All language subtitles for Iguanas.S01E02

TIRO CERTO

Onde est�?

Onde est�? Levante-se.

Onde est�?

Levante-se!

Bom dia, Amalia.

Bom dia, senhora Sofia.

Tem um cafezinho?

Tem sim, senhora.

O vizinho ligou cedo.

S�rio? Pelo barulho de ontem � noite?

N�o, porque tem um problema
com umas galinhas,

para ver se o Sr. Andr�s pode ajud�-lo.

Certo, eu falo para ele.
Pode me dar um copo, por favor?

Recomendo que n�o corte o mel�o,
a maioria das pessoas n�o gosta.

- Bom dia.
- Bom dia.

Olha s� que bonita.

Amalita, como estamos com o caf� da manh�?

- Vamos bem, senhor.
- Algu�m acordou?

O Lalito. Vou servir o suco para ele.

Vai aproveitar para convenc�-lo
do neg�cio, imagino.

Te incomoda?

N�o gosto que n�o me conte essas coisas.

N�o sei.

Se voc� sabe
� porque n�o estou escondendo.

Falou com meu pai?

N�o. Por qu�?

Ligue, ele quer falar com voc�.

Ele que ligue para mim.

Ligue voc�.

E devia contar que est� iniciando
um neg�cio novo sem pagar a parte dele.

A mesa � marrom.

Gosto do suco de laranjas.

Calma.

N�o vou bancar o maluco.

O qu�?

Eu n�o concordo,
misturar amizade com neg�cios.

Isso sempre d� problema.

Ao contr�rio,
j� conhe�o o cara e o Mario,

- j� sei como funciona...
- E n�o gosto que pare�a

que est� se aproveitando que est�o aqui
para convenc�-los.

N�o, n�o, n�o. N�o os estou convencendo.

Falei porque o assunto surgiu
e casualmente eles se interessaram,

chamou a aten��o deles, s� isso.

Tchau, Amalita.

Tente n�o falar disso
enquanto estiver aqui, certo?

Certo.

N�o pensei que isso fosse acontecer.

Pensei que voc� n�o queria mais.

Eu queria.

E ent�o?

Tudo bem?

- Est�o se divertindo?
- �bvio.

Bom dia.

- Bom dia.
- Bom dia.

Marce. Como voc� est�, Marce?

- Estou bem, Sofi, obrigada.
- Tadinha.

- Bom dia.
- Ol�.

Voc� acordou muito bem.

Dormiu bem?

- Muito bem.
- D� para perceber.

E o seu nariz, Marce?

Est� bem, n�o foi nada grave.

Tem certeza?
Porque saiu muito sangue ontem.

Tenho. Sim, que pancada.

Eu falei para o Mario repensar
em seus m�todos educacionais.

"Eu falei para o Mario
repensar em seus m�todos..."

Bom, ningu�m est� nas melhores condi��es.

Pessoal, a bebida est� caindo mal.

Em todo mundo.

A essa altura...

Ficou com ressaca?

Eu estou como um luzeiro.

Est� mais para traseiro.

Idiota.

Mentira, sabe que te adoro.

Bom, o que tem a� � amor.

Sim. Entendam-no. Coitadinho.

Est� apaixonado por mim h� tantos anos
e nunca conseguiu falar nada.

Venha, me d� um beijo.

- Gosta da arte?
- N�o, n�o, n�o

Eles deram mesmo, n�o!

Com esse bafo.

Sim, querido, escove os dentes.

Obrigado.

Amalia, o que aconteceu?

Nada. N�o vi direito e me bati
na janela que estava aberta.

Algu�m quer mais ovos,
mais fruta ou outra coisa?

Amalia, tem bacon por a�?

Eu tamb�m quero.

- Quatro, Amalia, obrigado.
- Cinco.

� t�o linda.

Por acaso viram o carregador
do meu celular?

O que boiava na piscina?

J� que bagun�aram...

Olha s�, voc�s bagun�aram,
ent�o voc�s que arrumem.

- Bagun�aram.
- Ele n�o.

Ele disse "bagun�aram". Tudo bem.

Certo.

Meus queridos, quero aproveitar
este momento t�o lindo,

vendo todos voc�s assim,
de banho tomado, limpos e s�brios,

pela primeira vez,

para contar uma coisa.

Mas, antes, eu quero saber
onde a Nenena est�. Silvie, cad� ela?

Dormindo.

N�o a acordei porque tive d�.

- Mas vamos cham�-la, n�?
- Sim.

- Sen�o ela vai ficar sem comida.
- N�o se preocupem com isso, tem bastante.

- N�o, vamos deix�-la dormir.
- Ela morreu ontem, era �bvio.

O que voc� ia falar?

Vou contar com todos juntos.

N�o tem um caldinho por a�?

Amalia, um caldinho.

- N�o, Mario...
- N�o. Mas � que...

N�o, s�o muito rid�culos.

N�o. Est�o velhos. Est�o velhos. � isso.

Pegue! Ali!

Eles s�o rid�culos.

- Ali!
- Est�o dan�ando?

- Mario.
- O qu�?

Pegue.

V�, mexa-se, Lalo.

O que est�o fazendo?

Al�.

Oi.

Sim, claro. Ela gosta do urso,
ele a deixa tranquila.

Bom, qualquer coisa, me avise.

Eu vou ligar mais tarde, Esther, certo?

Certo, obrigada. Tudo bem.

Tudo bem? O que aconteceu?

Eu liguei para saber como a Cami estava.

Est� congestionada.
N�o percebeu pelo telefone?

- � esquerda!
- N�o!

Ficamos sem almo�o.

Peguem-na, depressa!

Pegou, coitadinha.

N�o, coitada da galinha. Soltem-na.

Coitada! N�o!

- Solte, eu ajudo, Andr�s.
- Soltem-na.

Sim, obrigado, Wilfer. Te adoramos.

N�o, n�o!

- Solte-a!
- Eu n�o quero caldo. Eu n�o.

Nenena.

Bom dia.

Levante-se, hoje ser� um dia espetacular.

- N�o...
- Bom dia.

N�o, o qu�? Ressaca?

Bom, essas s�o as consequ�ncias
de ser a alma da festa, a mais linda.

Vamos, vamos. Acorde.

�gua com lim�o?

Eu vou contar hoje.

Preciso que fique comigo,
que me acompanhe.

N�o me deixe sozinho.

Os mosquitos me picaram ontem,
n�o aguento mais a coceira.

Que calor!

Pare, n�o reclame. Um pouco mais de �nimo.

N�o, ela � guerreira,
quer estar na piscina,

no lago, numa po�a, sei l�.
Quero ficar como uma iguana.

Temos que esperar umas duas horas

- porque colocaram um produto na piscina.
- N�o. S�rio?

- Eu pensei que fosse hoje.
- Amanh� � tarde iremos todos juntos.

Eu prefiro que seja hoje e cedo.

Mas, Marce, j� t�nhamos resolvido.

A menina est� doente, Mario.

- Como assim? O que ela tem?
- Nada, Sofi. Nada grave, � gripe.

Gripe? Marce, relaxe, eu entendo,

de qualquer forma, n�o vai se livrar
da gripe indo embora, ou vai?

Estamos presos aqui.
Wil, j� consertou a lancha?

- Ainda n�o.
- Viu?

Temos que ficar aqui para beber.

Cuidado, gata. Cuidado.

- Vem c�, amor.
- Isso, isso.

Cerveja?

Pronto. Me calou. Tudo bem, tudo bem.

Bom, a rainha acordou.

Que bom que ressuscitou, Nenena.
Est�vamos com saudade.

Como voc� acordou?

Bem.

- Foi deitar que horas?
- Tarde.

O que foi? Estava doidona ontem
e hoje est� monossil�bica.

"Tarde" n�o � monoss�laba, idiota.

- Juan, te deram de gra�a o diploma, n�o �?
- Ignorante profissional, especializado.

N�o o incomodem, coitado.

Parem, calem a boca.

Venha aqui, Juanito.

Mas solte a cerveja um instante.

O dia inteiro bebendo.

Calado voc� se defende melhor.

N�o, n�o, n�o!

Outra, outra. Mais uma.

Voc� matou um passarinho.

N�o.

Vamos!

- Enfim, todo mundo pode.
- Lalo, venha e acerte um.

Certo, quem vai?

Vai voc�, Mona?

Quem aposta que a Mona acerta?

Cem mil pesos, na mesa, que n�o acerta.

A sua energia � ruim.

Sofi � p�ssima nos esportes.

- Que legal ter voc� como amiga.
- Te adoro.

- Aposto 200 que n�o consegue.
- Vai aumentando.

- Pronto. 500 entre os tr�s.
- Isso.

- V�.
- Gostei dessa.

- Vai, Sofi.
- Sofi!

Sem press�o. Sem press�o.

N�o seja uma m� perdedora.

N�o! Mas n�o. Isso � trapa�a.

N�o, n�o seja m� perdedora.

N�o sou m� perdedora. Foi apenas sorte.

N�o, n�o, n�o.

Se a Sofi perceber, tudo vai acabar mal.

Agora.

Sr. Andr�s.

Eu n�o tentei.

Quer tentar? Vai.

Nenena, Nenena!

Idiota! Qual � o seu problema?
Amor, voc� est� bem?

- Tudo bem?
- Sim, sim, tudo bem.

- Venha, amor, me d� isso.
- O que est� fazendo?

- Que perigo!
- Que brutalidade!

Percebe o que acabou de fazer?

- Certo, j� passou.
- Calma.

- Tudo bem, cara?
- A bebida fez mal a ela, n�o �?

O qu�? Quem vai agora?

- N�o, j� chega.
- No duplo.

Ficou perigoso.

- Como preferir, parceiro.
- Por que n�o fazemos outra coisa?

Com o que acabou de acontecer.

N�o acertei, cara.

- Foi quase, amor.
- Certo, certo, j� chega.

Eu sou um homem de escrit�rio.
Um cara s�rio, assalariado. Venha.

- Vamos?
- Eu pego.

E n�o faz outra coisa?

Quando vai contar?

Eu j� conto.

Que calor.

Pode tocar.

Ent�o vamos apostar. Vamos apostar.

Apostem, apostem.

Digo que na verdade se dedica
� prostitui��o.

- N�o.
- Isso faz tempo...

Se apaixonou.

Para mim, se apaixonou
por um carinha del�cia.

Est� encantado com ele.

Para mim, � um casal "swinger".

- O nome dele � Borat.
- Por acaso mudou de nome?

O que quer que tenha acontecido
nos faz pensar.

- N�o, mas...
- �. Voc� acha?

� com a gente.

Com a gente, com viagens?

- N�o, Lalito, um minuto.
- Vai atender?

Eu preciso atender,
n�o falem sem mim, por favor.

Relaxe, n�o se preocupe.

- � a promotoria.
- A promotoria...

N�o fizemos nada de errado.
Ontem � noite nos comportamos...

Sim, eu te liguei.

Fale para o seu marido o que fez ontem.

Pessoal, n�o amolem.

N�o, nada, nada.
Os fedelhos mandando lembran�as.

Esse � um fedelho, veja.

Bem, normal. Tudo bem.

Tchau.

- E a�?
- Cres�am.

Mandou lembran�as, fedelhos.

Obrigado, cara.
Legal. Obrigado pela confian�a.

- O qu�? J� contaram?
- Esperei por voc�.

Vai se casar com Manuel.

E quem ganhou? Eu?

Vamos ouvir o Lalito.

Sim? Lalito vai falar alguma coisa?

"Del�cia � uma
das minhas palavras preferidas.

Porque a vida em seu esplendor
e em suas trevas,

para mim, � digna de tal defini��o.

Ter o privil�gio

de estar hoje com todos voc�s,

poder ver seus olhos,
seus gestos, seus seres...

acho extremadamente maravilhoso.

E estou agradecido com o amor de fam�lia.

A vida tem infinitos prazeres,

saborear um belo curry,

disfrutar um delicioso sorvete
de pistache.

A textura e o suor de uma pele,

uma viagem e um brinde com amigos.

Mesmo que seja com �gua.

O cheiro da terra, o mar,
um p�r-do-sol, os gatos,

o amor em todas suas formas.

Ver crescer os filhos de seus amigos.

Morrer de calor ou morrer de frio.

A lista de m�sicas ideal
para tomar um banho.

Aproveitar sem fazer nada.

Sonhar acordado.

Meditar.

Um bom orgasmo pela manh�.

Eu at� gosto do barulho no peito

que traz aquela tristeza esmagadora
de um desamor.

O hippie, um livro na solid�o.

E inumer�veis momentos
que enchem minha vida de sentido

e de prazer,

muitos dos quais tive a sorte de viver

com todos voc�s.

Companhia que aquece meu cora��o.

Amigos que s�o irm�os.

A tribo que o universo me deu.

Sinto mais do que nunca
que estou em um constante �xtase,

como se, outra vez,
tivesse o olhar fresco de uma crian�a.

Uma crian�a que n�o tem certeza
de que a vida continua amanh�.

Que curte e sente cada momento
e cada brincadeira

como se fosse a �ltima.

Este momento...

� o �nico que existe.

Hoje, me cobre a incerteza da doen�a.

Um tumor que se instalou no meu c�rebro.

Iris Varilis.

Eu pe�o respeito

pela decis�o de n�o querer entrar
em detalhes t�cnicos

nem m�dicos sobre o assunto,

porque, para mim, n�o � mais
do que informa��o relativa

que n�o tem um impacto potente,
como ter que viver plenamente

sem expectativa de um resultado.

E n�o quero viver sob o manto
da dor e da pena.

Sendo sincero, sim,
devo negociar todos os dias

entre o medo e a ilus�o.

E concluo que acredito firmemente
nas coisas crocantes da vida.

E encontro isso aqui,

na risada livre e na lealdade de Nenena,

nas m�sicas novas com o Juan

enquanto fantasiamos
com mo�as e rapazes inalcan��veis.

Com Sofi.

Em um jantar impec�vel,
filosofando sobre o amor.

Ou com o Andr�s vulner�vel,
bebendo um pouco de tequila

enquanto repete:

'Por que estou falando
tudo isso para voc�?'

Indo ao shopping com a Silvie,

experimentando todas as roupas poss�veis.

Acompanhando a Marce,

para ver a filha dela
competindo no triatlo,

enquanto a gente conversa
sobre as novas gera��es

e seu poss�vel futuro.

Ou dando risada das piadas

e das brincadeiras do Mario.

Pe�o a voc�s que n�o mudem
a forma que me tratam.

Me vivam, me vivam muito

com o que sou neste momento.

N�o com a ideia do que vou ser
ou n�o serei em alguns meses.

Amo muito voc�s.

Com amor, Lalo."

Voc� j� provou tratamentos alternativos?

Tudo. Tudo.

Medicina alternativa, bioenerg�tica.

Energia qu�ntica.

Ioga, pilates, jogos de mesa.

O �nico que falta
s�o os "cogumelos de cauda chinesa".

Os... n�o... Como era?

Os cogumelos de cauda de pav�o
como os chineses dizem.

� dif�cil consegui-los.

J� chega!

- �, que se dane.
- Que se dane.

Que se dane, que se dane!

Desgra�ado!

Calma, que isso n�o vai te matar.
Voc� sempre teve uma coisa na cabe�a.

Erva ruim n�o morre, cara.

Am�m.

Obrigado.

- Conte comigo.
- Eu sei.

- N�o quero falar muito sobre isso.
- J� sei.

- Quer que eu te sirva caldo?
- Por favor.

- Uma ou duas colheres?
- Duas.

- Um pouquinho.
- Willy, como se come isso?

Duas colheres de caldo
e come-se a galinha com a m�o.

- Quero sem a galinha.
- Tem certeza? N�o quer?

Dom Juan quer batata?

Coma isso, parece delicioso.

N�o estou com fome, amor.

Mas precisa comer alguma coisa
para se livrar dessa ressaca

e esse seu g�nio ruim.

- O que eu te dou?
- Sirvo?

O qu�? O que foi?

Nada.

N�o podemos deixar o Lalo sozinho, n�o �?

Nenena, temos que fazer
muitos planos juntos.

Com certeza.

Sofi, quero te agradecer
porque n�o haveria melhor lugar

onde poderia estar nesse momento.

N�o, ao seu dispor.

Voc� me assustou com o Andr�s,
quase estraga o passeio.

Espero que n�o esteja assim por isso.

Quer ver o Matias?

- Quantos anos tem o Mati?
- Oito.

- Oito, muito bem.
- Sim, j� � um homenzinho.

J� est� na hora de comer, porque est�...

Muito gostoso.

Certo, bom apetite.

- Bom apetite.
- Com licen�a.

O que deu nela?

Deve ter ido vomitar.

N�o, acho que a festa caiu mal,
igual a mim.

Sim. Caiu muito mal.

- Os anos v�o passando.
- Ou�am s� o idoso.

Se olhou hoje no espelho? O que aconteceu?

Estou bem mais jovem do que voc�.

- Est� muito gostoso.
- Voc� entendeu, n�o �?

Por que n�o posso entrar no seu neg�cio

porque devo p�r a energia
e a concentra��o na cirurgia.

Eu entendo, Lalito. N�o, tudo bem.

O importante � que esteja tranquilo.

Tudo vai dar certo.

Vamos nos concentrar nisso,
em se divertir.

Vamos sorrir. Ficar uns com os outros.

N�o vou cumprimentar
quem chorar no meu enterro.

Qual enterro?

Ainda n�o acredito nisso do Lalo.

Definitivamente,
a vida pode mudar em um segundo.

Pode acontecer com qualquer um.

Pode imaginar se acontecesse
com um de n�s?

Bate na madeira.

A sua cabe�a � demais.

A melhor.

Que bom.

Pode sair, por favor?

O romantismo chegou at� aqui.

Quem �?

O que voc� tem?

O que voc� quer?

Conversar um pouco.

Est� assim por causa de ontem?

O que acha que aconteceu?

A gente se divertiu.

Paqueramos, nos embriagamos,
nos beijamos, fizemos amor.

Mas n�o vamos atrapalhar
a amizade por isso.

Eu n�o queria, Andr�s.

E ent�o o que aconteceu ontem,
os beijos, eu inventei?

E se continuar assim
todo mundo vai perceber.

Sofia deveria saber com quem est� casada.

Cuidado com isso.

Se n�o quiser falar comigo,
se quiser ficar brava, fa�a o que quiser.

J� fizemos, n�o podemos voltar atr�s,
mas n�o se meta com minha fam�lia.

Eu pedi para voc� parar.

V�rias vezes.

Eu disse n�o, que assim n�o.

Eu implorei.
E voc� continuou, n�o se importou.

Voc� sabia que eu ia ao banheiro.

N�o se fa�a de inocente.

Pare de fazer tanto esc�ndalo.

V� embora.

Estou em minha casa.

Voc� n�o precisa sair.

N�o comece.

Foi uma vez e s�, Juan.

Quantas vezes a gente falou
"s� uma vez", e veja.

Eu n�o entendo.

Primeiro a gente fica e depois, "chega".

N�o significou nada?

Certo, tudo bem.

E eu acredito nas coisas
sabendo como voc� �.

Voc� � sempre igual, � sua rea��o.

O Lalo chega e solta uma bomba,
diz que pode morrer

e voc� nem se sensibiliza.

O que quer que eu fa�a? Sou assim.

O que quer que eu fa�a? Um esc�ndalo?

Lalo n�o precisa de um drama.

Ele precisa dos amigos, precisa estar bem.

O que aconteceu de manh� foi muito bonito.

Mas chega.

Tudo bem.

Desculpe.

Voc� est� certa.

Escute, Helena. Escute.

Ou�a.

Escute, Nenena.

Escute. Nenena, escute.

Aonde voc� vai, querida?

Sei l�, por a�.

Voc� est� bem?

Tem certeza?

Voc� est� muito esquisita.

O que voc� viu com o Juan...

N�o aconteceu nada, n�?

Bem, aconteceu,
mas n�o vai acontecer de novo.

Por que est� me falando isso?

Porque n�o quero que todos fiquem sabendo.

N�o fale nada, por favor.

Porque isso vai aumentando.
N�s est�vamos b�bados.

Voc� sabe que o Juan e eu...

sabe como �, tipo o Andy e voc�.

O qu�?

O que acha que aconteceu com Andr�s?

� �bvio, voc�s querem fazer h� um temp�o.

Quando eu sa�, n�o tinha ningu�m.

Calma, o que acontece aqui, fica aqui.

Certo?

Acabei de apagar fotos
comprometedoras minhas com o Juan.

Quer que fa�a o mesmo com as suas?

Ou�a!

Isso � dif�cil, porque voc� quer
alguma coisa, e n�o pode, porque...

- Imbecil!
- N�o!

N�o...

� s�rio, cres�am.

O que foi? Isso parece um vel�rio.

Vejamos...

Bom, j� que est�o em "modo iguanas",
um u�sque?

Acho que prefiro uma gim-t�nica.

- Que estranho.
- Eu tamb�m.

U�sque?

- Eu fa�o para voc�.
- Obrigada, amor.

- Para mim n�o tem, amor?
- Tamb�m, amor.

Vai beber o qu�? Gim, u�sque, vodca?

Tem cerveja?

- Baseado?
- Tem cerveja?

Tem cerveja.

Servi�o � piscina.

Obrigado, cara.
Por que n�o bebe alguma coisa?

- Alguma coisa?
- Qualquer coisa.

- O que diz?
- "Alguma coisa", amigo.

Bom, tudo bem, vou beber uma cerveja.

Uma cerveja.

Amor, como voc� est�?

Bem, o cochilo me ajudou. Quer uma?

- N�o, amor, eu tenho u�sque.
- Ah, sim. Ent�o, sa�de.

- Sa�de, amor.
- Sa�de.

Isso. Sa�de, sa�de.

Sa�de.

J� abri este motor duas vezes
e continua com falhas.

Acho que vou tentar
com as velas de igni��o.

� a �ltima coisa que posso pensar.

E quanto acha que vai demorar?

Acho que hoje ou...

amanh�, sei l�.

O que eu fa�o?

Se quiser, eu aviso quando estiver pronto.

O que eu fa�o?

Obrigada.

De nada, senhora.

Obrigada. Amalia.

Obrigada, Amalia.

Dona Sofia, o vizinho ligou de novo,

disse que precisa que liguem para ele.

- N�o acredito. De novo?
- De novo.

Amor, voc� ouviu? Amor.

O vizinho j� ligou muitas vezes.
N�o sei o que est� acontecendo.

Calma, amor. J� liguei para ele.
N�o sei o que quer.

Venham, entrem na piscina.

A revanche. E o que a gente aposta?

Com voc�, tudo s�o apostas.

Gosto de jogar para valer. Veja s�.

Voc� gosta desse, Mona,
corrida por baixo d��gua.

Quem ganhar.
Homens contra mulheres, desse jeito.

Beleza. Assim nos servem o dia todo.

- Exato.
- Estamos completos.

N�o, voc�s s�o mais.

N�o, mas esperem. Onde est� a Nenena?

Comecem sem mim,
vou atr�s dela para ficar completo.

- Vamos, ent�o.
- Uma volta. A primeira rodada.

- Me d� uma.
- Veja...