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� NOITE N�S ATACAREMOS CALAIS

EM ALGUM LUGAR
DA COSTA INGLESA

- Thorkelson?
- Presente.

- Chateaubriand?
- Presente.

- Rodec?
- Presente.

- Brown?
- Presente.

- Jacowsky?
- Presente.

- Lonsdale?
- Presente.

- Carter?
- Presente.

Nosso objetivo � cobrir
o desembarque

de um agente especial, perto de
Le Touquet, na costa francesa.

Como de costume, refrescar�o
a mem�ria antes de sair.

Nada mudou desde suas
�ltimas instru��es.

- Capit�o Baird, assuma.
- Sim, senhor.

Boa sorte a todos.
Posso falar com o Geoffrey Carter?

Major West,
designei o Carter no leme.

- Poder� cumprir, senhor?
- Eu acho que n�o.

- Venha comigo, Carter.
- MacGregor, no leme.

Hernandez, Christopolis,
dois e tr�s.

Carter foi escolhido
como agente especial

pelo seu preparo.

- Fala franc�s fluentemente.
- Franc�s Livre, senhor.

- Certo. Onde mora o Carter?
- Ele morava em Coventry.

Entendo.

� o homem que precisamos.

Vista essas roupas
enquanto explico.

TEM QUE SABER MAIS
QUE OS OUTROS

J� viu um destes?

� parte de um canh�o
anti-tanque, 88mm, alem�o.

Boa resposta.

Isso � confidencial.

A Intelig�ncia nos informa que,
para combater os novos tanques

americanos usados na invas�o
da �frica do Norte

os alem�es come�aram fabric�-los
em grandes escala na Fran�a.

- Tamb�m precisar�o na Fran�a.
- Sim.

Eles necessitar�o, e n�s
vamos garantir que n�o tenham.

Uma das f�bricas est�
no vale do Cherchell.

Seu trabalho ser� localiz�-la.

- Tentarei coloc�-la na mira, senhor.
- Certo.

A Real For�a A�rea sobrevoar�
Cherchell � meia-noite do dia 16.

Em tr�s dias a partir de hoje.

Ter� que agir r�pido.

Temos contatos l�?

Sim, um: Um tal padre Desire.
Talvez ele possa ajudar.

Haver� uma incurs�o em
Calais, na noite de 17.

- Voc� voltar� com eles se...
- Sim, senhor.

Nem � preciso lembrar
que sem o uniforme

pode ser executado
por espionagem.

Sim, senhor.

Vamos come�ar trabalhar.

Este � um mapa fotogr�fico
da �rea da f�brica.

V� este lugar, aqui?

Sabe a puni��o por esconder
uma cabra do inspetor agr�cula?

Mas a crian�a morrer�
se n�o dermos leite.

N�o seria capaz de relatar, certo?

Seria muito bom
t�-la como dom�stica.

Eu? Sua empregada?

Pode levar o beb� e a cabra �
minha casa, quando for limp�-la.

Assim, a cabra � minha
e n�o infringimos as regras.

Gostei.
Talvez me caso com voc�.

Amanh� � noite, no caf�

a banda dar� um concerto
para os soldados e seus amigos.

� bom fazer amizade
com as garotas francesas.

Amanh� � noite ir� ao povoado
e me ver� no caf�.

Se eu puder.

Seria muito ruim
se alguma coisa te impedir.

Boa noite.

Amanh� � noite.

Nasceu o pequeno.

� um exemplar magn�fico.

Sim, eu sei. Faminto.

Vou trazer feno.

Se o deixarmos em baixo,
adoecer�.

Quando escurecer, os levaremos
� floresta para escond�-los.

Se me obedecer,
nada acontece.

- Quem � voc�?
- Sou franc�s, da Als�cia-Lorena.

- Escapei de um campo alem�o.
- Mentira.

Se � franc�s,
por que nos amea�a?

- Ser� um desses comandos.
- Sil�ncio, Odette.

- O que quer?
- Quero me esconder aqui.

- N�o aceite, papai! Os alem�es...
- Deixa comigo, Odette.

Fiquem onde est�o.

S�o alem�es.
Se disserem uma palavra, atiro.

O al�ap�o.

Sim, senhor.
Essas cabras escondidas

ser�o sua ru�na e da sua fam�lia,
se descobrirem.

- Cuide para n�o descobrirem.
- N�o descobrir�o.

Trancou a porta com chave
quando entrou.

- Despertar� as suspeitas alem�s.
- Abra, Odette.

E agora o que �?

Seu inspetor agr�cola
j� esteve aqui.

- Levou tudo que tinhamos.
- N�o importa.

- Viemos revistar o seu est�bulo.
- Revistem.

Marido! Onde est� Odette?
Onde est�?

Mam�e.

O que est�o procurando?
O que querem?

O que querem de novo?
Colocaram a minha casa na cabe�a.

- N�o tem problema, querida.
- O que querem?

Essa noite mataram dois
que faziam a ronda.

Voc�s se encarregaram
de estarmos desarmados.

Voc� sabe que n�o podiamos matar
algu�m na noite passada.

Estou certo que a senhorita n�o
matou ningu�m na noite passada.

Nos deixem em paz. Ou ser�
que talvez nunca teremos paz?

Os franceses �s vezes t�m o
estranho desejo de suicidar-se

ajudando aqueles
assassinos ingleses.

Tem certeza que era ingl�s?

Encontramos sua bicicleta
escondida no mato.

Mais uma vez,
� um desses comandos.

- Eu te disse.
- Fique em sil�ncio, Odette.

J� temos muitos problemas
sem o ingl�s.

- Quem � o ingl�s?
- Viu o que voc� fez?

Cedo ou tarde,
teria que saber.

- Do que a garota est� falando?
- De nada.

- O ingl�s est� l� em baixo.
- O que quer que fa�a?

N�o � mentira dizer aos alem�es
que descobrimos depois.

- A cabra j� est� segura.
- Eu vou cuidar dele.

Mas o ingl�s matou...

Desculpe, papai.

J� pode sair.

E guardar a arma, monsieur.

Nem todos os franceses odeiam
os brit�nicos como a minha filha.

Lutamos juntos na guerra anterior.

- Se esconda no por�o at� a noite.
- Ent�o, v� e n�o volte.

Receio que n�o ser� poss�vel.

Tenho que pedir para a senhora
levar a sua filha.

Quero falar a s�s com o senhor.

V� com ela, Odette.

Sua filha n�o gosta dos ingleses.

Esses s�o tempos dif�ceis
para todos, monsieur.

Meu filho Pierre foi morto
pelos ingleses em Oran.

Na guerra, somos for�ados a
fazer coisas que n�o queremos.

Eu entendo, senhor,
mas minha filha...

Ela tem que cuidar
do filho de Pierre.

Sua esposa morreu no parto na
mesma noite que recebeu a not�cia.

Diga-me, senhor,
conhece o padre Desire?

O conhec� muito bem.

H� 10 dias, um pelot�o de fuzilamento
alem�o executou o padre Desire.

Talvez eu pudesse ajudar.
Veio fazer algo espec�fico?

- Conhece a f�brica de muni��es?
- S�o cinco, monsieur.

Quero saber qual � a verdadeira,
as outras quatro s�o falsas.

- N�o conseguimos averiguar.
- E aqueles que trabalham l�?

S�o levados ao trabalho
por um t�nel longo e escuro.

S�mente os alem�es sabem
em que f�brica chega.

N�o se percebe nada
do lado de fora?

Todas parecem exatamente iguais.

Conhece algu�m que trabalha l�,
que seja confi�vel?

Tem muitos.

O terceiro filho do Grandet
trabalha no alto-forno.

Ele era o melhor amigo
do meu Pierre.

Poderia ver o filho de Grandet
hoje ap�s o escurecer?

Seria muito dif�cil para voc�,
sendo um desconhecido.

Mas meu filho Pierre...

Seria natural que
o meu filho Pierre

fosse ver o seu velho amigo
Jacques Grandet.

Seu filho?

Os �nicos que sabem que mataram
o meu filho s�o os alde�es.

Deixe nas minhas m�os.

� melhor se esconder no por�o.

Voltaram a reduzir
o racionamento pela metade.

Hoje nada pode me entristecer,
senhor Freville.

Nosso filho Pierre
acaba de regressar.

Nosso filho Pierre voltar� a
andar pelas ruas de Cherchell.

- Fico muito feliz, Sr. Bonnard.
- Obrigado.

Voltaram a reduzir as ra��es,
senhora Bouchet.

Voc� j� soube?
Pierre Bonnard voltou ao povoado.

Maurice Bonnard.
Est� muito feliz com a novidade.

A novidade.

A novidade � que
nos dar�o menos p�o.

Mas seu sobrinho Pierre
voltou para casa.

Meu sobrinho Pierre est� morto.
Que absurdo � esse?

Maurice, venha comigo
� tabacaria. Vamos.

Esta faca � boa
para matar porcos.

Isso � o que vamos fazer.

Senhor Carter, te aviso para ter
cuidado ao falar com minha esposa.

Ela n�o anda muito bem desde
que mataram o meu filho Pierre.

- Perdeu a cabe�a.
- Eu entendo.

O casaco, o gorro
e o cachecol de Pierre.

Obrigado, senhora.

Parece muito com o nosso Pierre,
voc� n�o acha, marido?

Sim, esposa, se parece muito
com o nosso Pierre.

Poderia t�-lo conhecido.
Talvez algum dia o conhe�a.

Ele tamb�m gostava de emo��es.
Por isso se alistou na marinha.

- O jantar est� pronto.
- Seguramente tem fome. Venha.

Agradecemos ao Senhor
pelos alimentos que recebemos.

N�o � muito, mas nos consolamos
sabendo que outros comem menos

e que nossa causa � justa.

- Am�m.
- Am�m.

- Se o ingl�s ficar...
- � o seu irm�o Pierre.

- N�o se esque�a.
- N�o esquecerei.

Se o Pierre for ficar conosco,
ter� que se registrar

para nos darem ra��es adicionais.

S� ficarei uns dias com voc�s,
irm�.

E vai embora sem explica��o?

Assim ter� que ser.

Percebe que � uma loucura?

Desaparece um comando
e de repente

do nada, nosso Pierre
volta para casa.

Ent�o, igualmente,
de repente desaparece.

Que idiota acreditaria nessa hist�ria?
Se fosse poss�vel para o Pierre...

Estamos fazendo apenas o que o
Pierre gostaria que fizessemos.

Sim, � muito parecido
com o Pierre.

N�o vai ser dif�cil.

A �ltima vez que soubemos do
Pierre, estava com a frota, em Oran.

- Em Oran?
- Sim, senhor, em Oran.

Depois ele foi para a S�ria.

Sei que n�o quer ficar l�.
Nosso Pierre � um patriota.

Lutar para os alem�es
o enlouquece.

Mas foi obrigado a ir,
teve que ir.

Mas desertar� e se unir�
�s For�as Francesas Livres.

Poderiam me falar um pouco do
Pierre antes de Oran?

Antes de ir ao povoado,
poder� ler suas cartas.

Jacques Grandet
come�a trabalhar �s 9:00h.

Ver� que Jacques Grandet mudou
desde a �ltima vez que o viu.

Lembra que era muito gordo
e vivia rindo?

Lembra quando voc� se divertiu porque
ele perdeu um bot�o, pela gordura?

N�o se esque�a de comer a sopa,
querida.

Esta � uma foto do Pierre
com o Jacques Grandet.

Que foto mais boba.

Tiraram na festa em Paris,
no dia da tomada da Bastilha.

A �ltima comemora��o dessa data
antes da guerra.

Se quer ver o Grandet,
temos que ir.

Vir� comigo?

Se for com voc�,
evitaremos suspeitas.

Al�m disso, n�o quero que fuzilem
minha fam�lia por abrigar um assassino.

Pensei que poderia gostar
de ir ao concerto da banda.

Obrigado pela sua generosa
oferta, senhorita Odette

mas me sinto mais seguro
se voc� ficar em casa

onde seu pai pode
cuidar de voc�.

Disse que ficar� aqui.

Vou alimentar a cabra,
embora n�o seja problema seu.

- Se importa se a acompanhar?
- Parece que voc� d� as ordens.

Deixe-me carregar. Se eu fosse
voc�, n�o tentaria fazer besteiras.

- N�o sei o que quer dizer.
- Me trair com seu amigo Block.

- Me espiava ontem � noite.
- N�o era minha inten��o.

Est� bem. Se te interessa, eu
queria ir ao caf� ver o Block.

Me interessa que a francesa
que sabe que eu estou aqui

� muito amig�vel
com um soldado alem�o.

- Isso � problema meu.
- N�o, se pode me delatar.

E por que n�o trairia
um ingl�s?

Nos fizeram lutar por voc�s, depois nos
abandonaram � nossa pr�pria sorte.

Os alem�es est�o aqui

em cada esquina, em nossas lojas,
nossas escolas, nossas casas

Ainda assim, os ingleses
n�o est�o contentes.

Enviam homens como voc� para piorar
as coisas e nos colocar em perigo.

Tenta limpar sua consci�ncia
culpando os ingleses.

Disse que nos odeia
porque matamos o seu irm�o.

- E n�o foi assim?
- Isso � desculpa sua.

N�o sabe que se der a m�o ao Block,
tomar� o seu bra�o?

Por que abandonar suas convic��es
por uma cabra?

Por que o filho do meu irm�o
precisa do leite para sobreviver.

Porque o Block � jovem e idiota
e me deixar� ficar com a cabra

enquanto fingir ser am�vel
com ele.

Quanto tempo poder�
somente fingir?

- O que quer que fa�a?
- Que lute.

N�o posso dizer como nem onde,
isso � com voc�.

Diria para procurar os milhares
como voc� e fazer o mesmo:

Pequenas coisas, dia ap�s dia,
hora ap�s hora.

A vontade de resistir
� o que importa.

Onde e quando.

O esp�rito de um povo que ama a
liberdade e n�o pode viver sem ela.

Quanto mais der para o Block,
mais te pedir�

at� conseguir o que quer de voc�

e ent�o n�o haver� ningu�m em
Cherchell que lhe dirija a palavra.

As crian�as jogar�o pedras,
as idosas cuspir�o em voc�.

N�o h� ningu�m mais s� que
um traidor do seu pa�s, Odette.

Traidor do meu pa�s, monsieur,
ou da Inglaterra?

De qualquer jeito,
me entregaria.

Sim, eu imaginei.

� melhor vigiar muito bem
a sua filha.

Onde encontrarei o Jacques Grandet?

Na terceira casa do lado
esquerdo da rua Lafayette.

Obrigado.

- Seja bem-vindo, Pierre Bonnard.
- Obrigado, senhora.

- Boa noite, Pierre.
- Boa noite, senhorita.

- Pierre Bonnard!
- Senhora Grandet.

Meu Jacques est� esperando.

Quando soubemos que o
Pierre voltou

sab�amos que viria ver
o seu velho amigo.

Jacques, o Pierre Bonnard
veio te visitar.

Pierre, gostaria de apresentar
nossos dois h�spedes.

O senhor Zimmer o o senhor Braun
se alojam conosco.

� um prazer conhec�-los.

Me pediram para ensin�-los
falar franc�s.

S�o muito bons alunos.

Ainda n�o falam muito bem,
mas entendem cada palavra.

Os alem�es s�o muito inteligentes,
lutei ao lado deles na S�ria.

Gostaria de ter a oportunidade
de lutar como voc�, Pierre.

Seu trabalho na f�brica �
importante, Jacques.

�s vezes � dif�cil ser paciente.
Mas diga-me, Pierre

o que far� agora que
voltou para casa?

Algum trabalho na f�brica.

Poderia fazer um trabalho
importante na f�brica.

Onde seria mais eficaz?
Posso trabalhar em v�rios postos.

Entendo o seu problema.

Mas seja o que for, n�o tente
conseguir emprego onde eu trabalho.

De manh�, venho para casa
com dor de cabe�a.

Ao sair o sol, me bate
diretamente nos olhos

atrav�s da clarab�ia
na parte de tr�s do edif�cio.

Depois de lutar na S�ria,
j� gosto do sol, Jacques.

Gostaria de trabalhar num pr�dio
que o sol viesse do leste.

Se quiser fazer esse trabalho,
desejo-lhe sorte, Pierre.

Se os brit�nicos
bombardearem a f�brica

todos do turno noturno morrer�o.

Se fosse assim,
n�o me importaria de morrer,

sabendo que morreria
pela causa.

� melhor se aprontar agora ou
se atrasar� para o seu trabalho.

Quando te verei novamente?

Estarei colhendo no campo
durante o dia.

- Amanh� � noite?
- Estarei te esperando.

Chamamos de gruta
do padre Desire.

Da entrada da caverna,
se ve todo o vale.

� essa.
Isso que quis dizer.

O sol cedo pela manh�
sobre a clarab�ia ao leste.

Como brilha bonito
quando � banhado pelo sol

mas debaixo est�o fabricando
proj�teis...

Proj�teis de a�o
para conquistar o mundo.

Senhor, de quem s�o os campos
em torno da f�brica?

A oeste, passando a f�brica,
onde as estradas bifurcam

s�o as terras
do meu irm�o Maur�cio.

A vi�va Grelieu e suas tr�s filhas
cultivam as terras mais ao norte.

O velho Danton � dono
das terras do sul.

E as do leste?

Ao leste, logo abaixo de n�s,
est� a minha granja.

Entend�.

Tem um plano, monsieur?

Se as quatro granjas colherem
seus campos de fora para dentro

o resultado seria um corta-fogo.

Sim, senhor.

Um claro c�rculo de trigo em
chamas, com a f�brica no centro.

Seria um alvo perfeito
para os bombardeiros voando.

Poderia ser feito numa s� tarde
se todos concordarem.

Tem que ser feito.

V� o velho moinho
junto ao arroio?

Vou reunir os outros
e o verei l� em uma hora.

Certo.

Porque nos trouxe? N�o quero
participar do seu compl� com o ingl�s.

Quem � esse homem? O que quer?
Como saber se podemos confiar nele?

Voc�s todos sabem que isso �
ser desleal ao nosso governo.

Guincha como um porco assustado.
Fique quieto.

Estamos todos aqui, senhor.

Hoje � meia-noite, a Real For�a A�rea
bombardear� a f�brica de muni��es.

Se aceitam, o vosso trabalho ser� incendiar
seus campos cinco minutos antes.

Esse � o problema simples.

Percebe o que est� nos pedindo?

Estou pedindo que arrisquem
suas vidas.

Arriscar nossas vidas.
� brincadeira?

Diariamente arriscamos nossas
vidas andando pela rua.

Mas queimar a colheita,
destruir nossa comida...

A comida do ex�rcito nazista,
voc� quer dizer.

E confiscam nossas terras?

S� tenho dois hectares
dos 10 que tinha

e pede que tamb�m os renuncie.

Esta terra � nossa.

Levamos anos para cultivar
esta terra.

J� n�o nos causaram bastante
danos os ingl�s?

Ficaremos parados enquanto
destroem o nosso vale?

Ficaremos parados enquanto os
porcos alem�o destroem o pa�s?

Uma vez, os gafanhotos
invadiram nossos campos.

Foi necess�rio queimar tudo
para nos livrar da praga.

Se n�o queimamos os campos agora

os alem�es queimar�o ao sairem.

Se o avarento Maurice se nega
queimar seus campos, eu queimarei.

- Eu atearei fogo.
- Isso n�o ser� necess�rio.

Meu irm�o � avarento,
mas tamb�m � um democrata.

Estamos todos contra voc�,
Maurice.

Seu irm�o � um democrata de Laval.

Ou�a bem, Maurice Bonnard.

Os urubus j� comeram muitos
corpos de franceses leais.

Talvez gostem do sabor da
carne de um colaborador.

Se querem se autodestruir,
nada posso fazer.

Como acenderemos o fogo?

Primeiro, temos um trabalho
para fazer esta tarde.

Tem que preparar os aceiros
nos campos.

Me fez de idiota.

Me deixou sentado a noite toda,
s�zinho, te esperando.

Eu disse que n�o pude ir.

- N�o pude ir. � isso.
- Porque n�o?

O que aconteceu?
Por que est� aqui?

Frau Bonnard, talvez voc� tenha
a gentileza de explicar

porque sua filha n�o pode ir
me ver no caf� a noite passada.

- Ir v�-lo?
- Eu vou explicar.

Meu irm�o Pierre voltou
para casa.

Seu irm�o?
Quando chegou?

Ontem � tarde.

Estava trabalhando na
Kommandantur ontem � tarde

e n�o registrou nenhum
Pierre Bonnard.

� que quando chegou em casa,
estava exausto.

- Onde est�?
- Logo retornar�.

Se sabe disso, sabe onde foi.

Foram aos campos. Meu marido come�a
arar sempre antes do amanhecer.

Seus campos est�o vazios.

FEITO EM LONDRES

- N�o minta outra vez!
- Por favor, n�o!

Onde est� o homem
que diz que � seu filho?

- Me procura, monsieur?
- M�os para cima!

Pierre, onde voc� estava?

Meu pai e eu fomos ver o vale.

Tinha muito tempo que n�o via
o sol sair entre nossas colinas.

Porque n�o se registou
com o comandante?

Para ser honesto, porque...

Porque n�o tenho documentos.

N�o se registrou,
n�o tem documentos.

Os ingleses me tiraram na S�ria.

Entende que se lev�-lo
ao comandante, ser� morto.

E n�o causar� mais problemas
para voc� e para mim.

- Senhor Block, por favor.
- Sua m�e devia estar orgulhosa.

Voc� a treinou bem, quero ela
na minha casa, de dom�stica.

- Odette, meu beb�. N�o.
- Chame seus guardas.

Exijo ver o seu comandante.

Certo. Em frente.

Mesmo como franc�s,
suas a��es s�o muito graves.

Mas tenho raz�es para acreditar
que Pierre Bonnard

� o ingl�s que procuramos.

N�o me importa o que voc� acha,
Block. Quais s�o os fatos?

Uma carteira, Herr Hauptmann,
com a etiqueta "Feito em Londres".

Mistura House Blend.

Eu fumava quando trabalhava l�.

Que entre o homem.

A jovem Bonnard...
tenho certeza que ela � leal.

N�o teve nada a ver
com hospedar o assassino.

Voltou ao contato
com as mulheres da aldeia.

N�o, Herr Hauptmann.
A garota n�o me interessa.

Ent�o deixa eu decidir
se ela � leal ou n�o.

Sim, Herr Hauptmann.

Onde est�o os meus
cigarros ingleses?

Voc� pode ir, Block.

Sente-se, Bonnard.

Cigarros?

Obrigado, monsieur.

N�o tem id�ia
que tipo de luxo � esse.

Fuma cigarros, monsieur?

Sim, senhor. Mas ultimamente tenho
fumado um tabaco horr�vel de cachimbo...

Que peguei de um ingl�s
morto na S�ria.

Voc� me desculpa. N�o estou
acostumado com o tabaco alem�o.

S�o cigarros ingleses, pegos de um
comando ingl�s morto, na Fran�a.

E os ingleses dizem que os
franceses n�o conhecemos tabaco.

Talvez estejam certos.

Se os ingleses t�m raz�o,
tenho orgulho de estar errado.

N�o � um conhecedor, Bonnard,
mas gosto do seu esp�rito.

No entanto, sua conduta foi
estranhamente indisciplinada.

Minha conduta, monsieur?

Me explique porque
n�o se registrou antes.

- Me disseram que poderia descansar
em casa. - Quem disse?

Talvez Conrad?
Ainda n�o te disse o senhor Block?

- O unteroffizier Block n�o d� ordens.
- Mas a noite que cheguei em casa...

Como nenhum guarda te deteve
naquela noite?

N�o sei, senhor.

- S� se foi a noite do comando.
- Entendo.

Como foi que falou
com o unteroffizier Block?

Ele foi visitar minha irm�.

Mas n�o tinha m�s inten��es.

Eu decidirei quais eram as
inten��es do unteroffizier Block.

Estava na granja do Bonnard na noite
que mataram o Rudolph e o Kumnitz?

- Claro que n�o, Herr Hauptmann.
- Como pode dizer isso, Conrad?

N�o lembra que bebemos caf�?

Disse que faria uma exce��o
com o irm�o de Odette

se ela o acompanhasse
no concerto.

Isso mostra que ele � o ingl�s,
n�o vi ningu�m al�m da Odette.

- Ent�o esteve sim na granja.
- Sim, mas...

Sil�ncio!

Entendo que � mec�nico
de primeira classe.

Sim, monsieur.

O tenente l� fora o inscrever�.

Precisamos de bons mec�nicos
na frente oriental.

Obrigado, monsieur.

Herr Hauptmann, � verdade que
estive na granja. Eu admito.

Mas ele deve ter estado tambem.

� dif�cil entender sua atitude,
Block.

N�o somos sentimentais
com as mulheres.

Estou cansado da sua
adolesc�ncia.

Posso provar que estou certo,
Herr Hauptmann.

Certo. Se puder provar n�o terei
que envi�-lo para a Alemanha.

Obrigado, Herr Hauptmann.

Vai.

Filho, � melhor ir para os campos,
para terminar antes do anoitecer.

- Raoul...
- O que �, Maurice?

Pe�o-lhe emprestado uma pedra
para amolar a minha foice.

Vou trazer.

Voc� passou a vida inteira
trabalhando nesta granja.

Seria terr�vel destru�-la.

Pense na sua fam�lia.

Ainda tem tempo para cancelar
toda essa loucura.

Aqui est� a pedra de amolar,
Maurice.

Se eu fosse voc�,
ceifariar mais e falaria menos.

N�o precisa me amea�ar.

O mundo � grande
e assustador, n�o?

Quer saber por que nasceu,
n�o �?

Talvez voc� seja a afortunada.

Talvez crescer� num mundo
onde poder� andar

livremente pelos prados
para comer a relva verde.

Vamos.

Arre!

Ei.

O que quer?
N�o tenho tempo a perder.

Por que cantam?

Porque gostamos, assim o
trabalho vai mais r�pido.

Isso est� muito bom.
O F�hrer necessita mais trigo.

Olha.

O Block e seus homens, v�o �
minha casa. Talvez tenha problemas.

Certamente, vai visitar Odette.
Sabe que s�o muito amigos, n�o?

Posso entrar?

N�o posso det�-lo.

�s vezes acho lament�vel n�o
ser bem-vindo em nenhuma casa.

Ganharam � for�a.

�s vezes, nos sentimos muito
s� estando t�o longe de casa.

O intruso sempre se sentir� s�.

Voc� � muito parecida
com a minha m�e.

Sempre teve uma resposta �spera,
mas um cora��o amoroso.

Penso como deve se sentir
o cora��o da sua m�e.

Por acaso seu filho n�o � leal
� Alemanha, Frau Bonnard?

N�o lutou ao nosso lado
na S�ria?

Meu filho � um bom rapaz.
� bom e leal.

Quando jovem, tive um amigo como
o Pierre. Ent�o me simpatizo.

Seu Pierre lembra
o meu amigo.

Costumava levar sua foto comigo
porque o queria como um irm�o.

- Voc� � um bom rapaz.
- Mas um dia perdi a fotografia.

� ru�m perder a fotografia
de um amigo.

� bom ter fotografias.

� como se as pessoas
estivessem presentes.

Tem fotos do seu Pierre?

Sim, de quando era menino

quando a granja ainda era verde,
antes das f�bricas.

Bons tempos aqueles.

Meu Pierre sempre foi pequeno
para sua idade, at� os 15 anos.

Foi quando cresceu
como coqueiro.

Me faria bem ao cora��o
ver fotos do Pierre dessa �poca.

Seria como voltar no tempo
quando era jovem com meu amigo.

Espere.

Eu n�o gosto.
Demoram muito l�.

� melhor ver o que acontece.

Me esconderei perto do moinho,
te vejo l�.

Esta noite �s 11:30h.

Ver� como cresceu rapidamente
num ver�o: 8 cm.

Olha. Naquela �poca, as roupas
eram folgadas como um espantalho.

Tem fotos atuais dele?

Sim, tenho as fotos que me enviou.

Mam�e! Larga isso!

- S�o boas fotos do seu irm�o.
- N�o entendo.

Calma, mam�e.
Tinham que descobrir.

Quem est� fingindo ser seu irm�o?

Nos obrigou hosped�-lo
amea�ando matar todos n�s.

Onde ele est� agora?

Com meu pai, nos campos.
For�ou meu pai acompanh�-lo.

Peguei ele na porta,
tentava fugir.

Ent�o tentou fugir. Por qu�?

Papai, j� descobriram o homem.

- Voc� contou, Odette?
- Eles j� tinham descoberto.

- Onde est� o ingl�s?
- N�o sei.

Diga, papai.
N�o tem porque escond�-lo.

O que far�o, marido?
N�o entendo.

Ser�o fuzilados, a menos que o seu
marido nos diga onde est� o ingl�s.

N�o est� em minhas m�os
dizer onde est� o ingl�s.

Leve-o para a pris�o. Vamos ver
se n�o est� em suas m�os.

Disse a eles?

Papai, por uma vez na vida,
tem que me ouvir.

Para que dar sua vida
por nada?

Se quiser lutar no campo
de batalha, isso � outra coisa.

Mas n�o podemos fazer isso.

N�o pode sacrificar a fam�lia
inteira por um ingl�s.

Diga-lhes onde est�,
e nos deixar�o livres, papai.

Ent�o n�s lutaremos. Viveremos
para lutar quando chegar a hora.

A hora j� chegou
e quase passou, Odette.

Est�vamos t�o perto de
atingir o nosso objetivo.

A �ltima chance para um idoso
fazer algo pelo seu pa�s.

E voc�, Odette,
se recusou ajudar.

Algum dia, talvez em breve

aprender�, Odette

e a li��o ser� muito dura
e muito amarga.

Com estes homens, se render
significa apenas uma morte mais lenta.

Os nazistas n�o t�m miseric�rdia
com os vencidos

e com eles, n�o tem acordo.

Por favor, entre,
Fr�ulein Bonnard.

O unteroffizier Block me disse que
cooperou muito para delatar o ingl�s.

Porque n�o?

Precisamente.
Sua atitude � muito s�bia.

- Precisamos saber onde est� o ingl�s.
- Eu n�o sei.

- O seu pai sabe.
- Ele se recusa dizer.

Talvez possamos ser indulgentes
com seu pai e sua m�e

se nos ajudar encontr�-lo.

- Verdade?
- Naturalmente, Fr�ulein.

Somos t�o generosos com os amigos
quanto implac�vis com os inimigos.

Conhe�o um homem que falaria
quando ningu�m o estivesse ouvindo.

- Teria que ficar a s�s com ele.
- Tem uma hora.

Se n�o voltar em uma hora
seus pais morrer�o.

- As prepara��es foram feitas.
- Sim eu voltarei.

Dupliquem a busca e prendam
os que falaram com o ingl�s.

� melhor eu ir trabalhar.
Boa noite, mam�e.

Boa noite, Jacques.

- Jacques Grandet?
- Eu sou Jacques Grandet.

Prendam-no!

� este o seu filho?

� claro que � meu filho.
� o meu terceiro filho.

- Tragam-a tamb�m.
- Por que nos prendem?

Sabotagem! Vai!

- Aonde vai, tio Maurice?
- O que faz aqui?

- Te prenderam.
- Onde est� o ingl�s?

Que ingl�s?
N�o me envolver� nisso.

Diga-me ou te entrego
aos alem�es.

- N�o poderia.
- A vida da minha fam�lia depende dele.

Certo.
Vou dizer tudo o que sei.

S� sei que ir� ao moinho
Grelieu �s 11:30h.

Pode dizer isso.

Se n�o for verdade,
tambem morrer�, est� claro?

� verdade.
Juro que � verdade.

Se precisar de mim, estarei
sentado na cal�ada do caf�

para que todos vejam que Maurice
Bonnard n�o teve nada a ver.

Chegou a hora, senhores.

� pontual, Fr�ulein. Parece
gostar muito dos seus pais.

O que me diz do ingl�s?

Estar� no moinho Grelieu,
�s 11:30h.

- S� isso?
- � tudo que precisa, n�o?

Isso bastar�.
11:30h, no moinho Grelieu.

O capturamos vivo
e traremos para c�.

Amanh� o enforcaremos
em plena pra�a central

e o deixaremos l�,
como lembran�a.

- Posso ver os meus pais?
- Sim, claro.

A levaremos com os seus pais
imediatamente.

Outra execu��o?

N�o pergunte. Toque.

Mam�e, os sinos.

Voc� acha?

Passei pelo cemit�rio
a caminho de roubar o querosene.

Estavam cavando 4 covas novas.

Quatro covas.

N�o temos tempo para besteiras.

Haver� mais de quatro covas
pelo nosso trabalho dessa noite.

Estamos em guerra.

Fogo!

Novamente, meus homens prenderam
os que planejavam nos trair.

E mais uma vez, os traidores receberam
o �nico tratamento que merecem:

A morte diante do pelot�o
de fuzilamento.

Lembrem-se bem: Para quem tentar
com seus planos lament�veis

executar atos de sabotagem ou
rebeli�o contra o Terceiro Reich.

Nossa pol�tica futura ser�

fuzilar n�o s� o traitor

mas toda a sua fam�lia.

Foi inteligente vindo aqui.

Por que o ingl�s foi ao moinho?

Eu sei como se sente,
eu tamb�m sinto.

N�o temos nada a nos censurar,
ganhou com a sua loucura.

Qual era o plano do ingl�s?

- � melhor n�o saber.
- Deixa isso comigo.

Mas se acharem que
sab�amos muito

perguntar�o por que n�o
acudimos antes deles.

Seria f�cil dizer que
sabia todos os detalhes.

Odette, n�o poderia fazer isso.

Se n�o me diz tudo o que sabe,
chamarei um soldado nazista

para te prender
por ocultar informa��o.

- Perdeu a cabe�a.
- N�o tenho tempo a perder.

Beba um copo de vinho.
Sente-se, eu direi tudo.

A Real For�a A�rea sobrevoar� � meia-noite
para bombardear a f�brica.

O ingl�s queria queimar os campos
para sinalizar o local da f�brica.

- Entendo.
- Queimar nossas colheitas.

Entendeu?
Arruinar nossas terras.

Se as bombas n�o nos matassem,
os alem�es nos fuzilariam.

- Meu pai queria isso?
- Todos queriam.

O velho Danton
e essas mulheres loucas.

Perderam suas cabe�as.
Temos paz com a Alemanha.

Que direito tem os ingleses
de bombardear nossa f�brica?

Se eu fosse voc�,
ficava onde est�, Maurice.

Duvido que as bombas
caiam sobre o povoado.

Mas n�o haver� bombas

porque n�o poder�o
ver o seu alvo.

Entendeu?

Schmidt,
reviste ao redor da ponte.

Em frente! Marchem!

- Onde est� o Maurice?
- Maurice fugiu.

Nos preocupamos com voc�,
com a garota.

- Est�o prontas as bombas incendiarias?
- Sim. Diga-nos o que fazer.

Algo est� errado.
Tiraram os guardas.

A garota e o Maurice nos
colocaram numa armadilha.

Vamos ocultar o explosivo
enquanto averiguamos.

No dep�sito de farinha.

N�o � hora de lutar.

M�os ao alto!

Que grupinho mais insignificante
para causar tantos problemas.

Pensei que fossem mais espertos.

Amanh� teremos outra execu��o.

Leve-os para a pris�o.

Se me d� a honra

quero que v� no meu carro.

Quero fazer algumas perguntas.

Qual era o objetivo?

Esses ingleses!

Essa noite

depois da meia-noite.

Espere at� depois da meia-noite.

Continua recusando nos dizer
qual era o seu objetivo?

A hora. Que horas s�o?

Passou a meia-noite.
Pouco mais de meia-noite.

Passou da meia-noite?
J� posso falar do meu plano.

- Qual era?
- Sabotagem dentro da f�brica.

- Quem executaria?
- Alguns patriotas franceses.

- N�o sei os seus nomes.
- Que tipo de sabotagem?

Que tipo de sabotagem?

- Explodir a �rea de carga.
- A que horas?

� meia-noite.

Block, leve-o para a pris�o.
Vou � f�brica imediatamente.

Com o centro de controle.

Tirem todos os franceses
da f�brica. Imediatamente.

Todos rapidamente.

Que todos os soldados
v�o para a f�brica fazer a guarda.

Revistaremos as instala��es
em busca dos sabotadores.

Sim, comandante.

Amigos, acabo de dizer
a melhor mentira da minha vida.

At� o �ltimo nazista no vale
est� nessa f�brica.

Se pud�ssemos sair daqui!

- Quem �?
- N�o � a garota do comandante?

Ah, sim.
O que quer?

N�o quero nada. Espero para
ver o comandante, � isso.

Sente-se l�, por favor.
E aguarde em sil�ncio.

N�o se distraia com o baralho.

- O que faz?
- Desculpe.

Se n�o consegue se sentar
em paz, ter� que sair.

Por favor. A verdade � que
n�o vim para ver o comandante.

Fui eu que delatei o ingl�s.

Os vizinhos est�o zangados,
e eu estou com medo.

Por favor. Me tranque
numa cela para ficar segura.

Querem me matar pela minha
lealdade aos alem�es.

- Por que n�o disse logo?
- N�o queria parecer aterrorizada.

� mulher. Como n�o ter medo?

Por favor!
Deixe-me passar a noite na pris�o.

Est� bem.
Se � isso que quer.

Obrigado.

Odette, a namorada nazista.

N�o me olhem, est�pidos.

Assassina do seu pai.

O astuto ingl�s n�o foi
mais astuto

que os est�pidos franceses
que o ajudaram.

Amante dos nazistas.

L� v�m eles.
E n�o tem quem acenda o fogo.

S�o t�o est�pido como dizem
os nazistas.

Temos que estar na mesma pris�o
que essa beija-porcos?

Amanh� ser�o fuzilados como
traidores, e me alegra muito.

Enviem-na ao Hitler
com um la�o no pesco�o.

Coloque-a em nossa cela,
poupar�o uma execu��o.

A enforcaremos na frente
de toda a Fran�a.

- Deixem-nos sair!
- Deixa eu te pegar!

- Sil�ncio!
- Venha nos silenciar.

Est�o gritando comigo.

Eu n�o ag�ento.
Tirem-me daqui.

Fechar�o as bocas sujas

ou os terei que amarrar
e amorda�ar.

Corram para o campo para
acender os fogos.

Vou tentar bloquear o t�nel para
trancar os nazistas na f�brica.

- Nos vemos no moinho ao terminar.
- Sim.

Cabo de artilharia,
consegue ver algo?

Nada.

Sobrevoaremos o vale em c�rculo
e depois desistiremos.

Que todos os soldados alem�es saiam
da f�brica e v�o para os seus postos.

Verifique as unidades
anti-a�reas, Busch.

Frank, fique preparado se
os habitantes se rebelarem.

Klemper,
traga o ingl�s imediatamente.

Cabo de artilharia,
o que acha desse alvo?

� o alvo perfeito, senhor.

- Conseguimos!
- Sim, conseguimos!

Veja-os.

- S�o ingleses.
- N�o me importa quem s�o.

Est�o do meu lado
e est�o lutando.

Fizeram muito bem:
N�o sobrou nada.

Mas temos que sair,
o fogo nos rodeia.

O rio atinge a costa, n�o?

- Sim.
- Muito bem.

Meus amigos estar�o
me esperando em Calais.

Obrigado.

Seu menino e voc� n�o ser�o
bem-vindos no vale do Cherchell.

N�o.

Posso lev�-los � Inglaterra.

Este � o meu lugar.

Mas poderia lev�-lo?

Aonde te envio, meu amor

nem mesmo falam franc�s.

Mas s�o seus amigos.

Sabe como ser�
sua vida agora?

Sei como foi para o meu pai
e minha m�e.

Cuida muito dele para crescer
forte e livre no seu pa�s.

N�o quero que ele veja
o que as minhas m�os far�o.

Mas quando terminarmos nosso
trabalho, traga-o de volta.

Eu vou traz�-lo.

Logo me ver�o novamente,
e muitos outros como eu.

O estaremos esperando,
e haver� muitos outros como n�s.

LEGENDAS : Laercio
Tradu��o da legenda em Espanhol

FIM

Resincronismo: J. Neves