All language subtitles for 1963 - Por Um Punhado de Prata Legendado - Com Geoffrey Horne, Paul Piaget & Fernando Sancho

Por Um Punhado De Prata

C�sar?

C�sar?

Onde est�?

N�o se esconda.
Responda por favor.

Lucas est� esperando!

Seu irm�o Lucas,
est� esperando.

Por que n�o vem comigo?

Est� louco?

O que vai fazer aqui sozinha?

� para mim ?

N�o, n�o, cuidado.

Volte logo.

Estarei aqui amanh�.

Cuide-se.

� a primeira vez que
nos separamos.

At� amanh�, querida.

Temos que nos apressar, sr. G�zman,
para pegar a dilig�ncia antes do anoitecer.

Sempre com pressa.

Quanto mais cedo formos,
mais cedo estaremos de volta.

-C�sar!
-O que foi?

Nossa, ia me esquecendo.

Tem certeza de que
n�o h� ningu�m na casa?

Certamente.

G�zman e sua mulher sa�ram
essa tarde para San Antonio.

A casa est� vazia.

Ou�am todos aqui.
Acho que fui claro.

Olhamos aqui por algo
que n�o podemos achar.

Agora vamos.

Ei, veja s� isso.

Esque�a.

Fique com ele, se recordar�
dos velhos tempos de mil�cia.

Voc�!

O que est� fazendo aqui?

Por favor, fique quieta.

-Est� doido?
-Cale-se!

Saia daqui!

Fora!

Ah... n�o.

Disse que n�o havia
ningu�m na casa.

Como fica agora?

Est� morta,
ningu�m vai suspeitar.

Suspeitar de voc�.
Voc� � o assassino!

Sim, mas todos n�s
somos os criminosos.

-N�o fiz parte desse crime.
-Cuidado com o que diz.

Fiquem de boca fechada,
n�o existe nada para delatar-nos.

N�o posso concordar, senhor.
Nunca cometi um crime.

Se n�o falarem,
nada acontecer�.

-O que faremos agora ?
-Arrombaremos o cofre.

Porque, se j� estava aberto?

Para deixar de tal forma que acreditem
que n�o sabiam da combina��o.

-O que haveria para roubar?
-N�o h� nada por aqui.

Como sabe que
havia tanto dinheiro?

G�zman falou que tinha acabado de
vender um grande rebanho de gado.

Vamos embora!

Fale comigo.

Querida.

Guadalupe querida, vai melhorar.

Minha querida, n�o morra.

Patr�o, quem foi?

J� viu isso?
Quem pode carregar?

N�o.

� do assassino.
Uma prova.

Tenho que encontr�-lo.

-Foram sete?
-Sim, foram sete.

Um dos cavalos perdeu a ferradura.

N�o pode ter ido longe,
tenho certeza.

Talvez at� o pr�ximo ferreiro.

Estou indo.

Fique aqui at� eu voltar.

Bom dia.

J� atendo o senhor.

Essa ferradura �
desse cavalo, certo?

Sim.

Tem certeza?

Onde est� o cavaleiro?

No saloon, logo voltar�.

-Est� sozinho?
-Sim.

-Como ele �?
-Diria que � como qualquer outro.

Tem um chap�u de copa alta.

N�o muito usado por aqui.

O que houve?

Quem s�o os outros?
Onde est�o?

Quem a matou?
Diga-me!

Vai falar.
Vamos, responda!

Cuidado, atr�s de voc�!

Quem s�o?

Quem s�o os outros
quatro, fale?

Julio... Soares

Acalme-se.

Guadalupe?

Sim, assassinada.

Foram sete,
agora faltam quatro.

-De onde veio essa pe�a?
-Saunders vendeu para mim.

-O que posso fazer?
-Arranje-me seis desses.

� do mesmo modelo.

Enterre-os com essa pe�a.

O que vai fazer?

Vou atr�s dos quatro que faltam.

E cada uma vai pagar
pelo que fizeram.

Agora voltarei para sepult�-la.

Podemos terminar, senhor?

-Perdoe-me, ainda n�o lhe agradeci.
-N�o tem import�ncia, sr. G�zman.

Meu nome � John de Silvera.

-Brasileiro?
-N�o, portugu�s.

-O que pensa fazer agora?
-O assassino ainda est� vivo.

Como sabe que n�o � um dos
tr�s que estavam na taberna?

O assassino era algu�m conhecido.

Por isso ele a matou.
Para que Guadalupe n�o falasse.

Vai pagar por esse crime.
Em nome do meu amor.

Adeus Lucas, quero a
casa do jeito que ela gostava.

-Onde vai agora?
-Ainda n�o sei.

N�o sei.

Ent�o seguimos o mesmo caminho.
Poder�amos seguir juntos.

Eu vi o come�o e gostaria
de saber como acaba.

Sua vida poder� estar em jogo.

N�o tenho nada a perder.
Quem n�o arrisca n�o petisca.

Essa bebida � um dos meus v�cios.

Como encontrar�
os quatro que faltam?

Um deles se chama J�lio Soares.

Foi o que disse aquele
que o acompanhava.

Como se chama?

Aquele do chap�u estranho.

Acha que o reconheceria?

N�o sei dizer, talvez.

Meu pior inimigo � mexicano.

Lutamos tempos atr�s,
homem a homem.

Melhor ter amigo do que inimigo.

Tenho que encontrar Soares.

E tamb�m o do chap�u.

N�o sei dizer onde os vi.

-Nada pelo momento.
-N�o ser� uma perda.

Acha mesmo?
H� algu�m me esperando.

Estava atrasado, mas agora
tenho todo tempo do mundo.

Sentinela do Arizona
Feliz ano de 1874

-Tequila.
-Eu te conhe�o.

-Voc� �...
-Melhor n�o dizer nada.

Tem certeza de que � ele?

Espere a�!

Onde vamos agora?

� Monte Cedros.

N�o tenho mais pistas para
continuar minha busca.

Devo voltar e come�ar
em Monte Cedros.

Mas tenho medo de enfrentar
novamente o meu passado.

-Mataram mais um dos assassinos.
-N�o escapa um.

Quantos ainda restam vivos?

-Disseram dois ou tr�s.
-Jay Logan tomou um tiro.

Mataram um ap�s o outro.

-Silveira foi atr�s.
-Cedo ou tarde ia dar nisso.

Acho que vir�o para c�.

O xerife � amigo de G�zman.

Sei disso, posso contar
as maracutaias daqueles.

N�o tem a mensagem
para o prefeito?

Est�o sendo procurados
como fugitivos da justi�a.

Isto acabou-se.

N�o concordo em lutar contra
homens que s�o defensores da lei.

Prefiro demitir-me.

Dizem que G�zman e Silveira
vem para Monte Cedros.

Por isso est� saindo fora.

Fa�o o que me parece justo.
Cale-se!

Saia daqui!

Logan tinha um pr�mio de
500 d�lares por sua captura.

Foi solto pelo
governador do territ�rio...

Se tornou um pistoleiro.

Esqueci do que merecia.

Agora tem o que merece.

Sua morte parece um crime,
mas agora se fez justi�a.

Sim, mas o que voc�
precisa entender �...

se esses dois vierem para
cidade, � melhor se cuidar.

Se houvesse justi�a,
Hopkins estaria na cadeia.

Ao inv�s de ficar sentado por a�.

Entre.

Bom dia.

Os procurados v�o at� Cedros
e j� avisei ao xerife.

Tem ordem para prend�-los,
mas se recusa a fazer.

Disse que � melhor
se demitir do cargo.

Ele disse isso?

Encontraremos outro
melhor para o seu posto.

-Adios.
-At� logo.

Bom dia, McCoy.

-O que acha?
-Atiraram em seu amigo Logan.

Logan n�o era amigo de ningu�m.

Sorte n�o nos ver juntos.

Porque?

Porque parece que todos que eram amigos
de Logan, receberam uma visita de G�zman.

E sempre deixa algo
como recompensa.

Dizem que ele vai para Cedros.
Acho que est� atr�s de voc�.

O que houve com Logan,
n�o se repetir� comigo.

G�zman ainda � muito
r�pido com o rev�lver.

Eu sou mais que ele.

J� matou o homem?

Ainda n�o.

No dia em que algu�m te matar,
Monte Cedros far� uma festa nacional.

Porque voc�
� um porco, Hopkins.

Modere sua l�ngua, McCoy.
� f�cil coloc�-lo em maus len��is.

N�o, ser� melhor compartilhar
comigo a posi��o de xerife.

Como sabe que ele desistir�?

A� est�, Prefeito, entrego para
sempre meu cargo de xerife.

Ei, vejam aquilo!

Bom dia, senhores.

Amigo, porque voc�
disparou seu rev�lver?

O que achou?

Acho que sua pistola esteja torta...

ou talvez quest�o de sorte.

Disparei por que tive vontade.

Ainda bem que este chap�u
tem aba alta senhor.

Se n�o a bala teria
acertado a minha cabe�a.

Se o chap�u tivesse a copa
mais baixa eu tamb�m n�o erraria.

Se eu errasse o chap�u,
acertaria a sua cabe�a.

Ent�o voc� poderia ter me matado,
se errasse o chap�u, senhor.

N�o gosto muito de mexicanos.
Todos s�o generais.

Muito bem e veja o tipo
de companhia com quem anda.

S� podia ser gordo para
ser um idiota.

Cada porco daqui acha
que � esperto e furam...

Meu chap�u.
Agora estamos quites, senhor.

E estou de olho em
suas m�s inten��es aqui.

Ser� melhor n�o me provocar,
agora que minha arma falou.

Se me incomodar,
em breve ser� um defunto.

E digo, senhor, se quiser viver mais,
n�o fique no meu caminho.

Est� entendido?

Calma.
Ter� sua oportunidade.

Detenha esse homem!

Estou saindo do
cargo de xerife, prefeito.

Se quer mesmo bem feito,
fa�a voc� mesmo.

Se for ousado.

-Vai precisar de minha companhia?
-N�o.

At� mais tarde.

Sr. G�zman.

O que faz aqui?

Sou Marisol Benavente.
N�o se lembra de mim?

Ah, sim.

Eu vi voc� quando era...

Ao passar por aqui, vi seu cavalo
em frente a casa, l� fora.

-Pensei em entrar.
-Porque?

Por que h� anos n�o
vemos ningu�m entrar aqui.

Como est� seu pai?

Bem, um pouco preocupado
com o que houve em Monte Cedros.

Me desculpe,
n�o deveria ter entrado.

-Eu tamb�m n�o.
-Sinto muito.

Te levarei para sua casa.
Preciso falar com seu pai.

Minha nossa, que belezura.

Permita-me que me apresente.
Sou Diego Abriles...

Para serv�-la dia e noite.

Obrigada.

Volte para sua mesa,
n�o tenho tempo.

Minha boneca,
tem que ser gentil.

Se quer atrair, pois j� vi
mais beleza do que voc�.

Deixe pagar uma bebida.
� demais para mim.

Demais at� para dez pessoas.

Muito agradecida,
mas n�o quero beber.

N�o seja t�o dura, cora��o.
Voc� seria muito bem-vinda.

J� lhe disse que n�o
tenho tempo.

Certeza que voc� tem.

Vamos, tome um gole de tequila.

Esquenta o cora��o e a barriga.

Venha comigo.

Bom dia.

Como vai, forasteiro?

Deu uma li��o em McCoy.

Diga, o que quer?
O que est� pretendendo saber?

Me desculpe,
n�o queria ofend�-lo.

Somos todos amistosos por aqui,
certo, Lola?

O sr. Hopkins quer
saber o que faz aqui?

N�o fale nada que ofenda a
srta., se n�o quer virar defunto.

Era s� uma brincadeira.
Podemos conversar � s�s?

Seria melhor aqui com
a senhorita.

Grata por seu convite, cavalheiro.

Mas que coisa...
Olhe s� que bons modos.

Sei de pessoas assim,
que falam muito e pouco fazem.

Ela sabe o que faz,
por isso aprecio.

Vamos, diga o que quer.
N�o tenho muito tempo a perder.

-Quer um pouco de tequila?
-Obrigado.

Est� interessado
em ganhar dinheiro?

Especialmente se for f�cil.

Pago bem aos que me servem.

Eu pare�o um criado seu?

Poderia ser, como vi sua
arma trabalhar contra McCoy.

J� entendi,
quer que mate algu�m.

N�o exatamente.
� uma coisa diferente.

-O que quer?
-Quero que assuma o posto de xerife.

Se quiser o emprego.

Tenho cara de xerife?

Tem boa pontaria,
nervos frios, pode aceitar.

Sem rodeios.
Diga o que realmente quer.

Ofere�o um trabalho honrado.

-Bicho de goiaba.
-Quando dizer isso, sorria, Abriles.

-Como assim?
-Posso ficar nervoso.

Basta, vejamos quem � o melhor.

Certo, veremos.

Conte at� tr�s, beleza.

-E comece a rezar.
-1, 2, 3...

Nada!
Est� mesmo me testando.

Precisa sacar r�pido.
N�o quis te humilhar.

Um pouco mais, ser� seu fim.

-Piada.
-Onde esteve esse tempo todo?

Vamos come�ar
sem infantilidades.

N�o queiram se matar por nada.

Fique tranquila, boneca.

Agora comece a brincar...

Bem vejamos.

Pare de brincar comigo.

O que � t�o engra�ado?

Qual a gra�a?

Cale a boca.

Fica falando.

S� conseguiu abrir um
furo no casaco.

Quanta baboseira tenho que ouvir.

Porque n�o se
enfrentam na rua?

Quem � este?

� o que se mete
onde n�o � chamado.

Me convidou para ser xerife.

-� o prefeito?
-Isso mesmo e j� chega.

Vamos voltar ao que interessa.

Aqui n�o pode sair matando.

Porque?

-Por que eu quem manda.
-N�o gosto que me ditem ordens.

Vejam s�, gordinho assim,
s� pode fazer isto mesmo.

Fora daqui vagabundos.

Quando falar, sorria.
Entendeu?

Parece que ele n�o
gosta de voc�.

Ele n�o disse nada.

Sim, sorria.

Agora vejamos,
da sua boca, sr. prefeito.

Gosto de ver como se
defender� agora.

N�o parece t�o bom assim,
sr. prefeito.

Cale a boca, Badenas.

Fico quieto quando quero!

Gosta de mandar nas pessoas,
mas agora acabou.

Entendeu, Hopkins?

Ele parece n�o ter medo.

Parece que vai ajudar
a se decidir.

N�o preciso que algu�m me
diga o que � certo ou errado.

Quando todos
na cidade se curvam.

Aqui est� minha resposta.

Vai ter que responder � lei,
ir� para o tribunal.

Al�m de prefeito, sou homem.
E como homem, n�o vou tolerar.

Isso � somente um aviso...

N�o posso deixar
que causem desordem.

Com licen�a, cavalheiros.

Porque n�o se acertam em
um lugar apropriado?

� uma proposta justa.

De acordo.
Ser� como disse.

-E voc�, Badenas, o que acha?
-De acordo.

Melhor deixar aqui tudo
o que pode brilhar no escuro.

Dever�o levar somente
a pistola com seis balas.

Preciso ter certeza
que n�o esconder�o nada.

Assim que estiverem prontos.

Um momento.
N�o me parece correto.

Mas acho que n�o
viu direito o prefeito.

Agradeceria muito, sr. Silveira,
que me revistasse outra vez.

Assim poder� convencer a todos
de que ser� uma luta justa.

Todos devem testemunhar,
n�o � mesmo?

Desculpe a suspeita.
Quer que reviste o seu advers�rio?

N�o � mais necess�rio,
eu confio em voc�s.

Vamos.

Ficar�o cara a cara,
um de cada lado.

Fecharemos a porta e
nenhum tiro antes do sinal.

Tr�s batidas na porta,
de acordo?

De acordo.

N�o dou chances ao prefeito,
pois aquele homem sabe usar a arma.

-Ser� que vai ser f�cil?
-Com as armas em m�os, ser� r�pido.

Escute o que digo.

Badenas disparou primeiro,
assim que vi o fogo, atirei.

Foi sorte eu acho.

-Silveira e aquele mexicano suspeitam.
-De que?

Acho que n�o convenceu aquela
explica��o da morte de Badenas.

Acalme-se, n�o sabem de nada.
N�o podem saber.

De qualquer forma vamos nos
livrar deles, fazem muito barulho.

H� uma ordem de pris�o,
n�o � mesmo?

Onde est� G�zman e
porque n�o veio com Silveira?

N�o sei, mas assim que
chegar, logo se unir�o.

Devem estar prontos para
eliminar estes vagabundos.

� o jovem McCoy.

Qual o problema com ele?

Acredite, j� encarei
homens mais perigosos.

-Ou est� duvidando?
-Claro amigo, � bom com as armas.

Posso te provar com meu colt.

-Como diz?
-Puxe a arma e veremos.

Estava brincando.
N�o quero conflito com voc�.

Ora vamos, proteja sua carne.
Saque sua arma.

Desculpe, agora n�o.
Vamos ver o defunto.

-Est� me insultando.
-Depois pode me matar.

Mas antes preciso
averiguar uma coisa.

Vamos � funer�ria
para ver o morto.

Depois veremos quem mata quem.
De acordo?

Porque todo esse mist�rio?

Vamos e ver�.

Entrem, cavalheiros.
O que procuram?

Perfumes franceses.
Seda italiana.

-Tabaco, armas.
-Viemos para conversar sobre Badenas.

Ah sim, o defunto.
Venham por aqui.

Em que posso serv�-los?

N�o temos pressa de
seus servi�os, por enquanto.

N�o precisamos
ter pressa de morrer.

Todos tem
sua �ltima viagem.

Desejam algum servi�o especial?

-Quem pagar� o funeral de Badenas?
-O prefeito.

N�o posso fazer muito,
estou com pouco dinheiro.

-S� um caix�o de pinho.
-Nada de pinho.

-Ter� que ser neste aqui.
-Esse aqui...

Este ser� pago com este.

Sim, o que desejar amigo.
Estou aqui para serv�-lo.

-Voc� e a seu amigo.
-Muito gentil.

Quero um bom
enterro para Badenas.

Tratarei-o como um
membro da minha fam�lia.

-Ou at� melhor.
-Nada de trocar o caix�o.

Ou eu mesmo coloco
voc� nessa caixa.

Certo, agora
quero ver o morto.

Por ali.

Feche a porta,
n�o quero ningu�m entrando.

Agora apague as luzes.

Ou�a, me sinto bem
quando estou com vivos.

-Mas este a� est� morto.
-S� h� alguns minutos.

-Parece que est� vivo.
-Pare, com fantasmas n�o se brinca.

Chega por hoje, vamos.

Como assim?

Vai ver.

-Minhas condol�ncias.
-Obrigado.

-Bom dia, caix�es.
-O que?

N�o gostaria de estar dentro
de um destes pela manh�?

Como assim?

N�o gostaria de saber,
mas se quiser continuar vivo...

E ganhando dinheiro, n�o diga
a ningu�m que estivemos aqui.

Esque�a que teve visitas ou ...
... podem te matar.

Quem?

Aqueles que mataram
o pobre Badenas.

-Ele morreu num duelo justo.
-N�o foi duelo, foi assassinato.

-N�o se esque�a, coveiro.
-Como soube?

Ele conhecia o morto.

Isso mesmo. Tome cuidado, se
falar demais estar� encrencado.

Boa noite, minha beleza.

Vamos, vou te apresentar.

J� � noite e deveria
estar dormindo.

-Porque n�o at� amanh�.
-Poupe seu f�lego, n�o me engana.

Se tem algo melhor a fazer.

Ei amigo, n�o tem porque
incomodar a essa hora da noite.

-Ent�o, at� amanh�.
-Voc� � quem sabe.

N�o sabe que sou educado?

Desejo-lhe sorte.

Ol�, meu doce passarinho,
como vai?

Boa noite.

Algo errado?

Veremos.

Esque�a, as mulheres s�o assim.

Hoje est� com voc�,
amanh� com outro.

Cale-se.

N�o vai acreditar.

Todas se apaixonam depois
de 10 minutos de conversa.

N�o � a primeira
que sorri para mim.

-Eu sorri para voc�?
-Porque age desse jeito?

Somos feito um pro outro.

J� ouvi isso antes e sabe bem.

Como assim?

Voc� � daqueles que acreditam
em amor a primeira vista...

e se sou um p�ssaro,
sabe que amo a liberdade...

N�o posso pertencer a ningu�m.

Fala como uma mexicana
desgarrada.

Como voc�.
J� esperei por um homem.

Posso realizar os seus desejos,
querida.

-Mostre-me o melhor e pensarei.
-Quero trat�-la com belos sonhos.

Obrigada.

Entre, amigo.

Fique � vontade.
Uma dura cama te espera.

O que procura?

-Olhe aqui em baixo.
-Deixo para voc�.

Viu esse buraco?

Algu�m vem a�.

Engra�ado quando
olhei pela janela.

Deixou Lola s�.

Veio direto para o
hotel e o vi subir.

Est� me espionando?

Lola � a criatura mais
bela desse mundo.

Viu aqueles olhos?
Parecem dizer-me...

"Te quero" com aqueles
l�bios beijando-me.

N�o entendo.

Melhor fazer do meu jeito.

-Quem �?
-Parece...

Sim � G�zman.

Sei de algu�m
que vai tremer ao saber.

Sim, quem �?

Acaba de chegar uma carta
para o senhor, sr. G�zman.

Para mim?

Passe por debaixo da porta.

Hora dos fogos de artif�cio.

Quem atirou nele?

G�zman, esse � Diego Abriles.

-Perdoe-me colega.
-Perdoado.

Voc� o matou?

-N�o.
-Porque ele mataria?

Ele batia na porta.

N�o atendi, n�o
sei quem � o assassino.

Mas foi morto.

Receio que a armadilha falhou.

-Voc� quem planejou?
-N�o.

Depois do fracasso, voc�
n�o assumiria n�o � mesmo?

Precisa ter certeza que
era a esposa de G�zman.

-Quem � o homem?
-Algu�m que est� muito assustado.

Por favor, n�o fa�a essa cara.

Todo dia morre gente.
Mas eu estou aqui vivo.

Lhe convido para uma bebida.
O que me diz?

Bom dia.

Sr. G�zman, se ficar na cidade
devo prend�-lo em 24 horas.

Isso � rid�culo,
n�o esperava que me diria isso.

Parece que algu�m
quer tir�-lo do caminho.

Por isso voltei. Os dois
assassinos de minha esposa.

Ainda est�o na cidade.
Assim que terminar, irei embora.

Obrigado, mas acho que
me deu muito.

Sim, mas acho que
merece esse dinheiro.

Melhor me retirar,
n�o h� outra solu��o melhor.

G�zman voltou, eu estava
quando mataram a esposa.

Eu n�o a matei.
Tenho minha consci�ncia limpa.

Estava l� e G�zman sabe.
Se ele n�o me matar, algu�m mata.

O assassino.

Sr. G�zman, uma
senhorita est� lhe esperando.

-Uma senhorita?
-Sim, senhor.

J� vou.

-Bom dia, senhorita.
-Preciso lhe falar.

O que houve?

-� muito importante.
-Diga.

Por favor!

Posso lhe dar o nome de uma
testemunha da morte de sua esposa.

-J� se foi.
-Acho que ouvi uma voz.

Tem ideia de onde
possa ter ido?

Disse que ia para o sul.

Disse que n�o era o assassino.
Mas sabe quem realmente �.

Como posso encontr�-lo,
sem pistas?

Deve ser aquele da noite passada,
que disparou.

N�o, ele estava comigo
quando aconteceu.

-Tem certeza?
-Absoluta.

Vou ach�-lo.

O assassino est� l�.

Porque n�o esquece?
Muitos j� morreram.

-N�o � minha culpa.
-N�o pode perdoar?

Nunca!

Toda vez que lembro
de minha esposa alegre...

Quando estava comigo...
Desisti de tudo o que tinha.

Por amor?

Sim, por amor e nada mais.

Mataram por um
punhado de dinheiro.

N�o vou esquecer
enquanto for vivo.

McCoy.

-Tem um minuto?
-O que quer?

-Hopkins disse algo sobre mim?
-Nunca falaria.

Ele cuida dos neg�cios
e amigos dele.

Sabe que posso apresentar as
acusa��es contra voc� ao governador.

Hopkins n�o se importa quando
precisa esconder algu�m.

Quero que fa�a
um trabalho para mim.

-Fale o que �.
-Eu pagarei bem.

Deve ser o homem mais
rico nesse territ�rio.

H� cinco anos atr�s j� trabalhava
para a ag�ncia dos bancos.

-Quem lhe disse isso?
-Sei mais do que isso.

Hopkins fala demais.

-H� um jeito de mant�-lo calado.
-Mais tarde.

Agora meu interesse
� em outra pessoa.

Se refere ao homem que deu
dinheiro para salvar sua vida?

N�o tenho nada a dizer para
esse homem que � contra voc�.

Agora diga-me,
o que tem em mente?

Vim para falar desse homem.

Temos que nos livrar deste homem
esta noite a qualquer custo.

Re�na os homens no saloon
e te direi o que fazer.

De todas as maneiras McCoy,
Deus sabe que n�o queria mat�-la.

Mas tenho que me defender.

Tudo certo para mim.

O que espera para prender
G�zman e o portugu�s?

-N�o tenho mandato.
-N�o tem ordem de pris�o?

-Tenho todos nas costas.
-N�o interessa.

Tem que concordar.

Com quais argumentos
e raz�es eu faria?

J� foram mortos cinco
assassinos da mulher de G�zman.

-E logo descobrir� os outros dois.
-Quem s�o?

N�o interessa saber.

Estamos na mesma situa��o.
Espero que McCoy mate G�zman.

Assim os outros dois
poderiam escapar.

Por�m se G�zman elimin�-lo,
ent�o estaremos fritos.

E tudo o que conseguimos
nessas terras estar� acabado.

Voc� tem ordens de um
superior e deve cumpri-la.

-Sozinho n�o posso.
-� hora de usar McCoy e todos.

Agora est�o l� no saloon
e � para l� que vou.

Apare�a com McCoy e
os outros em doze minutos.

Ser� o caso de usar
"leg�tima defesa".

Sanders, aqui.
Recorda-se desse adorno?

Sim.

-Voc� os vendia?
-Bastante.

Para quem?
Diga os nomes.

-N�o sei.
-Tente se lembrar.

Isso foi h� muito tempo.

Me desculpe.

Um momento.
A sua sa�de.

Est� apaixonado.

Pare com isso.

Quando Silveira bebe,
fica igual um le�o.

Vou come�ar a encrenca
com algu�m que merece.

-Fique a�.
-Preciso acertar contas com ele.

Prometi a Badenas vingan�a,
� verdade.

Diante de seu corpo.

Mas ele te pagou?

Vamos nos livrar disso.

Sr. prefeito, voc� merece
que algu�m como eu...

Lhe de um tiro bem aqui.

-B�bado.
-Quando falar comigo, sorria!

Prefeito ou n�o,
todos s�o iguais para mim.

-Venha.
-Meu amigo.

-Vamos.
-Eu n�o quero.

Excelent�ssimo prefeito,
quando dizer algo assim...

Por mais assassino que
seja, sorria.

Tem coisas que um
homem n�o pode tolerar.

Ele se acha homem,
um homem, ouviram?

Fique tranquilo.
Porque est� nervoso?

S� quero lhe dar uma bofetada.
S� uma.

Melhor deixar suas m�os livres.

N�o importa.
Quero esmagar a garganta dele.

Siga-me para a rua e
decidiremos l� fora.

Na rua n�o!

-Porque n�o na rua?
-Porque b�bado voc� destruir� tudo.

Ele tem toda vantagem.

A luta deve ter condi��es
iguais.

Ali embaixo, no escuro,
n�o h� janelas para quebrar.

-Acha que consegue?
-Eu tomarei precau��es.

Colocar� uma bala aqui e
sair� pelo lado.

Dever� levar s� uma
arma carregada.

Certo, ent�o vamos.

Foram quatro tiros.

Est� errado, n�o estou
na sua linha de tiro.

Sei como quis proceder.
Descobri a emboscada.

Economize muni��o.
Tenho seis ainda.

Maldito!

Quando falar, sorria.

Vou te matar como
um c�o sarnento!

Encobre a arma,
assim n�o brincar� no escuro.

-N�o sabia dessa?
-Socorro! Socorro!

-Abra, abra!
-No momento certo.

O jogo � feito para homens.

Foi o Prefeito quem pediu.

Est� perdendo tempo, Hopkins.
Ningu�m vai abrir.

Voc� criou as regras do jogo.
Caiu na pr�pria armadilha.

Seja homem agora.
� sua �ltima chance.

N�o, por favor!
Dou tudo o que possuo.

Tudo o que deseja.
Qualquer coisa.

-Quer viver, n�o �?
-Sim, farei qualquer coisa!

Diga, quem matou Badenas?

-Vamos, diga!
-N�o direi nada!

Agora se acabou.
Podem eleger outro Prefeito.

J� podem abrir.

Disse que faria um
�timo trabalho.

Vamos beber!
Traga whisky.

-Sa�de!
-Parece que n�o estava b�bado.

Fico bom, quando �
necess�rio.

Precisa ter jeito para
esse tipo de confronto.

Nos veremos em breve.

Parece que perdeu seu chefe.

Sempre cuidei da minha
vida sozinho.

N�o se esque�a disso. Meus
sevi�os n�o pertencem a ningu�m.

-Pode vir comigo um momento?
-O que deseja?

-Digo depois.
-N�o h� nada para dizer.

Acho que desejo saber algo
de seu amigo mexicano.

Poderia compreender melhor.

Estamos contentes que acabaram
com a carreira de Hopkins...

Agora precisamos eleger
um novo Prefeito.

Porque n�o elegem G�zman?

Eu?
Est�o loucos?

Seria bobagem me
eleger como Prefeito.

Porque n�o?

Acho que voc� seria
um bom Prefeito.

Nada mal.
Voc� seria o Juiz.

N�o, prefiro ser coveiro.

-E voc� ...
-Prefiro ser o barman.

Atr�s do saloon,
atirem quando sa�rem.

Os outros, por esse lado.

Certo, amigos.
Sabem as ordens.

Vigiem as portas, ningu�m
entra ou sai do saloon.

-O que est� fazendo?
-Espere.

O que est� fazendo?

Algo para o bando de seu
amigo mexicano.

Ningu�m sair� vivo de l�.

� assim que me agradece
por salvar sua vida?

Ficando l� dentro acabaria
morta como todos eles.

Voc� � um assassino!

L� dentro est�o os
foragidos da justi�a.

E eu sou o representante
da lei.

Leve-a daqui!
Trate-a gentilmente.

Se continuar gritando, ser�
mais r�pida a morte de seu mexicano.

Deixe comigo.

-O que est� acontecendo?
-N�o sei, algu�m quer a nossa pele.

-Cercaram o saloon.
-Temos que nos proteger!

Acho que vou endoidar.

Devem saber atirar.

Dessa vez serei o coveiro.

Tente fazer eles sa�rem.

Parem de atirar!

G�zman, ou�a!

Devem sa�rem da�!

Entregue-se junto com
todos seus amigos!

Evitar� muitas mortes.
O saloon est� cercado...

E n�o poder� resistir
por muito tempo.

Saia em nome da lei.

Est�pido.
Em nome da lei ...

G�zman, lhe dou dois
minutos para se decidir.

Vamos!

Whisky.

Esses ratos querem nos
queimar vivos!

Esperaremos amanhecer.
N�o h� mais luz l� fora.

-Ser� uma noite longa.
-E quente tamb�m.

Vamos descansar.
Amanh� retomamos.

-Entre.
-Boa noite, Dom J�lio.

Qual o problema?
J� passa de meia-noite.

Os homens de McCoy encurralaram
G�zman, Silveira e Abriles no saloon.

A gang de McCoy, s�o muitos!

Deve ser ideia do Prefeito.

N�o, Hopkins est� morto.

Silveira o matou.
Quem manda agora � McCoy...

E n�o est� disposto a deix�-los
sa�rem. Quem interfere, morre!

-Temos que ajud�-los, papai.
-Boa noite, Marissol.

Tenho que interferir.
Vou buscar ajuda necess�ria.

� seu dever ajudar essas pessoas.
Deve ter uns 40 homens no rancho.

N�o tenho o direito de arriscar
a vida de meus pe�es.

� o caso de usar volunt�rios.

Voc� sempre desejou acabar
com Hopkins e McCoy...

Voc� prometeu, papai!

Se G�zman, Silveira e Abriles n�o viessem,
McCoy seria dono absoluto destas terras.

Est� bem, vamos em frente
e que Deus nos ajude.

Vamos, depressa!

Qual o pr�ximo passo?

Vamos aguardar.

Cedo ou tarde,
eles v�o sair.

-Alguma novidade?
-N�o.

N�o acham que estamos
muito pacientes aqui?

Deixe que eles comecem a festa.
O que acha, G�zman?

Esperar, sempre esperando.

O que houve?

O novo Xerife prendeu
G�zman e Silveira.

Prendeu-os no saloon.

Se ele contar,
estamos perdidos.

Atire nele!

Este � Brets, um
dos vaqueiros de Dom J�lio.

Sabe quem eu sou?
Foi voc�?

Quem a matou?

-Foi Bannon. Bannon.
-Bannon!

-O que vai fazer, amigo?
-O assassino � Bannon.

N�o tem chance.
Deixe-me ir.

Deixe que eu vou.

Vamos cerc�-los, rapazes!

Bannon!

Bannon!

Fique onde est�!

Por que fez isso?

C�sar, n�o se aproxime!

N�o queria ter feito isso.
Nunca quis!

Pare, C�sar, n�o chegue perto.
Estou avisando!

Que bagun�a!
Onde est� Lola?

-Certamente ficou na cadeia.
-Vou l� busc�-la.

Cuidado!

Ei, Abriles, vamos!

J� vou, hombre!

Voltarei em breve, Lola.
Eu prometo.