All language subtitles for Transfer S01E06 (2017)

Transplant�mos a tua mente noutro corpo.

�s o Sylvain Bernard.

O Gabriel descobriu e tentou avisar-me.

Vais-me denunciar?

N�o sabemos muita coisa
sobre transferidos.

Chama-se "revers�o".

Conhece o meu filho?

Em breve, ele ir� suceder-me.
Estou doente.

Eu proporciono-lhe
a imortalidade, Sr. Syrmay.

Ap�s a cerim�nia, a marca � para sempre.

As transfer�ncias causaram
uma onda de febre religiosa.

A sociedade est� pronta para restaurar
o papel central da religi�o no Estado.

O Paul Dangeac trafica transfer�ncias.

Por amor de Deus, n�o pode proteg�-lo.

Amanh�, ser� formalmente identificado.
Nem eu, nem o senhor podemos impedi-lo.

Muito pode acontecer numa noite.

Quem beneficiou com a minha desgra�a
e a morte da minha fam�lia?

Estamos atr�s do mesmo homem, Florian.
Ajuda-me a encontrar o sacana que a matou.

A cerim�nia vai come�ar.
Sigam-me, por favor.

Um reencontro feliz
com o seu ente querido.

Obrigado.

Parab�ns, querida.

Era bela.

Sim.

Mas �s ainda mais bela, Michelle.

Oriane.

Prefiro que me chames Oriane agora.

Se quiseres, mas estamos sozinhos.

Ser�s sempre a minha Michelle, amor.

J� passaram dois anos.

Ao teu anivers�rio, meu amor.

Achas que agimos bem?

N�o me arrependo.

Tive duas mulheres magn�ficas
e uma alma g�mea para a eternidade.

Compensa as trai��es
e problemas com o Dangeac.

Michelle. Michelle. Est�s bem?

N�o queria dizer nada, sobretudo hoje.

Fui ao m�dico.

Voltou, Vincent.

O mesmo cancro que tive
antes da transfer�ncia. O mesmo.

N�o tenho servi�o p�s-venda.

O corpo dela estava em plenas condi��es.

Deves estar a adorar.

- Ver-me a implorar.
- Assim recordas a tua d�vida.

Tens tend�ncia a esquecer-te.

Certo.

Tenho os teus agentes � perna.
Trata disso.

- J� o fiz.
- Ai j�?

Ent�o e a visita da tua agente
ao Padre Luc?

J� n�o sou o �nico alvo.
Ajuda-me a acalmar os fan�ticos.

Esses problemas com a Igreja s�o teus.

- E teus! Tenho-te na minha m�o.
- Seu convencido de merda.

Com um s� dedinho, arru�no-te.
S� te protejo por causa da Michelle.

Se me arruinares, todos saber�o que
o chefe da BATI vive com uma transferida.

Tanto tu como a BATI v�o � vida.

Percebeste?

H� muito em jogo
devido a esse corpo doente.

Adiante, eu arranjo-te outro.
Corpos n�o faltam.

Mas espero que acredites em Deus,

porque, agora, a BATI � nossa.

Quem � que me diz
como se reconhece um transferido?

- Eu, eu!
- Nelle.

Ele n�o � normal. H� algu�m dentro dele.

Professora!

- Juliette.
- Eu sei.

- Est�o marcados aqui.
- Nem todos.

Muito bem.

Julie?

Eles s�o como os outros.
Parecem pessoas que conhecemos.

- N�o conseguimos distingui-los.
- Pois �.

S� que os revertidos t�m
os olhos vermelhos e podem matar-nos.

Sim, acontece, mas a Julie tem raz�o.
S�o dif�ceis de reconhecer.

Mas h� uma Pol�cia especial que consegue.

Se, um dia, tiverem a m�nima suspeita
de que algu�m � um transferido,

v�o, sem o alertar,

a correr, bem depressa,
chamar a Pol�cia da BATI.

- Eu conhe�o um.
- Um transferido?

N�o, um pol�cia da BATI.

Ora bem.

N�o se fala mais no assunto.

O que tens com a Beatrice
n�o me diz respeito.

Claro que te diz respeito. Engravidei-a.

Mas n�o � teu.
Ela fez sexo com o Sylvain.

N�o com o homem que amo.

Este corpo agora � meu.

Quando fecho os olhos,
vejo-te a ti, o Florian.

�ntegro, inteligente e dedicado.
Como sempre foste.

Ainda queres ir embora comigo?

Mais do que nunca.

Voltar�s a ser tu mesmo.

Seremos livres.

Queres mudar o mundo,
mas � ele que est� a mudar-te.

N�o me sacrifiquei
para que sejas outra pessoa.

Ao fim e ao cabo, estamos juntos.

Vou s� acabar uma coisa.

Depois, poderemos partir. Prometo.

A Tenente Lourmel j� chegou?

A Beatrice est� com o comandante.

S� precisamos de mais um pouco de tempo.

Eu sei que este caso pode ter
um impacto pol�tico enorme.

At� a mim me custa a crer.

Mas, se tivermos raz�o,
apanhamos uma grande rede de tr�fico.

- Encoberto por figuras religiosas.
- Ele abusa de ti, Beatrice.

A senhora � que abusa de n�s.

A Viviane implica comigo.
N�o consegue admitir que mudei.

Abre os olhos, Viviane.
O Padre Luc mentiu-nos.

N�o sei como � que se meteu no esquema,
mas ele e o Dangeac encobrem-no.

Chega. Acabou.

Perderam ambos o ju�zo.

A partir de agora,
acabou-se o trabalho no terreno.

Problema resolvido.

Dadas as circunst�ncias,
a Viviane estar� mais envolvida na BATI,

de modo a restabelecer a moralidade
que claramente est� em falta.

Vendeu a BATI � Igreja?

Ela acusou o Padre Luc sem autoriza��o.
N�o tenho alternativa.

N�o percebem o que se passa l� fora?

Metam na cabe�a
que h� interesses mais importantes

do que os vossos egozinhos de merda.

A Igreja � a nossa maior apoiante agora.
S�o necess�rias garantias.

Gostaria que chefiasses
um grupo de ora��o interno.

Fico muito chateado
se te demitires, Beatrice.

Est� contente?

Vais andando?

Woyzeck!

Woyzeck!

Tenho o nome que procuras.

Paul Dangeac.

Cumpriste a tua parte do acordo.

Agora, �s livre.

� assim?

Dou-te um conselho: esquece-me.

�s melhor do que isto.

Certo.

N�o quero voltar a ver-te.

Veremos.

Adeus, Florian.

Boa tarde.

Ei!

Um explosivo pequenino corre-lhe nas veias
e ficar� alojado no seu cora��o.

Conhece este aparelho.

Se esta menina piedosa
carregar naquele bot�o,

a sua carne maldita vai salpicar
todo este lugar sagrado.

Acho que n�o acredita no Para�so.

� melhor acompanhar-nos.

PAUL DANGEAC
FINANCIADOR DA IGREJA

Temos de retomar as tuas consultas.

Isso � uma ordem?

O que nos aconteceu?

- Sempre foste minha amiga.
- Ainda sou.

Amanh�, fa�o os meus votos.
Quero-te presente.

Porque � que n�o me d�s ouvidos?

Deus e o Padre Luc
s�o duas coisas diferentes.

- Porque � que o trouxeste de volta?
- Sempre foste fraca.

O Sylvain n�o te far� mais mal.

Ser�s a minha testemunha
porque �s minha amiga.

Porque erraste e tenho de te salvar.

Eu vou.

Como se fosse o teu funeral.

- Reza comigo, Beatrice.
- Aqui n�o, por favor.

- Reza comigo.
- J� chega.

Rezem todos!

"Pai Nosso, que estais no C�u,

santificado seja o Vosso nome,

venha a n�s o Vosso reino,
seja feita a Vossa vontade...

Perdoai-nos as nossas ofensas

assim como n�s perdoamos
a quem nos tem ofendido.

E n�o nos deixeis cair em tenta��o,
mas livrai-nos do mal.

�men."

Larga-me.

Woyzeck,

� um prazer conhec�-lo.

At� que enfim.

- Podemos chegar a um acordo.
- O j�ri iria adorar.

Ser� que ambas as partes
podem chegar a um acordo?

Escuta.
Apoderei-me do teu tr�fico. � um facto.

Mas desenvolvi-o.

Tenho contactos. Prote��o.

Ningu�m nos apanha.

- Podemos ser parceiros.
- Devolves-me as m�quinas? E esconderijos?

E porque n�o?

Os meus documentos?

- A minha organiza��o?
- Com certeza.

Partilhamos os lucros.
Vai por mim, s�o abundantes.

Devolves-me a minha mulher
e as minhas filhas?

E cheg�mos a um impasse.

Woyzeck, eu sei o que est�s a pensar,
mas est�s enganado.

H� um ano,

algu�m me denunciou � BATI
pelas minhas atividades.

Tenho contactos l�.

A minha mulher recusou-se a depor.
Ficou em pris�o domicili�ria como isco.

A 22 de dezembro,
foi brutalmente assassinada.

- N�o fiz nada.
- As minhas filhas tamb�m.

A Dana, 13 anos.

E a Dorota, sete anos.

Foi uma grande trag�dia.

Mas, repito, n�o fui eu.

Eu explico a situa��o ao j�ri.

Corre um aparelho pelas veias do arguido.

O queixoso pode passar o veredicto dele
com apenas um gesto.

Bum! Caso encerrado.

Juro que nunca faria mal a crian�as.

Quero a verdade, percebes?

Que situa��o explosiva.

Fui eu que te denunciei
para usurpar o teu neg�cio, sim,

mas a BATI � que vigiava a tua fam�lia.

- Juro que n�o fui eu que as matei.
- Quem foi?

Se te contar, tiras-me esta coisa?

Ficas com ela.

Se descubro que me mentiste,
ou se tentares prejudicar-me...

... seja quando ou onde for...

Quem foi?

Adoro este v�deo. J� o vi umas 20 vezes.

J� tiveste a tua vingan�a.

N�o v�s a ironia?

Contrataram-me para assassinar
o Sylvain Bernard

e, sem querer, acabei por vingar-te.

Ou melhor, foi o Novak.
Lindo menino. Afinal, teve pontaria.

E o c�mulo da ironia:

o gajo a quem pediste ajuda
tem o corpo do gajo...

Importas-te de te calar por uma vez?

- Bom fim de semana.
- Adeus.

- Adeus.
- Bom fim de semana.

E ent�o? Mais uma rusga da BATI?

N�o estou com cabe�a
para sarcasmo, Sr. Volber.

Amanh� de manh�,
o Padre Luc vai ordenar novas irm�s.

Quero que esteja presente.

Eu numa igreja? S� pode estar a brincar.

Certifique-se de que traz jornalistas.

Na cerim�nia,
vou revelar coisas ao p�blico.

Coisas que n�o quero que sejam abafadas.

De que est� a falar?
Vamos falar sobre isso l� dentro.

Espero n�o me arrepender de ter vindo.

A BATI n�o vai fazer nada.
Espero que o senhor fa�a.

Conhece o Dr. Vautier?

Fez grandes progressos
no campo das transfer�ncias.

Quero que a PDL anuncie isso,
sem mencionar a Syrmedic.

- Espere. Talvez seja um pouco prematuro.
- O doutor tem a cura para a revers�o.

A s�rio? Que maravilha.

N�o. Disse que podia provocar
e interromper revers�es.

Exato. Este pesadelo acabar� por fim.

N�o consigo travar uma revers�o
que n�o induzi.

� muito cedo para divulgar isso.

Discutam os detalhes entre v�s.

Como assim? Se a pesquisa n�o teve �xito,
n�o vou arriscar a minha credibilidade.

A sua credibilidade?

Repete as mesmas frases f�teis h� anos.

Ningu�m lhe d� ouvidos. D�-me uma raz�o
para continuar a patrocin�-lo.

Amanh�, terei informa��es com as quais
derrotaremos o nosso maior advers�rio:

o Padre Luc.

O que � que disse?

Se a minha fonte � fi�vel,
vou destrui-lo de vez.

Como todos os pol�ticos,
s� quer afagar o seu ego.

Est� proibido. Percebeu? Proibido.

- N�o me pode impedir.
- � pol�tica, Volber.

A pol�tica a s�rio implica
controlar os nossos inimigos.

Mais vale o Padre Luc como inimigo
do que o senhor como amigo.

A minha integridade e os meus ideais
n�o est�o � venda, Sr. Syrmay. Boa noite.

Palha�o.

Ainda n�o percebeu que j� n�o � relevante.

E o que estava para a� a dizer, Vautier?

Preciso de tempo, mas h� progressos.

Espero bem que sim.
N�o sou uma das suas cobaias.

No entanto, se quer acelerar o processo,

preciso de algu�m relacionado
com um dos meus pacientes.

Ele est� preso de momento.

Talvez, com os seus contactos,
consiga fazer com que o libertem.

- � um transferido?
- N�o.

� apenas um mero traficante.

Fabrice Bernard.

Esperei tanto por este momento.

A remoer a minha vingan�a.
A vingan�a que me roubaste.

De que est�s a falar, Woyzeck?

Estou farto de esperar pelo Woyzeck.
� in�til. Ele n�o vem.

Ele vir� buscar a fam�lia.

- Trabalho � trabalho.
- �, �.

J� te mostro o que � trabalho.

O que est�s a fazer?

Estou farto de vigiar esta cabra.

Vou tratar deste nosso problema

e, a seguir,
vou dar uma trancada na Beatrice.

Fica aqui. N�o saias daqui.

Espera, n�o v�s.

Cretino do caralho.

N�o � verdade.
N�o fui eu. N�o podes fazer isto.

N�o te fa�as de v�tima.

Devia matar-te.
As tuas m�os est�o manchadas de sangue.

- O sangue das minhas filhas!
- N�o, Woyzeck! Sabes bem que n�o fui eu!

Isso, deixa-o sair.
Reverte para que me possa vingar!

Chega! Tenho mulher e filhos!

A Sophie, a Julie e o Thomas.
Tu conhece-los, Woyzeck!

"Woyzeck" � o nome
que a minha m�e me deu.

A minha mulher chamava-me Woyzeck!

Chamo-me Florian Bassot.
Sou uma boa pessoa.

Sou casado...

�s o monstro do Frankenstein
no corpo de um assassino.

Bem-vindo ao meu pesadelo.

Vai-te foder, Sylvain.

N�o fui eu. N�o fui...

Anda c�, Liza.

Bom dia, comandante.

Meus irm�os e irm�s,

estamos aqui reunidos para consagrar
a profiss�o solene de tr�s membros

� Ordem dos Cruzados da F�.

Viviane, Ingrid, Marie.

Decidiram dedicar a vida a Nosso Senhor.

De O desposarem hoje, em amor e devo��o,

e, assim, tornarem-se Suas servas
na pobreza, na castidade e na obedi�ncia.

� um chamamento exigente,
ao qual responderam,

e que vos levar� para junto
de pessoas na sociedade civil

para espalhar a palavra do vosso esposo,
Nosso Senhor Jesus Cristo.

N�o a troco de gl�ria,

nem de orgulho.

Mas, aos olhos de todos, ser�o

a express�o do Seu poder, da Sua vontade,

da Sua viol�ncia, caso Ele o exija,
mas tamb�m da Sua miseric�rdia.

Vais a tempo de desistir.

- N�o pode passar.
- Sou da BATI.

- A Tenente Lourmel?
- N�o sei.

- Beatrice Lourmel?
- N�o sei!

Beatrice.

Chamo-me Julie Bassot.

Vim denunciar um transferido.

O meu pai.

Por aqui.

Este atentado,

cometido na minha igreja,
atacou homens e mulheres de boa vontade.

Atacou a nossa f�, Deus e a Humanidade.

As v�timas s�o muitas.

Eu pr�prio perdi um amigo.

Paul Dangeac.

Ele era um bom homem...

Diz.

Que este acontecimento tr�gico

reconcilie os que choram
e aqueles por quem choramos

com quem nos faz chorar.

Fica aqui. Volto j�.

Malta.

- Venham.
- Quem nos ataca...

Que fiquem sabendo que nunca nos vencer�o.
Que seremos cada vez mais fortes.

Capit�o Sylvain Bernard,

o senhor est� preso.

Por ser um transferido.

Porque falo em nome da verdade.

Vamos para ali.

Por aqui.

- Capit�o Bernard...
- Levem-no.

- De que foi acusado?
- Tem algo a declarar, por favor?

Capit�o Bernard, por favor.

Julie?

Est�s bem?

E tu?

N�o digas nada.

Senta-te.

Est�s contente?

O que aconteceu na igreja?

N�o sei. Tenho mais com que me preocupar.

S� fizeste merda desde que chegaste.

Eu sabia que havias de p�r o p� na po�a.

O qu�?

- O senhor sabia?
- Desde o primeiro dia.

Derrotas o Novak e chegas ao meu gabinete
atarantado como um mi�do perdido.

Devia ter-me prendido.

O Sylvain era meu amigo.

Mas era temperamental,
como j� deves saber.

Ele e o grupinho extremista dele
eram problem�ticos.

- Ele matou a fam�lia do Woyzeck.
- Eu sei.

Protegi-o demasiado.

Eis que apareces, sem nada por fazer,

e transformas o Sylvain Bernard
num her�i da BATI.

Deveria ter feito o qu�?

�s melhor do que ele, caralho.

Era como uma segunda oportunidade.

Por mais absurdo que isso seja.

Mas, agora,
j� n�o posso fazer mais nada por ti.

Ao menos, posso parar de mentir.

Mas tenho uma fam�lia.

Eu sei.

Sophie Bassot e dois filhos.

A tua filha denunciou-te.

Este mundo � uma merda, n�o �?

Por vezes,
seria bom que ele parasse de girar.

Farei o que puder, mas n�o prometo nada.

A partir de agora, nem mais um pio.

Ficas mudo como um t�mulo.

N�o d�s mais espet�culo.
Pensa nos teus colegas.

Pensa na Beatrice.

Pensa no futuro da BATI. Bico calado.

�s e continuar�s a ser um mist�rio.

Vou mandar agentes interrogar-te.

Quero que eles voltem
com uma folha em branco, sim? Em branco.

Sim.

Eu pr�prio a preencho.

Lamento muito.

Vais passar o resto da vida
no Centro �mega.

Podia ser pior.

Espera por mim aqui, Julie.

Estava � espera de qu�?

� sempre assim que acaba.

Podemos planear algo.
Liberte-o e eu levo-o para longe.

- N�o volta a ouvir falar dele.
- A senhora est� a fugir � realidade.

Ele quer que a protejamos dele, percebe?

Ele tem medo de se virar contra si
e os seus filhos.

Porque ele ama-a.

- Eu sei que tamb�m o ama.
- Era uma ilus�o de merda.

Ambas ca�mos nela.

E acaba assim?

Ele � um transferido. A lei � clara.

N�o h� nada a fazer por ele.

Siga em frente.

Espero que o seu filho saia ao Florian.

Sylvain Bernard, o tenente da BATI
louvado pela sua dedica��o,

o homem que prendeu o pr�prio filho,

� um transferido
chamado Florian Bassot, um marceneiro.

O Vaticano, que n�o se tinha pronunciado
quanto � seita do Padre Luc,

condenou o atentado.

Isso pode ser interpretado
como um reconhecimento oficial.

H� muitas mensagens de apoio,
mas sem atribuir culpas.

Podemos culpar os transferidos.

O Volber � uma das v�timas.
Podemos usar isso.

- J� se sabe porque � que ele estava l�?
- N�o, mas n�o estava envolvido.

Podemos aproveitar para divulgar que,
mesmo na PDL, h� crentes.

Padre Luc?

Requisitaram uma reuni�o confidencial
consigo para breve. � muito estranho.

Agrade�o a sua presen�a.

Escute, Sr. Syrmay, n�o percamos tempo.

A sua empresa representa
tudo o que combato:

o poder, a corrup��o e o dinheiro.

Tal como a inven��o das transfer�ncias,
cujo movimento levou a este atentado.

E � ascens�o da sua Igreja.

J� para n�o falar
do neg�cio lucrativo do Sr. Dangeac.

A morte do Sr. Dangeac
afeta o patroc�nio da sua campanha.

Vou direto ao assunto.

Temos os recursos
para o levar ao sucesso, Sr. Padre.

Desta vez, de um neg�cio legal.

Como � que � capaz de pensar,
por um s� segundo, que ir�amos colaborar?

O seu pai e eu sempre fomos advers�rios.

A dire��o do meu pai j� l� vai.

Olhe para mim. N�o sou como ele.

Pode combater transfer�ncias ilegais,

mas d� a entender que aceita
as transfer�ncias terap�uticas.

� tudo o que pedimos.

� uma loucura.

S� para ver at� onde est� disposto a ir,
o que me oferece em troca?

Para al�m do nosso apoio financeiro,

direitos no controlo do progresso
em rela��o � revers�o.

Poder� administrar a sua Igreja sozinho,
o que n�o fazia com o Dangeac.

Sem remorsos nem press�o.
Como bem entender.

Sabia que iria recusar, n�o?

Claro que sim.

A paci�ncia � uma das nossas virtudes.

Sai da�. Olha que ficas pior.

O Dangeac est� morto.

Eu encontro outro fornecedor para
a transfer�ncia. N�o � f�cil, mas arranjo.

� s� disso que queres saber.

Sim. A tua sobreviv�ncia � o que importa.

Ent�o e o Sylvain? Ele era nosso amigo.

Eu sei. Mas n�o vamos pensar nele.

N�o consigo parar de pensar.
O Novak matou-o.

Foste tu
que mandaste o Sylvain naquela miss�o.

Tenho raz�o, n�o tenho?

Sabias que o Novak estaria l�.

Querias que ele fosse morto.

O Sylvain descobriu a verdade sobre ti.

Tentei acalm�-lo, mas o �dio dele
por transferidos era intenso.

N�o tive alternativa.

Ele denunciava-te, entendes?
Ou fazia-te mal.

E o Novak?

Contratei um intermedi�rio
que tratou de tudo.

E o Sylvain?

Quando ele saiu do hospital vivo.

Tive medo.

Mas ele tinha amn�sia.
N�o se lembrava de ti.

Ia mandar mat�-lo no dia da condecora��o,

mas percebi que n�o era ele
e que est�vamos a salvo.

N�o quero outra transfer�ncia.

Eu sei que tudo o que fizeste foi por n�s.

N�o te culpo por nada.

Mas o cancro voltou.
Ele vai continuar a voltar.

J� houve sofrimento a mais � nossa conta.

Por favor, n�o digas isso.

N�o quero perder-te.

Eu amo-te.

Acabou, Vincent.

Acabou.

Tirem-lhe as algemas.

Pode ir.

Eu levo-o.

Vais levar-me para o Centro �mega?

O nome "Liza" diz-te alguma coisa?

Ela diz que � a autora do atentado.

O alvo dela era o Dangeac.

Ela diz que s� tu sabes onde ela est�.
Que s� se rende contigo.

Explica-me tudo.

O Mareuil acha que a informa��o � fi�vel
e que �s doido o suficiente para ajudar.

Sai. � injusto mandar-te at� l�.

Eu digo que escapaste. Volta � tua vida.

Voltas a ser tu mesmo.
Aqui, �s s� mais um transferido.

- A Sophie cometeu esse mesmo erro.
- Foda-se, n�o digas isso.

Queres que seja como antes,
mas n�o posso. Isto n�o me deixa.

N�o consigo sair deste corpo.

� meu. Tal como a minha mente.

J� n�o tenho de fingir, entendes?

Adiante, se faz favor.

Tenho de falar sozinho com a Liza.

Eu consigo subjug�-la
para que ela se renda.

Empata o corpo de interven��o.
Preciso de tempo.

A decis�o deles quanto a ti n�o muda.

Tens a certeza disto?

Bem que punha as m�os no fogo
em como virias.

Senta-te.

Isso � mesmo necess�rio?

Relaxa. Tenho mortes que cheguem
a pesar-me na consci�ncia.

Fico feliz por te ver.

Vim prender-te.

At� que enfim.

S� falam sobre ti na televis�o.

O transferido mais famoso do mundo.

�s um her�i. Tu � que ainda n�o sabes.

Salvas os bonzinhos e prendes os mauz�es,
sejam transferidos ou n�o.

E a cereja no topo do bolo:
vais-me prender.

Tenho alternativa?

Eis o que vais fazer.

Vais prender o monstro
que roubou o corpo deste anjo

e que � respons�vel
pelo atentado � igreja.

Isso valer� mais do que uma medalha.
Afinal de contas, �s um transferido.

- Isso n�o � para aqui chamado.
- Vais deix�-los de queixo ca�do.

V�o ver que afinal h� transferidos bons.
At� melhores do que eles.

Nem saber�o o que dizer.

- Ser� um pol�cia, um marceneiro, ou...
- Ou simplesmente eu.

Que interessante.

J� sabes o que � ser um transferido.

- Agora, sei o que n�o �.
- Podes explicar?

Somos diferentes, Woyzeck.

Outra pessoa.

- Um �mega?
- Talvez.

� algo a considerar.

Sempre soube que era este o teu destino.

- A ti, d�o-te ouvidos.
- Escuta.

S� quero entregar-te � BATI
e ficar sossegado.

Olha que assim n�o vais l�,

mas n�o te preocupes.

Depois de tudo o que passaste,
o que poderia ser pior?

Nada.

Sendo assim, vamos l�.

- Porque � que vieram? Quem os chamou?
- N�o sei.

Pronto para fazer de her�i?

- Acho que n�o.
- � pena.

N�o tens escolha.

Desculpa.

Este cen�rio � irresist�vel.

Woyzeck.

Woyzeck.

Florian Bassot ou Sylvain Bernard?
Que nome damos a este transferido?

Ele p�s-se ao servi�o da justi�a
para apanhar o autor do atentado...

N�o podemos esquecer
o hero�smo deste transferido.

Apesar da rejei��o e do desprezo de todos,
ele � prova de que a lei deve ser revista.

Estamos em d�vida e rezamos por ele.

A fibra moral dele � um exemplo
para a sociedade e a Igreja.

Sim, os transferidos s�o uma flagelo,
mas Florian Bassot mostra

que n�o t�m de ser uma maldi��o.

Que temos de reavaliar
o estatuto social deles.

Tenha calma. Est� tudo bem.

Saiu de um longo coma.

Qual � a sua �ltima mem�ria?

De uma interven��o...

... com o meu colega.

Arrombei a porta.

O sacana do transferido deu-me um tiro.

Aqui no ombro.

O senhor � um pioneiro.

� a primeira vez
que esta experi�ncia teve �xito.

Fale com ele.

Pai?

O que est� ele a fazer?

Legendas: Jo�o Lino Monteiro