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OURO YUKON

Est�o ancorando.

-Vamos sair daqui.
-Precisamos do relat�rio do avaliador.

Isso ter� que esperar.
Vamos.

A� est�, cabo.
Nada foi tocado.

Ele deve ter lutado bastante.

Voc� tem id�ia de quando
isso pode ter acontecido?

Acho que antes de ancorarmos.
Eu falei com ele 45 minutos

antes de ancorarmos.

-Quem era ele?
-Ele assinou a lista

de passageiros como Paul Briand.
Ele subiu � bordo em Port Labeau.

O que foi, Chinook?

-Do Briand.
-H� algo nela?

Este envelope e cerca de $50.

N�o faz sentido um homem
perder a vida por essa quantia.

Isso n�o foi um assalto comum.

De quem � esta carta?

Marie Briand, River Road, 142.
Aqui em Dawson City.

Provavelmente sua esposa.

Quem quer que seja, n�o gostaria
de dar essa not�cia a ela.

SEDE DISTRITAL

Sei que isso � dif�cil
para voc�, Srta. Briand.

Mas se quisermos descobrir
quem matou seu tio,

teremos que fazer
algumas perguntas.

Eu entendo.
O que gostaria de saber?

Para come�ar, seu tio costumava
carregar grandes quantias em dinheiro?

N�o.
N�o creio que sim.

Na verdade, pela sua �ltima carta,
creio que ele n�o tinha muito dinheiro.

Neste caso, pode pensar em algu�m
que se beneficiaria com a sua morte?

N�o, ele era um estranho
em Port Labeau.

Ent�o ele estava com
a febre do ouro tamb�m.

Nada conseguiria mant�-lo
longe depois que aquele veio

-foi descoberto na mina North Star.
-Ele n�o foi o �nico.

Deve haver 1.000 homens
garimpando naquele territ�rio.

-Seu tio teve sorte?
-Um pouco, a princ�pio.

Ele comprou uma mina de
um homem chamado Renault.

-Mas o veio secou.
-Quanto ele perdeu?

Cerca de $6.000.
Tudo que ele tinha.

Ele devia ter certeza sobre a mina
para investir essa quantia.

Ele tinha, a princ�pio.
Mas na sua �ltima carta

ele disse que tinha certeza
de que havia sido enganado.

Enganado?
De que forma, Srta. Briand?

Eu n�o sei.
Mas sei que vinha v�-lo, inspetor.

-Posso ver esta carta, Srta. Briand?
-Essa � a parte mais estranha.

-Ela sumiu.
-Sumiu?

Quando voltei esta tarde vi que
minha casa havia sido invadida.

-As cartas dele sumiram.
-Sumiu mais alguma coisa?

N�o.
Creio que n�o.

-Isso � muito peculiar.
-O que ser� que procuravam?

Devia ter alguma
conex�o com as cartas.

� melhor voc� ir para
Port Labeau dar uma olhada.

Sim, senhor.
Chinook e eu partiremos pela manh�.

-Gostaria de ir com voc�.
-Srta. Briand, n�o est�

-pedindo por problemas?
-Problemas?

-Eu n�o entendi.
-S� homens desesperados matam.

E mais um assassinato
n�o importaria para eles.

� �bvio que tem algo que eles precisam.
E receio que n�o hesitar�o em te matar

-para conseguir isso.
-Isso decide por mim.

Bom.
Fico feliz que tenha mudado de id�ia.

Eu vou para Port Labeau.
Aqueles homens,

quem quer que sejam,
me seguir�o.

Isso deve facilitar seu trabalho.
Te encontro no barco amanh� de manh�.

Passar bem, cavalheiros.

-Mulheres s�o criaturas estranhas.
-Mas necess�rias.

-Sim, senhor, elas s�o.
-Sim.

Sim, senhor.

S� um instante.

Chinook.

Como assim visitar uma senhorita
sem um acompanhante?

-Eu servirei?
-Cabo Webb.

Entre.

-O que aconteceu com seu uniforme?
-Ent�o foi o uniforme.

Bem, a vida � assim.
Pensei que fosse minha personalidade.

Como qualquer mulher resistiria
�quele uniforme?

Apesar que nesse caso a personalidade
teve algo a ver com isso.

N�o tente se desculpar.
Basta dizer que jantar� comigo

-e esqueceremos tudo.
-Ser� um prazer, cabo Webb.

Me chame de Rod.
Poderia tentar esquecer

que sou um policial?
Ao menos por enquanto?

� claro.
Mas posso perguntar o porque?

Bem, posso pensar em v�rios motivos,
mas digamos que facilitar� meu trabalho.

Entendi.
Voc� � o Rod,

eu sou a Marie e
somos velhos amigos, certo?

-Certo.
-Isso deve simplificar tudo, n�o?

Quem dera.

Est� pronto?
Estou faminta.

Fique aqui trabalhando.
Ningu�m entrar�, entendeu?

� melhor trancar a porta.

-Ele realmente te entende?
-Isso eu n�o sei.

Mas odiaria ser o estranho
que tentar entrar nesta cabine.

-Qual � o problema?
-Voc� ouviu o Chinook?

N�o.

-O que aconteceu?
-Parece que algu�m caiu do barco.

-� melhor checarmos com o capit�o.
-Mas...

-Nunca vi tanta atividade por aqui.
-A febre do ouro pode ser contagiosa.

Foi o que eu soube.
Bem, Dr. Webb, o que prescrever�?

Acho que a primeira coisa a fazer
ser� te levar para a cabana do seu tio.

-Aonde fica?
-A cerca de 5 milhas

do outro lado do rio.
Perto da mina North Star.

� melhor come�armos.

Aqui estamos.

Obrigado, Sr. Haynes.

HOTEL MCCLAY
Quartos, $10 por noite?

Isso � caro at� para
essa parte do pa�s.

Com a mina North Star
funcionando � todo vapor

-fica dif�cil alugar um quarto.
-N�o sabia que a mina era t�o grande.

Olhe.

MADEIREIRA MCCLAY

Parece que ele � dono do
posto de troca tamb�m.

Acho que ele come�ou
cedo mesmo.

Ele n�o � o �nico.
Olhe desse lado.

JUDD POWERS - AVALIADOR
MINAS � VENDA

Olhe desse lado.
COMPANHIA DE MINERA��O POWERS.

RESTAURANTE POWERS

Eles dois s�o donos
de tudo por aqui.

Nem tudo.

Parece que n�o s�o donos
daquele sal�o de jogos.

Deve ser da Nan Duval.
Tio Paul a mencionou numa carta.

Disse que ela comandava o �nico
lugar honesto no territ�rio Yukon.

Honesto ou n�o, nunca vi
ningu�m vencer a casa.

H� uma canoa � venda ali.
Vamos dar uma olhada nela.

Ela j� viu dias melhores,
mas acho que servir�.

-Onde est� seu amigo McClay?
-N�o conhe�o o Sr. McClay.

Ele s� apareceu depois que parti
para Dawson City h� dois anos atr�s.

Algu�m me procurando?

-Voc� � o McClay?
-Isso mesmo.

-Em que posso ajudar?
-Gostar�amos de comprar esta canoa.

Sinto muito.
N�o est� � venda.

N�o est� � venda?

Essa � a �nica dispon�vel por aqui.
A alugamos por $10 ao dia.

-Adiantados.
-N�o est� meio caro?

Posso comprar uma nova por
menos de $25 em Dawson City.

Devia ter pensado nisso
antes de vir para c�.

-Por quanto tempo precisar�o dela?
-At� a Srta. Briand se estabelecer.

-Srta. Briand?
-Sou sobrinha do Paul Briand.

Vou viver na sua cabana por
um tempo at� resolver sua heran�a.

-Sua heran�a?
-Isso mesmo.

Paul Briand foi assassinado h�
4 dias atr�s perto de Dawson City.

-N�o soube?
-N�o.

As not�cias viajam devagar
nestas partes.

Sinto muito, Srta. Briand.
Pode esquecer o aluguel da canoa.

-Paul era meu amigo.
-Obrigado, Sr. McClay.

-Voc� � muito gentil.
-Se eu puder ajudar, � s� pedir.

Conhe�o os neg�cios do Paul.
Voc� � o advogado?

Me desculpe, este � o Rod Webb,
um velho amigo meu.

Ele veio no barco comigo e
me ajudar� com a mudan�a.

Bem, boa sorte.

-Como ser� que est�o se saindo?
-Acho que n�o muito bem.

-Me parecem novatos.
-Por que diz isso?

Ningu�m experiente garimparia
numa �gua como aquela.

Ela � muito calma.
Eles se dariam melhor

se aprendessem com
aqueles homens.

Um riacho como aquele � mais prov�vel
de soltar as pepitas nas colinas.

Bem, aqui estamos.
Lar, doce lar, por um tempo.

-Esse lugar � bonito.
-N�o gostou do McClay, gostou?

-Por que diz isso?
-Ele tamb�m n�o gostou de voc�.

Ele parece gentil o suficiente,
e ansioso para ajudar.

Por que n�o confia nele?

Marie, algumas pessoas voc�
confia de primeira, outras n�o.

N�o confio no McClay.

Conhecendo o tio Paul
como conhecia, ele pode ajudar.

Quando isso acontecer,
admitirei que estava errado.

Seu tio mencionou o McClay
em alguma de suas cartas?

N�o acredito que
ele tenha feito isso.

Isso � estranho.
A porta est� aberta.

Parece que tem visita.
Espere aqui que olharei.

Chinook.

Pode entrar, Marie.

Isso � pior do que aconteceu
com meu quarto em Dawson City.

O trabalho me parece familiar.

Mas por que fariam isso comigo?
Sequer me mudei ainda.

Acho que n�o esperavam
que algu�m fosse se mudar.

Isso deve ter sido feito depois que
seu tio partiu para Dawson City.

O que te faz pensar isso?

Se tivessem encontrado
o que procuravam aqui,

eles n�o vasculhariam a
cabine do seu tio no barco

ou sua casa em Dawson City.

Isso quer dizer que eles
ainda n�o encontraram,

ou n�o teriam invadido
minha cabine no barco.

Oeceio que sim.
E quem quer que sejam,

eles continuar�o procurando.
A n�o ser que achemos antes.

O jantar est� pronto.
Quanto mais ir� demorar?

S� alguns minutos.
� s� pregar esta pele.

Marie, olhe isso.

"Para meu querido Paul,
com amor, Nan".

N�o � � toa que ele
a mencionou em suas cartas.

O que isso prova?

Pelo visto, eles eram
mais do que amigos.

E o �s faz 21.

Sinto muito, pessoal.
Melhor sorte na pr�xima vez.

N�o sei como faz isso, Nan.
Esse � o quinto �s seguido que tira.

Voc� sabe como �, Sam.
Sorte no jogo, azar no amor.

Eu sei.
Acabei de ouvir sobre o Paul.

-Sinto muito, Nan.
-Isso � um jogo ou um vel�rio?

-Vamos jogar.
-J� basta, Renault.

-Quer que eu assuma por um tempo?
-N�o, obrigado.

Eu ficarei bem.

O 20 ganha.

-Troque minhas fichas.
-Est� desistindo?

-O jogo est� ficando interessante.
-Receio que terei que fazer isso.

Estou quase quebrado.

Desde quando isso
faz diferen�a no Lucky Chance?

-Voc� tem cr�dito.
-Obrigado, Nan.

Mas joguei o suficiente.
Estou pensando em ir embora mesmo.

Por que far� isso?
Sua sorte est� prestes a mudar.

A North Star ainda est� lucrando.
Isso prova que h� muito ouro

-a ser encontrado.
-Talvez sim.

Mas, por que ningu�m mais
achou um veio decente por aqui?

As pessoas podem estar
procurando nos lugares errados.

Tenho duas minas boas
que estou disposto a vender.

N�o, obrigado.
Pelo que vejo,

s� quem est� lucrando,
al�m da North Star,

� o Lucky Chance.

-Quero $100 em fichas.
-Isso n�o durar� muito tempo.

Jogamos a $10
por rodada nesta mesa.

Talvez eu d� sorte.
Se n�o der, h� mais de onde esse veio.

D�-me uma carta.
Outra.

Pronto.
Voc� � muito sortuda para mim, Nan.

-Acho que tentarei outra mesa.
-Fique � vontade.

Eu jogarei.

-Charlie?
-Uma carta.

Isso basta.

-O 19 ganha.
-Pague-me.

Te disse que me sentia com sorte.
Corte as cartas.

O dobro ou nada.

Esse jogo est� ficando
muito alto para mim.

Decida isso entre voc�s mesmo.

Escolha.

Ganhe isso.

"Para meu querido Paul,
com amor, Nan".

Parece que ainda
est� com sorte.

Venha ao meu camarim
para conversarmos.

Crupi�.

N�o � arriscado manter
esse cofre no seu camarim?

Isso tentaria as pessoas erradas.

-Dos dois lados.
-Posso cuidar de mim mesma

e do dinheiro.

-Levante as m�os.
-O que est� havendo?

Pensei ter me trazido aqui
por que tinha algo a dizer.

Tenho muita coisa a dizer.
Mas primeiro voc� responder�

-algumas perguntas.
-Est� tudo bem por mim,

mas n�o precisa da arma
para me fazer falar.

Eu decidirei isso.

-Onde conseguiu aquela carta?
-Isso � f�cil.

Com o homem a quem deu...
Indiretamente.

-Antes ou depois de mat�-lo?
-Ent�o soube disso tamb�m.

Sinto muito.

A cidade toda j� sabe, e saber�o
o que fazer com o homem

que o esfaqueou pelas costas.

Por que tem tanta certeza
de que fui eu?

Aquela carta �
toda prova que preciso.

E � tudo que os homens
l� fora precisar�o.

Agora, comece a andar antes
que eu te d� o que merece.

Tudo bem.
Mas est� cometendo um grande erro.

Chinook!

Desculpe por termos
que fazer isso.

Mas isso nos deixa quites.

-O que est� tentando provar?
-Que n�o matei o Paul Briand.

Sua sobrinha, Marie, e eu encontramos
esta carta h� algumas horas atr�s

na cabana dele.
O lugar havia sido revirado.

-Se espera que eu acredite nisso...
-Se n�o esperasse, eu n�o estaria aqui.

Al�m do mais, Port Labeau
� um lugar pequeno.

Se ainda achar que sou culpado
depois que eu partir,

-n�o ser� dif�cil me encontrar.
-Continue falando.

Estava apaixonada
pelo Paul, n�o?

Isso n�o � nenhum segredo.
Todos sabiam que nos casar�amos

quando ele voltasse
de Dawson City.

Sinto muito sobre isso.

Mas isso devia ser mais uma raz�o
para ajudar a encontrar o assassino.

-J� fiz isso.
-N�o tenha tanta certeza.

Posso provar que est� errada
com algo que voc� mesma disse.

-N�o acredito nisso.
-H� alguns minutos

voc� me disse que o Paul havia
sido esfaqueado pelas costas.

-Como sabe disso?
-Te disse.

A not�cia se espalhou pela cidade.
Ace Morgan, meu s�cio, me disse.

Ele te disse onde conseguiu
essa informa��o?

Com o Jud Powers, suponho.
Que diferen�a isso faz?

Pode fazer muita diferen�a.
Considerando que o crime

aconteceu perto de Dawson City,
a 200 milhas daqui.

Est� esquecendo uma coisa.
Voc� veio de Dawson City.

Isso � verdade.
Na verdade, eu trouxe a not�cia.

-Suponho que isso te inocente.
-Deveria.

Por que quando contei ao McClay
sobre o acontecido, n�o mencionei

o fato de que o Briand havia
sido esfaqueado pelas costas.

E ainda assim, isso estava
na vers�o que escutou.

-E o que isso prova?
-Que em algum momento,

algu�m escorregou e
entregou esse detalhe.

E s� quem sabia disso
era o assassino.

Agora, se ainda acha que sou culpado,
pegue essa arma e pe�a ajuda.

-Nan, est� a� dentro?
-O que foi, Ace?

N�o acha que est� na hora
de recome�ar o jogo de poker?

Voc� escolhe, Nan.
Me entregue ou ajude

a Marie e a mim at� o fim.

� melhor guardar isso.

J� vou sair.

Ei, esse show n�o foi nada mal.
N�o esperava ver algo assim por aqui.

Estamos mais perto da civiliza��o
do que pensa, heim, Nan?

Afinal de contas, s� precisa de
uma grande descoberta de ouro

para se dar in�cio a uma corrida.
A North Star fez isso e est�

-mais forte do que nunca agora.
-Foi o que eu soube.

-Sabe, estive pensando em garimpar.
-Bem, quanto mais, melhor.

Contanto que um pouco do ouro
venha parar no Lucky Chance.

N�o se preocupe.
Paul me disse que isso aconteceria.

Isso � estranho.
Acho que depois da Nan,

eu conhecia o Paul melhor do
que todo mundo neste territ�rio.

-Nunca ouvi ele falar de voc�.
-O que h� de estranho nisso?

Paul s� dizia algo se
tivesse um bom motivo.

As coisas parecem lentas na roleta, Nan.
Por que n�o assume por um tempo?

N�o hoje.
N�o estou com humor para isso.

Essa � mais uma raz�o para fazer isso.
Voc� n�o pode sentar aqui triste

para sempre.
Isso pode te fazer

esquecer muitas coisas.

Suponho que esteja certo.

-Espero voltar a v�-lo, Webb.
-Obrigado.

Estarei por perto.

Certo, Webb, fale a verdade.
O que pretende?

O que pretendo?
N�o sei do que est� falando.

N�o sei o que disse a Nan,
mas voc� n�o me engana.

-Voc� nunca viu o Paul Briand.
-Tem certeza disso?

O suficiente para te dizer o seguinte,
deixe a Nan Duval em paz.

-Ela j� sofreu bastante.
-Aonde voc� entra nisso?

Nan � uma amiga querida.
Digamos que � um aviso amig�vel.

N�o gostamos de estranhos que
fazem muitas perguntas por aqui.

Perguntas como:
"Por que um homem

esperto como o Briand investiria
todo seu dinheiro numa mina falida"?

Isso era assunto dele.
Paul n�o sabia nada sobre minera��o.

Na verdade, o avisei para
n�o fechar o neg�cio.

Ele deve ter ouvido algu�m.
Quem era?

Por que n�o fala com o Jud Powers?
Ele � o �nico avaliador por aqui.

Obrigado.
Farei isso.

Tome uma bebida
por minha conta.

0.

Como est�, amigo?
V� proteger a canoa.

JUD POWERS
AVALIADOR

Estou interessado em
alguma mina por aqui.

-Como se chama?
-Webb.

Ace Morgan disse que eu
deveria falar com voc�.

Fala de mina em geral
ou algo em particular?

Estava pensando na mina
que pertencia ao Paul Briand.

O que tem a mina do Briand?

Soube que ele a comprou de
um homem chamado Renault.

Isso mesmo, ele comprou.
S� n�o sei o por que.

Isso deve ser �bvio.
Ele deve ter pensado

que ela recebeu
uma boa avalia��o.

Briand era um tolo.
Disse a ele que mina n�o prestava.

Tem certeza disso?

-Aonde quer chegar?
-Vamos colocar desta forma...

Paul Briand era muito esperto para
investir todo seu dinheiro numa mina

que ele sabia que n�o prestava.
Ele deve ter tido um bom motivo.

Talvez eu queira descobrir
que motivo era esse.

Entre.

Se tiver um minuto, Nan,
gostaria de falar com voc�.

Claro, Ace, quando quiser.
O que tem em mente?

� sobre esse tal amigo do Paul.
Eu n�o confio nele.

Qual � o problema?
Ele me pareceu normal.

Bem, para come�ar,
ele faz muitas perguntas.

E n�o parece falar
muito sobre si mesmo.

-Isso � assunto dele.
-Mesmo assim,

me sentiria melhor
se n�o o visse de novo.

-Acho que eu devo decidir isso.
-Calma, Nan, isso � para

o seu pr�prio bem.
Com a morte do Paul,

-eu pensei que n�s dois...
-Sabe como me sinto sobre n�s, Ace.

Somos s�cios, s� isso.

Se eu quiser ver o Rod Webb
ou qualquer outra pessoa,

-isso � assunto meu.
-Tudo bem, Nan.

Se � assim que se sente.

Tenho o pressentimento que ele n�o
ficar� perto por muito tempo mesmo.

Suba.

Abaixe-se, Chinook!
Abaixe-se!

Voc� fez um bom trabalho,
garoto.

Gostou disso?

-E s� temos esse tecido como pista?
-Isso a�.

Ele precisar� de um novo casaco.
Podemos pedir ao Sr. McClay do

-posto de troca para ficar de olho.
-N�o podemos arriscar.

-Por que n�o?
-N�o sabemos quem � confi�vel.

A �nica coisa que podemos
fazer � atra�-lo at� n�s.

Ele j� acha que sei muito mais sobre
seu plano do que realmente sei.

-Isso o convencer� mais ainda.
-Qual � o seu plano?

Farei uma visita a mina North Star
quando ela estiver vazia.

-E deixarei provas que estive l�.
-Que diferen�a isso far�?

Isso depender� de como a
North Star est� metida nisso.

N�o te parece estranho que
ela � a �nica mina por aqui que

vem encontrando ouro?

Pensando bem,
voc� est� certo.

-Mas ainda n�o vejo como...
-Voc� ver�, em breve.

A quest�o � como entrarei.
A entrada � muito bem protegida.

Costumava existir um outro t�nel
que usavam para ventila��o.

Parece que vir� a calhar.
Onde ele fica?

Venha.
Te mostrarei.

Acho que aquela � a trilha.
A mina deve ficar a 400 metros.

Vamos dar uma olhada.

-Engra�ado.
-Qual � o problema?

N�o h� pegadas.
Se a mina vem funcionando

� todo vapor,
devia haver v�rias pegadas.

Eu temia que o t�nel
n�o fosse mais usado.

Chinook.

Mostre o caminho.

� aqui mesmo.
Aquela fogueira deve ser do guarda.

-N�o vejo ningu�m por perto.
-Assim � melhor.

Fique aqui que vou entrar para
ver se consigo algumas amostras.

Isso dar� certo?
E se o guarda voltar?

Terei que arriscar.
Mas n�o importa o que aconte�a,

-fique fora de vista.
-Tudo bem.

Chinook,
fique aqui com a Marie.

Quieto, Chinook.

Lembre-se do que eu disse.
Se o Webb aparecer,

atire primeiro e pergunte depois.

Aquele � o cachorro do Webb.

-Vamos.
-E o Chinook?

N�o se preocupe com ele.

Ele deve estar indo encontrar o Webb.
Vamos.

L� est� ele.

Fico feliz que isso acabou.
Fiquei esperando ser baleada

pelas costas por todo
o caminho at� em casa.

Valeu a pena o risco.
D� uma olhada na amostra

que peguei da mina.

Me parece uma pedra normal.
N�o vejo sinais de ouro.

N�o h� nenhum.
Al�m do que,

n�o trabalham naquele
t�nel h� meses.

Mas isso � imposs�vel.
Todo mundo sabe que

a mina North Star est�
funcionando � todo vapor.

� isso que querem que acredite.
Meu palpite � que todo ouro que

saiu da North Star nos �ltimos
tr�s meses foi plantado.

Mas por que fariam isso?

Para manter a corrida do ouro
funcionando.

Voc� pode vender muitos materias
e suprimentos para os garimpeiros.

Isso sem falar na venda
das minas imprest�veis.

Como a que o Renault
vendeu para o tio Paul.

Ele deve ser o homem
que procuramos.

Bem, tenho certeza de que
ele est� misturado nisso,

-mas n�o � ele que procuramos.
-E o Powers?

Ele foi um dos homens que
tentou te pegar na mina.

-Ele j� estava na minha lista.
-Mesmo antes disso acontecer hoje?

-Por que?
-Marie,

se estivesse interessada
em comprar uma mina aqui,

o que seria a primeira
coisa que faria?

Pegaria um relat�rio
com o avaliador, eu acho.

Certo.
Assim como todo mundo.

lncluindo seu tio.

Mas o Powers te disse que
aconselhou meu tio a n�o comprar.

Foi o que ele disse.
Mas se seu relat�rio foi favor�vel,

o que acredito ter sido, ele deve
estar misturado nisso tamb�m.

Mas n�o h� nenhum relat�rio.
Ao menos, n�o o encontramos.

N�o.
Nem os outros.

N�o aqui na cabana,
na sua cabine no barco

ou na sua casa
em Dawson City.

-Ent�o � isso que est�o procurando.
-Tenho certeza disso.

A melhor forma de exp�-los �
faz�-los pensar que o achamos.

E como faremos isso?

O que diz de virarmos o jogo?
Precisarei de uma escopeta

-e um pouco de ouro.
-Um pouco de ouro?

-� mais f�cil conseguir a lua.
-Eu n�o sei.

H� um lugar em Port Labeau
onde guardam ouro.

Deve haver o suficiente aqui.

Espero estar fazendo a
coisa certa ao entreg�-lo a voc�.

Logo descobriremos isso.

-Voc� sabe o que fazer.
-Espalharei a not�cia

Bom.
E lembre-se,

-n�o conte a ningu�m sobre isso.
-E o Ace?

Ele perguntar� sobre
o que aconteceu com o ouro.

Enrole-o de alguma forma.
Se as coisas funcionarem,

isso n�o far� diferen�a amanh�.

-E se n�o funcionarem?
-Nos preocuparemos com isso

quando chegar a hora.

Mais uma coisa.

Pode haver algum problema
no jogo de cartas.

Tenha certeza
de estar do lado certo.

-Voc� fala do seu?
-N�o desta vez.

Isso arru�naria tudo.

Apoie a oposi��o.

A� est�.

Essa amostra deve
valer $100 a tonelada.

Parece que o ouro estava
nesta pedra desde sempre.

Essa � a id�ia.
V�rias pessoas j�

foram enganadas desta forma.

Sim, mas isso enganar� algu�m
que conhece sobre o assunto?

-Essa n�o � a inten��o.
-Mas achei...

Essa amostra vai provar que
sabemos sobre o esquema.

-Est� falando do Powers?
-Ele e mais alguns.

Ace Morgan, por exemplo.

Ainda n�o sei se ele
est� metido nisso.

Parece que h� um novo
suspeito em cada esquina.

N�o gosto disso, Rod.
� muito perigoso.

Voc� pode acabar
como o tio Paul.

Espero que n�o.
Mas est� esquecendo uma coisa,

seu tio n�o esperava problema.
Eu estarei esperando.

Fique aqui longe de problemas,
Chinook.

Fique.

Bem, parece verdadeira.
� claro que terei que fazer

-alguns testes para ter certeza.
-Imaginei isso.

-V� em frente.
-Isso deve demorar.

Aqui est�o os documentos da mina.
� melhor preench�-los.

-enquanto trabalho.
-Obrigado.

Acho que esperarei
pelo relat�rio primeiro.

Isso � muito arriscado.
Onde estar� caso eu termine

-antes do esperado.
-No Lucky Chance.

Soube Nan Duval
far� um jogo sem limites hoje.

Eu conhe�o esses jogos da Nan.
� melhor ter cuidado para n�o

perder sua mina antes de ter
a chance de trabalhar nela.

Qualquer um que joga deve
estar preparado para perder.

Certo, cavalheiros.
A carta mais alta d�.

Est� um pouco vazio.
Esperava um jogo de verdade.

Esperava o Renault e o Powers.
Deve ter acontecido algo.

Eles j� devem estar chegando.
Se os conhe�o,

-eles n�o perderiam um jogo desse.
-Vamos parar de falar e

escolher uma carta.
O Lucky Chance cobrir�

todas as apostas que fizerem.

N�o precisa ficar nervoso.
S� quero ganhar bem.

Bem, parece que esse
� meu dia de sorte.

Estou fora.

Eu tamb�m.

Aumento $50.

Voc� quer ganhar bem.
Quanto tem a�?

$60.

Aqui est�o seus $60.
Mais $60.

Full house com ases.

� bom o suficiente.

Agora que esse perdedor acabou,
podemos jogar de verdade.

S� um instante.
Te mostrarei quem � o perdedor.

Ouro.
Onde achou?

Isso � assunto meu.

O meu cr�dito � bom?
Escolheremos as cartas.

Embaralhe.

Sua vez, perdedor.

O que achou disso?

Trapaceiro.
Te vi empalmando esta carta.

Fique fora disso.

Algu�m mais me viu
empalmar aquela carta?

-Eu vi.
-Isso � mentira.

-Seu rato sujo.
-Espere, ele n�o vale a pena.

A Rainha do Yukon vir� abastecer
em Port Labeau em algumas horas.

Quando ela partir,
� melhor estar � bordo.

Nan, seja sensata.
N�o v� que armaram para mim?

Acreditei quando disse
que era amigo do Paul.

At� te ajudei a encontrar
o homem que o matou.

-E � assim que me retribui.
-� melhor sair daqui enquanto pode.

Tudo bem.
Mas entenda uma coisa.

Paul Briand foi morto por causa do
que sabia sobre esse esquema.

Eu sei muito mais que isso.

E meu sil�ncio custar� caro.

-O que ele quis dizer com isso?
-Que diferen�a faz?

-Voc� est� bem, Ace?
-Sim.

N�o se preocupe comigo.
Estou bem.

Deixe-me ver aquela
pedra de novo.

D�-me um rifle.

-Onde acha que ele a conseguiu?
-Eu n�o sei.

Mas vou descobrir.

-Ace!
-Nan, volte!

-Ace, aonde vai?
-Fique fora disso, Nan.

Sei o que estou fazendo.

O que diz de irmos para a
cabana da Marie, Chinook?

Teremos companhia.

Chinook.

Certo, amigo.
Entendi.

Chinook, espere naquelas
rochas at� eu te chamar.

Certo, Renault.

N�o fique agitado, meu amigo.
Essa � uma visita social.

-N�o � mesmo, senhorita?
-Da �ltima vez que visitou,

voc� deixou parte do
seu casaco para tr�s.

Isso foi um erro.
S� estava tentando te assustar.

Devia ter usado uma faca.
Como usou com o Paul Briand.

Talvez.
Mas ainda h� tempo para isso.

Cuidado!
Atr�s de voc�, Rod!

Rod, olhe.

O relat�rio do avaliador.
Eu fico com isso.

Pegue-o.

Tenho que agradec�-lo, Webb.
N�o ter�amos encontrado isso

se n�o tentasse bancar o her�i.
Voc� foi muito esperto por nos

exp�r desta forma.
Assim como o Paul Briand,

-e olha o que aconteceu com ele.
-Eu te disse que ainda havia

-tempo para isso.
-Voc� n�o se atreveria.

Eles foram muito longe
para desistirem agora, Marie.

-Leve-os l� pra fora.
-Sei de um lugar onde

-nunca ser�o encontrados.
-Bom, vamos.

H� uma caverna naquelas rochas.
Fecharemos a entrada quando acabarmos.

-N�o pode ir mais r�pido?
-Tenha calma, Nan.

Estou fazendo
o melhor que posso.

Ele o est� perseguindo com rifle.
Depressa, Clint.

-J� fomos longe o suficiente.
-Certo, vamos acabar logo com isso.

Olhe, voc� me pegou, Powers.
Por que n�o deixa ela ir?

Para onde?
Direto para a Pol�cia Montada?

-N�o posso arriscar isso.
-Acho que n�o pode.

Isso estragaria tudo, n�o?
Seria o fim de Port Labeau

-e todos os seus esquemas.
-Sim, e desse jeito, as coisas

continuar�o funcionando
como sempre.

Eu n�o apostaria nisso.
Chinook!

-Morgan.
-Achei que se surpreenderia.

De que lado est�?

Te disse que era amigo
do Paul Briand.

Chinook, j� basta!
J� basta.

Marie.

-Marie, segure-o.
-Jud, voc� tem muito o que explicar.

N�o sei do que est� falando.
Webb e o cachorro nos atacaram

quando o acusamos de tirar
a amostra da mina do Renault.

Isso � mentira.
Renault matou o tio Paul

-e teria nos matado tamb�m.
-Voc� n�o pode provar isso.

Talvez.

Mas voc� nunca convencer�
um juri que um avaliador n�o

-reconheceria uma amostra falsa.
-At� eu percebi isso.

Por isso briguei com voc�
no Lucky Chance.

Paul achou que fizeram isso
antes de partir para Dawson City.

Do jeito que agiu no Lucky Chance,
achei que fazia parte do neg�cio.

Ainda bem que achou.

Voc� e o Renault est�o presos
pelo assassinato do Paul Briand.

Devo avis�-los que o que disserem
ser� usado contra voc�s.

Admito que participei do
esquema da corrida do ouro,

mas n�o tive nada com o assassinato.
Eu disse a ele que era muito perigoso.

-H� algu�m mais envolvido?
-Isso mesmo.

-O chefe.
-Certo.

Podemos fazer um acordo.
Servirei de testemunha.

N�o � dif�cil imaginar
quem deu as ordens.

Te pouparei o trabalho.
Largue esta arma, Ace.

Segure esse cachorro
ou ele morrer� primeiro.

Clint, voc� era amigo do Paul.

Sinto muito, Nan, mas ele
n�o largou isso de m�o.

-Venha para c� com os outros.
-Estou te avisando, McClay...

Voc� n�o est� em posi��o
para avisar ningu�m.

Pegue sua arma, Powers.

Ent�o, voc� n�o
far� o acordo, heim?

Obrigado, Nan.

Guardarei isso no barco.

-Como poderei te encontrar, Nan?
-Ela ficar� comigo at� se estabelecer.

O endere�o � River Road, 142,
Dawson City.

Bem, o Lucky Chance ser�
um lugar solit�rio sem voc�.

Talvez seja melhor
anotar esse endere�o.

Se me sentisse como voc�,
eu venderia o Lucky Chance...

Essa n�o � uma m� id�ia.
O assentamento desaparecer�

agora que est�o noticiando que
a corrida do ouro foi baseada

-numa descoberta falsa.
-Vender?

-Para onde eu iria?
-Dawson City n�o �

um lugar ru�m para se viver.

� melhor subirmos � bordo.

Sabe, Dawson City n�o �
um lugar ru�m para se viver.

-O endere�o �...
-Sim, sabemos!

-River Road, 142.
-River Road, 142.

Estarei no pr�ximo barco.

DVD da Legenda enviado por Herledo
Extra��o - Albatroz