All language subtitles for The.Killer.Reserved.Nine.Seats.1974.720p.BluRay.x264-AAC-ITA-ENG

- Boa noite, senhor.
- Boa noite, Albert.

- Trouxe as chaves do teatro?
- Aqui est�o, s�o estas.

Obrigado. Est� tudo bem?

- Sim, senhor.
- Patrick!

- Patrick.
- Diga, querida.

Amor, n�o entendo por que
nunca quer vir aqui.

- Acho este pal�cio magn�fico.
- A mim n�o agrada.

� frio e triste.
N�o � verdade, Albert?

Gosto de ficar sozinho, senhor.

Obrigado, Albert.
Pode voltar para a cama.

Vou trancar e deixar as chaves
ao lado do port�o.

Est� bem, senhor. Boa noite.

Boa noite.

Eu realmente n�o o entendo.
Voc� � um verdadeiro b�rbaro, Patrick.

Veja, voc� possui um teatro,
mas o mant�m assim, sempre fechado.

Depois que se casar, voc� poder�
convenc�-lo a reabrir o teatro, Kim.

Ent�o ter� um palco todo seu e
poder� atuar o quanto quiser.

Viremos todos aplaudi-la.
N�o � isso que sempre quis?

Esta pode ser a chance com
que sempre sonhou, aproveite.

Sua grande chance, a �nica com a qual
conseguiria ser a protagonista.

Venha, vamos.

Alegre este lugar!

Eu lhe disse que era tolice deixar
a festa para vir aqui a esta hora.

Voc� � sempre o mesmo, Albert.
Pode voltar, se quiser.

Encontrarei outra pessoa
que me leve para casa.

Sempre esquece que aqui
o �nico que trabalha sou eu.

Espero realmente de n�o precisar mais
de voc� como m�dico, Albert.

E agora, o que fazemos?
Ficamos aqui fora a noite toda ou entramos?

Eu n�o gosto deste lugar.
Estou com medo.

Fique perto de Rebecca.
Ela vai proteg�-la.

Patrick, h� quanto tempo est� fechado
este teatro?

Creio que ningu�m possa responder isso.
J� faz s�culos.

A �ltima apresenta��o aqui deve
ter sido h� pelo menos cem anos.

Mas nossa fam�lia sempre o manteve
mais ou menos em ordem.

Venham.
Vou procurar as luzes.

Est� t�o escuro...

Ei, cuidado para n�o trope�arem.

J� esteve aqui antes?

Aqui n�o, mas j� estive neste pal�cio
e sabe disso.

Ent�o n�o faz sentido que me pergunte.

N�o consegue esquec�-lo, n�o �?

Cabe a voc� fazer-me esquec�-lo.

Pat, encontrou as luzes?

- Ainda n�o.
- Encontrei esta.

Serve para qu�?
No escuro � mais rom�ntico.

Ela j� n�o precisa mais do escuro,
Patrick j� caiu em sua rede.

Quando v�o se casar, hein?

- Em duas semanas.
- Oh, muito em breve...

Meu amor � t�o urgente que n�o tenho
mais for�as para resistir.

Tenho que ser sua em breve.
Muito em breve.

Parecem bastante chapados esta noite.

- Quanto de drogas usaram, hein?
- Falou o grande pintor.

O novo Picasso parte para o ataque
como um fogoso cavalheiro

para defender sua pr�pria dama.

Mas Kim n�o � sua dama.

Ela � mulher do papai, ou estou enganada?

N�o est� enganada.

No entanto, Russell n�o curte drogas.

Para ele, � nobre somente quem se reduz
a um farrapo com o �lcool.

- Um homem � antiga, � preciso perdo�-lo.
- Voc� � que precisa mais de perd�o.

Tentem se lembrar de que
ainda s�o meus convidados.

- Por que n�o vem mais aqui?
- O pal�cio � s� de Patrick.

Ele herdou.

- As coisas mais belas s�o dele.
- Ele � o primog�nito, o var�o.

Para o nosso pai, eu nem sequer existia.

Est� tudo errado.

� voc� que administra as coisas.

E ademais, Patrick nem sequer reconhece.
N�o � justo.

Quando est� perto de mim,

nada mais me importa.

- Que luzes, chegam a machucar!
- Que belo!

- � muito belo.
- Bel�ssimo!

- A partir de agora n�o ficar� mais escuro.
- A chave geral fica ali?

- N�o me lembrava.
- Sim, est� ali dentro.

N�o era muito f�cil de encontrar.

� como se voc� j� tivesse estado aqui.

Voc� se move como se fosse sua casa.

� verdade.
J� passei aqui uma noite inteira.

- E quando?
- Para ser preciso, h� cem anos.

Cem anos!

Bem, ent�o pode ser nosso guia.

O que est� atr�s desta porta,
at� eu posso lhes dizer.

Vamos l�, vamos gritar!
Vamos ench�-lo de vozes!

Recuperemos o tempo perdido.
Velho teatro, viemos acord�-lo!

Para espanar a poeira que o cobre.

Velhos esp�ritos que dormiram
por s�culos, ressurjam.

Fa�am com que escutemos suas vozes.
Seus amos voltaram.

Os esp�ritos n�o t�m amos.

- Eles s�o livres.
- Certo, eu sou um puro esp�rito.

Eu posso voar.

Entrar nestes comuns mortais e
faz�-los completamente meus.

Ter�o que fazer tudo o que eu quiser.

N�o �, papai?

Ficaria feliz em fazer tudo o que quisesse.

Lynn!

Ei, Lynn! Venha ver!
Daqui de cima � muito mais bonito!

E largue desses maricas!

Faz tanto tempo que conhe�o Lynn,
e a encontro sempre diferente.

Talvez nunca tenha prestado
muita aten��o a ela.

Se n�o me engano, seus olhos
estavam em outra pessoa.

Hum, que am�vel...

Como para voc� s� importa o dinheiro,
acha que todos os outros s�o como voc�.

Tenho certeza de que Vivian
ama imensamente Patrick.

Obrigada.

Diria que seu discurso � muito tendencioso
para que aos outros possa parecer sincero.

Tamb�m pode ser dito de voc�
que est� mais apaixonada

pelo dinheiro de Patrick do que por ele.

Acha? Mas h� uma grande diferen�a.

� que estou triunfando,
visto que vamos nos casar.

O que me agrada em todos voc�s
� a sorridente gentileza,

com a qual parecem destro�ar-se.

- Somos uma fam�lia muito unida.
- Eu n�o fa�o parte da fam�lia.

N�o sou suficientemente rico nem nobre.

Talvez tenha alguma esperan�a de ser.

Gostaria de lembrar que viemos
aqui para visitar o teatro.

A prop�sito, Patrick,
n�o existe uma planta?

N�o sei.
Se tiver, est� na biblioteca.

Ent�o vou procur�-la.
Venha, Doris.

N�o est� muito falante esta noite.
Sua dona n�o permite?

Sempre uma coisa em voc�
me causou avers�o, Russell.

Voc� nunca � espirituoso,
� apenas est�pido.

Um dia desses, tentarei seduzi-la.

Se ainda for capaz.

E agora, a t�o esperada apresenta��o
pode enfim ter in�cio.

Venha.

H� horas que desejo isso.

V�-lo somente de longe me deixa louca.

Deve apenas ter paci�ncia.

Sempre encontraremos uma
maneira de estarmos juntos.

Mas isso � absurdo, Russell.

Se este � o pre�o a pagar pelo dinheiro
de Patrick, eu o renuncio.

Eu quero voc�.

N�o posso ficar longe de voc�.

Tenho que aproveitar qualquer momento
para ficar sozinha com voc�.

E eu vivo � sua sombra, te esperando.

Tudo aquilo que est� dizendo
vale tamb�m para mim, e sabe disso.

Quando estamos com os outros,
sinto seu �dio por eles.

Sinto que voc� os mataria
para que pudesse me ter.

Eu a mataria.

Seria capaz de faz�-lo
enquanto fazemos amor?

Temos que ter for�a para
esperar, ent�o teremos tudo.

O que mais me fascina em voc�, Russell,
� que voc� � podre.

Eu poderia lhe dar tudo de mim,
exceto a confian�a.

Quando estamos juntos,
sinto-me sempre em perigo.

Mas eu gosto.

� como saber que cada momento
poderia ser o �ltimo.

O que h�, Doris?

L�! L� no fundo!

- H� um homem.
- S�o apenas manequins.

Ele se moveu, eu vi.

N�o h� ningu�m.

Quantas coisas jogadas aqui dentro, mortas.

Sim, mas se tem a impress�o
de que ainda h� algo de vivo.

- Sinto muito por t�-la assustado, Vivian.
- N�o...

� este lugar que me causa
um efeito estranho.

Sempre temos medo das
coisas que n�o conhecemos.

N�o est� com medo, certo?

N�o.

Nada acontece por acaso.
Tudo o que acontece,

lembre-se disso,
j� estava decidido desde sempre.

Patrick!

� incr�vel como tudo est�
conservado quase intacto.

Somente a poeira lembra que este
teatro foi abandonado por tanto tempo.

Deve ter sido espl�ndido.
Por que n�o convence Patrick a reabri-lo?

Seria muito dif�cil.
Ele n�o quer falar sobre isso.

� como se ele tivesse medo deste lugar.

Mas tenho certeza de que
saberia convenc�-lo.

Voc� � muito bonita e sabe disso.

Se voc� se empenhar, vai ver.

N�o ser� f�cil resistir a voc�.

H� quanto tempo Russell � seu amante?

N�o tenha medo. Nunca direi a Patrick.

Quem lhe contou essas coisas?

Voc� e Russell s�o amantes h� tr�s anos.

Desde antes de voc� conhecer Patrick.
E ainda s�o.

Voc� tem muita imagina��o.
Ou s�o palavras de nossa querida Rebecca?

Entre mim e Rebecca n�o h�
qualquer diferen�a, somos realmente unidas.

Ent�o sou eu a anormal,
porque gosto de homens.

Olhe como � bonito.
Quase tenho vontade de prov�-lo.

Por que n�o? Vista-o.

Deve ser um vestido elisabetano.
� maravilhoso, n�o?

Ningu�m mata sem um motivo.

Acha que � dif�cil encontrar um v�lido
para cada um de voc�s?

O meu, por exemplo, qual seria?

Pode me odiar porque Kim o deixou por mim.

Ela era sua amante.

Patrick, voc� n�o me conhece se
acha que sou capaz de matar por amor.

Talvez para Russell seja mais conveniente
que voc� esteja vivo.

Ele � o �nico que compra seus quadros.

Por qu�? E voc�, com que dinheiro
abriu sua luxuosa cl�nica,

boa apenas para ir morrer?

Eu creio que foi um acidente, Patrick.

No fundo, todos nos preocupamos
com sua sa�de.

� melhor que esteja sempre bem.
Todos vivemos de seu dinheiro.

- Algu�m teria mais depois da minha morte.
- Est� falando de mim, papai?

Lynn, voc� sabe que algu�m tentou
me matar alguns minutos atr�s.

E foi por pura sorte que me salvei.

Talvez seu pai se referisse a mim.

N�o tenho nem escr�pulos,
nem la�os de sangue,

e seu dinheiro me seria muito conveniente.

No entanto, desde que entramos neste
teatro, eu e Lynn estamos juntos.

Ent�o, ou voc� acha que Lynn
� minha c�mplice,

ou est� obrigado a absolver-me tamb�m.

Sua fam�lia n�o se limita a Lynn.

Eu e Rebecca n�o nos damos muito bem,
mas n�o creio que Rebecca...

Que Rebecca possa chegar a mat�-lo?

Bem, para ter todo o patrim�nio,

Rebecca chegaria a fazer
bem mais do que um mero crime.

Claro, uma vez que eu esteja fora do
caminho, ela poder� fazer o que quiser.

Inclua-se tamb�m Rebecca,

mas voc� � muito segura em lan�ar
acusa��es contra outros.

Eu acho que at� suas m�os suaves
s�o capazes de cortar uma corda.

- Voc� n�o disse que deve haver um motivo?
- E voc� n�o tem um?

Aposto que Lynn encontraria um rapidamente.

Muito f�cil.

Voc� n�o ficou muito contente quando
seu casamento com papai foi pelos ares.

Isso ocorreu h� mais de um ano.

E quero lembr�-los que agora
Vivian � minha esposa.

N�o acho que ela ganhou muito na troca.

- Insolente.
- Por qu�? J� acabou, Pat.

Uma coisa n�o tem absolutamente
nada a ver com a outra.

E isso n�o lhe diz respeito.

Eu nunca poderia fazer mal a voc�.

Talvez j� o tenha feito sem saber.

E voc�, Albert, talvez n�o consiga
se esquecer,

e queira se vingar.

E de qu�?

Eu sabia muito bem o que tinha
acontecido entre voc�s dois.

- Voc� me deve muito dinheiro.
- Sim.

Mas com sua morte n�o resolveria nada.

E seus herdeiros viriam para cima de mim
sem piedade, pior que voc�.

N�s nos esquecemos de algu�m.

Aquele com a jaqueta "nehru".
Pat, como se chama?

- N�o fa�o ideia.
- Pens�vamos que fosse um novo amigo seu.

- Nenhum de n�s o conhece.
- Nunca o vi antes desta noite.

Rebecca deve t�-lo convidado.

Estranho, desde que entramos aqui,
ningu�m mais o viu.

Eu, a primeira coisa que faria
se tivesse tentado matar algu�m,

seria precisamente fugir.

Esta seria uma m� escolha.

Porque todos apontariam imediatamente
o dedo para voc�.

H� quanto tempo est� a�?

Tempo suficiente para ouvir a
maior parte de sua discuss�o.

- Onde estava antes de...
- De sua tentativa de homic�dio?

- Sim.
- Por a�.

- Sem �libi ou testemunhas.
- Encontramos nosso homem.

- Foi ele.
- Fazendo o qu�?

Algu�m cortou aquela corda para tentar
me esmagar com aquela viga.

Estava cortada.
Eu a examinei bem.

- N�o posso estar enganado.
- Tentou desempenhar o papel de v�tima.

Por mim, podem fazer o que quiserem,
mas estou farto de ficar aqui dentro.

Aposto que esvaziou a garrafa.

Posso ser o que quiserem,
mas n�o sou um rato de esgoto.

E preciso de ar fresco.

Bom divertimento e estejam
atentos aos acidentes,

podem acontecer a todos, n�o s� a Patrick.

� Frei, meu consolador,
onde est� meu senhor?

Onde est� meu Romeu?

V�, v� se quiser daqui,

eu n�o o seguirei.

O que � isto aqui?

Um copo,
fechado na m�o de meu amante fiel.

� isso, o veneno foi a causa
de sua morte prematura.

Malvado.

Bebeu tudo.

Sem deixar nem sequer uma gota amiga
para me ajudar depois.

Vou beijar seus l�bios.

Pois talvez tenha ficado
algum rastro de veneno

para me fazer morrer como um revigorante.

Seus l�bios est�o c�lidos.

Deus meu, ou�o ru�dos.
Ent�o devo ser r�pida.

�, bendito punhal.

Esta � a sua bainha.

Enferruje-se aqui dentro,
e fa�a-me morrer.

Bravo!

Nunca atuou t�o bem.
Esteve maravilhosa.

Kim!

Kim...

Kim! Kim!

- � melhor n�o mov�-la.
- N�o quero que Kim fique aqui.

Para ela, j� n�o tem nenhuma import�ncia.

Mas para a pol�cia � indispens�vel
que nada seja tocado.

Primeiro eu, depois Kim.

Por que justo ela?

- Rebecca, chame a pol�cia.
- N�o dever�amos ter vindo aqui...

� este lugar que chama a morte.

Quem a matou � um de n�s.

Ainda que eu n�o saiba o porqu�.

Odeiam-se h� tanto tempo
que n�o se lembram

nem mesmo da raz�o de seu �dio.

Al�?

Al�?

Al�?

- Al�?
- Talvez esteja quebrado.

Devemos avisar o zelador.

Ou irei � vila para chamar a pol�cia.

N�o aproveite para fugir.

O telefone n�o est� quebrado,
cortaram os fios.

O qu�?

A pessoa que matou Kim cortou os fios,
para nos impedir de pedir ajuda.

Se fez isso, foi um movimento errado.

� in�til.

Estava fechada antes.

Procurei as chaves, mas elas se foram.

Talvez Patrick as tenha levado.

Patrick!

Voc� tem raz�o. Foi o assassino que
nos trancou aqui dentro.

- Vamos acabar todos como ratos.
- Espero que seja voc� a pr�xima v�tima.

- Estou apenas tentando elevar o moral.
- O que est� acontecendo?

O telefone est� quebrado
e a porta est� trancada.

- Voc� deve ter as chaves.
- Eu as deixei ali em cima.

- N�o est�o mais.
- Tenho certeza de t�-las posto ali.

- Elas j� n�o estavam l� antes.
- Antes de quando?

- Eu queria ir embora.
- Estava fugindo, hein?

Kim ainda n�o estava morta.

O que importa � que estamos trancados
aqui dentro.

Um momento, na gaveta deve ter
outro molho de chaves.

O zelador tem dois.

- Voc� o encontrou?
- Sim.

Vamos tentar as outras portas.

Est�o todas trancadas.

Escute, quero sair daqui.
Eu n�o quero morrer!

Voc� nos trouxe aqui dentro,
ent�o nos tire daqui!

- Voc� nos trouxe aqui para matar a todos!
- Vivian, por favor! Vivian, acalme-se!

Deve haver uma explica��o l�gica.

N�o h� nada sobrenatural.

Portanto, pensemos como...

Ent�o, por que as portas n�o abrem?
Por qu�?

Solte-me!

Voc�! Voc� tem as chaves!
Abra ent�o.

Abra!

Tem algu�m a�.

- Est� vindo da plateia.
- Mas ali s� est� Kim, e ela est� morta.

Venha aqui.

E aprenda conosco como se chora.

Eu lhe contei muitas coisas justas
em sua inf�ncia.

E que voc� n�o podia entender.

Por isso, voc� agora,
meu sobrinho afei�oado,

derrame uma pequena gota
de sua tenra primavera.

A doce natureza o exige.

Basta de lamenta��es,
aflitos amigos.

Pronunciem a senten�a contra o infame
que causou tantos tr�gicos eventos.

Que seja enterrado no solo at� o peito,

e seja deixado assim, a morrer de fome
e desespero, invocando piedade.

Esta � a nossa senten�a.

Por que a c�lera n�o pode se expressar?

Por que se cala a raiva?

N�o sou um menino que, com velhas s�plicas,
arrepende-se das faltas cometidas.

Cometeria outras dez mil, ainda piores,

se pudesse agir a meu bel-prazer.

E se alguma vez fiz algo
de bom em minha vida,

disso sim, me arrependo
do fundo da minha alma.

Quem s�o eles?

- O que eles querem de n�s?
- Quieta.

Algum amigo leal, leve daqui o rei,

e d� a ele uma honrosa sepultura
na tumba de nossa fam�lia.

E quanto a este tigre feroz,
n�o haver� rito f�nebre.

Ningu�m portar� luto.

Os sinos n�o tocar�o quando for enterrado.

Joguem-no �s feras e �s aves de rapina.

Teve uma exist�ncia bestial e desesperada.

Que ningu�m tenha piedade dele!

Quanto a n�s, passaremos
a reordenar o Estado,

para que semelhantes eventos
n�o possam mais arruin�-lo.

Quem s�o eles?

- O que eles querem de n�s?
- Quieta.

- N�o gravou.
- Talvez esteja quebrado.

O que Vivian disse foi gravado,
mas aquelas vozes, n�o.

Estamos tentando explicar coisas
que n�o podem ser explicadas.

O telefone, as portas,
e agora tamb�m aquelas vozes.

E o homem com a jaqueta "nehru"?

- Desapareceu de novo.
- Mas quem � ele?

- Quem o convidou foi Rebecca.
- Eu?

Eu o vi nesta noite pela primeira vez.

Parecia ser �ntimo deste teatro,
como se j� tivesse estado aqui antes.

Mas est� fechado h� anos.

Quando est�vamos em sua casa, Pat,
em sua festa,

de quem foi a ideia de vir aqui?

N�o me lembro. Lynn, talvez?

Foi aquele homem mesmo
que me falou do teatro.

Sim, disse tamb�m outra coisa.

Que ele n�o via este lugar h� muito tempo
e que tinha desejo de voltar.

N�s devemos procur�-lo.
Ele � a chave deste mist�rio.

Pat, o que acha?

- Estou com medo, como todos voc�s.
- N�o.

Voc� sabe alguma coisa que n�o sabemos.

- N�o conhe�o aquele homem.
- N�o estou falando dele, mas do teatro.

Por que por tantos anos
n�o foi mais utilizado?

H� uma lenda.

Diz-se que h� cem anos,
um grupo de pessoas

depois de uma festa se reuniu neste teatro.

Ficaram todos trancados por alguns dias,
e quando as portas foram reabertas...

As portas tamb�m foram trancadas?

Estavam todos mortos.

Acho que � isso.
N�o me lembro bem.

Como eles morreram?

N�o sei.

Ou talvez nunca se soube.

Pat...

O que podemos fazer?

Diga-me.

Posso ajud�-lo.

Sabe, sinto muito pelo que
aconteceu entre n�s...

N�o consigo esquec�-lo.

Agora � muito tarde.

Talvez n�o.

Vivian...

Talvez nenhum de n�s saia vivo daqui.

Quando as portas se reabrirem,
todos n�s estaremos mortos.

Mas o que est� dizendo?
O que est� pensando?

- Que dia � hoje?
- � 15 de fevereiro, seu anivers�rio.

Agora me lembro da data dos eventos
que ocorreram h� cem anos.

Como agora, era 15 de fevereiro.

Albert! O que est� fazendo?

Russell.

Abra.

Eu sei que est� ai.
Quero falar com voc�.

Abra, j� disse.

Foi voc� quem matou Kim.
� in�til, eu te reconheci.

Eu vi quando fugia do palco.
Abra!

Ou�a...

N�o vou contar aos outros.

N�o direi que � voc� o assassino.
Eu lhe prometo.

Em troca, s� lhe pe�o que me ajude.
Eu suplico.

N�o quero te chantagear, mas deixe-me ir.

Ajude-me a sair daqui.

Mas, mas...
Quem �?

N�o!

Por que est� fazendo isto comigo?

Socorro!

Vivian!

Socorro!

Patrick! Patrick!

Meu Deus!
N�o tem ningu�m aqui!

- Oh, Rebecca. Rebecca, � voc�!
- O que est� acontecendo?

Sabe, algu�m queria me matar!
E correu atr�s de mim,

queria me desfigurar com um
cigarro aceso, queimar meu rosto!

- Acredite em mim!
- Onde?

L�.
Ele me perseguiu at� o palco.

Quem gritou? O que aconteceu?

N�o sei. Parecia uma mulher.
Chegamos aqui agora.

- Vivian foi atacada.
- Por quem?

Eu n�o sei! N�o sei!

Olhe, ele tinha um manto negro,
uma corda e uma m�scara no rosto.

- Mas onde voc� o viu?
- Ele me perseguiu at� o palco.

Ent�o ele me agarrou e me empurrou
com for�a para a cama.

Sabe, foi Russell quem me salvou.
O mascarado o viu e se deteve.

Russell? Onde ele est� agora?

Desculpe, eu n�o entendo.
Ele n�o disse uma palavra?

N�o fez algum gesto que permitisse a
voc� ter algum suspeito?

N�o, n�o, nada.

Aqui n�o h� ningu�m. Acho que Vivian
deixou-se sugestionar por uma sombra.

Kim n�o foi assassinada por uma sombra.

Mas nem sequer tem uma ideia
se era um homem ou uma mulher?

N�o sei, pela maneira de caminhar,
por exemplo?

Ou pelos olhos?
Deve ter visto seus olhos, n�o?

N�o, n�o, j� disse que n�o!

Vivian!

- N�o h� nada mais o que fazer.
- Ele n�o poderia ter se suicidado?

Em teoria, sim.

Contudo, vendo sua roupa
e alguns dos ferimentos

fica claro que manteve uma luta com algu�m.

Al�m disso, por que ele haveria
de suicidar-se?

Por remorso.

Talvez tenha sido ele que matou Kim.
Kim estava noiva de Patrick,

mas antes ela teve uma rela��o com Russell.

E talvez n�o estivesse
terminada por completo...

Espera que acreditemos
em um conto de fadas como este?

� inacredit�vel. � irracional.

Mas as coincid�ncias s�o muito
extraordin�rias para serem casuais.

Vejam.

Esta representa perfeitamente
o assassinato de Kim.

A segunda � uma mulher amea�ada.

E a terceira me parece evidente,
um enforcado.

� um homem enforcado, como Russell.

� um pergaminho antiqu�ssimo.
Deve ter pelo menos 500 anos.

Mas descreve tudo o que
est� acontecendo aqui.

Nesta noite.

E o que est� acontecendo, segundo voc�?

Qual seria o sentido desta hist�ria?

Estamos vivendo uma hist�ria
que j� se passou.

Uma mulher apunhalada,
um homem enforcado.

Mas a segunda figura mostra uma mulher
gritando, amea�ada por um punhal.

Ele n�o tinha um punhal na m�o,
mas um cigarro aceso.

H� 500 anos, n�o se usavam cigarros.

Ent�o, sua mulher amea�ada n�o era Vivian.

Aqui, estamos todos perdendo a cabe�a.

Doris...

- Doris!
- Aonde ela foi?

Eu n�o a vi mais!

Rebecca, fique aqui! N�o se mova!

Deixe-a ir.

Enquanto estivermos todos aqui,
n�o corre nenhum risco.

Sim, mas a pr�xima v�tima...

Veja.

Est� dizendo um monte de besteiras!

Ou est� tentando confundir nossas ideias?

O assassino � um de n�s.

E temos que descobri-lo
antes que seja muito tarde!

Doris!

Doris!

Doris! Doris!

Doris!

S�o todos truques que podem
ser explicados facilmente.

Algum sistema eletr�nico pode
trancar as portas sem ferrolho.

E o telefone desconectado n�o
significa absolutamente nada.

As vozes misteriosas que ouvimos
poderiam inclusive ter sido gravadas.

Certo, mas meu gravador n�o as gravou.

N�o que eu n�o creia no sobrenatural,
mas este � um fato.

Seria um fato se ligou seu gravador.

Temos somente sua palavra.

- Pelo que ela vale, n�o?
- Tamb�m poderia ter se enganado.

Sim, senhor, mas me irritou.
Isso n�o resolve nada. Venha.

Pare. Aonde vai?

E o homem de jaqueta nehru, como explica?

Sabe de uma coisa?

H� um retrato dele na outra sala.

N�o o vi.

Mas l� h� uma pintura do s�culo XVIII.

Sim, um retrato de um cavalheiro
de 1700.

Mas estava ali antes.

Ainda est� em choque.

N�o, eu vi.
Tenho certeza, era ele mesmo.

Esta pintura � do s�culo XVIII,
como voc� disse,

mas como poderia ser o retrato de um homem
que estava conosco at� h� pouco?

- Talvez n�o fosse um homem.
- � um homem.

E agora est� escondido em algum lugar.

Estou convencido de que
ele � c�mplice do assassino.

Eu tamb�m.

- Por que n�o seria o pr�prio assassino?
- Todos n�s dissemos que n�o o conhecemos.

N�o pode ter interesse
em matar desconhecidos.

Se sua teoria estiver correta, o assassino
deve ser algu�m que conhece bem o teatro.

� onde quero chegar.

Algu�m que deu um jeito de entrar antes,
de preparar a cena.

Os truques.

Eu.

Ou Rebecca, ou Lynn, ou Duncan.

Todos poderiam ter entrado no pal�cio.

Voc� tamb�m.

E tamb�m Albert. Todos.

Mas Albert tem uma ideia precisa. N�o?

Evidentemente. Mas n�o posso provar.

E quem tentou me matar, nesse caso?

- Voc� fica aqui.
- Solte-me.

Doris!

Doris, est� aqui?

Doris...

Doris...

N�o!

Socorro!

Solte-me!

Patrick.

Voc�?

Quem � voc�? Responda.

Patrick, com quem est� falando?

Com... com ele.

Do que est� falando?

Estava aqui.

Estou certo disso.

Eu o vi.

- O que est� dizendo?
- Era o homem com a jaqueta nehru.

Ele me chamou. Sorriu para mim.

Vivian, deve t�-lo visto, certo?

Voc� o viu tamb�m.
Ele estava ali.

Voc� teve uma alucina��o.
Ou ficou confuso. Nada mais.

Ent�o,

estou louco.

Estou louco.

Talvez Albert tenha raz�o.

Eu sou o assassino.

S� eu poderia conhecer
o teatro e preparar tudo.

Ningu�m acreditou no que Albert disse.

Ningu�m.

Mas tenho medo que seja verdade.

N�o consigo me lembrar de nada.

� como se houvesse vazios em minha mente.

Queria saber o que aconteceu
naqueles momentos.

Venha, Patrick.
Vamos embora daqui.

Algu�m tentou mat�-lo
assim que chegamos aqui.

E n�o era um fantasma.
Fantasmas n�o podem matar.

Se continuarmos aqui, acabaremos
todos mortos ou todos loucos.

E eu juro a voc�,

a �nica pessoa aqui de quem
n�o tenho medo, � voc�.

E se estiver errada em ter
tanta confian�a em mim?

N�o seria t�o ruim.

Sabe, minha vida n�o vale muito depois
do que aconteceu no ano passado.

Por que fala isso, Vivian?
� absurdo.

Nunca me disse por que
rompeu nosso noivado.

Mas eu sabia.

Porque uma s�rie de cartas an�nimas
e de fotografias

explicaram a voc� minuciosamente
o que eu sou.

Uma mulher muito liberal.

Liberal demais para ser minha esposa.

Pode falar garota de programa, ou
puta, se quiser ser mais expressivo.

- Vivian...
- Tudo verdade, naturalmente.

Eu te amava muito.

N�o sabe o quanto hesitei
antes de cancelar.

Eu tamb�m te amava muito.
Falando s�rio.

Mas em seu ambiente,
as mulheres podem ser l�sbicas ou vadias,

isso at� mesmo � considerado uma
agrad�vel excentricidade,

mas n�o podem serem pagas por isso.

� a regra do jogo.

Por que quer falar sobre isso?

- Sempre esperei poder evitar.
- Por qu�?

Porque chegou o momento
de lhe dizer uma coisa.

Seu informante an�nimo era seu m�dico
de confian�a e amigo do peito, Albert.

E por tr�s de mim, mesmo que fizesse parte
do seu mundo, sempre esteve Albert.

Para n�o me perder, chegou at�
a se casar comigo.

Albert...

Ele queria me manter presa a ele
a qualquer custo.

Ele o odiava e continua a odi�-lo,

porque sabe que n�o consigo esquec�-lo.

Ele tamb�m...

Ele tamb�m teria um motivo para me matar.

Ele, mais do que qualquer outro.

Porque ainda te amo, Patrick.

Agora, mais do que em qualquer
outro momento.

Um magn�fico ataque card�aco.

Meu pobre av� quando morreu tinha
89 anos.

Mas seu irm�o foi parar em uma cl�nica
para doen�as mentais.

Ah, sim, me parece.

Alcoolismo cr�nico.
Acontece nas melhores fam�lias.

E mais, uma velha e nobre fam�lia
sem nem sequer

um alco�latra para poder se orgulhar,

deve ser rebaixada.

Mesmo Patrick esteve em uma cl�nica
por alguns meses quando jovem.

Sabiam disso?

Ou�a, doutor, se quer insinuar que
meu pai � louco, o louco ent�o � voc�.

N�o estou insinuando nada.

Mas tenho certeza de que
Patrick esteve doente.

Somente um insignificante colapso nervoso.

Mas meu pai � uma pessoa
lucid�ssima e racional.

Seu �nico defeito � de se cercar
de putas e de falsos amigos.

Todos em grupo.

E n�o seria nenhuma surpresa se entre eles
h� tamb�m um assassino.

- Escute bem, garotinha...
- Escute-me voc�, doutor!

J� deu! Se quer brincar de Sherlock Holmes,
troque seus interlocutores. Claro?

- Onde est� a Rebecca?
- Procure por Doris e encontrar� Rebecca.

O problema � simples.

N�o posso fazer isso, Duncan.

N�o esta noite. Tenho medo.

Por que n�o?
Esta � uma boa noite para isso.

Mas Kim e Russell est�o mortos.
Algu�m deve t�-los matado.

Russell primeiro matou Kim
e depois se suicidou.

Mas tudo isso em nada nos afeta.

Fique tranquila,
que nada mais vai acontecer.

Pare com isso, Lynn! Pare com isso!
Basta, eu j� disse! Basta!

N�o!

N�o!

N�o, n�o!

Desta vez, o assassino deixou
seu cart�o de visita.

Mas � meu.

Perdi quando chegamos aqui.

Procurei em toda parte,
mas n�o o encontrei.

- Ou Rebecca o arrancou de voc�.
- Mas n�o!

N�o tive nada a ver com
isso, eu estava com Patrick.

Quando? Sabe exatamente a hora
que foram assassinadas?

N�o...
Mas por que n�o acredita em mim?

O que tem a ver comigo!
N�o tenho nada com isso!

Todos voc�s ficaram loucos!
N�o tive nada a ver com isso!

- N�o tive nada a ver com isso!
- Pare!

N�o foi ela, Duncan.
N�o foi nenhum de n�s, entende?

- Conversa! Os fantasmas n�o matam.
- Mas estamos nas m�os deles.

- Em meia hora estaremos ao ar livre.
- Como?

Voc� ver�.

Ajude-me. N�o me deixe.
Estou morrendo de medo.

Espere.

Veja.

Faz duas horas que estou tremendo.
Por que n�o me deu antes?

J� tinha tomado muitas.

N�o me bastam. D�-me outra.

Lynn...

O que voc� tem, Lynn?

Nada aconteceu, Patrick.
� tudo uma esp�cie de sonho.

J� tive outros como este.

- O que voc� tomou?
- Nada.

Umas p�lulas bem pequenas.

O que importa � que tudo o que
est� acontecendo � apenas um sonho.

Ningu�m nos trancou aqui.

Ningu�m est� morto.

E voc� n�o � meu pai.

Enquanto durar a viagem,
somos todos t�o livres quanto o ar.

Verdade, Patrick?

N�o!

Socorro! N�o! N�o! N�o...

Surpresa!
Eu lhe dei um belo susto, hein?

O que significa esta palha�ada?

- O que � essa fantasia?
- O que �?

� um dos muitos truques que
algu�m organizou aqui esta noite.

Eu o encontrei no corredor,
perto dos palcos.

E n�o fui o �nico que se divertiu,
havia mais algu�m que levava a s�rio.

E quem disse que n�o foi
voc� que levava a s�rio?

- O �nico!
- Lynn pode dizer.

Sempre estive com ela.

Quem a usava foi o homem que tentou
desfigurar-me com o cigarro.

Mas n�o fui eu.

Se eu quisesse realmente elimin�-la,
tive todo o tempo at� h� pouco,

em vez de ficar saltando ao seu redor
como um �ndio.

Meu Deus...
Eu pensei que morreria de medo.

� um inconsequente, embriagado de droga.

Mas n�o creio que seja ele o culpado.

A solu��o para o que est� acontecendo aqui,
n�o est� em nenhum de n�s.

Est� nas palavras do homem
com a jaqueta nehru.

N�o s�o palavras sem sentido.

� um relato de fatos que realmente
ocorreram aqui, neste pal�cio.

Agora me lembro do que diziam
os criados quando eu era menino,

e que pensavam que eu n�o entendia.

Diziam que entre meus antepassados,
muitos, muitos s�culos atr�s,

houve um pr�ncipe, um senhor feudal.

Que sabia...

Sabia que todas as pessoas da corte
mais pr�ximas a ele

por uma raz�o ou outra queriam
que ele morresse.

Ent�o ele deu uma festa em seu pal�cio.

Este.

Ele matou todos, um por um...

N�o se sabe como terminou aquela noite,

mas sobre minha fam�lia caiu
uma esp�cie de maldi��o.

Exatamente a cada cem anos, no mesmo dia,

os mesmos eventos se repetiriam
da mesma maneira.

Mas n�o � mais que uma lenda, Patrick.

N�o v� que isso est� se repetindo
ponto por ponto?

Meu Deus...
Eu tamb�m pare�o uma morta.

Patrick...

O que est� fazendo?
Tire esta fantasia.

Patrick...

N�o... Patrick...

Est� me assustando.
N�o me olhe assim.

N�o!

Vivian...

Eu n�o queria...

Lynn...

Lynn!

Lynn!

Fui eu.

Eu matei todos eles.

N�o sei como...
N�o sabia o que estava fazendo.

Depois nem sequer me lembrava.

Ajude-me, Lynn.
Ajude-me.

N�o fui eu quem os matou,
mas o homem com a jaqueta nehru.

Ele guiou minha m�o.

Acredite em mim.

S� voc� pode me salvar.

Desta vez est� feito.

Foi mesmo uma sorte, Lynn, que a viga
n�o o atingisse na primeira vez.

Ele aproveitou esta sorte
para matar todos os outros.

E assim, n�o resta uma s� testemunha.

Somos os donos de tudo finalmente,
e livres para viver como quisermos.

Ainda n�o. Estamos trancados aqui.
As portas est�o fechadas.

Certo! Acha que n�o pensei nisso?
Vamos.

Eu quebrei a fechadura.

Bastar� um empurr�o e...

N�o � poss�vel!

� uma maldi��o!
� uma maldi��o!

N�o! N�o! Quero sair!

- Tire-me daqui!
- Basta! Basta!

- N�o! N�o!
- Cale-se!

- Basta, Lynn...
- Tire-me daqui!

Quero sair!

Ou�a, vamos voltar.
Estou com medo, Duncan.

Para cair novamente naquela
maldita cilada do teatro?

Estamos indo ao subterr�neo.

Ent�o, a cada cem anos,
mataria a todos um por um,

poupando apenas sua filha,
porque a amava.

Mas n�o como um pai.
Como um amante.

E ela mesma carregaria em seu ventre
o fruto daquele amor...

para matar seu pai.

Mas sobre a filha e sua descend�ncia,

cairia a mesma maldi��o
uma vez a cada cem anos,

destinada a durar at� que a interven��o
e o amor de outra mulher

pussessem fim ao incesto.

Somente ent�o, a semente culpada
desaparecer� da Terra,

e a maldi��o terminar�.

N�o quero morrer! N�o!