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O G�NGSTER*
(1951)
*Uma tradu��o literal

DEP�SITO DE LIXO
FECHADO AO P�BLICO

DEP�SITO DE LIXO
AQUI

Vincent Lubeck, 16 anos,
posse de arma de fogo,

sujeito � lei regional.

Vincent Lubeck, 17 anos,
invas�o de domic�lio,

condenado a seis meses
no reformat�rio.

Vincent Lubeck, 19 anos,
furto menor,

condenado a nove meses de pris�o
na cadeia local.

Vincent Lubeck, 20 anos,
roubo maior,

condenado a um ano de pris�o
na cadeia.

Vincent Lubeck, 22 anos,
assalto a m�o armada,

condenado de cinco a dez anos
de pris�o na penitenci�ria do Estado.

Senhores, Vincent Lubeck �
um delinquente, um criminoso reincidente.

e acho que n�o dever�amos
deix�-lo livre.

Mas Diretor, Vincent Lubeck
reconheceu os fatos.

O comportamento dele foi exemplar.
E acho que isto deveria...

Sua obje��o seria suficiente para
n�o conceder a liberdade condicional,

mas neste caso parece que existem
circunst�ncias atenuantes.

A �nica circunst�ncia atenuante no
caso de Vincent Lubeck

� que n�o matou ningu�m,
ainda.

Lido com este tipo de criminosos
todos os dias.

Vivo com eles.
Vincent Lubeck nunca mudar�.

Mas Diretor, esta � uma institui��o
correcional, n�o de condena��o.

Se impusermos castigos aos presos
que j� cumpriram a pena.

a sociedade nos atacaria.

Perry, n�o est� sendo realista.

J� n�o lutamos contra gangsteres
da velha escola.

Os Vincent Lubeck est�o cometendo
o delito mais cruel que existe,

o delito contra as pessoas.

Roubos, assaltos a m�o armada, assalto
mulheres velhas. Assassinato!

Este delinquente � nosso
inimigo p�blico n�mero um.

Gostaria que pensasse na Sra. Lubeck,
a m�e de Vincent.

Eu tenho provas, lido com fatos,
n�o com sentimentos.

N�o vejo inconveniente algum por que
n�o possamos ver a Sra. Lubeck.

Poderia entrar, Sra. Lubeck,
por favor?

Sra. Lubeck, apresento
o Diretor Stevens.

Estes senhores s�o membros
do conselho de condicional.

Sra. Lubeck, parece que existe
algum tipo de inconveniente

para conceder
a liberdade condicional a seu filho.

Por que n�o querem
que volte para casa?

Eu apenas me guio pelos antecedentes
de Vincent, Sra. Lubeck.

Por que odeia meu filho?

Sra. Lubeck,
eu n�o odeio seu filho.

Minha opini�o � que n�o est� preparado
para ocupar seu lugar na sociedade.

Arrebataram cinco anos de sua vida
n�o s�o suficientes?

Quando acha que estar� preparado?
Em dez anos? Vinte anos?

Quando eu j� esteja morta e n�o tenha
ningu�m com quem voltar para casa?

Sra. Lubeck,
deixe-me lhe perguntar uma coisa.

Vincent trouxe para casa
alguma vez um sal�rio?

Comprou alguma vez um vestido
para a senhora

Ele lhe levou a algum lugar?

Um vestido, bons momentos,
isso n�o prova nada.

N�o conhece Vincent tanto como eu.

Desde que era pequeno
luta contra todo mundo,

porque quer ser grande.

Disse a ele que fosse grande,
mas grande de cora��o.

Vincent � um rapaz simples,
n�o tem for�a

para conseguir que seu sonho
se transforme em realidade.

Sonhar n�o � suficiente?

H� cinco anos que est� na cadeia.

As leis n�o dizem que neste mundo
h� um lugar para todos?

Que tudo se pode ser perdoado?
Que devemos ter piedade?

Por favor, por favor,
deixem que volte para casa comigo!

Este conselho decide conceder a Vincent
Lubeck a liberdade condicional.

� meu dever lhe informar as
condi��es da liberdade condicional,

Deve informar ao Escrit�rio da
Liberdade Condicional, � cadeia...

Sim, eu sei.

Tenho que informar
se houver alguma mudan�a,

ou se encontro trabalho
nos pr�ximos 60 dias.

Sim, � o mesmo para todos os
presidi�rios em liberdade condicional.

Por um momento, me esqueci de que
falava com Vincent Lubeck.

V� para o inferno!

Lubeck tem que saber que eu
n�o assinei sua liberdade condicional.

Se n�o fosse por sua m�e, deveria
cumprir a senten�a inteira.

Venha comigo!

Lubeck, eu vi quantos delinquentes
sa�ram daqui.

Voltavam e depois saiam outra vez
por esta porta.

Abra.

N�o se esque�a disso, Lubeck.

Lembre-se que n�o ha liberdade
condicional se cruzar esta porta.

Vincent.

Ol�, irm�o. N�o vim por voc�,
vim por mam�e.

Johnny.

Johnny � o dono?

Far� tr�s anos agora.
Posto de Servi�o Lubeck.

De onde tirou o dinheiro?

Do seguro de seu pai. Se estivesse aqui,
Vincent, estaria muito feliz.

Quanto foi?

Um seguro de 12 anos.

Johnny aproveitou o dinheiro
para montar o posto de servi�o.

E o resto?

Os advogados custam dinheiro.
Johnny comprou tudo isto.

Respire fundo, Vincent.

Vamos. Sinta.
Sinta o ar fresco daqui.

N�o � o mesmo cheiro que vinha
do dep�sito de lixo.

Cada vez que o vento mudava, seu pai
saia correndo de dizia a todos

"fechem as janelas", "fecham as..."

Pare com isso!

"Fechem as janelas",
para que?

O cheiro se desprendia do terreno,

estava em todas as partes,
impregnava a pele.

Inclusive se tomasse banho cada dia
continuava fedendo.

Um parque, quatro peda�os de lixo
e isso nos custava dinheiro.

Que nojo!

Mesmo agora que estou longe.

Tem que me lembrar disso.

Tenho ideias, ficarei rico.
Sem, dinheiro.

� a �nica coisa que poder� cobrir
esse cheiro de lixo.

Vincent,
n�o deveria falar assim!

Deve encontrar uma vida nova
com que possa se manter!

- Olhe para Johnny!
- Astuto.

Esperou que papai morresse
para conseguir

o dinheiro suficiente para
montar um posto de servi�o.

Vincent!

Mam�e, voc� viver� at� os 70.

Recebe o seguro a partir
dos 65 anos.

Falta-me pouco para os 40
e me sinto como um inseto.

Terei que esperar muito tempo.

Quando esteja morto h� muito tempo.

E quando est� na cadeia,
est� vivo?

Ol�, mam�e!

Vincent, lembra-se de Rosa?
A namorada de Johnny.

Bem-vindo a casa, Vincent.

Ol�, Rosa.

Johnny, voc� me prometeu!

Sempre cumpro o que digo.

Sim, claro.

Assim � como tem que ser.

Os irm�os sempre
t�m que permanecer juntos.

Bem, a que esperamos?

Venha comigo, Rosa,
prepararemos o jantar.

Johnny, fale a Vince
sobre o Posto de Servi�o.

� ideia de mam�e, Vince.

Sup�e-se que tenho que trabalhar
no posto de gasolina?

Est� em liberdade condicional,
ter� que trabalhar.

Sim, tem raz�o. Eu esqueci.

N�o � uma m� ideia. Est� em frente
da funer�ria da cidade.

V�m mais clientes.

Tem algumas coisas que terei
que fazer. Usar luvas.

Esta manh� tinha tanta pressa que n�o
tive tempo de limpar minhas unhas.

Depois, gostaria...

Suja muito as m�os,
verdade, Johnny?

Sim, Vince, �s vezes. Mas essa sujeira
se pode limpar.

- Gostou?
- Adorei.

Pode funcionar, Vince. Estar� aberto
o dia todo. Muitas pessoas diferentes.

E o melhor � que voc�
� o seu pr�prio chefe.

Ningu�m mais dar� ordens por aqui.

E quem voc� vai entregar aos caixas?
Eu nunca os cumpri.

Vince, o propriet�rio do ve�culo
disse que n�o era esta roda.

Pois se eu n�o sei trocar a roda que
�, que ele mesmo fa�a.

Se tivesse tempo, provavelmente
faria isso melhor que voc�.

Diga-me, para que o utiliza?

Para meu trabalho. Que lhe parece se
voltar ao seu? Preciso do carro.

� seu? C�us, at� as mulheres
t�m que trabalhar agora!

No c�u, n�o. No banco.

No banco?

Sou a secret�ria do diretor.

Com o sal�rio de uma secret�ria?

�s vezes eu tamb�m invisto.

Um costume interessante.
Tem outros?

Sim, leio livros.

Vince, quer comer primeiro?
O bar da frente est� muito bom.

N�o, comerei mais tarde.

Est� bem, ent�o vou buscar
um sandu�che.

M�os para cima, Lubeck.

Referia-me aos olhos.
Saem das �rbitas.

Essas garotas, n�o s�o
de sua classe.

Isso � o que n�o gosto de voc�s,
a pol�cia,

sempre nos tiram os prazeres
da vida.

Que faz por aqui?

Vim ver como ia no seu primeiro
dia de trabalho de sua vida.

N�o perca tempo me vigiando,
sargento.

Tenente.

Gra�as a lhe pegar, eles me deram
uma promo��o.

De qualquer forma,
voc�s s�o todos policiais.

Sim, melhor que fazer outras coisas.

Deixe-me em paz, tenente.
Est� louco.

H� muitas pessoas na cadeia
por sua culpa.

Eu n�o, soltaram-me anteontem.

N�o lhe perdoarei nunca
estes cinco anos.

Delinquente.

Sempre procurando um culpado sem
perceber que voc� � o culpado.

Tenente, � chamado no escrit�rio.

N�o sei o que est� pensando, Lubeck.

Mas n�o tente fazer nada,
eu lhe aviso,

porque pagar�
todos os delitos juntos.

Que quer?

Um gal�o desta gasolina.

Preste aten��o ao que faz!

Pedi s� um gal�o e n�o pagarei
nem um centavo mais.

Olhe o que fez!

Estragou a pintura!

V� buscar uma estopa e limpe tudo,
r�pido!

Que est� esperando?
Estragou a pintura!

N�o vou pagar a gasolina.
In�til.

Pare! Ouviu-me? Pare!

A concorr�ncia � feroz
e n�o encontro clientes na rua.

Se comporta-se assim,
� melhor que n�o volte.

Tento levar adiante um neg�cio.
Isto j� n�o � coisa de crian�as.

Agora j� n�o se pode nem
falar com ele.

Querida, desisto, n�o posso mais,
n�o sair� bem.

D� uma chance, Johnny.
N�o desgoste mam�e.

Deve ter paci�ncia.

� seu primeiro dia depois de
estar preso cinco anos.

Sei que passou muito tempo l�,
mas n�o � s� isso.

Tony, o do restaurante, me disse que
a pol�cia veio v�-lo hoje.

- Que queriam?
- N�o sei, n�o estava l�.

Mas n�o � bom que aconte�a isso
em um bairro como este.

Johnny � seu irm�o. Se voc� n�o der
uma chance a ele, quem far�?

N�o posso fazer nada com
caso da pol�cia,

mas o de hoje n�o pode repetir.

Talvez se eu falasse com ele.

N�o creio, n�o lhe escutasse.
Nem mam�e pode com ele.

Acho que eu sei o que o
atormenta, Johnny.

Tato de mulher?

Bem, se voc� conseguir colocar
algum ju�zo na cabe�a dele.

Mas, o que vai acontecer se
ele n�o lhe ouvir?

Johnny. Aonde foi?

Certamente ter� subido no telhado.

Quando �ramos pequenos
sempre subia no telhado.

Olhava as pessoas, pareciam t�o
pequenas, isso o fazia se sentir bem.

Johnny.

Trancado.

Vincent, quero falar com voc�.

Rosa, uma briga j�
� suficiente por hoje.

Eu s� quero ajudar.
Igual a Johnny.

Eu n�o preciso de sua ajuda.
O que Johnny acha que v� � missa.

Coloque luvas, atenda os clientes,
cobre, � uma vida de servid�o!

T�o, t�o dif�cil � que se adapte,
Vincent?

Cresci e depois me mandaram para l�.
Aprendi algumas coisas.

Esque�a-se dessas coisas,
comece de novo.

Esquecer-me de qu�?

De que estive cinco anos trancado

e que por isso n�o tenho uma vida
igual que os outros?

Ningu�m se esquece disso,

todos percebem que tive
uma vida diferente.

Por que n�o deixa de se queixar?
Eu sou �rf�, que quer que fa�a?

A �nica coisa que lhe marca
� voc� mesmo.

N�o tente me convencer.
� como se estivesse morto.

As pessoas lhe tratam mal,
n�o querem que esteja a seu lado.

Todos querem ser ju�zes, prendem-lhe,
privam voc� da liberdade.

Pessoas, animais, p�ssaros.
Engaiolados!

Por que fez isso, Vincent?
Por que n�o tenta?

Se s� dedicasse um momento
para planejar sua vida.

Tem resposta para tudo, n�o?
Tem tudo planejado.

Voc� n�o decide na hora.
Algum dia isso lhe destruir�.

Sei o que quero e n�o
acontecer� nunca.

Ent�o voc� pensou sobre isso.
� assim, um e um, somam dois.

�s vezes as coisas acontecem
e nem sequer as espera.

Um e um, n�o se entendem muito
tempo. Por exemplo, algo assim.

Pare... Vincent...

Ol�, Allene.

Diga-me, que faz aqui sem que
ningu�m vigie o dinheiro do seu banco?

Est� vigiado. Os �nicos
que n�o acreditam s�o os clientes.

Ponha cinco, dentro de meia hora
tenho que entrar para trabalhar.

Guarde isso, hoje eu pago.

Deve ser a maior atra��o
da sucursal.

S� pelas tardes. Depois
a diretora est� tamb�m.

Tem algo que fazer?

Quero ir � cidade porque tenho que ver
alguns problemas, deixa-me perto?

Entre!

- Um cigarro?
- N�o, obrigada. N�o fumo.

Que faz no banco?
Cuidar de dinheiro deve ser chato.

Pode pensar em um hobby melhor?

Sim, gast�-lo. Esses caras que trabalham
em bancos est�o errados.

- Eu faria coisas melhores com esse
dinheiro. - Por exemplo?

Compartilh�-lo para viver melhor.

Todos eles s�o membros
de um seleto clube de ricos.

Mas nunca soube que algu�m
desse clube se divirta.

H� vinho que nunca provei,
m�sica que nunca escutei.

E as mulheres?

As mulheres, com certeza que
s�o mais exclusivas.

� como uma crian�a trabalhando
em uma f�brica de doces.

Deseja tudo o que v�. E a �nica coisa
que interessa s�o as m�quinas.

Mas continua procurando algo muito
especial como voc�.

E quando encontra?

Por��o extra de doces.
Em seguida, eles comemoram.

Que acha se n�s sa�mos uma noite?
Quinta-feira? � meu dia de folga.

Qualquer dia, menos esse.

Esse dia costumo ter muito
trabalho

preparando os pap�is
para realizar os envios de dinheiro,

e o servi�o que recolhe
n�o gosta de ter que esperar.

Por que t�m tanta pressa?

Porque h� muito dinheiro
nesse caminh�o

para estar muito tempo
em um mesmo lugar.

Parece uma grande quantia.

Se eu tivesse esse dinheiro,

tampouco ficaria muito tempo
no mesmo lugar.

Bem, bem, o grande homem!

Ent�o se tornou membro do clube.
Quando foi concedido a voc�?

O m�s passado.
Esta � minha primeira visita.

Est� impressionante. Que tem feito?

Honestamente? Vendo carros usados.
Voc�?

Trabalho no posto de servi�o
de meu irm�o, n�o me vai mal.

Quero dizer, o que voc� fez
para ser libertado?

N�o grite. Ainda n�o � seguro.
Vejo voc� no m�s que vem.

Espere um momento, Marty.
Pensei em algo que...

N�o me interessa.

Muito bem.

Se souber de algu�m que esteja
interessado em meio milh�o,

deixe-me saber.

Estive escutando esta m�sica
durante cinco anos.

O que mais me d� alguns delitos,
n�o haveria diferen�a.

Vejo voc� esta noite
no posto de servi�o.

Digo que posso ter tudo pronto
em pouco tempo.

Um carro blindado? Est� louco!

S� h� uma pessoa capaz de fazer
isso, Reynald.

Vai ser solto no dia 20.

Bom, Vai ser muito bom. E aprendi
muito durante cinco anos.

Meu irm�o Johnny. Marty Correll,
um amigo meu.

Vince, o posto est� fechado,

e tenho que ir a comprar
o que nos falta.

Vai comprar com Rosa?

Sim, telefonei antes de que fosse embora.
Ela n�o me respondeu.

- Cuide disto enquanto n�o estiver.
- Est� bem.

Seu irm�o n�o gosta dos
seus amigos, n�o?

Ele n�o gosta de mim.
Que lhe parece o dinheiro?

� meio milh�o, fala por si s�.

Eu lhe disse!

Johnny? Jo?

Ol�, Rosa.

Onde est� Johnny?

Disse que ia buscar algumas coisas,
n�o sabia?

Disse que tinha lhe dito.

Sim, ele disse.
Venho ver se j� chegou.

Por que n�o telefonou?

Bem, pensei que o encontraria
antes de que fosse.

Sim, coitadinha. Voc� parece triste.
As coisas n�o est�o indo bem para voc�?

Sabia que Johnny n�o ia estar aqui.

Por que teve que me beijar?

Pensei que era o que queria. Um e um,
nem sempre s�o dois, Rosa.

Bem, n�o deveria brincar com isso
� muito dinheiro!

Pode responder
algumas perguntas agora?

Claro.

Bem, o professor vai se pronunciar.
Onde ser�? Est� bem?

Ser� na frente do banco.

Por que l�? � uma rua muito
concorrida, muitas pessoas.

� o �nico lugar onde
os caminh�es param.

Acho que � melhor que fa�amos
enquanto v�o de um lado para outro.

Temos mais tempo para fugir.
Vamos votar.

Marty, n�o se pode abrir esses
carros blindados quando fecham.

Temos que aproveitar quando
est�o abertos para entrar.

Quantos homens acha
que precisaremos?

Seis.

E agora, a pergunta do milh�o,
quando?

Sim, eu direi quando
souber mais detalhes.

Que quer dizer?

Depois de tudo isso ainda n�o sabe
quando vamos fazer?

Marty, temos menos de
dez minutos para fugir.

Desbloquear o caminh�o
� o mais dif�cil.

Mas tem que haver algu�m
com as chaves do carro.

Roubar este banco
est� lhe deixando louco.

Marty, isto s�o neg�cios.

Veja como � tarde,
que meus vizinhos v�o pensar?

J� pensei. Devem ter passado a noite
toda pensando. Que interessa?

Vamos deix�-los descansar. Obrigada
por esta noite maravilhosa. Boa noite.

Rosa, est� louca esperando-me aqui
fora a estas horas da manh�!

Algu�m poderia lhe ver.

N�o me importa. Tinha que lhe ver.
Preciso falar com voc�.

Pode esperar amanh�. Vamos, deixe
lhe levar para casa e lhe vejo depois.

N�o! N�o tente se livrar de mim!

Est� bem. Mas aqui n�o. Subamos
ao telhado. Ningu�m nos ver� l�.

Vincent, n�o quero continuar assim.

Olhe, Rosa,
j� falamos disso antes.

Passaram dois meses. Quanto tempo
acha que poderei guardar o segredo?

Johnny, n�o entende por que o evito,
por que estou t�o fria, e mam�e.

Por que envolve tantas pessoas?
Isto � entre n�s.

N�o � verdade, existe Johnny. N�o �
justo para ele. Temos que dizer a ele.

Dizer o qu�? Que roubei a garota dele.
Que me pertence?

Ou que nos deitamos.

Por que n�o fugimos?
Poder�amos nos casar.

Morar em algum lugar onde
ningu�m nos conhe�a.

Posso conseguir um trabalho.

Eu n�o posso ir a nenhum lugar,
sabe disso.

Se algu�m soubesse que fugi
com a garota de meu irm�o,

perderia meu prest�gio
na comunidade.

E olhe, Rosa, sobre de se casar
comigo, est� equivocada.

� a garota de Johnny.

Na pr�xima vez que lhe telefone,
atenda, diga ol� para a ele.

N�o tenho nem direito
de dizer ol� para ele.

Inclusive se ele quisesse,
eu n�o poderia me casar com ele.

Que pena,
algo que n�o havia planejado.

Por favor, entre.

Sente-se.

Por favor, sente-se!

Lembra-se de mim?

Sim, Sra. Lubeck.
A m�e de Vincent.

Sabe sobre Rosa?

Sim, e sinto muito.

Neste exato momento, ia olhar
a c�pia do relat�rio da aut�psia.

Aut�psia? Que � isso?

Bem, Sra. Lubeck, quando algu�m
morre como Rosa morreu,

a pol�cia tem que fazer um relat�rio.

Quando a senhora ligou,
eu dei uma olhada no relat�rio,

e j� que Rosa n�o tem mais fam�lia,

posso garantir que poder� realizar
o funeral.

Muito obrigada, Sr. Burdick.

Rosa era a namorada de Johnny,
verdade?

Sim, iam se casar.

Que pena que n�o fizessem.
Talvez isto n�o tivesse acontecido.

Que quer dizer?

Relat�rio da aut�psia de
Rosa Carmichael.

� isto que quero que leia,
Sra. Lubeck.

Os resultados da aut�psia revelam

que a mulher estava gr�vida
de dois meses.

N�o de Johnny!

Ele a amava demais.

Por que n�o come, Johnny?

N�o posso entender
por que fez isso.

N�o sabe realmente por qu�, Johnny?

N�o nos fal�vamos h� semanas.
N�o queria nem atender ao telefone.

Mas n�o entendo por que fez isso.

Porque estava louca. Qualquer um que
fa�a isso, tem que estar louco.

Johnny.

Desde que chegou
s� trouxe problemas.

N�o dir� que o caso de Rosa
� culpa minha!

Ningu�m disse isso, Vincent.

Obrigado por se encarregar de tudo,
Sr. Breckenridge.

De nada. � horr�vel.
Rosa era uma garota linda.

Como vai Johnny?
N�o o vi no dia todo!

Ele leva isso muito mal.
Ele vai superar.

O tempo cura tudo.

A prop�sito, quanto h�
at� o cemit�rio?

Minha m�e quer que a
leve l� na semana que vem.

Est� a 18 km daqui.

T�o longe?
Quanto tempo leva at� l�?

Nunca vamos direto,
entra-se por um caminho particular.

Ningu�m mais pode passar.

- Ponha em minha conta.
- Est� bem. - Boa noite.

Pol�cia descobre o corpo de um
homem de uns 65 anos

que morreu ontem � noite.

O corpo se encontra no necrot�rio

e prev� que seja sepultado nas
pr�ximas 48 horas.

Bem, o Tio John est� morto.
Vamos embora.

Christie, voc� ser� a vi�va. Eddie,
seu advogado. Voc� ser� o motorista.

N�o beba mais.
Tem que estar bem.

NECROT�RIO DA CIDADE

Sim, � o Tio John.

Acerte os pap�is do corpo para
lev�-lo � Funer�ria Breckenridge.

Vamos embora,
n�o fique t�o triste.

O Tio John tinha muitos amigos.

Por sua posi��o, n�o gostar�amos que
o assunto tivesse muita publicidade.

N�o queremos fofocas na rua

as excentricidades do Tio John,
voc� me entende.

A Funer�ria Breckenridge
� sin�nimo de discri��o.

Ser� um enterro pequeno e familiar.
Queremos o melhor para ele.

E, claro,
a �ltima vontade do Tio John.

Queria que ser enterrado na hora
exata em que nasceu.

A Funer�ria Breckenridge cumpre at� o
menor desejo, por um pre�o...

Obrigado.

Encha, por favor.

Como um rel�gio. Todos preparados
na hora exata.

O carro preparado
para sair correndo.

Sim, escaparemos assim.

Precisamos de um lugar pequeno para
nos reunir e fugirmos depois.

- E onde fica, Vince?
- Na porta de tr�s.

Fica aberta no caso de haver um roubo,
para que o banqueiro possa escapar.

Sim. Tem raz�o.
Quem vamos p�r l�?

Voc�.

Bem. Na esquina com o carro
f�nebre. Onde voc� estar�?

Temos que deixar um homem
fora do s�quito com outro carro.

Se por acaso algo for mal.

Eu sou o �nico homem em quem
posso contar.

Por que voltou? Disse a Jack
que se encarregasse de tudo.

Voc� n�o parece t�o feliz com
o meu retorno.

Estamos indo muito bem.
Fiquei para jogar cartas.

Est� bem, esque�a isso. Se
apresse, n�o os fa�a esperar.

Vince, todas essas pessoas
est�o muito perto do caminh�o!

Sim, e da�?

Vincent, algo vai mal. Vi como
esses dois caras se olhavam.

Algo me diz que querem fazer algo.
Vou chamar a pol�cia.

Deixe o telefone.
Desligue-o.

� um assalto. Vincent,
est� louco!

Ponha esse telefone em seu lugar,
Johnny.

- Vincent, n�o!
- Para tr�s, Johnny, atr�s!

N�o pode fazer isso, Vince.
Que mam�e dir�!

Vince, como posso lhe fazer ver
que isto est� mal?

N�o pode.
Agora serei grande.

Parem! Afastem-se da porta!

Onde est� seu palet�?

Deixei do posto de servi�o.
N�o deu tempo de peg�-lo.

Que os jornalistas n�o se aproximem.
Quando souber de algo, avise-nos.

Sim?

Aten��o, todas as unidades, dois
homens escaparam em um t�xi.

Ambos de altura mediana. Cuidado,
v�o armados e s�o perigosos.

N�o percam a chance,
atirem para matar.

A POL�CIA ORDENOU ATIRAR NA
BUSCA DOS ASSALTANTES DO BANCO

Sim? Est� aqui.
O comiss�rio.

Sim, comiss�rio? Todos meus homens
est�o trabalhando.

Coloquei todos para trabalhar depois
de receber o relat�rio.

Assaltaram o carro blindado.

Um carro-patrulha.

Lembre-se de que voc� est� muito
emocionada.

Que houve, policial?

Sinto muito, temos ordens de
parar todo o tr�fego.

Mas isto � um funeral!
N�o vai nos deixar aqui, verdade?

Sinto muito, s�o ordens,
n�o posso fazer nada.

N�o se pode deter um funeral.

- Bem, telefonarei para ver o que posso
fazer. - � necess�rio?

Eu n�o tenho autoridade
para lhes deixar passar.

Mas tenha paci�ncia,
tentarei que lhes deixem passar.

Um policial se aproxima.

Est� bem Sinto pelo atraso
mas j� podem seguir adiante.

Muito obrigado, policial.

Verifique a parte de tr�s,
Schmidt.

Quero que isto termine
antes de que o dia acabe.

- N�o podemos deix�-los fugir.
- Est� bem, tenente.

Sou Schmidt,
de parte do Tenente Burdick.

Temos alguma novidade?

N�o, mas tenho uma nota aqui ao lado.
� da Funer�ria Breckenridge.

Sa�ram duas limusines h� uns
minutos e se dirigem ao cemit�rio.

Est� bem.

Quero que todos voc�s
estejam atentos,

temos que identificar
os assaltantes.

N�o h� novidades, tenente.

A �nica coisa que temos � que duas
limusines da Funer�ria Breckenridge

...v�o at� o cemit�rio.
- Est� bem, Schmidt. Breckenridge?

- Sr. Breckenridge?
- Sim.

Por favor, o funeral que come�ou
h� pouco. Preciso de informa��o.

Houve algo errado?

Isso � o que tento descobrir.

Aconteceu algo fora do normal
que voc� saiba?

Sim. Mas que importa � pol�cia?

Escute, Sr. Breckenridge,
quem faz as perguntas aqui sou eu.

Tenho dois homens mortos
l� fora na rua.

Esse funeral pode ser que esconda
os assassinos.

Vamos, r�pido, quero detalhes!

Muito bem, houve
um pedido pouco frequente.

Enterrar o morto na hora exata do seu
nascimento, 11 e um minuto, havia...

Quantas pessoas eram?

S� estava a fam�lia. Tr�s.

Para dois carros?

N�o, utilizaram s� um.
O deles.

A �ltima coisa que vi foi Tony e Jo
deitados no ch�o.

Pensava que isto ia ser um piquenique?
N�s nos metemos em um grande problema.

Muito bem.
Reparta o butim em partes iguais.

N�o � suficiente. Joguei meu
pesco�o como qualquer outro!

Poderiam ter me prendido e
inclusive matado. Marty?

Ela tem raz�o, Vince.

Se algo tivesse sa�do mal, ela teria
tido pior que qualquer outro,

Eu ficarei com a parte maior.
Foi ideia minha!

Olhe, �ramos oito quando
come�amos, agora s� restamos seis.

Ter� o mesmo
que qualquer um de n�s.

Voc� est� brincando, Marty. Creio que
o amor lhe afeta muito

E os outros, est�o dispostos
a cobrar menos?

Bem, que importa mil
a mais ou a menos.

Sim, por mim est� bem.

E por mim tamb�m est� bem.
Voc� est� de acordo, Vince?

N�o, eu n�o. Eu planejei este assalto
e voc�s concordaram.

Agora voc� vai de gra�a.

Muito bem, Vince. Fique, mas tenho
not�cias para voc�. N�o estarei feliz.

As ruas est�o cheias
de carros patrulha.

- Escondeu o carro?
- Sim, sim.

Deixe que veja isto.
Sua parte est� na mesa.

Tenho uma �tima manchete aqui, Vince.

Saiamos daqui.

- Eddie, ponha o dinheiro em uma mala.
- Muito bem.

- Marty, repartiremos depois.
- Muito bem, Christine.

EX-PRESIDI�RIO CONSEGUE ESCAPAR.

LUBECK, EM LIBERDADE CONDICIONAL,
FOGE DE GIANT DRAGNET

LUBECK AINDA SOLTO

O L�DER DA GANGUE FOGE DE
DE SEU APARTAMENTO,

A POL�CIA SEGUE A PISTA

MORREM OS ASSALTANTES DO BANCO

RECUPERADO O BUTIM AP�S
PERSEGUI��O E TIROTEIO

A GAROTA DA GANGUE
IDENTIFICA LUBECK.

UM DELINQUENTE PLANEJOU O ASSALTO
AO CARRO BLINDADO

SEGUNDO A POL�CIA, O DELINQUENTE
VINCENT LUBECK EST� NA CIDADE

A VERS�O OFICIAL � QUE O FUGITIVO
DEVE ESTAR ESCONDIDO

N�o lhe esperava, Vincent.
Por que veio aqui?

Passamos uma noite juntos, querida,
lembra-se?

Voc� � impertinente.

Isso n�o lhe d� o direito de comprometer
meu presente ou meu futuro.

Acho que � melhor que v� embora.

E que houve? Cansou-se de mim?
Ser�o apenas uns dias.

Esconder um fugitivo n�o � meu ideal
de companhia. Saia de meu quarto!

Se n�o for embora,
chamarei a pol�cia!

Quer que diga a eles como soube
como assaltar o carro blindado?

Manipula a verdade como quer,
n�o �, Vincent?

Isso � o que gosto de voc�.
Tem classe.

Inclusive para chamar um homem
de mentiroso.

Relaxe.
Ficarei por aqui alguns dias.

Tem um cigarro?

Deixei os meus no posto de
servi�o, no palet�.

Claro, estava com pressa.

N�o tem cigarros aqui!

Vincent, voc� se esqueceu,
eu n�o fumo.

N�o tente nada.
Saia!

Espere um momento.

Esque�a-se deste endere�o.

Nunca tive inten��o de lembr�-lo.

V� algo?

N�o. Agora, como saberemos
se est�?

Est� bem, vamos...

Lubeck?
Sabemos que est� a� dentro.

Saia devagar com as m�os para cima!

Avise aos outros!

Aviso a todas as patrulhas.
Isto � importante!

Vincent Lubeck foi visto
na Rua South Industry.

Fugiu em um carro-patrulha.

Pode ser que v� armado.
Atirem para matar.

Tenente, vai escut�-lo por aqui.

Lubeck? Lubeck,
sou o Tenente Burdick.

Isto � o canal da pol�cia.
Morto, repito, morto.

Sem concess�es, n�o me importo,
em um albergue, na pris�o.

Christie falou, rapaz.
N�o tem escolha, Lubeck.

� quest�o de tempo. Lubeck...

Eles o viram.

Onde? Em Upper Street.

Johnny?

Sou eu, mam�e.

Mam�e!

� muito tarde, Vincent.
� muito tarde.

Que mam�e pode fazer?

Ir � cadeira el�trica por voc�?

N�o diga isso, mam�e!

Tenho que voltar a mentir por voc�?
Dizer que � um bom rapaz,

que n�o queria fazer isso!

A quem digo isso? Ao homem que
matou no banco?

A Rosa, a quem envergonhou?

A papai, que o arruinou?
Podem me ouvir?

� muito tarde, Vincent.
� muito tarde.

Cale-se, mam�e! Cale-se!

Eu devia ter me calado
h� muito tempo.

Mas n�o, pensei que meu cora��o era
bastante grande para os dois.

Estava cega.

Sempre estive l� por voc�, ningu�m
pode negar que lhe ensinei o bem.

Disseram-me muitas vezes,
mas eu n�o queria acreditar.

Cada vez que se metia em problemas,
eu mentia, pedia emprestado,

contratava um advogado, os persuadia,
implorando, chorando,

para que lhe tirassem da cadeia!

Que quer que fa�a?
Nunca tive chance!

Tinha que me cuidar. Eu n�o podia
deixar que mandassem em mim.

E conseguiu uma arma. A morte n�o
a �nica coisa que mata.

Tomou o nome do seu pai
e manchou sua honra.

"Um, nove, nove, quatro,
seis, seis".

Cada vez que escrevia uma carta
"Vincent Lubeck,

"um, nove, nove, quatro,
seis, seis".

Teria que lhe ter deixado
que apodrecesse na cadeia!

Se ao menos Rosa
n�o tivesse se suicidado!

Que queria dela?

N�o significava nada para voc�?

Mas como era de seu irm�o,
quis para voc�.

E morreu gr�vida de um filho seu!

Mam�e, eu n�o sabia!

E se tivesse sabido,
teria cuidado dele?

Delinquente!

Sempre se queixava do mau
cheiro do dep�sito de lixo,

voc� � essa peste,
voc� � esse fedor!

Venha c�, Vincent.

Ent�o agora voc� chora meu filho,

quando � muito tarde
para as l�grimas.

Tinha que ter chorado
h� muito tempo.

E eliminar o veneno
de seu cora��o.

Agora � muito tarde.

Mam�e? Mam�e? Mam�e!

Os comprimidos, mam�e,
vou buscar os comprimidos.

Mam�e?

Johnny. Mam�e morreu!

Sim, est� morta.

Nada podia fazer que deixasse de
lhe amar, exceto que morresse.

E agora ela est� morta, e voc� a
matou, como fez com papai e Rosa.

Johnny eu n�o tive nada a ver
com o caso de Rosa.

Mentiroso.

Nunca teve nada pr�prio,

tudo o que teve foi roubado
e o que roubou,

n�o soube conservar.
Vamos.

Onde? Aonde vamos?

Ao dep�sito de lixo. � o lugar a que
pertencemos. � o mais justo.

N�o, Johnny.
Podemos fugir...

N�o pode fazer nada, Vincent.

Mam�e lhe tirou da cadeia e
n�o cumpriu a condicional.

Mas j� n�o lhe resta ningu�m. Mam�e
n�o poder� lhe defender nunca mais.

N�o se preocupe com a pol�cia. Vou
acabar isto no lugar onde come�ou.

DEP�SITO DE LIXO
AQUI

Johnny esque�a...

Cale-se. Voc� tem algo pendente
com eles. Vamos!

N�o, Johnny n�o! N�o pode,
sou seu irm�o, n�o pode!

Lubeck, pare! Lubeck! Lubeck!

Tradu��o das legendas:
PARENTE - SERGIPE - BRASIL - 2