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Anteriormente...

- Bela mi�da. � tua amiga?
- Tamb�m podia ser tua.

�s a �nica pessoa que sabia
as propriedades que quer�amos.

- Quem o vai fazer e como sabem?
- A s�rio que n�o sei.

E come�armos com uma bofetada?

- Vamos precisar de ajuda.
- � algu�m em quem possamos confiar?

Tenho um problema que s� pode
ser resolvido com a tua experi�ncia.

- Quem raio era ele, mesmo?
- O tio da Ava.

Fugir � um erro.
� assim que te encontram.

Precisas de documentos novos,
uma nova vida.

E identifica��o? Tens identifica��o?
� a �nica forma de desapareceres.

N�o, n�o tenho. N�o pensei.
N�o planeei nada. S� fugi.

Devias ir embora.

Se n�o te importas,
estava a pensar ficar mais um pouco.

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Raylan Givens.

Pareceu-me o teu carro,
� frente da porta.

Ou � isso, ou algu�m
est� a caminho do aeroporto.

Vou fazer-te umas perguntas, Boyd.

Se sentir que n�o est�s
a ser sincero,

vamos entrar no meu carro,
mas n�o vamos para o aeroporto.

Ainda bem que te ou�o dizer isso.

Isso diz-me que vieste aqui
tratar de algum assunto de Marshal.

Muitos tipos que conheci na pris�o

estavam l�, porque encontraram
as mulheres com outro homem,

num contexto n�o profissional.

Querida...

Compraste pimenta caiena
e molho Henry Bain?

N�o adianta fazer frango frito sem isso.

H� quanto tempo est� aqui
o nosso convidado,

sem lhe ofereceres uma bebida?

- Raylan, queres beber alguma coisa?
- Quero saber sobre Dewey Crowe.

Esse rapaz?

- O que fez agora?
- Muitas coisas, imagino,

mas estou a perguntar,
porque devia encontrar-me com ele,

para continuar uma conversa.

Nunca achei o Dewey Crowe
de muitas conversas.

Tem os seus momentos.
Acho que depende do assunto.

Esta conversa diz respeito
a uma viagem que fiz ao velho M�xico.

Da �ltima vez que fal�mos,

disseste-me que tinhas sido
transferido para a Florida.

- Mas ainda n�o foste.
- � uma observa��o perspicaz.

Leva-me a pensar
que talvez haja algo aqui

que est�s com dificuldade em largar.

Admito que � mais f�cil para mim
deixar as coisas,

se sentir que ficam em boas m�os.

Dewey Crowe?

Parece-me que,
a �ltima vez que vi o Dewey Crowe,

ele ia para o Pizza Portal, todo nervoso.

Ia dizer umas das boas
a uns tipos de l�.

"Uns tipos"
est�s a falar de Avery Markham?

N�o posso dizer
que conhe�o esse nome.

Engra�ado. Ele conhece-te.

Fartou-se de se gabar sobre
como conhece toda a gente por aqui.

Os Crowder, os Bennett.

Mas n�o sabia nada
sobre a minha fam�lia.

Ent�o, a� tens.

� a tua oportunidade
de veres se ele se lembra de ti.

Porque se quiser encontrar o Dewey,
ir ter com o Markham � a melhor hip�tese?

N�o sei, Raylan.

Mas sei que n�o vais encontr�-lo
na cozinha da Ava.

Talvez s� queiras que fa�a
o trabalho sujo por ti.

Eu sei cuidar de mim.

� com a Ava que estou preocupado.

Quero certificar-me

de que Harlan tem um futuro

para n�s

e para quem mais possamos
trazer a este mundo.

Raylan, h� alguma forma de te
convencer a ficares para o jantar?

Parece que a Ava comprou
o suficiente para alimentar um ex�rcito.

H� mais algu�m completamente
farto das tretas da hospitalidade do Sul?

Calma, querida. N�o h� raz�o para
seres antip�tica com um velho amigo.

Se quiseres comer frango
ao jantar com o teu velho amigo,

que, a prop�sito,
entrou sem ser convidado,

for�a, mas vais ter de o fritar tu.
- N�o h� problema.

Se bem me lembro, da �ltima vez
que nos junt�mos para o frango da Ava,

as coisas terminaram
de forma desagrad�vel.

Podemos prometer
manter as armas guardadas.

E que gra�a teria isso?

Talvez, agora,
termine de forma diferente.

De certeza que terminaria.

Vemo-nos por a�, Boyd.

Ava.

O Paden e o Comstock est�o no cofre?

Est�o no turno da noite.
� a noite.

- Onde est� o Sr. Markham?
- Em Lexington.

Vais contar-lhe o que aconteceu?

Quantos homens achas que mat�mos?

Est�s a falar a s�rio?

Entre os tr�s, achas que foram 100?

O atirador disse
que apanhou 255, s� ele.

Mas eu n�o levava isso ao p� a letra,
como era SEAL.

Ouve, Top,
ele quase n�o tem sangue.

N�o se borrou, pelo que me parece,

por isso, embrulhamo-lo em algo
e levamo-lo para um trilho de cabras,

para uma das matas densas
que h� por aqui.

Est� bem. Choo-Choo,
pega no tapete que vimos no outro quarto.

Digamos que isso funciona.
O que mais nos vai apanhar?

As impress�es aqui n�o interessam,
ele era nosso agente imobili�rio.

Ligaram-lhe, esta noite?

A mi�da.

- Que mi�da?
- A vadia do Calhoun.

- Viu-nos entrar.
- Sabes como encontr�-la?

O n�mero dela
deve estar no telefone dele.

Deve ter sido a �ltima pessoa
a quem ligou.

Est� bem, v� se consegues
marcar um encontro com ela.

Depois, destr�is o telefone do Calhoun,
pegas nela, leva-la para um s�tio privado.

Porque n�o trata
o Choo-Choo da mi�da?

Porque o Choo-Choo vai ajudar-me
com o peso deste filho da m�e.

Queres dizer mais alguma coisa,
Sargento?

Sim, o Choo-Choo
devia limpar a sujeira que faz.

Podias ter evitado, isto se me tivesses
deixado tratar da empregada do bar.

Em vez disso, deixaste-a roubar-me
e eu fiquei passado.

Sargento, parece-me

que precisas de relembrar
o que � uni�o entre camaradas.

J� n�o estamos no ex�rcito, Top.

Estou a ficar cansado que me digas
para carregar este traseiro idiota!

Eu trato dela.

Est� bem? Esta � a minha sujeira.

� o meu dever resolver tudo.

Juro por Deus,

ao olhar para ti,
s� consigo lembrar-me

daquela menina magricelas
que me seguia para todo o lado,

sempre a querer ver as pilhas
da lanterna do meu capacete.

Acho que n�o queria que tivesses
o mesmo fim do meu pai.

O teu pai n�o morreu por ter
ficado sem luz no capacete.

Ficou sem luz, porque demor�mos
uma semana a chegar at� ele.

Sabes, � noite,
ficava deitada na cama,

com medo de fechar os olhos,

a imaginar como deve ter sido
para ele, l� em baixo,

sozinho, na escurid�o.

Provavelmente, morreu na derrocada.

Deve ter acontecido t�o depressa,
que nem se deve ter apercebido.

N�o tens de me mentir, tio Zachariah.

J� n�o sou uma menina.

Era muito mais f�cil para mim,
se fosses.

Para te dizer a verdade...

...sempre achei os adultos
t�o misteriosos.

E eu ainda mais, porque...

...acabei por me tornar num.

Mas, o teu pai...

...saberia como te avisar sobre casares
com aquele filho da m�e imprest�vel.

N�o lhe teria adiantado
mais do que adiantou a ti.

- Pois.
- A verdade

� que nada no mundo me iria
tirar a ideia do Bowman,

at� ter percebido que havia
um dem�nio dentro dele.

- E o Boyd?
- O que tem?

N�o tem o dem�nio?

- O Boyd n�o � nada como Bowman.
- � um Crowder.

Isto � uma conversa estranha,
visto que est�s a trabalhar para ele.

Tenho contas para pagar, Ava.

Tens de comprar a tua comida.

Bem, detesto interromper

o que espero que tenha sido
um reencontro emocionante.

Querida, o Earl j�
est� instalado no quarto de h�spedes,

sabe n�o te incomodar,
mas tamb�m sabe estar pronto,

se tiver de te levar a algum lado.

N�o tens nada para dizer?

Muito obrigado pela hospitalidade,
Menina Crowder.

N�o tens de qu�.

Bem, Zachariah,
e se passarmos ao que interessa?

D�o-nos licen�a, um momento?

Rever-te � um b�lsamo.

De certeza que � boa ideia
contratar o Zachariah?

Sei que j� passou algum tempo,

mas acho que n�o tenho
de te relembrar como ele �.

Querida, conhe�o bem
as excentricidades do teu tio.

Mas preciso da experi�ncia dele.

N�o te preocupes.
Ele n�o vai trabalhar para mim.

Est� apenas a fazer-me um trabalho.

Est�s pronto?
Levas a tua carrinha, eu levo a minha.

Gra�as a Deus. Caf�.

Deus seja louvado.

N�o � exatamente a rea��o
que eu esperava.

Vais dizer algo mais?

N�o.

"N�o", n�o vais dizer nada,
ou "n�o", n�o vais casar comigo?

Podes fechar a caixa? N�o consigo
pensar, com isso a olhar para mim.

V� l�.

� o que as pessoas fazem, n�o �?

N�o � o que n�s fazemos.

Pelo menos, bem.

Talvez possamos mudar isso.

Ouve, � simples,
n�o quero ser casada, outra vez.

J� fui casada. E tu, tamb�m,
v�rias vezes, se n�o me engano.

E a hist�ria sugere
que n�o somos muito bom nisso.

Nenhum dos meus casamentos
foi contigo.

Meu Deus.
�s mesmo cheio de tretas.

N�o vim aqui s� para me meter
no neg�cio da erva, Katherine.

N�o estou a pedir-te
para decidires j�.

Est� bem, Avery.

Vou pensar nisso.
N�o prometo mais nada.

H� algo mais.

N�o h� sempre?

Quero que digas a verdade.

- Dizer a verdade sobre o qu�?
- O Grady.

Est� bem.

Apanhaste-me.

Tra� o Grady.

Claro que achei que sabias,
porque foi contigo que o tra�.

N�o estou a falar
de o teres tra�do.

Estou a falar de o teres denunciado.

Entendo por que o fizeste.

Tinhas de pensar na fam�lia.
N�o podiam ir os dois para a pris�o.

Achas que eu fui a delatora?

Foi por isso que eu fui embora.
Achei que seria o seguinte.

Pensaste isso, todos estes anos.
Porque quiseste casar comigo?

J� aceitei isso.

� muito generoso da tua parte,
mas h� um pequeno sen�o.

N�o fui eu.

Bem, de qualquer forma,

no que me diz respeito,
o passado passou.

A partir de agora,
desde que sejas sincera comigo,

n�o vais ter de te preocupar,
nem mais um dia na tua vida.

Que coisa dos diabos.

Se o enterrassem na pr�xima semana,
demor�vamos um ano a encontr�-lo.

Ou nunca o encontr�vamos.

- Porqu�?
- �poca dos ursos.

Come�ou esta manh�
e termina segunda � noite,

ou depois de cinco f�meas
terem armazenado comida.

Al�m disso, as outras �nicas pessoas
que v�m aqui, s�o os de moto 4,

mas n�o t�m c�es.

E, al�m dessa falta de sorte,
vimos os bolsos dele

e encontr�mos,
n�o s� a carta de condu��o,

mas tamb�m um cart�o
para ligar aos Marshals.

H� alguns homic�dios
que Deus quer ver resolvidos.

Algo sobre o perpetrador?

At� agora,
temos dois conjuntos de pegadas,

provavelmente, masculinas,

um conjunto de marcas de pneus
de um modelo recente,

provavelmente de um sedan,
com pouco desgaste dos pneus.

� tudo?

Bem...

Sabemos que o assassino
� forte como o a�o.

Sim. Primeiro, pens�mos
que usou um taco de basebol.

Que acertou mesmo no meio
da t�mpora da v�tima.

Mas, olhando com mais aten��o,

d� para ver a marca
dos n�s dos dedos.

- Morreu com um murro?
- Com toda a certeza.

As marcas sugerem um s� golpe.

Parece que foi atropelado
por um cami�o.

Ou por um comboio.

Como eu disse, forte como o a�o.

O que ainda n�o sabemos � o motivo.

Agentes imobili�rios
n�o t�m tend�ncia a serem mortos.

Estamos a pensar que este Schreier

foi apanhado no radar
dos agentes federais.

Talvez tenha sido isso que o tenha
levado a ser espancado at� � morte.

Pois. O que estamos
realmente a perguntar...

...� por que raz�o
tinha o teu cart�o?

Era o meu agente imobili�rio.

Marshal Givens.

E o seu parceiro.

Suponho que seria esperar de mais

terem vindo dizer-me
que reconsideraram a minha oferta.

E que v�o aconselhar
a Menina McCready a fazer o mesmo.

- Lamento, mas n�o.
- Ent�o, � uma visita social?

As pessoas v�o dizer
que estamos apaixonados.

Na verdade,
viemos falar sobre um homic�dio.

D�s-nos licen�a,
um segundo, querida?

E quem � que eu matei, supostamente?

Ouvimos que seria uma lista e tanto.

Se n�o te importa,
ficamo-nos pelas �ltimas 24 horas.

Calhoun Schreier.

- � o meu agente imobili�rio.
- Era.

Tamb�m era o meu, por acaso.

Parece que ambos queremos
encontrar algo novo, no mercado.

Garanto, Marshal,
se algu�m matou o velho Calhoun,

estou a saber agora.

N�o estou a ver o Choo-Choo.

- N�o est� a evitar-me, est�?
- Saiu.

Sim? Se formos dar uma vista de olhos,
n�o vamos encontr�-lo,

a tentar esconder-se,
atr�s de um cabide?

O Choo-Choo
n�o tem de se esconder de si.

Se querem apanh�-lo,
� melhor organizarem um ataque a�reo.

Sabe o que acho que correu mal?

Contratou um bando de mercen�rios,

porque os uniformes de guerra
lhes ficam a matar.

Afinal, sabem matar,
mas n�o sabem nada de crime.

Se vir o Choo-Choo...

...contacte.

Mas n�o se esque�a
de ficar com esse cart�o.

Se a Pol�cia o encontrar numa vala,
sabem que t�m de nos ligar.

Parece que t�m algo a dizer-me.

- �s o Choo-Choo?
- Sim.

N�o tinha a certeza de ter
ouvido bem o nome, ao telefone.

� o teu nome verdadeiro?

- � o que me chamam.
- Porqu�?

N�o sei bem.

Est� bem.

Fiquei espantado por quereres
encontrar-te comigo aqui.

Achei que fosses uma mi�da
de classe baixa, que trabalha nas ruas.

N�o estou a trabalhar nas ruas.

S� n�o me encontro
com homens em casa.

Sim... Eu quis dizer...

Uma mi�da bonita como tu
limpa e tudo...

N�o faz mal,
eu percebi o que querias dizer.

O bom das pessoas
pensarem que �s burro

� que nos d�o o benef�cio da d�vida.

Porque achas que pensam
que �s burro?

N�o h� problema.

Antes de quase ter morrido,
se conhecesse um tipo

que falasse como eu falo agora,
teria pensado o mesmo.

Ficavas espantado
com quantos homens pensam

que, se falarem depressa, ningu�m
perceber� que n�o t�m nada a dizer.

Gosto do tempo que demoras.

� como se s� quisesses
que a outra pessoa entendesse.

Alguma vez desejaste que as coisas
n�o fossem como s�o?

Fechar os olhos, abri-los

e as coisas serem diferentes?

Boyd, vais � frente
e, voc�s, rapazes, seguem-me

e n�o des�am o escadote
muito depressa,

n�o quero que me pisem as m�os.

Acedam as lanternas.

Com cuidado...

N�o h� nada a temer.
S� podemos ir

at� onde possamos manter contacto
via r�dio, pelo cabo que lancei.

Se acontecer alguma coisa, liguem para
o n�mero de emerg�ncia que vos dei.

Depois, liguem para um advogado.

Porque vamos precisar de um.

H� quanto tempo.

Calma, filho. Trouxeste uma arma
para o po�o de uma mina?

O que raio achas
que vai acontecer?

Se disparares isso aqui,
com o grisu que se acumulou,

em algumas destas bolsas de g�s,
durante n�o sei quanto tempo,

eu digo-te o que vai acontecer.

Vamos pelos ares, como os fogos
do 4 de julho. � o que vai acontecer.

Vai fazer um estrondo t�o grande,
que v�o ouvir-nos em West Virginia.

Sempre ouvi que uma mina abandonada
� um local prov�vel

para encontrar uma cascavel,
por isso...

O Carl n�o gosta de cobras.

Porque n�o lhe perguntas
o que acha de morrer queimado?

D�-ma.

V� l�.

Agora, ouve.

Se encontrares uma cascavel,
um urso, ou uma chupa-cabra,

usas isto e d�s-lhes das boas.

- Pig?
- Est� bem.

- At� j�, Carl.
- Sim.

Ent�o, �s tu que est�s
no meu lugar de estacionamento.

Uma mulher mais insegura do que eu

podia pensar que estavas
a proteg�-la.

O caf� � de gra�a.

E os m�dicos deram-me autoriza��o
para conduzir, estou a comemorar.

Se estivesses a comemorar,
estarias no campo de tiro.

� exatamente para onde vou, depois
de saber a tua opini�o sobre algo.

- Algo sobre o Raylan?
- Por acaso, n�o.

A For�a de Interven��o Hale
n�o foi um dos teus primeiros trabalhos?

Pelo menos, o primeiro importante.

Uma menina de 21 anos,
acabada de sair de Glynco.

Por acaso, n�o tens uma ideia
de quem foi o delator,

no caso do Procurador dos EUA?
- Delator?

Esse caso baseou-se em escutas.

N�o apanharam a Katherine,
porque ela nunca falou ao telefone.

Sim, sei que nunca houve
um informador oficial,

mas o Poole sempre achou
que ele tinha um homem l� dentro.

N�o me disseste que nunca serias um
daqueles velhos agentes da autoridade,

que ia passar os anos dourados
com os seus casos antigos?

Primeiro, cuidado
com essa treta dos "anos dourados".

Segundo, isto � apenas
um caso antigo.

N�o � o meu caso antigo.
� s� um caso antigo.

E, terceiro, �s vezes, um homem
tem de arranjar forma de sair de casa.

- Poderia ter sido o Markham?
- Faz sentido.

Afinal, andava metido com a Katherine.

Ainda anda, na verdade.
Ou anda, outra vez.

Se eu puder confiar
na nossa informadora.

C'os diabos.

Como assim, confiares
na vossa informadora?

A Ava est� a fazer algo
que te leva a desconfiar dela?

Acho que tentou fugir, ontem.

Ou isso, ou ela e o Raylan
voltaram a dormir juntos, ou ambas.

Tens a certeza disso?

O movimento dos telefones indica
que ela fugiu e que ele a trouxe.

Que idiota.

Queres um conselho?

- J� que est�s aqui...
- Traz c� o Raylan

e v� se consegues confirmar
o que te diz o teu instinto.

- E, se conseguires...
- Se conseguir, tenho de o retirar.

Talvez, provavelmente.

O que significa retirar a Ava
de informadora,

o que significa recome�ar
este caso do zero.

Era isso que farias?

Deixarias passar.

N�o porias o caso em risco,
s� para salvar a tua pele.

Ou o Markham � um belo ator,

ou n�o sabia mesmo o que
os rapazes dele fizeram ao Calhoun.

Agora, sabe.

Podem acontecer maravilhas,

quando plantamos sementes
de desconfian�a num jardim de idiotas.

- Inventaste isso agora?
- Li, algures.

Faz-me um favor e repete devagar,
para eu apontar.

Sal�o de Beleza e Cabeleireiro
Tammy Lee.

� "Loja de Cosm�tica Tammy Lee".

Mas se o Boyd
ficar suficientemente paranoico

para ligar a todos os meus contactos,

o nome do sal�o ser�
o menor dos nossos problemas.

- Est�s bem?
- Estou.

- Porque est�s a sussurrar?
- O Boyd arranjou-me uma ama.

Diz que � no caso de o Markham
fazer alguma coisa.

E acreditas nisso?

Acho que tenho de acreditar.

Acredito nele, quando diz
que se preocupa com o nosso futuro.

Sim, eu tamb�m.

Foi assim que soube
que podia ir embora.

O Zachariah veio c�, de manh�.
O Boyd p�-lo a trabalhar.

N�o sei em qu�,
mas vou tentar descobrir.

Tenho de ir, s� queria que soubesses
que estou a trabalhar.

Ava, s� porque o Boyd
acha que est� apaixonado,

n�o d�s uma de Nancy Drew,
a tentar ganhar o teu distintivo.

Nada de chamadas, se algu�m
estiver perto para teres de sussurrar.

E obrigado.

Vivo para servir.

Ela encarreirou?

Sim.

- Como conseguiste isso?
- Como consegui? At� me interrogo.

- O que achas?
- Estou a tentar n�o pensar.

- Diz algo.
- � do tamanho de uma rom�.

Sabias que o tamanho � s� um
"C" da qualidade de um diamante?

Tamb�m h� a cor, clareza...

- N�o me lembro do quarto.
- Tens algo em mente?

Tamanho n�o come�a com 'C'.

- Peso em quilates, Mikey.
- Wynn!

Em que estou a pensar? Sim...

Tens de dar a m�o � palmat�ria.

- Deixou-te impressionada.
- O que significa isso?

Corte.

O quarto 'C'.

Mas acho que h� mais um.
Talvez sejam cinco.

Queres deixar-te de brincadeiras
e dizer-me no que est�s a pensar?

Foste tu a delatora?

- Claro que n�o.
- Algu�m foi.

E que melhor forma de te deixar
a pensar que n�o foi ele,

do que dizer que acha que foste tu?

Deixaste-o pensar
que suspeitavas dele?

- D�-me algum cr�dito.
- Dou-te todo o cr�dito do mundo.

Ent�o, fica a saber que sei, quando
est�o a ser condescendentes comigo.

Certo.

O Avery Markham
est� neste jogo h� muito tempo

e viu in�meros a serem presos,
mortos ou ambas as coisas.

E o facto de n�o ter sido preso
n�o significa necessariamente

que � o delator.
Pode significar apenas que � bom.

E o facto de te ter pedido
em casamento

n�o significa
que n�o est� a enganar-te.

Queres que investigue,
para ver se encontro algo que prove

que foi ele,
ou algo que prove que n�o foi?

S� n�o sei se faz diferen�a.

Vamos ter de o matar,
de qualquer forma.

Faz.

Se ele estiver a enganar-me,
vamos ter de o matar mais lentamente.

N�o precisas que eu te diga.

Sabes o que tem de ser feito.

O Choo-Choo � uma fortaleza.
Nunca nos denunciaria.

N�o de prop�sito.

Os agentes t�m pessoal

que passa a vida
a confundir as pessoas...

Eu n�o vou...

Eu e o Choo-Choo
estivemos no mesmo deserto.

Eu sei.

Eu estava no Humvee,
mesmo atr�s do dele, quando explodiu.

Uma bomba artesanal.

Capotaram e aterraram
no nosso tejadilho.

O artilheiro ficou desfeito contra
o nosso para-brisas, como um inseto.

O Choo-Choo
estava no lugar do Comandante.

Abrimos a porta.

Ningu�m poderia ter sobrevivido �quilo.

Os param�dicos...

...tiraram as farpas
dos ossos do condutor da cara dele.

E ele sobrevive? N�o...

Uma manh�,
quando eu estava no ex�rcito,

encontr�mos um Vietcongue morto,

que tinha pisado uma estaca punji,
na escurid�o.

As estacas punji
n�o foram feitas para matar.

Um soldado morto reduz a for�a,
um por um.

Mas um soldado ferido
abranda toda a unidade.

Os Vietcongues
cobriam as estacas com fezes humanas,

para as feridas infetarem.

Mas, em vez de ser um fardo
para os seus camaradas,

ao obrig�-los a carregarem-no,

ele decidiu p�r uma arma na boca.

Um homem morre,
para os outros poderem viver.

Qualquer um consegue comandar
as tropas, em tempo de paz.

A verdadeira lideran�a tem a ver
com tomar as decis�es dif�ceis.

Choo-Choo, comunica.

Estive a pensar,
talvez haja outra forma.

Como assim?

Acho que a rapariga
n�o vai denunciar-nos.

E como chegaste a essa conclus�o?

Ela disse-me.

Ela disse-te? N�o tiveste de a matar,
porque ela n�o nos vai entregar?

Sim, eu sei o que parece.

Ela est� contigo?

Sim.

Parece uma conversa
que dev�amos ter pessoalmente.

Onde est�s, exatamente?

Desculpe, minha senhora,
a m�sica est� muito alta?

S� se te preocupares
com a tua audi��o.

Esse � objetivo do trash.

Tem de estar suficientemente alto,
para tirar tudo o resto da cabe�a.

Pensei que a tua gera��o
s� gostava de auscultadores.

Senta-te.

N�o gosto de sentir nada
nos canais auditivos.

Primeiro, tratas-me por "senhora".

Depois, n�o pestanejas, quando
nos ponho em gera��es diferentes.

Faz-me pensar que idade
achas que eu tenho.

N�o, minha senhora.
Quero dizer, Menina Crowder,

sei exatamente que idade tem.

O meu irm�o era caloiro em Evarts,
quando a Ava andava no �ltimo ano.

Ele dizia que era
a mulher mais bonita do mundo.

Do mundo?

A primeira vez que te vi,
fingiste que nunca me tinhas visto.

"Caramba. � mulher do Boyd."

Pareceu-me o mais inteligente a fazer.

Como conseguiste
este trabalho de guarda?

O teu irm�o cresceu
a pensar que eu era fant�stica.

Espanta-me n�o ser o primeiro da fila,
para tomar conta de mim.

Menina Crowder, a verdade

� que n�o sirvo para muito, numa mina.

N�o h� nada de que te envergonhares.

Deixa isso tudo para o Boyd
e para o meu tio.

Diz-me outra vez
o nome do po�o em que est�o?

Blanton Creek, n�o �?

� esse mesmo.

Est�s bem?

Sim, estou bem.

S� j� n�o estava a esta profundidade,
h� muito tempo.

Achava que tinhas trabalhado
com a Black Pike, naquele po�o,

perto de Cumberland, h� uns anos.

Isso foi quando n�o tinha
muito por que viver.

Deixa-me perguntar-te algo, Zachariah.

Gostas mesmo de estar
no fundo de um buraco?

� o �nico lugar
onde me sinto feliz.

Ent�o.

Certo, vamos voltar ao trabalho.

Porque n�o me d�s
aquela lata de �leo?

� melhor ench�-la,
antes de continuarmos.

Raios! Boyd!

- Boyd!
- Espera, n�o te mexas!

- Boyd?
- Sim.

- Est�s bem?
- Estou.

A t�bua est� a espetar-me.

N�o te mexas, ou acabamos
os dois l� em baixo com ele.

Prende-a a uma viga.

E p�e-na � tua cintura. Boyd,

n�o te mexas, n�o fales,
nem respires fundo.

Solta.

N�o te mexas.

Certo, estica bem.

N�o te mexas.

Certo. Eu vou at� ti,
n�o tentes tu alcan�ar-me.

Est� bem? Aos tr�s, certo?

N�o te mexas.

Um, dois, tr�s!

Isso mesmo. Vamos...

J� te segurei.

- Raios, est�s bem, Boyd?
- Sim.

Sim, estou bem.

Vamos l� acima,
vamos parar um pouco.

N�o, estamos com um prazo apertado.

N�o, depois de uma queda destas,
tens de ver a luz do dia.

Vais l� acima.

N�o te preocupes com nada, Boyd.

Quando voltares de manh�,
j� vamos a meio do caminho.

Bem, talvez uma experi�ncia
de quase morte chegue por um dia.

- Deus me valha.
- Bem vindo ao jogo, filho.

J� ganhaste ju�zo?

- Vai busc�-la.
- N�o.

Talvez dev�ssemos recome�ar
esta conversa.

Podemos entrar no carro,
sair, outra vez.

Ela n�o devia ter de morrer
pelo meu erro.

Chooch,

de todos os locais onde estivemos,
de tudo o que vimos...

...porra, de tudo o que fizemos,

ainda achas que "o que devia ser"
importa?

N�o vou deixar-te mat�-la.

Est� bem, ent�o, mata-a tu,
como a ordem que te deram.

Ningu�m se mexe. M�os!

"Mata-a como a ordem
que te deram"?

Tirado do contexto, � uma afirma��o
que sugere inten��o criminosa.

- Todos de joelhos.
- N�o ouvi um carro a estacionar.

Estavam no sop� da colina?

- M�os na cabe�a e de joelhos.
- Seguiram-nos desde a pizaria?

Devem estar a ficar descuidados.

Ou talvez tenham muito em que pensar,
para virem aqui matar um dos vossos.

O Markham disse
que seria uma morte por piedade,

acabar com o sofrimento
do Choo-Choo?

- Ele est� a mentir.
- Se n�o tivesse vindo por isso,

porque traria refor�os?

Est�o a mentir. Est�o a tentar dividir
a nossa for�a superior.

Sabes que n�o estamos a mentir.

Tratamos dos dois, agora.
Depois, tratamos do Crowder.

Depois disso, ningu�m vai atr�s de ti,
por matares um agente imobili�rio.

Vais mesmo morrer por um tipo
que est� a tentar matar-te?

N�o podes aceitar as ordens dele.

� tudo o que tenho.

J� tinhas estado numa mina?

Uns ver�es, intermitentemente.

Sim, v�-se.
Sabes mexer-te, por aqui.

N�o perdes tempo
� procura de chupa-cabras.

Acho que algumas pessoas
n�o nascem para isto.

N�o digas.

Possa, � alto como tudo.

Zachariah, anda ver isto.

Parece-te podre?

N�o, � claro que n�o.

Parece que algu�m cortou as t�buas.

Sim...

Caramba, filho, tens um belo olho.

- � uma pena.
- O qu�?

Jesus.

Carl! Carl! Deus do c�u!

A rapariga viu o Choo-Choo,
na casa do Calhoun, ontem � noite,

com outro tipo,
que parece ser o Seabass.

A Pol�cia de Harlan espera apanh�-lo,
antes de ele saber o que se passou

e decidir fugir, como estes rapazes.

Tenho mais 50 agentes
a virem de Atlanta e Cincinnati.

E todos os agentes num raio de 160 km

t�m uma fotografia
do Walker e do Choo-Choo.

A Pol�cia local s� vai treinar
tiro ao alvo, com estes tipos.

Ele tem raz�o.

� por isso que s� vais ser dispensado
por incidente cr�tico,

quando os meus refor�os chegarem.

Entretanto, Tim,
tira a tua arma da mala.

Diz ao Nelson que sa�mos,
daqui a cinco minutos.

Sim, senhora.

Tiveste not�cias
da tua informadora, hoje?

Sim, esta tarde,
quando est�vamos a vigiar a pizaria.

Disse que a jogada contra o Fekus
est� a resultar?

N�o disse que n�o est�.

Mais alguma coisa?

Que ideia foi esta?

Acho que j� n�o importa muito.

Deve ser diferente
do que est� habituada.

� horr�vel.

Podes tentar outra m�sica,
mas acho que n�o vai melhorar.

� alto.

- � muito bom.
- � horr�vel.

- Ol�.
- Suponho que chegar a casa

e encontrar-vos todos divertidos

� melhor do que encontrei,
ontem � noite.

A n�o ser, claro,
que estejas a tentar roubar-me a mulher.

- N�o, Boyd, n�o � nada disso.
- Ele est� a brincar.

Querido, n�o te esperava t�o cedo,
ou j� tinha come�ado a cozinhar.

Como correu, com o meu tio?

Deixa-me atender isto.

Imagino que reconhe�as esta voz,
mas, se n�o estiveres sozinho,

aconselho-te a n�o dizeres
o meu nome.

Tendo em aten��o o que aconteceu,
a �ltima vez que te vi,

achas mesmo que est�s em posi��o
de me pedires um favor?

N�o estou a pedir-te nada.
Estou a oferecer.

A oferecer o qu�?

Informa��o.

Suponho que n�o deve
ser uma surpresa.

- Quanto vais cobrar por ela?
- Nadinha.

Espero que vejas isto
como um gesto de boa f�,

para marcar o recome�o

da nossa bela amizade.

� uma fasquia muito elevada.

N�o consigo imaginar nada
que tenha de saber,

suficientemente mau
para aceitar isso.

Bem, isto � o que o homem chamaria

de "um desconhecido desconhecido".

Algo que nem sequer sabes
que n�o sabes.

Nesse caso, espero
pela minha elucida��o.

A Ava disse-te algo sobre o que fez,
ontem?

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