las em sua carne.

Belezas ainda intactas trasnformadas
em grandes guerreiras

mas esta noite sob o poder
e os desejos de Touro.

Ou�am aos comandos e
mostrem a seus superiores.

Antes, inclinem-se ao Touro.

Venha aqui!
Venha beleza!

Eu nunca vou adorar
ou obedecer ningu�m.

Eu pensei que iria ser limpa no
entanto estou mais contaminada.

Isso vai amolecer a sua pele e
deixar cicatrizes menos vis�veis.

S�o sicatizes de minha bravura.

Homens n�o gostam de cicatrizes de
guerra como as suas em mulheres.

Homens n�o gostam que
as mulheres v�o at� eles.

Eles apreciam-nos pelos nossos
servi�os e n�o pelo nosso cora��o.

Homens gostam de belos cabelos.

E o seu ser� como ouro.

Impressionante o que
conseguimos n�o � mesmo?

A apar�ncia melhorou significativamente
mas e as suas atitudes?

Tem uma forte oposi��o em rela��o aos
nossos costumes, Sumo Sacerdote.

Esse n�o � o seu trabalho, Tracima?
Quebre essa sua resist�ncia.

- Sim.
- E ent�o, porque n�o o f�z?

Porque n�o � a minha escolha.

Sua escolha foi feita quando
voc� nasceu como mulher

e como consequ�ncia
deve servir aos homens.

- Eu n�o sirvo a ningu�m.
- Sil�ncio!

Voc� pagar� por isso!
Como pagar� voc� tamb�m.

Tem o dever de faz�-la
aceitar a nossa verdade.

Sim, aceitarei somente a
verdade e n�o em ser uma escrava.

Eu disse, sil�ncio!

Acalme-se, senhor
Sumo Sacerdote.

Sabe muito bem que da boca
da mulher s� sai bobagens.

E para atingir os
objetivos desejados

n�o podemos pensar
sobre o que elas dizem.

Com sua permiss�o, andei
ouvindo alguns rumores

que uma das nossas
mulheres est�

escondendo um filho na casa
de uma fam�lia na cidade.

Ent�o, se voc� disser
a verdade sobre isso

poderemos mudar de
opini�o sobre voc�.

N�o, eu n�o ouvi nada.

Que pecado. Gostaria de
colocar um fim a esses rumores,

porque muitas vezes as crian�as
do sexo masculino s�o adotadas.

Certamente voc� entende
isso n�o � Tracima?

Sim.

Quero que cuide de dar
educa��o a essa b�rbara.

- Voc� far� isso?
- Sim, grande Rotary.

Muito bem. Agora retire-se
e v� fazer o seu trabalho!

Desculpe. Me desculpe.

Obrigado por n�o dizer nada,
mesmo que fosse in�til.

N�o chore.

Enfrente-o!

Eu n�o sou guerreira.
Eu quero sobreviver!

� por isso que fa�o o que aprendi,
n�o importa o qu�o ruim seja.

Agora voc� deve aprender que
os homens dominam nossas almas.

Est� enganada. Os homens
n�o dominam a gente!

Para sobrevivermos,
devemos lutar!

- Devo proteger meu filho.
- N�s o faremos!

Ou�a, eu posso fingir e fazer o que
querem, para n�o machuc�-lo

mas em troca disso dever�
me enisar as suas li��es.

Agora vamos tomar um banho e eu vou
te ensinar como dominar um dominador.

N�o! Olhe em meus olhos,
n�o nas minhas m�os.

Pense sobre o que vou fazer.
Vamos. Tente novamente.

Agora sou mulher
suficiente para Patery?

Bem. Vou visit�-lo hoje � noite
e em seguida, eu irei embora.

- Porque partir?
- Ele plantar� uma semente em mim.

Porque est� rindo?

Voc� aprendeu muito
sobre homens e mulheres.

Apenas uma noite com ele
n�o lhe garante um filho.

Eu n�o quero s� uma vez.

Saiba que Nepakin n�o
pode saber que ir� l�.

N�o se preocupe.

- Nos encontraremos aqui.
- Tenha cuidado e fa�a como ensinei.

- Voc� � uma mulher do templo?
- Sim.

Se n�o estiver doente, n�o precisa de mim.
J� � tarde e eu quero ir para a cama.

Sou Hundra.

� realmente muito bonita.

Tracima me
ensinou sobre amor.

Voc� � deslumbrante.

Ei! Mas o que temos aqui?

Esta � uma garota do templo.

Carne do templo.

Agora eu entendo por que muitas
vezes cortam nossas cabe�as por aqui.

Ela poder� nos
denunciar por isso.

Ela n�o dir� nada
n�o mesmo, mulher?

E agora deixem essa... Mulher.

Ou voc� quer mesmo ficar
sob a sujeira destes homens?

Voc� pode escolher: Pode ir para a
cama com ele ou ficar ao meu lado.

Tracima.

Aqueles idiotas.
Eu acabei com eles.

Sim! Sim! E como!

Como foi com Patery?

Eu n�o sei. Talvez eu
n�o engravide.

Eu sinto que precisarei
v�-lo novamente.

E, novamente, novamente,
novamente e novamente.

- H� algo te incomodando?
- N�o.

- N�o. � algo que te faz feliz.
- Enormemente.

O qu�?

Tenho um filho dentro de mim.

Agora partir�?

Quando estou com Patery,
somos um s�.

- Os homens n�o s�o meus inimigos.
- Ent�o voc� desejar� t�-los?

Mas, eternamente para mim,
um homem n�o � o meu destino.

Talvez o seu destino
tenha mudado.

Eu vou ficar.

At� eu decidir o que fazer.

Porque os homens n�o sentem
emo��es como n�s?

Os meses se passavam e a crian�a
dentro de Hunda crescia.

Ela nasceu e a indecis�o
em ficar ou partir, continuava.

Tracima escondia sua condi��o
e Hundra deveria enfrentar

o maior desafio em ser esposa
e seguir o seu pr�prio destino.

Vou tentar novamente.

Onde voc� estava?

Esta n�o � a �nica
crian�a que nasce hoje.

Mas ela j� fez
muito e ela n�o sai.

Grite e n�o tenha medo!
Lhe far� bem, gritar.

Todas as mulheres gritam.
Coragem, grite!

Assim.

Assim, mais uma vez!

Empurre, vamos!
Empurre!

D�-me a minha filha.

- O pr�ximo ser� um menino.
- Vamos deixar a cidade Patery.

Quando estiver capaz
de viajar, partiremos daqui.

Hundra.

Voc� precisou de mim hoje �
noite apenas como um m�dico.

O povo desta cidade precisa
de mim mais do que voc�.

Eu n�o posso deix�-los.
Este � o meu destino.

N�s estaremos juntos aqui.

Agora durma.

Voc� � a brasa fraca das novas
chamas da nossa liberdade.

O destino e esta liberdade

tra�ar� o seu pr�prio destino.

Voc� Hundra, constituir�
toda a nossa na��o.

Voc� � tudo o que restou para
come�ar tudo novamente.

Pequenina!

- Est� melhor agora?
- Sim.

- E o beb�?
- Tamb�m.

Nepakin patrulhar� esta noite
e estar�o � sua procura.

Ent�o temos que
partir imediatamente.

Cuide do meu beb� at�
que eu me prepare.

N�o deve ter medo de mim.

- Tem que partir t�o r�pido?
- N�o tenho escolha.

Haver� uma cerim�nia no templo
esta noite e se eu for l�,

ser� barulhento e perverso.
S� restar� um sil�ncio de morte.

Eu sabia que este era o
seu destino. Uma crian�a

mas esperava passarmos
mais tempo juntos.

Vamos ficar juntos para sempre.

Nossa filha cuidar� disso.

Eu posso ajudar
de alguma forma?

Sim.

Seja mais racional como homem

e voc� sempre ter�
o seu pr�prio destino.

Vejo que novamente ouviu o
chamado para o ritual de sangue.

- Onde est� minha filha?
- Est� segura!

Fa�a como eu disser.

Eu n�o me curvarei ao seu
Touro ou aos seus homens.

Pelo contr�rio! Hoje �
noite a sua preciosa filha

vai se tornar alimento para os
abutres se voc� se recusar.

- Onde est� minha filha?
- No pal�cio. Segura.

Tracima!

Por favor,
fa�a o que ele diz.

Dessa forma n�o
resolver� os seus problemas.

E nunca ter� paz se
continuar com medo.

Cuide-se... Mulher.

Adore aos seus superiores.

Adore-os agora!

Adore-os!

Curve-se!

Por seguran�a, precisamos
cortar a l�ngua dela,

para que fa�a sil�ncio.

- Nepakin.
- Concordo com voc�, Gordozo.

A n�o ser que ela fique quieta
e adore o nosso Touro.

Ai ent�o podem
fazer o que quiserem.

Sim, est� bem!

Adore ao Touro!

Nepakin quer a
crian�a no templo.

Vejo que o professor se
tornou um aluno.

Eu quero essa crian�a.

Eu estive de olho em voc�

mas � tarde demais para se
arrepender pelos seus erros

mas n�o � tarde
para matar voc�.

Mam�e! Mam�e!

Procure Patery e diga-lhe que
Hundra tem problemas no templo.

Ela precisa de ajuda.
Corra.

De joelhos.

Uma das mulheres est� doente.
Ela precisa de cura.

Hundra!

Afastem-se!

Venham!

Saiam deste port�o!

- Peguem ele!
- N�o! N�o!

- Vai ficar bem?
- Sim.

Maravilhoso.
Agora ambos temos cicatrizes.

Agora v�o se respeitar
uns aos outros.

Hundra, voc� voltar� algum dia?

Talvez, mas agora algu�m
est� me esperando.

Besta?

Besta!

A vida de Hundra e seu destino
era lutar por sua emancipa��o.

Ao longo dos s�culos muitas
outras mulheres corajosas

seguiram os seus passos

e todos os homens seriam
menos egoc�ntricos.

H� um peda�o de Hundra
em cada uma das mulheres.

Legendas, Tradu��o, Adapta��o,
Sincronismo: Edelzio Sanches

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Brasil * Setembro 2018