All language subtitles for Cuori Puri

- Art Subs -
10 anos fazendo Arte para voc�!

Legenda
- JuLima -

Parada! Parada!

Pare a�.

Suba aqui,
fique parada.

Mandei ficar parada!

Abra!

Mandei abrir!
Vai logo!

Voc� roubou esta merda?

Voc� tem documentos?

Tem documentos ou n�o?

N�o.

- Tenho que abrir um BO.
- N�o, por favor.

- Por favor, vamos.
- N�o, eu imploro.

- Vamos abrir um BO. Vem.
- N�o, por favor.

Ou voc� anda sozinha
ou te empurrarei at� l�!

- Por favor.
- Como vai ser?

O que voc� prefere?

- Deixe-me ir embora.
- Vamos logo.

- Vamos, por favor.
- N�o, me deixe ir.

J� entendi, agora vamos.

- Por favor, me deixe ir.
- Sim, claro.

- Vamos.
- Deixe-me ir embora.

Puta merda!
Vamos at� l�, por favor?

Nunca roubei nada.
Deixe-me ir embora.

E eu com isso?

Deixe-me ir embora,
te imploro.

Por favor, me desculpe.

- Deixe-me ir.
- Sou obrigado a fazer isso.

- N�o, por favor.
- � minha obriga��o!

- Eu n�o sou ladra.
- N�o estou nem a�. Vamos.

Deixe-me ir embora.

Eu imploro.

Desculpa, me deixe ir,
por favor.

Por favor.

Pegue esta porcaria
e suma daqui.

Vai!

Por que est� correndo?
V� devagar!

CORA��ES PUROS

Venha esp�rito

For�a do alto
Do meu cora��o

Deixe-me renascer,
Senhor, Esp�rito

Como uma fonte
Venha a mim

Como um oceano
Venha a mim

Como um rio
Venha a mim

Como um ru�do,
Venha a mim

Venha esp�rito

For�a do alto
Do meu cora��o

Deixe-me renascer,
Senhor, Esp�rito

Venha esp�rito

For�a do alto
Do meu cora��o

Deixe-me renascer,
Senhor, Esp�rito

O que significa
que estava l�?

A ma�� tamb�m estava l�
quando Eva a pegou,

mas quem ofereceu
para ela?

- Quem deu a ma��?
- O dem�nio.

Isso! E voc� d� ouvidos
ao dem�nio?

Voc� fez algo muito grave,
Agnese.

Furto � um pecado mortal.

Para come�ar,
voc� deve devolver.

Sim.

De onde voc� tirou
essa ideia?

Porque minha m�e pegou
meu telefone h� algumas semanas.

E por qu�?

Ela disse que tinha
um garoto

mandando mensagens inadequadas.

Ela disse ou era verdade
que havia um garoto?

Sim, � verdade,
era um garoto da escola.

Entende que sua m�e est�
tentando te proteger

porque gosta de voc�,
porque te ama?

E se ela te imp�e limites
� para o seu bem.

- Ou voc� n�o quer limites?
- N�o, eu quero.

- Quer tudo, como Ad�o e Eva?
- N�o.

Limites s�o importantes,
Agnese.

S�o conselhos que te d�
s� quem te ama, como sua m�e,

ou como Deus, que n�o �
aquele pai que voc�s pensam

que domina, sufoca
e d� ordens.

Mas � um pai bondoso
que d� conselhos.

E se voc� seguir os conselhos,
viver� em paz e tranquila.

E n�o comete esses erros.

- Entendeu?
- Entendi.

O mesmo vale
para os conselhos da sua m�e.

Voc� precisa confiar nela.
Deve confiar nela.

M�e, o que est� fazendo?

Nada. Estou procurando
algumas roupas.

N�o sei mais onde ach�-las,
n�o param de chegar refugiados.

- Mas isto � seu?
- Sim, de quando eu era nova.

Guardei para voc�,
mas agora...

- Esta era sua?
- Era!

- N�o acredito!
- Sim, era minha.

Antigamente,
agora ningu�m mais usa.

Como ela era bonita.

Esta � bonita, gostei.

N�o vamos jog�-la,
vamos ficar com ela.

N�o vou jogar,
darei a quem precisa, certo?

Sim, certo.

Mas se voc� gostou,
pode ficar.

- N�o.
- Sim, Agnese. Experimente.

Vai!

Fa�a o que pe�o!
Experimente.

- Vamos ver.
- Isso, vamos ver.

Uma pe�a n�s podemos guardar.
N�o precisamos doar tudo.

- Ficou �tima em voc�.
- Voc� acha?

V� ver como ficou.

O que acha? Linda, n�o?
Pode ficar com ela!

Te adoro meu Deus,
te amo de todo o meu cora��o,

te agrade�o
por me teres criado,

feito crist�o
e conservado neste dia.

Perdoa os males
que hoje eu cometi,

se algum bem eu fiz,
aceita-o.

Preserva-me do pecado
e de todo mal. Am�m.

- Vou dormir aqui, certo?
- Sim, claro.

Mano, o que est� fazendo?

- Fechando o port�o.
- Por que vai fechar?

Quando o supermercado fecha,
devo fechar o port�o.

Voc� � o vigia.

Avisaram que chegaria
um novo, � voc�?

O port�o deve ficar aberto
porque tem gente l�.

Preciso fechar o port�o.

Nossa casa � ali,
tem gente morando a� dentro.

Ent�o abra voc�s,
n�o sou vigia de voc�s.

Por que voc� � t�o antip�tico?
Estou falando direito.

N�o me diga "vigia de voc�s"
que me irrita.

O outro era mais simp�tico.

- Eu sou antip�tico?
- Sim.

Lamento por eu ser antip�tico,
o outro era simp�tico?

- Era.
- � mesmo?

Por que destru�ram
o estacionamento?

Quem disse isso?
Que porra est� dizendo?

Quem quebrou
o estacionamento?

- Foi voc�!
- Eu?

- Foi o vigia!
- Abra o port�o!

Imbecil, saia daqui,
v� dormir!

- O que foi?
- Posso usar o banheiro?

- Voc� n�o est� na creche.
- Mas preciso ir.

N�o sou seu professor,
levante a v�.

- Estou indo.
- Minha nossa!

Ent�o, o estacionamento...

Stefano, cad� o colete?

S� visto quando estou
no estacionamento.

Incomoda usar
quando est� em reuni�o?

- N�o uso para n�o suar nele.
- Para n�o suar, tem raz�o.

Voc�s gostam
de suar nos seus?

Voc� � melhor que os outros,
� especial?

Beleza, da pr�xima vez
virei com o meu.

Venha com o seu
da pr�xima vez.

Em seis meses n�o entendeu
que deve p�r o colete?

Voc� j� fez merda uma vez,
j� foi demitido do shopping.

Como vai ser agora?

Quer ser demitido
de novo?

O trabalho no estacionamento
n�o � f�cil,

precisa se concentrar,
entendeu?

- Entendi.
- Deixe-o em paz.

Ele j� deixou uma gatinha
fugir do shopping.

Ivan, comporte-se,
pare com isso.

N�o estou falando
com voc�.

Stefano, olhe para mim.

Tem uma fila de gente
pedindo emprego.

Para vigiar os ciganos?

Quietos!

Fiz s� uma pergunta.

Vou responder,
n�o estamos nos entendendo.

N�o sou obrigado a brigar
com voc� a vida inteira, certo?

Se voc� n�o gosta de estar aqui,
pode ir embora.

Quer ficar
ou quer ir embora?

- Sim!
- Sim o qu�?

Entendi, Giulio,
de verdade.

Trabalhe s�rio,
por favor.

- Precisa estar concentrado.
- Pode deixar.

- Tchau, pessoal.
- Tchau.

Bem aventurados
os puros de cora��o

porque eles ver�o a Deus.

Este ensinamento de Jesus
se tornou um movimento,

voc�s est�o
com os folhetos.

Se tornou uma iniciativa,
que apoia os jovens

que decidiram
chegar castos ao casamento.

O s�mbolo desse percurso
� um anel

com o qual se faz uma promessa
diante da comunidade.

Seja em casal ou sozinho.

E com ele se promete
chegar virgem ao casamento.

� uma decis�o importante,
dif�cil.

E diante das decis�es dif�ceis
n�s pedimos ajuda.

A quem?
A Jesus, que com sua palavra

nos ilumina
e nos mostra o caminho.

Uma frase em particular
combina com o dia de hoje:

amai-vos uns aos outros,
assim como eu vos amei.

Jesus nos amou
se colocando no nosso lugar.

Vivendo uma experi�ncia real
do nosso sofrimento.

Ele � Deus e se transformou
em homem,

ent�o ele nos ama
se tornando outro,

renunciando a si mesmo
pelo outro.

Eu pergunto,
como voc�s querem amar?

Como Jesus ensinou
ou como a sociedade nos ensina?

Porque a sociedade ensina a amar
como se amam as coisas.

Eu te escolho, te uso
para o meu prazer pessoal

depois, me canso
e te deixo, te substituo.

Coisas num mundo de coisas.

Mas Jesus nos ensina
outra coisa. O que ele diz?

O �nico amor
que vale a pena ser vivido

� aquele em que damos tudo
ao outro, inclusive a vida.

Ele morreu por n�s,
isso se chama amor eterno.

Isso se chama casamento.

Que caras s�o essas?

Voc�s s�o filhos
de gente casada,

sabem o que � casamento.

Certo, Andrea?
O que voc� pensa disso?

Padre Luca,
o senhor tem raz�o

mas depois vou � discoteca,
vejo uma bela mo�a

que me agrada tanto
e quero me divertir.

Como voc�s adoram
a palavra "divertir".

Voc�s gostam,
pois n�o sabem o significado.

De onde vem "divertir"?

Vem do latim,
"divertere"

ir de um lado a outro,
virar as costas.

Virar as costas a qu�?

Ao amor que Jesus
nos ensinou,

ao amor verdadeiro
do qual falamos.

E h� uma palavra
que voc�s n�o gostam,

mas � extraordin�ria
e tamb�m vem do latim,

que � "sacrif�cio".
O que significa sacrif�cio?

Nenhuma resposta.
O que significa panif�cio?

Essa voc�s sabem. Quando
se trata de comer, sabem tudo.

- O que se faz no panif�cio?
- Se produz p�o.

Exato! "Panis" "factum".
Fa�o o p�o.

Sacrif�cio, fa�o o sagrado,
torno sagrado.

Ele se sacrificou por n�s.

E voc�s est�o dispostos
a tornar suas vidas sagradas?

Estes s�o os an�is.

S�mbolo de sua decis�o
por uma vida de castidade.

Vamos comprar,
o que voc� acha?

Agora?

Claro, j� achamos,
basta clicar e pedir.

Voc� j� decidiu?

N�o, mas vamos comprar,
depois decidimos juntas.

Sim, juntas. Eu sei
que vai decidir com Matteo.

- Primeiro devo convenc�-lo.
- Claro.

Como assim?

Ele faz tudo o que voc� diz,
voc� manda nele, coitadinho.

Claro,
levei um ano para educ�-lo.

Agora ele est� bem ensinado.

Por isso far� a promessa
com ele.

- Sim, farei com ele.
- Eu sei.

N�o � culpa minha
se voc� nunca gosta de ningu�m.

- N�o � verdade.
- Imagina.

N�o.

Tudo bem.

Posso te ligar de volta?
Agnese acabou de chegar.

Nos falamos amanh�.
Tchau.

- Como vai?
- Bem e voc�?

- Tudo bem.
- E Bea?

- Ela est� bem.
- Voc�s se divertiram?

- E na igreja, hoje � tarde?
- Foi tudo bem.

Quando far�o a promessa?

N�o sei, padre Luca disse
que devemos pensar.

Como assim?

Porque � algo importante
e devemos refletir.

Entendi, mas...

voc� ainda precisa pensar?

Sim, como todos os outros.

Mas j� conversamos mil vezes
sobre isso.

Fale comigo, Agnese.

Para mim � algo importante,
voc� sabe.

� a �nica coisa
que te pe�o.

Entendi,
mas a decis�o � minha.

A decis�o � sua.

Ent�o tudo bem,
se a decis�o � sua...

Mesmo assim, eu e Beatrice
encomendamos os an�is.

Por que n�o disse antes?

Estou dizendo agora.

Um, dois, tr�s,
quatro, cinco, seis,

sete, oito, nove, dez.

Oi, mano.

O que est� fazendo?

- Responda ao menos.
- Como se eu te conhecesse.

Olhe s� para ele.

Que diabos est� fazendo?

Muito bem, mais um pouco.
Olhem s� para ele.

Vamos, corra!

Pronto, chegou o corredor!

Cale a boca
e cuide da sua vida!

- Que diabos quer?
- Corra, corredor.

Que porra � essa?

- Saia da grade!
- Vai, jogue!

- Pule aqui!
- Saiam da�!

- Venha aqui!
- Vem voc�, seu merda!

- Isso � jeito de falar?
- Voc� � um merda.

- Aprenda o idioma.
- Quando te pegar, te mato.

Coloque do lado,
isso mesmo.

Meu Deus!
Ajude aqui.

- O que colocou aqui?
- � muito pesado.

Espere, ficou presa.

Pronto.

Cuidado.

Giovanni, cheguei.

Onde estaciono?
Trouxe v�rias caixas.

Espere,
tem um rapaz vindo.

Licen�a, posso entrar por aqui
para ir ao acampamento?

O acampamento?
Sim, � por aqui.

Certo. Obrigada.
Entendi, estou indo.

- Tem coisa para descarregar.
- Voc�s ajudam? Obrigado.

Ent�o, o que me diz?

Aqui est�o todos
sem documentos,

a condi��o sanit�ria
� desastrosa.

Ali tem o estacionamento
onde os clientes do supermercado

deixam os carros
e isso cria tens�o.

Se quiser entrar,
te mostro como est�.

- Voc� vem, amor?
- Vou ficar aqui fora.

Certo.

O que est� fazendo?

Nada.

O que faz a� dentro?

Vim acompanhar
minha m�e.

- Para fazer o qu�?
- Trabalho volunt�rio.

E o que voc� faz aqui?

Estou trabalhando.

E o shopping?

Eu sa�,
me mandaram embora.

Por minha causa?

N�o, n�o se preocupe.

Fique sossegada.

V� fazer suas coisas.

M�e, posso pedir uma coisa?

Pode falar, amor.

Posso ter meu telefone
de volta?

N�o, Agnese,
ainda n�o.

Mude de marcha,
colocou em segunda?

Segunda! Para tr�s,
essa � a primeira.

Pare, devagar.

Recomece.

J� passou muito tempo.

N�o conta quanto tempo passou
e sim o que voc� fez.

Sim, mas n�o farei mais.

Claro que n�o far� mais,
� �bvio.

Calma, v� devagar.

Coloque em segunda.

Na sua dire��o e para tr�s.
Certo, saia de novo.

Primeira e parte de novo.
Assim, pode ir.

Acelere um pouco.

Por que n�o posso
t�-lo de volta?

Porque n�o.

N�o � certo.

Eu sei o que � certo
e o que � errado.

Eu disse n�o
e fim de papo.

� certo que confisque
meu telefone?

Pare aqui.

Se n�o confiscasse,
voc� ainda escreveria safadezas

- ao seu colega de sala.
- Era ele que escrevia para mim.

Confie em mim,
eu j� passei por isso,

voc� � muito pequena.

N�o acredito que vamos brigar
no dia do seu anivers�rio.

Vamos, saia,
deixa que eu dirijo.

Oi, m�e.

- Como voc� est�?
- Bem.

Oi, Stefano.

Me d� um abra�o.

- Est� magro, n�o est� comendo?
- Claro que estou.

- Vou te preparar algo.
- N�o.

- Quer que fa�a caf�?
- N�o, obrigado.

- Oi, Stefano.
- Oi.

Estou bem,
n�o quero nada.

Estou te olhando,
faz tempo que n�o nos vemos.

- Como est�?
- Bem, o que houve?

Vamos conversar
um pouco.

Disseram
que voc� est� trabalhando.

Achou emprego?
Onde e o que faz?

Sou seguran�a
de um estacionamento.

- �timo.
- J� � alguma coisa.

Voc� achou alguma coisa?
S� para saber.

Fale voc�,
ele enche meu saco.

- Eu encho seu saco?
- Enche.

- N�o comecem.
- M�e, de quanto precisa?

Desta vez v�o nos colocar
para fora de casa.

E j� que est� trabalhando

pode emprestar 200 euros
s� para resolver a situa��o?

Talvez assim eles se acalmem
e nos deixem ficar mais.

Eles n�o te colocar�o
para fora.

Eles est�o fazendo isso.
Acredite em mim.

Nunca colocaram ningu�m
para fora.

Desta vez,
� diferente.

Corremos o risco de acabar
como os refugiados.

Quem dera!

Eles recebem comida,
casa e 40 euros por dia.

E diz isso para mim?
Eu os vejo todo dia.

Eles t�m at� Iphone,
da Samsung.

D�o mil euros por m�s
para eles n�o fazerem nada

e n�s somos expulsos
de casa.

N�o � culpa deles
se te colocar�o para fora.

A culpa � de quem deveria
nos ajudar.

Ent�o n�o vai dar, Stefano?

Ent�o a culpa � minha?

N�o � sua que � um fracassado
e nunca fez nada da vida?

Isso � jeito de falar comigo?

Deve dar gra�as a Deus
por eu falar com voc�.

Por que est� olhando?
Sente-se.

Tem um presente para voc�
na sala.

Que presente?

- V� dar uma olhada.
- Tudo bem.

Surpresa!

- Parab�ns!
- Parab�ns, velhinha!

Deixem a aniversariante
passar.

- Abra!
- Abra!

Gostou?

Obrigada.

Vamos fazer algo juntos
no ver�o?

Proponho acampar
nas montanhas.

- Isso a�!
- Gostei!

N�o � m� ideia, mas acampamento
� cheio de insetos.

A gente acorda
com uma aranha no rosto.

Que mulherzinha!

Eu sou a mulher
deste casal.

Desde Si�o te aben�oe
O Senhor,

Que fez os c�us e a terra

Desde Si�o te aben�oe
O Senhor,

Que fez os c�us e a terra

Parab�ns pra voc�
Parab�ns pra voc�

Parab�ns pra voc�

Parab�ns, amor!

Agora voc� j� � adulta.

Minha linda.

Pessoal...

quero agradecer
por voc�s terem vindo.

Agrade�o por serem
a nossa fam�lia.

Agora vou chorar.

Obrigada, Jesus,
por ter nos adotado na sua vida.

- Obrigada, Senhor Jesus.
- Obrigado, Senhor Jesus.

Oi, querido.

Minha nossa quanto tempo!
Onde voc� se meteu?

Voc� nunca atende
quando eu te ligo.

- Ficou rico?
- Com certeza.

Vejam s� quem apareceu.

Voc� apareceu,
o que houve?

Quase n�o te reconheci.

Como vai?
Tudo em ordem?

N�o vai me cumprimentar?

- Que figura voc� �.
- Posso te dar um beijo?

- Voc� sumiu.
- Mas posso ganhar um beijo?

Ningu�m te cumprimenta
porque sabem o que voc� faz.

O que ele est� fazendo?

Quer que eu diga?

Trabalha como seguran�a.

Sou o chefe dos seguran�as.

Me indicaram
a chefe da delegacia.

Cuidado que agora
ele te prende.

Trabalho num estacionamento,
n�o sou seguran�a.

Vigio o estacionamento,
n�o sou seguran�a. � diferente.

Voc� � seguran�a
de estacionamento.

Cale sua boca
e fume seu baseado.

Continue fumando
seu baseado.

- Que cara chato.
- Fume seu baseado.

Filho da puta.

Passe a bola.

Parem com isso.

Vem c�.

Pegue a bola.

Pare com isso, eu j� disse.
Que porra � essa?

- Pare com isso.
- Tire as m�os.

Voc� � um imbecil.

Por que est� rindo?
Voc� me bateu.

Quer parar com isso?
Estou apanhando � toa.

- Imbecil.
- Comportem-se.

- Tire ele daqui.
- Vamos embora.

Vem c�, idiota!

Parem de brigar,
voc�s s�o amigos.

- Oi.
- Oi, boa noite.

- Oi.
- Oi, boa noite.

- Voc� quer ma��s?
- Quero estas aqui.

Quer banana?

Caramba,
que bananas feias.

- Bananas...
- Voc� gosta de uva?

Pode pegar.

- O que vamos beber?
- Veja naquela prateleira.

Pode ser vodca?
Uma vodkinha?

Quer um mel�o?

Isso � melancia
e n�o vamos � praia.

- O que est� fazendo?
- Eu j� vou pagar.

Ele est� vendo se � boa,
deixa que beba.

Est� com inveja
por n�o poder beber?

Voc� � mu�ulmano?
Por isso n�o pode beber.

- O que far�o se descobrirem?
- Cortar�o a cabe�a dele.

- Cortar�o seu pesco�o?
- Sim.

- Quanto deu?
- Ficou 24 euros tudo.

- Como �?
- Vinte e quatro euros.

S� se for 24 mil beijos
como a m�sica!

- Isso � um assalto.
- Custa 24 euros.

Mas o que pegamos
para ficar tudo isso?

Deve ser isto aqui
que pesa muito.

As bananas pesam muito.

Agora ficou mais barato?

N�o, s�o as ma��s.
S�o elas que pesam mais?

S�o elas que pesam mais?

- Elas pesam mais?
- Pare com isso.

Quanto ficou?
N�s faremos o assalto ent�o.

N�o olhe para fora.
Coloque c�meras que � melhor.

- Passe a grana.
- Desculpa.

N�o viemos fazer compras,
vai logo.

- Eu vim em paz.
- Desculpa.

Eu que pe�o desculpas.

Sou louco por acaso?

N�o queria fazer isso,
mas 24 euros...

Que diabos est�o fazendo?

Que porra � essa?

Volte para dentro!
Vamos, entre!

Esque�a a porra da grade
e volte para dentro.

Entre logo, entre!

Que diabos est�o fazendo?

V� se foder.
Isso mesmo, quebre tudo!

Voc� vai morrer,
seu merda.

Quebre mesmo!
V� se foder!

Giulio, n�o deixe a�,
coloque aqui.

N�o imagina
o que aconteceu.

Voc� chegou
tr�s horas atrasado.

Eles jogaram pedras
em mim.

- O que foi?
- Esse trabalho n�o � para voc�.

- O que est� dizendo?
- Voc� ouviu.

Eles enlouqueceram,

arrancaram a grade
com chutes e pedradas.

Quando pedi que parassem,
atiraram pedras em mim.

Pare com isso.

- O que vai fazer?
- Vou consertar.

Vai me ajudar ou n�o?

Por que n�s temos
que consertar?

Precisamos colocar
mais arame.

- N�o adianta.
- Vamos amarrar.

Est� toda arrebentada,
esse ferro partiu,

arame n�o resolve nada.

Ou�a o que eu digo,
vamos colocar isso para segurar.

- Chegou o chefe!
- � a �nica solu��o.

Ou�a, Giulio.

Onde ficarei quando chove?

Na cabine n�o tem telhado
nem cobertura.

Fique em casa porque talvez
te demitam daqui tamb�m.

Ache outro lugar
para mim.

Voc� n�o entendeu,
se te demitirem de novo,

n�o poderei
te ajudar mais.

Oi! Trouxe uns presentes
para voc�s!

Uma bola, obrigado!
Vamos jogar pessoal.

- L�pis de cor!
- Voc� gostou?

- Gostei.
- Trouxe algo para voc�.

Que lindo!

N�o podem ficar aqui.
V�o brincar pra l�.

S�o s� crian�as.

N�o posso fazer nada,
voc�s n�o podem ficar aqui.

Todo dia � a mesma coisa.

- N�o traga eles aqui.
- Nos vemos depois.

Eles me d�o problemas,
n�o os traga aqui.

- Mas s�o crian�as!
- N�o s�o crian�as.

Eles jogaram pedra em mim
hoje de manh�.

Est� me seguindo?

O que est� fazendo?

Queria te agradecer
por aquele dia.

- Agradecer por qu�?
- Pela hist�ria do shopping.

Por que voc� vem visitar
essa gente?

Porque eles s�o pobres
e necessitados.

Entendi,
s�o pobres e necessitados.

Eu n�o te entendo.

Rouba do shopping,
se mistura com ciganos,

voc� n�o tem medo
de nada mesmo.

Foram eles que te ensinaram
a roubar?

Estou te zoando, vem c�.
� zoeira.

- Qual � o seu nome?
- Agnese.

Stefano.

- Prazer.
- Prazer.

Quer sentar?

- Quer fumar?
- N�o.

- O que foi?
- Nada, queria te agradecer.

- J� entendi.
- Obrigada, de verdade.

Beleza,
fique sossegada.

Voc� tem chicletes?

Tenho.

N�o, eu preciso ir,
desculpa.

- Aonde vai?
- Preciso ir embora.

Espere um pouco.

Passe seu telefone.

O n�mero,
n�o o aparelho.

Vou te passar o meu.

Vou ligar para mim,
assim...

Vou te ligar
e a gente sai.

Mas n�o � noite.

- � noite, n�o?
- N�o.

S� durante o dia?

- Quantos anos voc� tem?
- Dezoito.

Molecada,
v�o pra l� com essa bola.

V�o jogar pra l�.

Vem c�, baixinho.

Se conseguir pegar a bola,
pode jogar aqui.

O que voc� quer?
Seu maldito.

Por que est� rindo?
V� jogar pra l�.

- Amor!
- Estou no banheiro.

- Oi.
- Por que entrou assim?

Um segundo,
vou lavar as m�os e sair.

- Tudo bem?
- Tudo.

- Est� quente.
- N�o est�.

- N�o est�?
- N�o!

Est� sim.

Voc� n�o trouxe
uma toalha?

- Come�amos bem.
- Tem problema?

- Quer ajuda?
- N�o.

- Vamos dar um mergulho?
- N�o sei se consigo.

- Como assim n�o sabe?
- N�o sei.

Voc� me fez vir at� aqui
e n�o vai entrar na �gua?

N�o fui eu que te fiz
vir at� aqui.

- Como n�o? Voc� pediu.
- N�o.

Eu vou entrar.

� assim que voc� nada?
De blusa?

Espere.

Coloque os p�s.
N�o, com os p�s.

- N�o consigo.
- Claro que consegue.

Coloque os p�s no meu ombro,
fique em p� e pule.

Tenho medo.

- Eu te seguro.
- N�o.

Vai. Me d� a m�o,
a outra tamb�m.

Vai!

Voc� tem c�cegas?

- Tem c�cegas?
- Um pouco.

Um pouco?
Tem certeza?

Agora eu j� parei.

- Por que est� rindo?
- N�o sei.

N�o estou nem encostando
em voc�.

Tem um pouco de areia aqui.

M�e?

N�o estou ouvindo direito.

Como assim na rua?

O que quer dizer
com isso?

N�o.

Eu te ligo depois.

Sim. Tchau.

O que foi?

Despejaram minha m�e.

Vamos.

Aonde?

- N�o sei. N�o quer ir embora?
- N�o.

N�o estou nem a�.

Se voc� quiser,
eu te acompanho.

Tem certeza
que n�o quer ir?

Voc� me deu
um beijinho?

Talvez.

- Quem te deu isso?
- Um amigo emprestou.

- Quer um pouco d'�gua?
- Sim, obrigada.

Onde encontrou
essa bela mo�a?

Lamento que me veja assim,
geralmente sou mais bonita.

- N�o � mesmo, Stefano?
- Sim.

H� quanto tempo
n�o pagam o Sandrino?

N�o sei,
j� faz alguns meses.

- O que quer dizer isso?
- Eu j� expliquei.

Posso entrar?

- Rossana, veja quem apareceu.
- Oi, Rossana.

- Stefano, como vai?
- Estou bem.

Se soubesse,
teria trazido mais comida.

Se quiser tomar banho
em casa hoje.

Pode ir, n�o tenha vergonha.
Tchau.

- Muito obrigado.
- Imagina!

N�o vou aguentar
se tiver que sair daqui.

Desculpa.

- O que foi?
- � meu pai.

Vou voltar a p�.

Imagina, eu te levo.

V� devagar.

- Idiota!
- Idiota � voc�.

E essas roupas?

Viu que bonitas?
Ficarei com esta para mim.

- Oi, amor.
- Oi.

- Oi.
- Onde voc� estava?

Eu me atrasei,
desculpa.

Vamos pensar no dia de amanh�
que � importante.

Voc� est� pronta?

Quantos s�o os refugiados?

- Uns trinta.
- Por a�. S�o muitos.

Devemos ser bons,
somos os primeiros

- a receb�-los na igreja.
- De novo? Seremos �timos!

Sim, certo.

- Voc� vai nos ajudar?
- N�o, vou ajudar o pessoal.

Certo, pode ir.

- Tchau.
- Tchau.

Algu�m sabe se eles
s�o mu�ulmanos ou crist�os?

Podem ser crist�os,
eles s�o perseguidos

- e as igrejas s�o queimadas.
- Tem certeza?

Geralmente quem foge da �frica
� mu�ulmano.

N�o necessariamente.

Se s�o mu�ulmanos,
v�o dormir na igreja?

Sim, qual o problema?

Conhe�o muitos mu�ulmanos
que nem entrariam em uma.

Voc� dormiria
numa mesquita?

Sim, se n�o tivesse uma casa
ou onde ficar.

E eles tamb�m v�o usar
o lugar para rezar.

Mas se v�o rezar aqui,
� melhor tirar os desenhos.

- Todos?
- Acho que sim.

At� o crucifixo?

N�o. Ele � o motivo
pelo qual vamos hosped�-los

e voc� quer tir�-lo?

Voc� tem raz�o,
mas eles v�o comer,

dormir e rezar aqui.
Acho melhor tirar o crucifixo.

N�o sei.

Vou sair um pouco.

- Veja, � lindo.
- Bonito.

- Ficou bonito em voc�.
- Ficou um pouco apertado.

- O que achou do meu?
- Posso entrar rapidinho?

- Eu quero ver.
- M�e, nos deixe em paz.

N�o, eu quero ver.

Como voc�s est�o bonitas,
vamos tirar uma foto.

As cores s�o maravilhosas.

- S� uma.
- Venha.

- Fiquem juntas.
- Os an�is.

Voc�s s�o lindas.
Quando far�o a promessa?

Logo, antes das f�rias,
vamos ver com o padre Luca.

�timo, fico feliz.

- Nos vemos na igreja?
- Sim.

- Querem uma carona?
- N�o, nos vemos l�.

- N�o esque�am a pizza.
- Pode deixar.

- Tchau.
- Tchau.

Voc� ama o Matteo?

Claro que amo,
voc� est� cansada de saber.

Por que est� perguntando?

Como faz para ter certeza?

Eu sei e basta.

Sempre penso nele.

O que fazem
quando est�o juntos?

Ficamos nos beijando
o tempo todo.

Depois me afasto porque estamos
indo longe demais,

mas ele fica bravo
e ent�o recome�amos.

� sempre assim.
Mas eu me divirto.

E como sabe
quando deve parar?

Eu sei.

Deus sabe quando devo parar.

Vou ao banheiro.

Oi.

Sim. Tudo bem.

Tchau.

Vamos que preciso fazer
uma coisa.

O qu�?

Uma coisa,
nos vemos na igreja depois.

Precisamos pegar a pizza antes,
j� esqueceu?

� verdade.
Tudo bem, ent�o...

Eu vou com voc�.

N�o, nos vemos �s 14h
na pra�a, beleza?

Se estiver doendo,
me avise.

Estou te machucando?

Eu te adoro.

- Isso � grave.
- Caramba.

� grav�ssimo.

N�o.

Por que n�o podemos
nos beijar?

Porque antes devemos
nos casar.

Certo.

Beleza.

Pode ser agora?

Pode.

Voc� me aceita
como seu esposo?

- Aceito.
- Eu os declaro marido e mulher.

Pode beijar a noiva.

Por que quer me beijar?

Porque voc� � bonita.

Eu quero continuar pura.

Voc� � pura.

- Como est�o seus pais?
- Uma maravilha.

Est�o acabados.

Ontem � noite
rezei por eles.

Como se adiantasse rezar.

Voc� nunca reza?

Nunca mesmo?

Antes eu rezava.

Quando era pequeno,
mas depois parei.

- Quer saber por qu�?
- Quero.

Meu pai quase sempre
sa�a da casinha.

Ele ficava doid�o.

Brigava, batia em mim
e na minha m�e.

Naqueles momentos,
eu me trancava e rezava.

Eu sabia que podia...

rezar e pedir qualquer coisa.

- N�o � assim?
- Sim.

Eu pedia que ele morresse.

- Voc� n�o gostou?
- N�o.

Eu rezava para n�o sofrer.

- Onde voc� estava?
- Cad� minha m�e?

Estava te procurando,
ela foi embora.

Certo. Tchau.

- O que houve?
- Nada.

- Onde voc� estava?
- Desculpa, m�e.

Perguntei onde voc� estava.

Onde esteve, Agnese?
Fale comigo!

Eu te fiz uma pergunta,
responda!

- Na casa de uma amiga.
- Qual amiga? Quem �?

- Da escola, voc� n�o conhece.
- Perguntei qual amiga!

Uma amiga da escola,
voc� n�o conhece.

Por que n�o me avisou,
por que n�o ligou?

Por que diabos mente
para mim?

Poderia ter ligado.
Estou te esperando h� horas!

Quer me matar do cora��o?

- Desculpa, m�e.
- � isso?

- Vou � igreja.
- Posso ir?

- N�o, fique aqui.
- Por favor.

Voc� vai ficar, j� que me fez
perder meus compromissos.

Pode ficar com isto.
Vamos, pegue!

Emiliano, o que � isso?

Parece que est�o expulsando
seus pais.

N�o fa�a merda,
relaxe.

- O que houve?
- Quem � voc�?

- � meu filho.
- Eu moro com ela.

Pela lei voc�s n�o podem
ficar aqui.

Vim avisar sua m�e que deve ser
uma situa��o provis�ria.

Eles n�o moram aqui.
N�o moram na rua.

Daremos um jeito
para que eles voltem para casa.

- Perfeito.
- Est�o aqui s� por um tempo.

S� viemos avisar
que isso deve ser provis�rio.

Posso falar?
Meu filho achar� uma solu��o.

N�o quero passar a vida aqui,
quero voltar para minha casa.

Voc�s precisam voltar,
s� viemos avisar.

N�o precisam voltar mais aqui,
vou explicar o porqu�.

Essa situa��o � provis�ria.

Precisa abaixar o tom
porque tem gente dormindo.

- Voc� precisa se acalmar.
- H� crian�as aqui.

N�s viemos verificar.

Esta situa��o precisa acabar.

Sim, sem problemas.

Agora j� podem ir.

- Isso, nem precisa se levantar.
- Melhor do que criar confus�o.

Continue sentado,
faz mal levantar.

N�o vou criar confus�o
com eles.

- Eu tenho que me comportar?
- Claro.

Est� criando confus�o,
poderia ter pensado antes.

Eu deveria ter
pensado antes?

Ainda est� falando?
Ainda n�o calou a boca?

Por acaso eu sou o marido,
eu sou o pai?

- Chega, Stefano!
- Ele ainda n�o calou a boca?

Fica falando
e nem se levanta!

Voc� deveria
se envergonhar!

- Bom dia.
- � voc�, espere um pouco.

Esta merda de corrente.

- Pode falar.
- Eu vim por causa da casa.

Veio me trazer
o dinheiro?

Te dou isto, mas deixe
eles voltarem agora.

Eles est�o na rua.

Quer me dar 200 euros?

Stefano,
me fa�a o favor...

Seus pais me devem
3 mil euros.

N�o pode aparecer aqui
com uns trocados.

- Pegue seu dinheiro.
- Espere um pouco.

Estou trabalhando
e vou trazer o resto.

- Bom saber.
- Vou pagar aos poucos.

- Voc� foi contratado?
- Fui.

Pegue o contrato, v� ao banco,
consiga 3 mil euros,

entregue para mim
e d� 200 euros todo m�s.

� assim que funciona.

Primeiro tampa o buraco,

depois garante
os pagamentos futuros.

� a minha m�e,
moramos aqui a vida toda

e agora voc� vai
despejar os italianos?

N�o me interessa
se s�o italianos, estrangeiros.

A quest�o � a seguinte:
h� quem n�o paga e quem paga.

Seus pais n�o pagam
h� dois anos.

Te digo do fundo do cora��o,

fa�a o que eu disse
e conversaremos depois.

Eu estava te pedindo
um favor pessoal.

Lamento, Stefano.
Tchau.

Pode encher.

Coloca um pouco
para mim tamb�m?

Obrigado.

Obrigada, Stefano.

A comida est� boa?

M�e, como foi?

Bem.

O n�mero chamado
encontra-se desligado...

O n�mero chamado
encontra-se desligado

ou fora da �rea de cobertura.

Sai da�!

Saia daqui!

V� se foder.

Voc� � um imbecil.
Por que est� rindo?

Por que estou rindo?

Voc� me faz rir, ningu�m rouba
carro usando capuz.

Nem para assaltar usamos mais.
Voc� ficou burro de tanto sol.

Me d� um abra�o.

Muito bem, bonit�o.
Este � o lugar?

� muito bonito,
voc� que decorou?

Esses s�o os vizinhos?
Que fofos.

- Eles s�o simp�ticos?
- Super.

- Mano!
- Deixa pra l�!

- Que diabos voc� quer?
- L� vamos n�s.

- S�o nervosos.
- Lele, por favor.

Eu te conhe�o?

Lele!

Ele faz o que d� na telha.

Volte aqui!

Por favor,
n�o fa�a isso.

Fique calmo. Eu conhe�o
os ciganos, s�o amigos meus.

Sabe o que faremos?

Vamos vender coca�na para eles,
eles t�m muito dinheiro.

Eles moram em barracos,
mas s�o todos milion�rios.

Sim, agora me deixe trabalhar.

N�o pode ficar aqui
que me cria problemas.

Caramba, eu passei
para te dar um oi.

O que voc� tem?

Eu soube do despejo
dos seus pais,

achei que poderia
estar precisando de algo.

- N�o preciso de nada.
- Voc� � o Superman?

Por onde voc� entrou?

- Segredos da profiss�o.
- Que imbecil.

- Voc� � um �timo vigia.
- Babaca, saia daqui.

Estou indo, mano,
minha nossa.

Estou indo,
bom trabalho.

Queria te pregar uma pe�a,
est� fazendo disso uma trag�dia.

- Vai logo.
- Minha nossa.

- Nos vemos depois.
- Sim.

O n�mero chamado...

Mandei voc�s jogarem
para l�.

Devem jogar l�.
N�o me fa�am repetir mil vezes.

- N�o encha o saco.
- N�o podem jogar.

Voc�s n�o escutam?

Vou furar a bola.
N�o podem ficar aqui.

Esta �rea � do estacionamento,
voltem para casa!

Eu me aproximo
da grade de voc�s?

Devolva a bola.

Agora voc� est� ferrado!

N�o reclame se eu destruir
o estacionamento e os carros.

- Voc� � a Agnese, certo?
- Sou.

O que posso fazer
por voc�?

- Viemos fazer uma consulta.
- Certo.

Visto que Agnese
nunca se consultou.

Ent�o o que me diz
de batermos um papo?

- Pode ser?
- Pode.

A senhora se importa
em sair?

N�o, imagina.

Quer me perguntar algo?

N�o sei.

Ent�o, te farei uma pergunta,
voc� j� teve rela��es sexuais?

- N�o.
- Certo, deite um pouco.

Uma perna aqui e a outra aqui,
venha um pouco para a frente.

Fique calma.

Relaxe e respire normalmente.
Muito bem.

- M�e, vamos.
- Sim, j� vamos.

At� logo, senhora.
Para pagar, � � esquerda.

- Sim, posso conversar com voc�?
- Tudo bem.

Espere um pouco, certo?
Eu j� volto.

Deixe-me descer.
Quero ir andando.

- Por qu�?
- Porque sim.

Espere.

Agora voc� acredita?

Desculpa, amor.

Perd�o, eu n�o queria
te p�r nessa situa��o.

N�o sei mais nada de voc�,

n�o sei aonde vai,
com quem est�.

Tenho medo que te aconte�a
algo ruim. S� isso.

N�o sei,
n�o quero que...

Desculpa.

Muito bem, � isso a�.

Movimentos certos,
gostei muito. Parab�ns.

- O que far�o agora?
- Vamos explicar o passo.

Vamos explicar o passo
e tentar entender tudo melhor.

A ad�ltera pecou
traindo o marido

por isso os escribas
querem apedrej�-la.

Por�m Jesus a perdoa.

Teo, seu dom da s�ntese
� comovente.

A vers�o reduzida
das Sagradas Escrituras.

Mas ele est� certo.

Mas qual � a quest�o?

A quest�o � que todos n�s
somos a ad�ltera

porque somos pecadores,
n�s pecamos o dia todo.

Queremos as pedras dos escribas
ou o perd�o de Jesus?

- O perd�o de Jesus.
- Obviamente, o perd�o de Jesus.

E por que cada vez que fazem
a menor das besteiras

voc�s se massacram,
se torturam?

Talvez porque queremos
ser perfeitos.

Os escribas s�o a nossa parte
que quer ser perfeita

e que n�o aceita
as pr�prias fraquezas.

Exatamente, � a nossa parte
que v� o pecado

e quer destru�-lo, afast�-lo,
apedrej�-lo, pois n�o o aceita.

O que Jesus escrevia
no ch�o?

Agnese.

Reescrevendo a lei baseada
no perd�o e na miseric�rdia.

Exatamente. Porque na vida,
amamos tudo que � bom em n�s.

Por isso nos gostamos,
pelas coisas boas em n�s.

Mas Jesus est�
um passo � frente

e aceita as coisas ruins
que n�o gostamos, os defeitos

e ele nos ama,
assim como somos.

Porque ele sabe que � dif�cil,
entende que voc� n�o � capaz.

E aceita que voc� tem medo.
Porque voc� tem medo.

Jesus � como o GPS do carro.

Voc�s riem, mas � assim.

O que faz o GPS
quando voc�s se perdem?

N�o diz: "Babaca,
eu disse para virar � esquerda,

mas voc� virou � direita!"

N�o. Ele recalcula o percurso.

Jesus faz a mesma coisa,
recalcula o percurso.

Porque sempre leva voc�s
para casa.

Sempre.

- Oi.
- V� embora.

Vai logo.

- Por qu�?
- Voc� n�o pode ficar aqui.

- Por que n�o?
- Por que voc� veio?

- Vim por voc�.
- Por mim? Para fazer caridade?

Voc� me confundiu
com um pobrezinho, um cigano

quem diabos acha que sou?

Voc� sumiu!
Que diabos quer de mim?

O que quer com a minha vida?
V� embora!

N�o pode mais voltar aqui,
desapare�a.

- Quero ficar com voc�.
- Como �?

Quero ficar com voc�.

Voc� precisa...
O que foi, moleque?

Vem. Fique aqui,
fique abaixada.

Fique abaixada,
n�o levante.

Chega!

Parem com isso!
Venha.

- Pode me deixar aqui.
- Aqui mesmo?

- Voc� est� bem?
- Sim, estou.

Eu preciso voltar.

Vou te ligar,
mas precisa atender.

- Voc� vai atender?
- Sim, atendo.

Agnese, como vai?

- Al�?
- Voc� est� bem?

- Est� em casa?
- Estou, me demitiram.

- Como assim te demitiram?
- D� para acreditar?

Me demitiram e n�o fizeram nada
com aqueles moleques.

Eles n�o foram presos?
Foi culpa deles.

Claro que a culpa � deles,

mas os ciganos fazem
o que querem.

Ningu�m nunca prende
aqueles merdas.

Vamos deixar pra l�
que � melhor.

Vamos nos ver depois?

- Voc� est� a�?
- Estou.

Passo passar te pegar?

Deixa pra l�.
Tchau.

- Amor, o que faz aqui?
- Nada.

O que foi?
Est� tudo bem?

Sim.

Tem certeza?

Vamos preparar algo para comer?
Est� com fome?

N�o, vou comer pizza
com o pessoal.

Tudo bem.

Depois vou dormir
na casa da Beatrice, certo?

Sim, tudo bem.

- Acho melhor voc� ir embora.
- N�o, quero ficar.

Tudo bem com voc�?

Aconteceu alguma coisa?

Lele...

- Oi, Stefano.
- Oi.

Lele, posso falar
com voc� rapidinho?

- O que foi?
- Preciso trabalhar.

- Quer trabalhar?
- Quero.

- E por qu�?
- Deu tudo errado.

Sem problemas,
esta � sua casa.

- Simone.
- Oi, Stefano.

- Como vai?
- Tudo bem e voc�?

Deixa eu ver
esse corte selvagem.

Raspado atr�s
e topete na frente.

Ficou da hora.
O que est�o fazendo?

Nada, vamos dar um rol�,
estamos entediados.

Entediado?
Lamento, mas a vida � assim.

Me d� meio pino?

- N�o entendi.
- Me d� meio pino?

O que est� dizendo, Simone?

Me disseram
para te procurar.

- Quem disse?
- Lele e os outros caras.

- V� comprar sorvete.
- N�o quero sorvete.

Vou chamar sua m�e.
Suma daqui. Anda logo.

Stefano, vem c�.

Por que n�o deu o pino
para os moleques?

- Ele tem 12 anos.
- N�o se meta.

Se quer trabalhar,
deve obedecer.

Ele tem 12 anos
e vai comprar em outro lugar.

N�o somos
assistentes sociais.

Pegue o pino.

Meio pino?

Por que para mim?
Entregue para ele.

- O que te custou?
- Nada.

Posso voltar ao trabalho?

Posso?

Parece que foram os ciganos,
quando ser�o presos?

- O que houve?
- Violentaram uma garota.

- Outra garota?
- Isso, outra.

Oi.

Se n�o fizerem nada,
isso n�o vai parar.

- Sabem quem foi?
- Os ciganos, senhora.

Se n�o fizermos nada,
s� vai piorar.

Me v� um copo d'�gua,
por favor.

Precisamos peg�-los
e ensinar uma li��o.

Que hist�ria � essa
dos ciganos?

Parece que violentaram
uma garota.

- Quem?
- Os ciganos.

- N�o, quem � a garota?
- Uma garota do bairro.

E quem � ela?

Ela mora aqui no bairro,
frequenta a igreja.

Faz trabalho volunt�rio,
� uma boa mo�a,

eu a conhe�o bem.
Ela � muito fofa.

Qual � o nome dela?

Agnese.

- Como assim, Agnese?
- Se chama Agnese.

- Tem certeza?
- Tenho.

N�o lembra de nada
porque sofreu um choque.

Mas me explique como faz
para ter tanta certeza

que foi um cigano
que te agrediu,

se n�o lembra de nada?

Posso ficar sozinha
com minha filha, por favor?

Claro.

Amor, quer me contar
o que houve?

O que aconteceu?

Seu bosta!

O que est�o fazendo?

O que voc�s est�o fazendo?

- Posso saber o que houve?
- Estupraram uma garota.

- Quem foi?
- Esses filhos da m�e!

Agnese.

Parado!

Aonde diabos est� indo?
Vem c�!

O que foi?

Chega.

- Art Subs -
10 anos fazendo Arte para voc�!

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