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CEREMONY

LEITURA COM O AUTOR
SEXTA-FEIRA - 15H

CHLOE, A SEREIA
TEXTO E DESENHOS: SAM R. DAVIS

N�o vai aceitar um 'n�o'
como resposta.

O nosso jovem her�i
viajou muitas l�guas

debaixo da superf�cie
do oceano,

para encontrar a
sua sereia encantada,

e n�o ia partir sem ela.

Mas o malvado rei do mar
tinha outros planos.

Como um louco,
guiado por amor e vingan�a,

ele apanhou o seu arp�o
e arremessou-o.

O arp�o atingiu
o cora��o da sereia,

e o sangue eclodiu
como um mini g�iser.

A bolha que protegia
a princesa rebentou,

e dois tubar�es-tigres

devoraram o
corpo sem vida do rei,

espalhando as suas tripas
pelo mar

como uma almofada
cheia de penas.

E neste tumulto, o mergulhador
p�s um joelho no ch�o

e estendeu a m�o em que
havia uma pequena p�rola.

A princesa sorriu.

'N�o se incomode', disse ela.

'J� fiz as malas.'

E assim, se foram,
montados numa baleia branca,

e com um ramo de pl�ncton
eles casaram-se.

Fim."

Muito bom, muito bom.

Obrigado.

Est� bem.

- Acho que foi bom, n�o foi?
- Est�s a brincar? Foi incr�vel.

Foi fant�stico ver-te em ac��o.

Sim, senti-me bem.
O que achaste do final?

Do casamento do mergulhador
com a sereia? N�o achaste f�cil?

F�cil?
De forma nenhuma.

Era a �nica forma
que podia ter acabado.

Sim, concordo.
E sou o escritor. C� vamos n�s.

- Estamos com pressa?
- N�o estou com pressa.

Temos um fim-de-semana cheio,
de coisas a fazer. O que � isso?

S�o uns livros. E este foste tu que
me recomendaste h� muito tempo.

Que parecia ter sido
escrito sobre ti, ent�o...

Sim...

Eu era mais jovem
e mais vulner�vel.

Ande Sr., isto � uma ciclovia,
n�o um estacionamento.

Vai-te foder, imbecil!

Tens muita bagagem
para tr�s dias, amigo.

Vamos tirar f�rias,
n�o vamos a um safari.

Eu n�o tinha muita
certeza do que levar.

N�o foste muito espec�fico
ao telefone.

Acho que n�o.

E queria estar arranjado
caso haja raparigas no hotel.

Deve haver, sim.

Tens de te acalmar, n�o �
esse o objectivo da viagem.

N�o tens de te preocupar
com raparigas.

Trata-se de ficarmos
ao sol, andarmos de barco.

Temos de ler uns livros.
Tenho de ler em voz alta.

Tens-te escondido de mim na casa
dos teus pais, pequeno pr�ncipe.

Est� na hora de te tirar de l�.

Bem...

N�o penso que estivesse
a esconder-me de ti.

Acho que talvez estivesses
a esconder-te de mim.

N�o h� muito tempo
que almo�amos juntos.

N�o. N�o estou...

Acho que n�o te vejo
h� um ano, Sam.

- Um ano?
- Sim, pelo menos.

Um ano?

Tenho uma prenda para ti.

- O que � isto?
- Abre.

O qu�?

Lembrou-me o canivete
que o Buck e eu us�vamos

quando acamp�vamos,
lembras-te? Aquele que perdi?

- Sim.
- Por isso arranjei este.

De quem s�o estas iniciais?

S�o tuas, amigo.

N�o, diz N.B.

Eu sei. S�o do meu
amigo Noah Bressman.

Mas ele n�o j� n�o usa.
Fiquei com a dele.

Obrigado.

� perfeito, Sam.

Feliz anivers�rio, rapaz.

Obrigado.

- Mas n�o � o meu anivers�rio.
- Eu sei que n�o �, tolinho.

Considera a prenda para
o teu pr�ximo anivers�rio.

Meu Deus!

Estou t�o ocupado com
o livro ultimamente, Marshall.

� isso mesmo. Por isso sou
p�ssimo em manter contacto.

Eu sei, eu sei,
Est� bem.

N�o � nada contigo.
Tu sabes disso.

- Sim, eu sei.
- Sei que n�o tenho de dizer isto.

E devo dizer que � admir�vel

que possas criar estes
personagens incr�veis,

e ainda ter o teu trabalho de
verdade durante o dia, sabes?

Este � o meu trabalho
de verdade.

Senhor, a nossa conta,
por favor.

Obrigado.

Eu estava a tentar
arranjar um emprego.

Mandei uns CVs,
fui a umas reuni�es

que o meu pai arranjou,
e ent�o, o desastre aconteceu,

tive de voltar a morar
com os meus pais.

Ao princ�pio era dif�cil
sair do meu quarto,

e antes que percebesse,
oito meses se tinham passado.

Meu Deus, Marshall!
� isso que estou a dizer!

O tipo que eu conhecia
era um louco e selvagem.

Tu j� n�o �s assim.
O que se passou?

- Quando come�aste a fumar?
- Recentemente.

N�o devias fumar
num posto de gasolina.

Isso � asneira, Marshall.

- Vais adorar o hotel, amigo.
- Verdade?

Ele devia ter
uma estrela Michelin.

Como � ele?

Muito elegante, caloroso,
tem um estilo antigo.

� como se tivessem colocado
o Plaza no campo.

Adorei isso.

� mesmo aqui.

� aqui que vamos ficar?

N�o. Acho que entr�mos
no lugar errado.

Acho que o nosso � mais atr�s.

Ela tem muita bagagem.

Sai da minha frente.
� um casamento, pessoal.

Vamos.

Conheces estas pessoas?

N�o, como podia conhec�-los?

Posso ajudar, cavalheiros?
Vieram para o fim-de-semana?

N�o, estamos bem, obrigado.

Sim, n�o estamos aqui.

Estamos mais para baixo,
apanh�mos mal a entrada.

Ent�o, devem sair
imediatamente.

Porque est� a sair
muito fumo deste carro.

Inacredit�vel aquele homem.

- D� para acreditar naquilo?
- Sim.

O tom dele era muito
condescendente, n�o era?

Acho que ele n�o fez por mal.
Era s� o seu trabalho.

O lugar parecia
ser muito exclusivo.

Da maneira como nos olhou,
parecia que �ramos da classe m�dia.

- Mas somos.
- Essa n�o � a quest�o.

- P�ra ali, tenho de telefonar.
- Est� bem.

Compra umas bebidas
e petiscos para n�s no quarto.

- Tenho de fazer um telefonema.
- Vais ligar para quem?

Compra o que quiseres.
Qualquer coisa.

- S� me deste dois d�lares.
- D� para alguma coisa.

Ol�, � o Sam.

Ol�, � o Sam!

Sim, ol�, � o Sam.

Ol�, � o Sam.

Chefe, pode tentar passar
o cart�o mais uma vez?

Passe o cart�o
mais uma vez, senhor.

S� mais uma vez, por favor!

Ele est� a ignorar-me.
Vais ter de me dar a carteira.

Este homem acha
que sou um criminoso.

Olhe senhor.

Pus dinheiro neste
cart�o na semana passada.

Este cart�o devia funcionar.

� este o cart�o.
Este deve funcionar.

Desculpe, Marshall.
Vou devolver.

- Este cart�o tem dinheiro.
- Tudo bem, calma.

N�o consigo ficar calmo,
tamb�m devias estar com raiva.

Como n�o estou na lista?
Eu estava a�.

� uma casa grande
com persianas azuis.

Ou talvez sejam pretos.
Isso faz alguma diferen�a?

N�o estou autorizada...

N�o, �s a recepcionista.

- Devias saber tudo.
- N�o h� �gua quente.

E tamb�m n�o h�
�gua quente no quarto.

Como � que um hotel
n�o tem �gua quente?

Alguma outra coisa,
Marshall?

Havia cabelos no ralo.

E havia um
bolo de cabelo no ralo.

Se puder mandar uma
camareira ou um electricista,

agradecia muito, obrigado.
Desculpa, Marshall.

Mas n�o vou deixar
que um �ndio desgra�ado

me trate como um louco,
percebeste?

Est� bem, parecia
que ele n�o fez nada.

Fui enganado.
Pe�o desculpas, Marshall.

Sei que este devia ser um
fim-de-semana muito calmo,

o teu primeiro fim-de-semana
fora de casa num ano.

As tuas ac��es
foram exageradas,

mas estou feliz por
ter arranjado um quarto.

Se pudesse ter um pouco
de tempo para acalmar-me.

Vamos para a piscina.

Sabes, tenho de dizer.

S� estou na p�gina 37,
mas at� agora,

percebo totalmente este tipo.

Sinto que escreveram sobre mim
ou uma coisa assim, � perturbador.

Sabes o que acho?

Acho que devemos sair daqui
e tomar umas bebidas.

Verdadeiro ou falso?

Queres conhecer umas
raparigas nesta viagem, n�o �?

Sim, mas n�o � o mais
importante para mim.

Sentar-me aqui contigo
talvez seja a melhor coisa

- que fiz todo o ano.
- Est� bem.

� por isso mesmo que devemos
avan�ar, v� tu mesmo.

Est� a acontecer alguma
coisa interessante ali na praia.

S�o todos velhos.

Exactamente, Marshall.
V�o amar-te.

Parece muito divertido,

n�o sei se estou
pronto para entrar

numa situa��o
stressante, sabes?

� disso que se trata
nesta viagem, Marshall.

Temos de fazer por n�s,
por ti.

Esta � a tua festa
de apresenta��o.

Acho que pod�amos ir
por um minuto.

Mas n�o posso ir de
cal��o de banho, pois n�o?

N�o! Mas trouxeste
um fato, n�o foi?

Sim. Disseste-me para trazer
um, mas tenho de tirar o p�.

Ent�o, tira o p� e sa�mos daqui.

Porque estamos
a esconder-nos?

N�o estamos a esconder-nos.
Vamos ser misteriosos.

Olha, Marshall, h� sol.

Ainda n�o sei o que
dizer a estas pessoas.

� s� fingir que �s daqui
e vais estar bem.

Vais ser como na vez que
fomos ao Clube Harmonia

e fomos � sauna
com todos aqueles velhos.

Eles n�o duvidaram
de n�s, pois n�o?

S� temos de
encontrar algu�m

que possa meter-nos
na festa, percebeste?

Para nos habituarmos
lentamente. E na hora certa,

apresentar-nos uma dessas
mulheres mais velhas, percebeste?

E podes inventar coisas de ti,
como um trabalho ou alguma coisa.

Este homem � perfeito.
Desculpa. Ol�, amigo.

Parece um pouco estranho.
Vamos embora.

Espera.
N�o saias da�.

H� algum problema,
agentes?

N�o fiz nada.

Deixe-me fazer-lhe
uma pergunta.

O que faz um tipo como tu
sozinho, quando a festa � ali?

S� a passar um tempo
perto do mar, agente.

Est�vamos ali, e a sua festa
sacudiu um pouco a nossa parede.

Que tipo de drag�o devo matar
para arranjar uma bebida aqui?

Estou muito feliz
que estejam aqui.

A verdade � que
estava aborrecido.

Estes n�o s�o todos
os teus amigos?

N�o, aqui ningu�m � meu amigo.
Eles nem gostam um do outro.

Nota-se, n�o �?

Por isso todos bebem
e h� tantas pastilhas.

Por falar em beber,
vamos beber.

Isso mesmo!

- Guarda um pouco para mim.
- A� est�.

Mesmo que n�o acredites,
ela esteve presa.

Verdade? Que divertido.
O Marshall tamb�m. Posso?

Adoro o sabor desta marca.
Muito suave.

Aposto que gostavas
mais se eu a inalasse.

N�o.
Apanha.

Olhe, querida, golfinhos!

� horr�vel.

Tudo bem.

� a coisa mais
inteligente que j� fizemos.

- E o que fazemos agora?
- Como assim?

Gostaste de quem?
Que mulher?

Ela � bonita,
de uma maneira triste.

Aqui todos est�o tristes.

Por isso podemos ganhar
muito num lugar destes.

Mas n�o acho que
devias ir na criada.

Eu ficava com aquela ruiva.
Ela parece elegante.

Tinha sorte em
fazer sexo contigo.

- Ela est� a rir-se de n�s.
- Ri de volta.

� isto que esta gente faz,
Marshall.

Eles riem de ti.

� por isso que ganhamos muito.
Porque somos jovens, percebeste?

Aparentemente organizou
uma apresenta��o num teatro...

Acho que encontrei
alguma coisa. Vamos pescar.

Est� bem, ouvi dizer que foi o

teu filme favorito,
"Breve" qualquer coisa.

- "Breve encontro".
- O qu�?

"Breve encontro",
o filme que discut�amos.

� baseada na obra de Noel Coward
chamada "Still Life" de 1936.

- Talvez se lembre.
- Quem �s tu?

Sou Sam Davis. Prazer.
Sou um autor publicado

por v�rias hist�rias
para crian�as.

Este � o meu amigo Marshall.

Marshall,
cumprimenta o capit�o.

- Ol�.
- Diz-nos o que fazes, Marshall.

Na verdade n�o
fa�o nada de momento.

N�o tenho estado
o suficiente saud�vel

para manter um
trabalho de verdade.

Marshall � um comediante,
na verdade.

N�o, a verdade � que passei
por um momento dif�cil

e tentei seguir em frente.

Tenho estado esgotado,
mas...

As vezes penso em
tornar-me um actor.

Ou um capit�o de um navio.
Como posso ser um?

Com licen�a.

- Olha...
- O que est�s a fazer aqui?

Meu Deus, est�s incr�vel.
Verdade, �s uma vis�o.

- Olha esta luz.
- Responde � pergunta, Sam.

Cresceste?
Acho que cresceste.

Se calhar s� a tua postura.

Mas pareces um
pouco mais alta. N�o sei...

Verdade, Sam,
o que diabos fazes aqui?

O teu irm�o convidou-me,
porque est�s assim?

- Nunca conheceste o meu irm�o.
- Isso n�o � verdade.

Acabamos de nos
conhecer na praia,

e convidou-me para vir beber

e dizer um "ol�", ent�o "ol�".

N�o podes ficar aqui, Sam.
Tens de ir.

N�o recebeste
o meu cart�o postal?

Qual cart�o postal?

Tu envias muitos cart�es.

Porque fazes isso?
N�o vi a tua cara...

Olha s�!
Ela � a minha irm� Zoe, meu.

- Sim.
- N�o � bonita?

Por coincid�ncia,
j� nos conhecemos.

E concordo,
� absolutamente linda.

- N�o.
- Tudo bem.

Ent�o, Teddy,
J� conheceste o Sam?

- Sim.
- Sim? Sam Davis.

Sammy Davis.

- Que homem animado.
- N�o...

Est� bem.
Vou buscar o teu amigo.

Bebe por mim.

- Trouxeste um amigo?
- Sim, ele conduz.

Queres sair e
beber alguma coisa?

N�o! Eu...
N�o, n�o posso, percebeste?

- Gostava de falar contigo.
- N�o.

N�o, n�o.
Tens de ir agora.

- N�o vou a nenhum lugar.
- Aqui est�! A minha bela mulher.

Posso roubar-te um pouco
para tirar algumas fotos?

- Claro.
- Quem �s tu?

Tu �s...?
O Whit?

Whit, sou Sam Davis.

� um prazer conhecer-te.
Ouvi falar muito sobre ti.

- Zoe contou-me muitas coisas.
- O grande Sam.

Claro que contou!

Vem aqui!
Meu Deus!

- Caramba.
- Finalmente!

A oportunidade de conhecer
o famoso Sam Davis!

Querida, n�o me disseste
que tinhas convidado o Sam

- para o fim-de-semana.
- N�o convidei, mas o Sam

n�o vai ficar por muito tempo.

Isso mesmo.
N�o vou ficar muito tempo.

Foi s� coincid�ncia,

porque o nosso hotel divide
uma praia com o teu castelo,

e encontramo-nos
com o Teddy.

E ele convidou-me para
dizer um "ol�", e aqui estou.

Perdoa-me, mas da maneira
que a Zoe fala de ti

sempre te imaginei
um homem alto e robusto.

Com esta de "o Sam enviou-me
isso" e "o Sam escreveu isto".

Certo.

�s mais pequeno
do que imaginava.

Parece que a Zoe est�
a aumentar as coisas.

Ele � engra�ado.
Tens raz�o.

Mick, � muito ousado
para apareceres aqui.

Como �,
obrigado por me receberes.

Vou arrancar-te os dentes
se continuares assim.

- N�o � incr�vel?
- O que se passa com o bigode?

O qu�?
Esqueci-me que tinha.

N�o gostas?

Gostava mais
quando n�o tinhas.

Faz o favor de
n�o desaparecer

porque quero falar
da ideia que tive.

Desculpa.

Bruce e eu entramos
na "Little Feet Foundation".

No ano passado,
fizemos 10 mil pares

de sand�lias para as
crian�as pobres da �frica.

Sinto-me bem com isso,
sabes?

Sim.
Devias.

- Tu precisas de uma bebida.
- Sim.

Diz-me Sam, onde disseste
que estavas hospedado?

O meu amigo, Marshall e eu
estamos hospedados num belo

lugarzinho chamado
"O Pequeno Hotel Moicano".

� um lugar fant�stico, deviam
ir quando tiverem tempo.

Sam, temos de tirar esta foto,
mas parece ser um desperd�cio

que fiquem nesse buraco
quando temos esta bela casa.

N�o, n�o!
Todos os quartos est�o...

- N�o � linda?
- ...ocupados.

Com certeza podemos
encontrar um lugar

para estes dois dormir.

� a tua regra "Quanto mais
pessoas, mais felicidade."

� muito incomum que
tenhamos todo o grupo

para comemorar
uma ocasi�o t�o bonita.

E qual � a ocasi�o,
a prop�sito?

N�o lhe contaste, pois n�o?

Claro que sim.

N�o, n�o, n�o me contaste.

N�o sei o que vai acontecer.

Algu�m por favor
me conte a boa not�cia.

Zoe e eu vamos
casar-nos no domingo.

- Sim!
- Casar? Verdade?

E � o meu anivers�rio!

Foi aqui que me magoei
e aqui tamb�m.

Mas n�o h�
cicatrizes porque

- tenho um cirurgi�o incr�vel.
- Com licen�a. Ol�, amigo.

- Por acaso sou uma criada?
- Meu Deus.

Acho que concord�mos
em dizer mentiras sobre n�s.

Sim, mas odeio mentiras.
Sou horr�vel com mentiras.

Vais melhorar.
Confia em mim.

Com quem estavas a falar?

Acho que j� vi esse
homem em algum lugar.

Eles s�o conhecidos meus que
v�o ficar aqui o fim-de-semana.

Contei-te sobre a
minha amiga Zoe, certo?

- N�o.
- N�o? N�o importa nada.

Acho que temos
de deixar o Moicano

e ficar aqui o fim-de-semana.

O que queres dizer?

� que acabam
de nos convidar

e acho que
devemos aceitar.

Mas gostei do Moicano.
Tem muita personalidade.

Marshall, as pessoas
s� dizem essas coisas

quando tentam ser agrad�veis.
Olha ao teu redor.

Cada uma destas pessoas
querem saber quem somos,

especialmente aquela
ruiva safada ali.

Como te chamas?

- Esme.
- Esme, exactamente.

Com certeza tens
uma criada triste

escondida por aqui
em algum lugar.

S�o duas op��es
muito realistas.

N�o vais encontrar
nada parecido no Moicano.

S� acho que n�o podemos

passar muito tempo
juntos se ficarmos aqui.

Amigo, esta � uma
oportunidade de ouro.

Est� bem?
S� estou a dizer.

Digo...
A decis�o � tua.

Disse-te o que sinto.
Tu dizes-me o que sentes.

Sinto que...

Quero ficar no Moicano.

Est� bem.

Terceiro andar,
roupas masculinas.

Voc�s est�o
no terceiro andar.

Marshall,
n�o quero ser repetitivo,

mas lembra-te,
n�o tens de explicar tudo

a todos o tempo todo,
percebeste?

Muda um pouco de vez
em quando, confia em mim.

Achas que sou muito �bvio?

- Nunca digas isso, nunca.
- N�o fiques para tr�s!

Este lugar � como
um parque infantil.

H� uma canoa,
tacos de golfe,

todos os tipos de bolas
conhecidos pelo homem.

- � isso que �.
- Este lugar � incr�vel.

- Adorei.
- N�o os coloquei aqui.

Um pouco mais subtil,
Marshall.

- Que cheiro � este?
- Coc� de gato.

A Zoe adora gatos, n�o �?

Ela tem gatos
por toda a parte,

e todos cagam debaixo
da sua cama, amigo.

- S�o adoptados?
- Sim, s�o todos adoptados.

Ela adopta c�es, gatos,
roedores, qualquer coisa.

Deus, que irm� tu tens.
Trata sempre de todos.

Tem muito amor para dar,
n�o �?

� a melhor.

Cuidou de mim desde
o primeiro dia, ent�o...

Olha como te sa�ste,
grandalh�o.

Olha. Quero ser o homem
que trata de voc�s

este fim-de-semana.

� o casamento
da minha irm�.

Ela quer que
todos se divirtam.

Se precisarem de alguma coisa,
sabem... coca, pastilhas.

Eu gostava de um
refrigerante e aspirinas.

� que tenho sinusite...

N�o fumo.

Bom rapaz.

Gostei disso.
Boa resposta.

Tira esta merda, meu.
Tira agora.

Tira-a do meu caminho.
� um casamento, pessoal!

Vejo-te depois, Big Ted.

- Vou cham�-lo "Tio Teddy".
- Est� muito quente aqui.

N�o est� muito quente.
� para isso que serve o ventilador.

Um dos gatos cagou
na banheira.

S�o gatos de rua, Marshall.
Fico feliz que tenham um lar.

O que � isto?

Uma cesta de prendas
que deixaram na porta.

Verdade? Prendas?

Estavas a ler o meu di�rio?

Sim, Marshall...

Quando come�aste a
escrever num di�rio?

H� um ano.

�s um bom escritor.

Sim, o meu terapeuta achou
que era uma boa ideia.

Eu sei que querias ter um...

Fazes terapia?

- Sim. H� algum tempo.
- Porqu�?

Tenho muitos problemas.

Quantos problemas
podes ter?

Tens s� 25 anos de idade.

Muitos problemas.

Jesus Cristo, Marshall.

Devias ter-me preparado para
me dizeres uma coisa assim.

Isso � chocante.

Que tipo de coisas tens aqui?

Uma nota.

OBRIGADO POR FAZER PARTE
DA NOSSA SEMANA. BEIJOS Z.

H� quanto tempo conheces
a Zoe exactamente?

N�o muito tempo...

Somos s�, sabes...

Amigos de um amigo
ou alguma coisa assim.

Vou tomar banho, meu.

Deves preparar-te e
ficar pronto para o jantar.

N�o te atrases, est� bem?

- N�o h� �gua quente.
- N�o importa.

Isto � muito engra�ado.
E �s um homem muito triste.

Querem ouvir a hist�ria
de como nos conhecemos?

Porque quero contar
a hist�ria de uma s� vez.

Pode haver tr�s pessoas
na mesa que n�o ouviram.

A primeira vez que
convidei a Zoe para jantar

ela riu na minha cara.

N�o, eu n�o ri.
Eu n�o ri.

N�o, foi...
Foi uma risada inocente.

O que se passou
com o bigode?

Estou melhor sem ele.

Podias n�o ser t�o observador
a toda a hora? Obrigado.

Persegui esta mi�da durante um
m�s para conseguir jantar com ela.

Mandei flores para a loja
onde ela trabalhava.

Sim, mandou-me flores
e eram lindas.

Praticamente persegui-te,
n�o foi?

Isto � lindo.

Muito engra�ado, pessoal.

Isto � um casamento.

Para quem n�o me conhece
o meu nome � Teddy.

Esta � a minha irm�.

E os nossos pais
est�o mortos.

Todos morrem.

J� h� muito tempo.
Estamos bem agora,

ent�o, n�o se preocupem.

Ent�o,
um parab�ns da fam�lia.

- Eu amo-te muito.
- Eu amo-te, Teddy.

Na verdade amo-te.

Tu �s uma das boas.

Ficaste do meu lado,
quando eu estava para baixo.

E como sempre ficaste.

Com todas estas cobras
no mundo, mas n�o tu.

E � hora de
seguir em frente,

estou contente por ti,
mas estou a passar

por uma merda de momento,
e estou muito triste...

Estou triste porque
est�s a partir, � isso.

N�o vou a nenhum lugar,
Teddy.

Nem eu, Teddy.

Sa�de a todos!
� um casamento.

Divirtam-se.
O que mais h� para fazer?

- Obrigado, sa�de, Teddy!
- Toma isso, rapaz.

A tua bravura e franqueza
s�o sempre apreciadas.

Eu fiz isso muito mal.

N�o vou falar muito, pois todos
sabem que odeio fazer discursos.

Mas...

Pod�amos filmar isto?

Estou a revelar
a minha alma.

Podia filmar este momento.

Aqui vamos n�s.

Sabes, quando se passa um ano
numa tenda no monte africano

aprende-se a apreciar as
pequenas coisas da vida.

�gua pot�vel.

O sabor de um hamb�rguer
com queijo.

Tu aprecias estar em casa
com os teus amigos, familiares

com as pessoas que te amam
neste mundo sem perd�o.

Zoe...

O qu�?

Eu estava a mentir se
n�o dissesse que amar-te

� a maior aventura
da minha vida.

E eu fa�o filmes em �frica.

Convencer-te a
finalmente casares comigo

foi sem d�vida,
a minha grande vit�ria.

Com excep��o deste �scar.

- Estou a brincar!
- N�o est�s, falaste a s�rio.

Eu amo-te.

Sa�de.

Um brinde para os velhos amigos.
E aos novos amigos.

Tenho tanto amor por todos...

Sa�de!

Ol�, todo o pessoal.
Sa�de.

Sa�de, Whit, Zoe.

Sa�de para todos aqui.

Acho que falo por Marshall
e eu quando digo que

� um prazer...

Estar na uni�o
de duas lindas pessoas.

Dois...

Dois sonhadores.
Verdade.

E que embarcam
na jornada do amor e...

Amizade...

� estranho ver duas pessoas
t�o envolvidos com a rela��o.

De qualquer jeito, obrigado Whit
por permitires que fiquemos aqui.

Aos novos amigos,
e aos velhos amigos e...

Whit...

�s um homem de sorte.

E Zoe...

Whit, �s um homem de sorte.

Se me d�o licen�a...

- Sam, o que est�s a fazer?
- N�o, Sam, vais perder o bolo.

Merda. Perdi-o.

Sa�de a todo o pessoal.
Espero que aproveitem a noite.

Verdade? T�m todos o
suficiente para beber?

Est�s a sentir-te bem?

Encontraste-me.

Estou bem.

Acho que tive um caso
de intoxica��o alimentar.

Ador�vel de tua parte,
vires ver como estou.

Inacredit�vel, n�o �?

Com todo o dinheiro que tem,
devia servir uma boa comida.

Est�s b�bado?

Sabes o que �.
Bebi com o est�mago vazio.

Nunca fa�as isso, Marshall.

Vamos apanhar ar.

O que achaste
do meu discurso?

� uma plateia dura aquela.

Zoe e tu...

Nunca tiveram nada,
verdade?

Como assim?

Sei l�. Ela olha-te de
uma maneira estranha.

E respiras de uma maneira
gira quando ela est� por perto.

E ao ver a tua
hist�ria outra vez

e parece que h�
muita coisa em comum.

Est� bem. J� escreveste
alguma coisa, Marshall?

S� o meu di�rio.

Ent�o, deixa-me explicar-te
uma coisa, amigo.

Deixa-me explicar o
que fazem os escritores...

Inventamos coisas.
Amalgamamos, est� bem?

E o que s�o "am�lgamas"?
Coisas ou personagens

baseadas em outras coisas
e personagens

que se misturam entre si.

Agora, mesmo que a Zoe
e eu sejamos amigos,

e a encontre um
pouco interessante,

ela n�o passa de
uma pequena parte

de uma coisa muito grande. Uma
pe�a pequenina e insignificante

da sereia da minha hist�ria.

� a mistura de muitas
raparigas que conhe�o.

Tipo ovos mexidos.
Agora percebeste?

N�o.

� dif�cil encontrar palavras para
o que estou a sentir agora.

Acho que � medo.

N�o � que n�o confie em ti,
porque confio.

- � que...
- Vou explicar-te uma coisa.

Uma das minhas hist�rias
melhor recebidas � baseada

no tempo em que n�s
tent�vamos roubar

o obelisco de Cle�patra
do Central Park, lembras-te?

Mas n�o pod�amos
estar na hist�ria

porque n�o
somos interessantes.

Ent�o, tive de substituir-nos
por bandidos.

Porque eles s�o
mais interessantes

que pessoas normais.
Percebeste agora?

N�o sabia que
escreveste sobre n�s.

N�o recebeste uma
c�pia assinada por correio?

Merda. Lembra-me
de enviar-te outra.

Vamos voltar para l�
e divertir-nos um pouco.

Como est� o meu h�lito?

Devias escovar os dentes.

Obrigado por seres
honesto comigo.

Est�s bem.

Parece que o nosso amigo
le�o encontrou uma gazela.

N�o sei com
quem me identifico mais...

Sou o predador
ou sou a presa?

Ao estar aqui, vejo uma
maneira pura de viver.

A Am�rica parece
estar muito longe...

um lugar vil e putrefacto
que jamais quero voltar a ver.

Amigos, esta � s�
uma vers�o preliminar,

mas pensei que tendo-os
todos num �nico lugar,

podia ouvir
os vossos coment�rios

e gerar um pouco de
consci�ncia no processo.

Por isso tenho
estes question�rios

para que preencham depois.
� opcional, logicamente.

S� gostava de ficar aqui
e abra�ar-te eternamente.

Quem � esta mulher?

� a minha mulher.

Mas � claro.
Est� certo.

- J� volto.
- Est� bem.

O Chefe meu amigo,
ofereceu-me 30 cabe�as de gado.

Abaixa-te amor, est�s na
frente do mais brilhante...

S�o muitas vacas.

Mais que...

O que se passa contigo?

Perdeste a cabe�a?

Se calhar.

A luz fica acesa.

Nunca levei uma nega.
Isto d�i.

Desculpa-me.
N�o quis bater t�o forte.

Bem, tu bateste.

O que se passou
com o teu bigode?

- Tirei.
- Porqu�?

- Porque disseste para tirar.
- Porque ainda est�s aqui?

A raz�o da qual te mandei
o cart�o postal

- foi para evitar isto.
- Se calhar n�o devias mandar

cart�es com mensagens
que rasgam um cora��o.

Qual � a tua inten��o?

Parece que estou a
caminho de te recuperar.

N�o!
Eu caso-me daqui a dois dias!

Estou noiva.

Estive sempre noiva.

Nunca pensei que
te ias casar com o Whit.

E o nosso fim-de-semana,
na cidade?

Era para ficarmos a s�s.
O que aconteceu?

O Whit pensou que era fixe
programar o casamento

para quando todos
estivessem aqui para o seu

- anivers�rio no fim-de-semana.
- Espera.

Nenhuma parte dessa
frase � estranha para ti?

- N�o leste nada do que escrevi?
- Sabes uma coisa...

N�o acredito que o consideras
como uma op��o s�ria para ti.

Est� a exibir o seu filme
durante o casamento.

Que tipo de homem
estamos a lidar?

Est�s a ser infantil.

Igual a ti.

Sam, por favor, guarda
a m�goa e vai para casa.

N�o.

N�o. Se recusares n�o
complicar a minha vida,

o m�nimo que posso fazer �
apresentar-te a uma de minhas

damas de honra. De certeza
que est�o desesperadas

como tu,
para fazerem sexo.

Quero dizer, da maneira
menos ofensiva poss�vel.

E Sam, p�ra de ficar
na ponta dos p�s.

Gostava de ti como eras.

- Sammy!
- Ol�, pessoal.

Como � que est�s, meu?

Bem.
Revigorado, na verdade.

Vamos colocar
o arquinho no Sam.

Obrigado.

Queres umas pastilhas?
Para acompanhar

esse arquinho, princesa?

- Adorava.
- Eu sabia.

Convencemos este
hom�nimo a participar.

� um maratonista.

Sinto-me como se o meu
cora��o fosse de metal.

� bom ver-te
a viajar um pouco.

- Vai, vai, vai.
- Tudo bem, eu mostro.

Mas depois, quero ver
todos tamb�m a dan�ar.

Pronto? Vamos.
Dois, tr�s, quatro...

Vou tomar uma a menos,
que ele.

Serve-te, meu.
Por conta da casa.

Bebe muita �gua.
Ajuda de verdade.

Faz com que te esque�as
das coisas ou o qu�?

Ficas b�bado
e depois cais com tudo.

Vejo-te na semana
que vem, rapaz.

Sinto-me incr�vel.

Sinto que o meu
corpo est� a renascer.

O que se passou
com os teus sapatos?

Sei l�.
Sei l�.

O Teddy apanhou-os.
N�o sei.

N�o sei porque ele levou,
mas levou.

- Est�s a respirar em cima de mim.
- Eu sei.

Na verdade,
eu tinha uma solit�ria.

Eu tinha. Pergunta-me
como me desfiz dela.

Como te desfizeste dela?

Fiz jejum durante 3 dias,

e depois coloquei uma sandes
de presunto no meio das pernas.

Fiz isso durante uma semana,

e ainda tinha a solit�ria
e estava a causar muito...

Pergunto-me qual � a maneira
mais r�pida de colocar

outro cigarro na minha boca.

� isso mesmo.

Marshmallow!

- Ol�.
- Vem aqui.

- O teu corpo � demais.
- Gosto da tua roupa.

Est�s muito suado.

Malandro.

Tens sido um rapaz
muito mauzinho.

- Tu �s m�.
- Eu sei.

N�o me batas.

- Tem maneiras.
- Porque � que me bates?

Estou s� a tocar-te.

P�ra com isso.

- Ol�.
- Ol�.

Parece que
causas problemas.

Gostava de me
meter em problemas.

Quantos anos tens?

Quantos achas?

Acho que sou um
pouco velha para ti.

Posso ser jovem,
mas n�o nasci ontem.

Eu n�o, eu n�o...

N�o percebo o
que queres dizer.

Na verdade,
apanhei uma pastilha,

e estou a viajar desde ent�o.

Depressa. Finge que disse
alguma coisa engra�ada.

- Engra�ado.
- Porqu�?

N�o sei.
Mas gostei de ti.

Vamos, prova-o.

Tu...
Lembras-me algu�m.

E isso agrada-me.

� uma loucura, n�o achas?

� como estar
a caminhar pela rua

a pensar na vida,

e de repente,
aparece um psicopata

a perguntar
a hora e depois,

acordo num
hospital em Lenox Hill

com sangue por
todo o meu corpo.

O qu�?
N�o, � a s�rio.

Queres colocar os
teus �culos em mim?

Estou atraente assim?

Verdade?

Queres fazer?

Sim.

Verdade?

Tens uma cara linda.

Acho que est�
na hora do beijo.

Ol� querido,
hora de ir para a cama.

N�o, est�vamos no
meio de uma conversa.

Ou�am...
Ol�...

Viram os meus sapatos?
Tenho uns mocassins. S�o...

Bonito. �...

Ol�, ou�am.
Voc�s fazem id...?

Sabem onde posso encontrar
os meus sapatos?

Teddy, Teddy,
preciso dos meus sapatos.

Os teus sapatos
s�o os meus!

O meu quarto � por aqui.

Ol�.

� aqui onde moras?

Est�s quente.

Assim � melhor.

Vou morrer?

N�o, meu.

Vai, come um bocado.

Vai acalmar-te o cora��o.
Vamos.

Coloca alguma coisa
de comida na tua barriga.

Ent�o, como
foi com a rapariga?

Quem?
A Margaret?

Foi bem.
Fizemos sexo...

Duas vezes seguidas.

Seguidas?

Como � que �?

Sexo com pastilhas.

Que tal pararmos com os
pastilhas a partir de agora?

N�o precisamos mais.

E tu, como foi com ela?

N�o muito bem.

Encontrei a criada
a chorar no arm�rio.

E a Esme, parece-me ter
um qualquer tipo de marido.

N�o te preocupes, meu.
Fizeste como deve ser.

� muito melhor,
ela mata-me.

Tu matas-me.

O que pensas sobre
ela estar com ele?

Esme?

N�o a conhe�o bem.

N�o, refiro-me
� Zoe e ao Whit.

Porque est� ela com ele?

Aposto que tem alguma
coisa a ver com o pai dela.

A minha terapeuta
diz que muitas coisas

tem a ver com o teu pai

Caramba, Marshall,
�s t�o intuitivo.

Acho que tem a ver
com ela ser �rf�.

Pode ser que o seu
julgamento foi danificado.

Al�m disso,
parece o tipo de mulher

que gosta de ser cuidada,
e claro, o Whit tamb�m.

- Ele � bonito, bem sucedido.
- Verdade?

Sim.

Espera, acha-lo bonito?

Sim.

Marshall, o teu p�nis
est� enorme agora.

O qu�?

O teu p�nis est� enorme,
Marshall.

Ol�?

Ol�.

N�o consigo dormir.

Precisas de um banho.

N�o h� �gua quente.

Faz de conta
que � uma piscina.

Leva o prato.

- Ol�.
- Ol�.

N�o esperava visitas.
Este lugar parece uma pocilga.

O Marshall � um pouco
desorganizado.

Est� tudo bem?

Sim, claro.
O Marshall adora banhos.

� o meu filhinho.
O meu s�cio.

Ele teve problemas
com a Esme.

- Verdade?
- Contaram-me alguma coisa

sobre como o passaram,
para tr�s.

Sim.

Vou ficar no meu saco cama,

assim n�o preparas
nenhuma gracinha.

Parece que tu e a Margaret
se entenderam muito bem.

Como � que foi?

Ela foi muito receptiva.

Tinha de ser.
Tem muita experi�ncia.

Sim, eu sabia
que ela ia ter.

Por seres algu�m que se vai
casar, pareceste-me ciumenta.

O que se passa?

O que � isto?

� novo?

Porque n�o me enviaste?

Porque ainda
estou a corrigir.

''A Sereia Chloe''?

Posso dar-te
uma breve sinopse,

se quiseres.
Queres?

- Sim.
- Est� bem.

� sobre um jovem mergulhador
de �guas profundas

que procura p�rolas
no fundo do oceano,

e o nosso her�i
apaixona-se pela sereia

que se envolve
numa rela��o conturbada,

com um trit�o
megaloman�aco

e tamb�m pode ser gay.

Sabes, um
completo sociopata.

O mergulhador luta com
o trit�o pelo amor da sereia.

E h� uma grande cena
da luta final.

N�o sei muito bem
como vai acabar.

� melhor que a do Coala,
que podia voar.

Sim, esse � um dos piores.

O que tens a�?

Para qu� o caderno
e o l�pis?

Deviam ser os meus votos,
mas est�o em branco.

Tenho de escrev�-los,
mas estou com problemas.

Acho que preciso da
opini�o de um escritor.

Vieste aqui para que
eu escreva os teus votos?

Podes?

Por onde come�amos?

� a� que tu entras.

Vejo que avan�aste.

Claro. Bom...

N�o sei.
O que gostas nele?

Definitivamente,
n�o teme ser ele mesmo.

Isso � claro.

Sim, posso ver isso.

�bvio.

Est� bem,
vamos escrever isso.

Ele faz-me sentir
segura e protegida.

Trata de mim.

� bonito.

- Est� bem.
- Bem sucedido.

Tudo isto � fant�stico.
O que mais?

Tem muita for�a de vontade.

For�a de vontade.
Boa.

Palavra forte.

N�o tem medo
de ser ele mesmo.

Qualquer um que dan�a assim,
n�o pode ser t�mido.

Completamente desinibido.

Nunca vi um homem dan�ar
daquela maneira.

- Sem ser uma mulher.
- Isso n�o vai ajudar.

Est� bem,
talvez n�o para os votos.

S� tento ser objectivo.

E honestamente,

sobre estar
protegida e segura.

Como n�o ser dessa maneira,
com algu�m assim?

Acho que � �nico na hist�ria

que usa camisa de gola,
em �frica.

Adoro isso.

� muito calor para isso.

E por ter for�a de vontade,

vai ser bom,
porque podia desligar-se

pelos pr�ximos 50 anos.

Como um pequeno robot.
Vais ser protegida.

N�o � o que queres?

Agora est�s a ser idiota,
Sam.

Sim, estou.

Vou ter-te de volta.

Sinto a tua falta.

Eu sei.

Por isso vieste.
Posso sentir.

Fica quieto.

Sabes, se puderes ir

pela manh�,
antes que acorde,

era tudo mais f�cil para mim.

Quem disse que ia facilitar
as coisas para ti?

- Nunca paras de falar?
- N�o, nunca.

Bem.

QUE TAL OVOS COM BACON?
BEIJOS S.D.

O que est�s a fazer?

Dormias t�o tranquilo,
que ia deixar-te dormir mais.

Meu, que noite louca.

O que se passou com a Zoe,
na noite passada?

- Porqu�?
- Porqu� estar no teu quarto,

e n�o com o futuro marido?

Queres saber a verdade,
Marshall?

Sim, quero a verdade.

Para resumir, ela n�o est� segura
em casar-se com aquele idiota.

- A s�rio?
- A s�rio.

Est� a pensar em cancelar
o maldito casamento.

Deus, ela � muito complicada
Marshall.

Sim, parece que sim.

Sei que n�o
precisas disso agora.

Em primeiro lugar,
nunca tinha vindo aqui

se soubesse
que era esta loucura.

N�o importa, pelo menos
j� podemos ir, est� bem?

- Eu n�o posso.
- Porque n�o?

Porque tenho de ficar
at� que ela resolva tudo.

Sou tudo o que ela tem,
est� sozinha.

Com quem ia falar,
com o tio Teddy?

E agora, porque
n�o tiras uma soneca?

Vou descer e
preparar uns ovos.

Ainda gostas sem gemas?

A prop�sito,
pareces um pr�ncipe.

Eu amo-te.

Ol�.
Bom dia.

Com que devo falar
para arranjar...

Talvez alguns ovos.

Um segundo.

Bom dia!
Este � o grupo popular?

Ol�.
J� � de dia?

O dia apareceu.

Dormiste bem, amigo?

Perfeitamente e tu?

N�o, nem um pouco.

Fiquei a trabalhar
toda a noite.

D� uma olhadela.
� um p�nis.

Eu sei, Teddy.

Como conheceste,
este Sam?

Parece um
pouco misterioso.

Encontrei-o
em Nova Iorque.

Ele � escritor.

Envia-me os seus escritos
e eu fa�o coment�rios.

D�-me alguma
coisa para fazer.

Voc�s fizeram sexo,
n�o foi?

�s muito jovem, querida.

N�o. Somos amigos
por correspond�ncia.

Se queres saber dele na cama,
pergunta � Margaret.

- Cala a boca!
- O qu�?

Vagabunda desavergonhada!

Conta-me, ele � bom?

Se passar a noite abra�ados,
porque uma rapariga

lhe partiu o cora��o � bom,
ent�o sim � fant�stico.

O melhor que j� tive.

� um jovem muito intenso.
Muito emocional.

- Ol�, meninas, bom dia.
- Bom dia.

- Bom dia.
- Ainda aqui.

Bom dia.
Fiz um prenda.

Se soubesse que te casavas,
tinha trazido um liquidificador.

ou um conjunto de facas,
mas tudo bem.

Olha Zo, � o teu nome.

� sim.

- Obrigada.
- Ol�.

Gozamos muito ontem,
n�o foi?

- � verdade, como est�s?
- Melhor, obrigado.

- Quem �s tu, o que fazes aqui?
- N�o ias gostar de saber.

Desfrutam o pequeno-almo�o,
malditas v�boras?

Se vou filmar pela manh�,

deviam acordar-me antes.
Muito simples.

Fala com o Spider.
Para mim chega.

Deus, mas que mesa
de mulheres bonitas.

- Bom dia.
- Senhora da casa.

Grande Sam.

Bom dia, Teddy!
Pareces descansado.

Fiz para o teu casamento:
O teu retrato.

Um grande
pau fino com bolas.

Trabalhei bastante
para o fazer.

- Cal��o porreiro, meu.
- Que engra�adinho...

Ele gosta de mim.

S� ele.

Onde foste ontem � noite?

N�o conseguia dormir,
ent�o escrevi os meus votos.

Vem c�.

Que coisa horr�vel
� essa no pesco�o?

� uma prenda
de casamento do Sam.

Olha, n�o � querido?

- O teu vai chegar por correio.
- Sam.

Porque n�o vens passear,
na praia comigo?

O Teddy usou o
fogo de artif�cio ontem

e precisamos de mais.

- Vem, vai ser divertido.
- Est� bem.

N�o v�s...

Diverte-te.

SAM QUERIDO:
VOU CASAR-ME.

N�O POSSO VER-TE MAIS

POR FAVOR PERCEBE,
SINTO MUITO, AMO-TE - Z

D�-me aqui.
Aqui, aqui.

Ol�.

Est�s bem?

A Zoe levou uma das tuas est�rias
e tive a oportunidade de ler.

A do Coala no
Zool�gico do Central Park.

Verdade?
Porque fizeste isso?

Sabes Sam,
n�o �s assim t�o mau.

Escreves com
muita personalidade.

Mas devo dizer
que o ador�vel Coala

tornou-se um tanto chato
com tantas reclama��es.

N�o tenho a certeza se �
boa est�ria para crian�as.

Tu n�o �s bem
o meu publico alvo,

mas vou tomar isso
como um elogio.

�s t�o rom�ntico na vida real,
como �s no trabalho?

Bem, eu tento.

Considero-me um realista.

Mais envolvido
na condi��o humana.

Podes deduzir
que no meu trabalho

suponho que sou
um pouco ibsenesco.

Enfim, as tuas est�rias
s�o muito boas.

Apesar de nunca
ter gostado muito de ler.

A Zoe l� de tudo.

Todos os dias, todas as noites,
l� tudo o que tiver pela frente.

� uma gra�a.

� por isso que ela gosta
de algu�m como tu.

Como eu trabalho
durante muito tempo

acaba por ser dif�cil
satisfazer todos os...

interesses da Zoe.

Esta � a nossa Zoe, n�o �?
Ela � louca!

Ela decide que quer aprender
a jogar t�nis, ela aprende!

Vai a todas as partidas,

treina todos os dias,
desenvolve o seu saque.

O maldito instrutor at�
ficou connosco no ver�o.

E ent�o um dia, decidiu que
o t�nis � um desporto chato,

que era coisa de snob

e n�o quis jogar mais.

No ver�o passado
foram lib�lulas.

Ela ficou obcecada
com esses insectos.

Estudava, pintava,
fazia cursos sobre eles,

e ent�o um dia...

N�o h� mais lib�lulas.

Sim, nem sabia que
gostava de lib�lulas.

N�o gosta, Sam.

J� n�o.

Vais ficar bem.
N�o te movas.

Pronto.

O Sam falou muito de mim?

Bem, o Sam e eu somos
como irm�os, ent�o...

Praticamente conta-me tudo.

Espero que n�o.

Sabes?

N�o tenho a certeza
se o Sam me contou

a hist�ria toda de
como se conheceram.

Eu estava...

Eu estava em
Nova Yorke com o Whit.

Na estreia do seu filme.

Acho que era
"Conto de duas aldeias".

E tivemos uma discuss�o
terr�vel no Ziegfeld,

e sa� furiosa do teatro,
debaixo de chuva.

Foi uma confus�o.

E de repente
parou de chover.

Olhei para cima...

E l� estava o Sam,
sem guarda-chuva...

a segurar uma c�pia

do "New York Observer"
sobre a minha cabe�a.

Acho que era uma quarta-feira.

Acho que sim.

Passamos toda a noite juntos.

E quando chegou
a hora de dizer adeus...

pediu-me para ser sua
amiga por correspond�ncia.

Na verdade,
duas semanas depois,

recebi uma carta �pica
de 10 p�ginas do Sam.

E cometi o
erro de responder.

Sinto muito.
Do que estou a falar?

Ent�o, qual era o plano?

Ele vinha at� aqui e...

Pedir-me em casamento
na frente de todos?

Eu... n�o sei.

Isso � muito est�pido.

Foi por isso que
trouxe o anel, n�o foi?

Ele trouxe um anel?

A Zoe deixou-me uma vez.
Sabias?

N�o, n�o fazia ideia.

Claro que n�o.
Ningu�m sabia.

� muito boa em guardar
segredos, n�o achas?

Sim, parece.
Quem era o tipo?

Era um m�sico.

Tocava tamborim
ou alguma coisa assim.

- O que fizeste?
- Deixei-a ir-se embora.

E tu, o que tinhas feito, Sam,

se estivesses no meu lugar?

No teu lugar,

eu tinha ido atr�s dela.

Acho que j� n�o h�
a necessidade

de seguir meninas no
p�tio da escola.

- Ela voltou, n�o?
- Claro que sim.

Volta sempre.

Bem, queres voltar e apanhar
o fogo de artif�cio ou...?

N�o te preocupes com isso.

Vou enviar um empregado
ou algu�m.

Diz-me Sam, j� provaste
limonada com vodka?

Bem, bem, em linha,
pessoal bonito.

Todos os anos no meu anivers�rio
fazemos uma corrida de pap�is.

J� todos sabem as regras.
A primeira equipa que juntar

mais bocadinhos de pap�is

ganha a corrida e ganha um
beijo de uma mi�da bonita.

E este ano,
todos podem vencer,

porque me magoei quando
perseguia um impala no mato.

Bem, que ganhe a
melhor equipa.

Prometeste que �amos.
J� carreguei o carro.

Vamos depois de vencer
esta corrida ou o que seja isto.

Sam, n�o posso participar numa
corrida com o p� desta maneira.

O que se passou
com o teu p�?

- Pisei um copo de Martini.
- Porque diabos fizeste isso?

As condi��es s�o duras este
ano, mas obrigado por jogares.

Que seja divertido.
Bem, algu�m apanhe isto.

Est� bem Zoe,
vamos come�ar.

Vamos!
Vamos!

Temos de entrar no ritmo,
Marshall.

N�o posso acompanhar-te se
o meu p� est� a sangrar, Sam.

Anda o m�ximo que puderes.
Aqui, coloca todos na cesta.

Tudo o que vires, p�e na cesta.
Vamos Marshall, segue-me.

Temos da vencer o Whit.

- Est�s bem, Sam?
- Muito bem!

N�o se correres
como os c�es grandes

- e urina com os pequenos.
- Parece que estamos bem.

Vamos, apressem-se!

N�o percebo o
prop�sito deste jogo.

Nem eu, querida.
Mas n�o importa, vamos Whit!

Vamos, junta todos
os pap�is que v�s.

Obrigado. Podias deixar
a nossa �rea, Whit?

- Amor, acho que estou a ganhar!
- � o jogo mais idiota que j� vi.

P�ra de tentar ir mais depressa!
O meu p� est� a sangrar.

Esta � a nossa �rea.
Marshall!

Nem mesmo percebo
o ponto deste jogo!

Tamb�m n�o sei, mas acho que
vamos ganhar por meia cesta.

�s um mentiroso.

- Levanta a saia. Tenta ao menos.
- Como?

- Mentiste-me.
- Sobre o qu�?

A �nica raz�o desta viagem

� porque est�s apaixonado
por esta mulher.

Admite!
A Zoe contou-me tudo.

Mentiste sobre
o cart�o postal e

mentiste-me sobre quereres
ser um bom amigo.

Percebo o que isso parece.

E est�s certo,
n�o fui honesto

mas tens de perceber,
� muito complicado.

O Whit contou-me que
a Zoe o deixou uma vez.

Deixou-o uma vez e vai
fazer outra vez, est� bem?

O homem sente-se
amea�ado por mim.

Olha, est� cheio de medo.

Amo este jogo!
Sou uma m�quina!

Marshall, este homem est�
a brincar com a minha cabe�a.

Estou em guerra
com ele agora, est� bem?

N�o o deixes separar-nos.
Estamos na mesma equipa, amigo.

N�o, nunca fomos da
mesma equipa.

Enganaste-me porque sabias que
ningu�m mais fazia parte disto.

E porque tenho um carro.
E agora tenho um copo

de Martini no meu p�,
e ainda n�o pediste desculpa!

O que est�s a fazer
com essa faca?

Marshall, n�o desistas!

Essa � a tua prenda,
o que est�s a fazer?

N�o �.
� do Noah Bressman.

Est� bem, amigo.

N�o te preocupes, vou ganhar
a maldita corrida por ti.

Trata desse p�.
At� logo.

Vou buscar os meus sapatos
de volta, est� bem?

Deus, sim. Olha isto tudo.

Vamos Sam,
n�o podes jogar sozinho.

Vais ser desclassificado!
Desclassificado!

Aqui est�.

Ainda n�o acabou o jogo,
Marshall! Vamos amigo!

Ol�, Marshmallow.

O teu p� est� a sangrar.

Sim...
Sabes onde est� o Teddy?

Ele tem de devolver-me
os sapatos.

Podes sentar-te aqui
com a gente.

Estamos a colocar
conchas na peneira.

N�o, tudo bem, gostava
de encontrar o Teddy

para recuperar os meus
sapatos e sair daqui.

Est� bem, ele estava por aqui.
Ele foi procurar golfinhos.

Est� bem, �...
N�o o vejo.

Tens a certeza
que n�o queres ajuda?

Podemos usar
um outro par de olhos.

N�o.

Tragam ajuda!

Teddy!

Teddy!

Apanhei-te!
Apanhei-te!

Socorro!

Socorro!

Teddy!
Teddy, acorda!

- Teddy!
- Socorro!

Teddy!

Est� bem, Marshall!
Estamos do teu lado, prometo!

Teddy!

- Ajuda-o! Ajuda-o!
- Vamos! F�-lo reagir!

- N�o respira!
- D�em espa�o! Para tr�s!

Salvei-o.
Salvei-lhe a vida.

- O que est�s a olhar?
- Teddy, respira.

- Respira, Teddy.
- Chamem a ambul�ncia!

Teddy!
Vamos, Teddy, por favor!

1, 2, 3, 4.

Teddy!
Vamos, Teddy.

Teddy, por favor.

Por favor, Teddy.

Hoje n�o.
Vamos, Teddy, vamos.

Teddy!

Sim amigo, deita fora.
Cospe, cospe.

Isso mesmo, isso.
Gira-o.

Teddy!

Bom, est� tudo bem.
Tudo bem.

Eu afundei-me?

Este � o nosso amigo.
Ele est� bem.

Sim! Sim.

- N�o podes fazer isso!
- Vamos?

Estou bem.

Vamos, querida.
Deixa-me tratar dele.

- Est� bem, vamos.
- Maldito sejas, Teddy!

Para cima...

Ou�am todos! Eu fiz isto!
Eu fiz isto.

Estou vivo!

Obrigado a todos pela ajuda.
Foram verdadeiras estrelas.

O drama acabou.

- Est�s bem?
- Deixa-me, Sam!

- Est�s zangada comigo?
- N�o � contigo, Sam.

Est� bem. Est� bem.

Est� tudo bem.
Vamos, querida.

Vamos, querida.

- Eu sinto muito.
- Est� tudo bem.

N�o tens de te desculpar.

- Desculpa-me.
- Est� tudo bem.

Ele vai ficar bem.
N�o te preocupes.

N�o, n�o, Marshall.
N�o podes ir!

- Preciso de ti aqui!
- Vou para casa.

Este pessoal...
Esta gente m�, Sam.

S�o irrespons�veis
S�o...

como beb�s com dinheiro.

Marshall, desculpa se te fiz
correr com o p� magoado,

mas pensei
que pod�amos vencer.

Nunca tivemos hip�teses,
Sam.

N�o posso ficar parado
a ver-te fazer isto.

N�o vou ser um
personagem secund�rio,

na tua pat�tica est�ria.
N�o � original.

N�o �s o Holden Crawford.

Bem, primeiro � Holden...

Marshall, por favor, n�o uses
met�foras neste momento.

Por favor, est� bem?

Tu �s um tipo mau.

Tu �s uma pessoa m�.

Vieste aqui arruinar o casamento
de uma pobre mulher,

e aproveitaste-te
de um homem estranho

e do teu ex-amigo
em processo.

- Por Deus, Marshall.
- N�o tens o direito de faz�-lo!

- N�o tens o direito!
- Marshall, cala-te! Cala-te!

Estou cansado de ouvir
a tua desgra�a.

E quando decidires divulgar
essa informa��o,

quem vai querer ouvir-te?

- � deprimente!
- O que queres dizer?

Marshall, bateram-te
com uma arma. Uma vez.

Lamento o que se passou
e � uma vergonha,

mas a cada dia isso
acontece com algu�m

e eles continuam
com as suas vidas.

Tu reclamas!

Assaltaram-me!

Um homem
veio com uma arma

bateu-me e levou todo
o meu dinheiro!

O que quero dizer, � que h�
sempre uma nova desculpa

para ficares em casa
e n�o procurares emprego.

Marshall, n�o percebes que
devias agradecer-me agora?

Fiz-te viver uma aventura.

Achas que �s importante,
para eles?

N�o me importa.

N�o tens nada a oferecer,
Sam!

N�o �s mais que um amante!

Estavas aqui a contar-me
os teus sentimentos,

eu ouvi-te e disse-te
que eras um idiota.

Mas em vez disso,
decidiste usar-me e mentir.

Isso � doentio e nojento!

Sou o teu melhor amigo!

E isto, Sam...

Achas na verdade que
isto a vai impressionar?

- Devolve-me.
- �s jovem e pobre,

e honestamente
�s um p�ssimo escritor.

Sim?

Eu admirava-te.

Marshall, �s um ano e meio
mais velho que eu.

Cala-te.

Meu Deus Sam, o que
se passou com a tua cara?

Ca� da escada.

Dev�amos pedir aos m�dicos
para dar uma olhadela,

eles ainda est�o aqui.

O teu nariz est� torto.

N�o, tudo bem.
Ele foi sempre assim.

Vamos.

- Est� bem.
- Obrigado.

Os cavalheiros
v�o ao bosque esta noite.

� uma tradi��o de 200 anos
que a minha fam�lia segue.

Dormem debaixo das estrelas,
antes do casamento.

Devias ir.

N�o.
Isso parece fixe Whit,

mas acho que vou ficar
aqui a tomar conta do forte.

Vamos. Deixo-te
disparar a minha arma.

Gostava de poder us�-la,
verdade, mas vou ficar aqui,

de olho nos maus elementos.

O grande Sam ofereceu-se
valentemente a ficar

e tomar conta
das nossas mulheres.

Vamos, cavalheiros.

O capit�o falou do
nosso elegante navio

Ele era um cavalheiro...

Tenho a certeza que ele
nem pensa que � engra�ado.

Para mim � uma das
suas melhores virtudes.

Tamb�m me disse
que odiava ler.

Sei que achas que sou
um jovem irracional

e em certo sentido,
eu sou

mas pelo menos aprecio
as tuas melhores virtudes.

Cometi alguns erros terr�veis,
e se calhar afastei

a maioria das pessoas
pr�ximas de mim,

mas fiz isso porque te amo.

E isso � amor, n�o �?

Se me deres uma hip�tese...

Pod�amos viver juntos
por algum tempo

onde eu podia juntar um
dinheiro e comprar coisas

e pod�amos ter
passatempos em comum.

Facilmente, podia passar o
resto da minha vida contigo.

E sei que sentes o mesmo.

Podia ser o pai dos teus filhos.

Devia ser o pai dos teus filhos.

Devia ter metade
de mim nos teus filhos.

Com quem est�s a falar,
Sam?

S�o seis da manh�.

Estava a falar contigo.

H� quanto tempo est�s a�?

Queres caminhar?

Queres casar-te comigo?

Nunca pude agradecer
ao Marshall

por ter salvo a vida do Teddy.

Podes dizer-lhe isso,
quando o vires?

Acho que n�o o vou ver
por um longo tempo.

- Por minha culpa?
- N�o.

Quero dizer, sim.

Tecnicamente � culpa tua.

Mas acho que sou
mais culpado, sabes?

Desculpa-me se
te tratei mal na praia.

Estava nervosa.

Desculpa por ter sido
t�o insens�vel,

quando o teu irm�o
estava quase a morrer.

Tu e o Whit tiveram
um passeio agrad�vel?

O Whit disse-me
que gostavas de lib�lulas.

N�o sabia disso.

Eu amava-as.

Foi s� uma fase.

Todos temos fases.

Eu n�o.

Quando gosto de alguma coisa,
n�o me separo dela.

Sou uma pessoa
muito dedicada.

N�o abandono quando
perco o interesse.

Isso � admir�vel, Sam.

Sabes, n�o tens de te casar
com este homem, Zoe.

Sou muito alta para ti,
Sam.

Eu falo a s�rio.
N�o fa�as isso.

N�o percebes.
Eu quero.

N�o acredito. Se quisesses, j�
tinhas feito. N�o �s muito boa...

- Estou a pedir-te.
- Nem escreveste os votos.

Por favor, n�o
tornes isto mais dif�cil.

Porque queres
casar com o Whit?

D�-me uma boa raz�o.
E eu vou-me embora.

N�o � assim t�o simples.

Devia ser!

Dizias-me que nem
acreditavas no casamento.

As coisas mudam.
As pessoas crescem.

Eu cresci.

Tu cresceste?

Entras no meu quarto descal�a,
no meio da noite. Vai em frente.

Vou acabar com o teu casamento
na frente de todos. � isso mesmo.

- Como vais fazer isso?
- Vou contar ao Whit tudo o que

aconteceu entre n�s.
Desde da noite na chuva, at�...

O Whit sabe.

O que queres dizer com isso?

O Whit sabe.
Sempre soube.

Como?

Porque ele n�o � idiota.

Eu n�o... Eu n�o...
N�o percebo.

Porque me deixou ficar aqui?

Porque me ama.

Ele confia em mim.

Porque n�o �s
uma amea�a real, Sam.

Estou apaixonado por ti,
e tu amas-me!

Isto � tudo!
Isto � amor!

Aquilo n�o � amor.
S�o mentiras!

Percebeste?

Responde-me.

Responde-me.

Amas-me
ou sou outra lib�lula?

Ent�o? � s� isso?
Sou s� uma fase?

Sei sobre o m�sico
que tocava tamborim.

Tu amas todos, n�o �?

Amas a todos por a�, sem
pensar nas consequ�ncias?

Isso � um problema grave,
Zoe.

- E o Whit deixa-me sair contigo.
- Cala-te! Cala-te!

Como achas
que isso vai acabar?

Depressa, Sam.
Conta-me o teu incr�vel plano.

O que vamos fazer?

Devia subir, fazer as malas,

colocar no carro do
teu amigo e fugir contigo,

para um apartamento
de um quarto s�?

Tens a certeza que podias
sustentar-me e �s crian�as

com o dinheiro que ganhas,

com o teu incr�vel sucesso
nas hist�rias infantis.

Melhor, porque n�o saltamos
nas costas de uma baleia juntos

e vamos viver no mar?

Vejo que j� pensaste nisso.

N�o posso ser a tua sereia,
Sam.

Sou muito ego�sta.

Queres dizer ostra?

�s uma crian�a.

Muito, muito bom.
Meu Deus.

Filma isso, a�.

O homem mais triste que existe.

Sammy.

Teddy.

Est�s aqui.

Estou aqui.

Tinha sido mau.

N�o, mas sinto-me
muito melhor, amigo.

O m�dico disse-me para
continuar a hidratar-me,

� isso que estou a fazer.

- Sa�de.
- Como est�s?

No fundo do po�o,
na verdade.

Ora, amigo.
N�o � assim t�o mau.

N�o, t�o mau.

V�, Sammy...

Sei que � dif�cil,
mas pelo que ouvi

� importante ter perspectiva,
e neste momento

deves deix�-la ir, amigo.

Deix�-la... Sabes?

Mas � mais f�cil
dizer do que fazer.

Sim, �.

Olha amigo,
quantos anos tens?

- Vinte e tr�s e meio.
- Vinte e tr�s, �s uma crian�a.

V� por esse lado.

Uma par de anos, e este
velho sol vai queimar-te

e morremos todos.

E tu vais ter, quantos?
Vinte e sete?

Estou certo?
E depois, meu?

Teddy, est�s a
ser muito profundo.

Bem, estou s�brio.

Tens uma cerveja na m�o.

V� l�.

D�-los ao Marshall.

Agradece-lhe por me
ter salvo a vida, est� bem?

Tem p�s pequenos.

Sim, mas s�o fortes.

Est� bem Teddy,
vemo-nos por a�.

Sim, vemo-nos.

Sammy.

Vamos acabar isto bem,
amigo.

Est� bem?

Vamos l�, amigo.

�s vezes os bons ganham.

N�o sei se
sou t�o bom, Teddy.

Sim, mas �s jovem.

E �s bom, amigo.

Precisava disso na verdade.

- Obrigado.
- Obrigado a ti.

� de carbono e mon�xido

O perfume oleoso de Detroit

Fixa-se nas estradas
pelas manh�s

E impregna-se em ti
ao meio-dia

Papa Hobo

Podes ver que estou vestido
como um estudante

Mas sinto-me
como um palha�o

� a reac��o natural
que aprendi

Nesta cidade
do basquetebol.

Esqueci-me
dos meus votos.

- Aqui, vamos. Vamos.
- Mas n�o h� nada.

Est� bom, Zoe.
Vamos, vamos.

A tirar a poeira

Estive a limpar as gorjetas
que ganhei

Estou a viver � Gatorade

A planear a minha fuga

Detroit, Detroit

H� uma p�ssima
equipa de h�quei

H� um jeito canhoto

de fazer um homem
inscrever-se num

daqueles sonhos
auto-motivos

Papa Papa Hobo

Podia dar-me uma boleia?

E logo depois
do pequeno-almo�o,

estou na estrada

e o homem do tempo mentiu

Ol�, o meu nome � Marshall.
Conhecemo-nos no vesti�rio.

Estivemos a vermo-nos
todo o fim-de-semana.

Tens uma joaninha no cabelo.

Enfim, estou...

Obrigado.

Que aconteceu?

Pedi o telefone da criada triste.

Verdade?

O que disse ela?

N�o.

Azar o dela.

Sabes porque est�
ela sempre triste?

N�o. Ela n�o fala
muito bem a l�ngua.

� uma verdadeira
�ponine, n�o �?

Olha para mim, amigo.

Lamento muito n�o ter
respondido durante um ano.

Tenho sido
um amigo ausente.

�s um idiota, Sam.

Eu sei.

Tens sido um
amigo terr�vel e cruel.

E nestes �ltimos dias

disseste-me coisas que
n�o podes voltar atr�s.

Eu sei disso.

E gastaste grande parte
do meu dinheiro.

Marshall...

Eu sei.

Sinto muito.

� que...

Acho que n�o fui honesto
comigo mesmo.

Sou apenas uma piada.

Talvez devesse come�ar
a visitar o teu terapeuta.

Acho que era boa ideia.

Alias, o teu cabelo
est� fant�stico.

Obrigado.

E como foi com a Zoe?

Arruinei o seu casamento.

E os votos?

Sim, eu...

Porque a Zoe devia casar-se
com o Whit (e n�o comigo),

por Sam R. Davis

Tudo bem, querida.

Adapta��o para Portugu�s:
zecacurto