All language subtitles for Law Order SVU - 5x14 - Ritual.HDTV.br

No sistema criminal de justi�a,
crimes de natureza sexual...

s�o considerados
especialmente hediondos.

Na cidade de Nova lorque,
os detetives que investigam...

esses crimes, fazem parte
de um esquadr�o de elite...

chamado
Unidade de V�timas Especiais.

Essas s�o suas hist�rias.

N�o � um trabalho
para os mais sens�veis.

Se achar coc�
de cachorro, pegue.

Camisinhas usadas,
pegue.

Uma agulha, tenha cuidado.

-Ainda assim, tem que pegar.
-Est� bem.

O que diabo...

Jimmy,
d� uma olhada nisso.

� sangue dentro,
dessas vasilhas?

�...

�s vezes, aparecem
essas coisas.

Sacrif�cios de animais.

-M�e de Deus!
-Buddy,

� melhor parar de se assustar
com galinhas mortas.

Meu Deus, Jimmy,
isso n�o � galinha.

Negro, 7 ou 8 anos
de idade, eu diria.

Sem a cabe�a,
os bra�os e as pernas.

-Uma esp�cie de ritual?
-Pode ser.

Cortaram pelos ossos,
e n�o pelas articula��es.

H� formas mais simples
de se cortar um corpo.

Vou checar se o sangue
nas vasilhas � dele.

Viu algu�m rondando
por aqui?

N�o, est� muito frio,
at� para moradores de rua.

Vamos precisar de todo
o lixo que voc� coletou.

J� encontrou algo
parecido antes?

Bodes mortos,
p�ssaros...

H� muita gente
esquisita nesta cidade.

Detetives!

Muito obrigada.

Animais, tudo bem. Mas que
religi�o sacrifica crian�as?

Nenhuma que eu conhe�a.

Ele pode ter morrido
de outra coisa,

e isso ser s�
um rito funer�rio?

H� co�gulos de sangue
no pesco�o.

Este menino estava vivo,
quando cortaram sua garganta.

RlTUAL

A crian�a sangrou quando
a car�tida foi cortada.

Ent�o, ele foi mutilado.

Eu diria que ele morreu
h� umas 1 2 horas.

H� algo que sustente
a teoria do ritual?

Quem fez isso sabia
o que estava fazendo.

-N�o foi um trabalho amador?
-N�o. Depois que ele morreu,

as extremidades foram
cortadas metodicamente.

Primeiro, a carne do pesco�o
e dos membros foi descolada.

Como �?

Raspada do osso, por uma faca
afiada como esta aqui.

Depois, o osso foi cortado
em um �nico golpe,

talvez com um cutelo
de a�ougueiro.

E o sangue nas vasilhas?

� o sangue da v�tima.
O DNA vai confirmar isso.

-Nunca vi nada igual.
-Mutila��o? Claro quej�.

Ele ficou de cabe�a pra baixo
para tirarem o sangue.

Como sabe disso?

O sangue coagulou
no p�lo superior do ba�o,

indicando que o corpo
estava invertido.

Temos como identific�-lo?

Uma antiga cicatriz
no abd�men.

N�o � cir�rgica,
mas o ferimento foi grave.

Maus-tratos, quem sabe?
Talvez tenhamos algum registro.

Acho dif�cil. N�o h� sinais
de tortura ou outros traumas.

Esta crian�a era saud�vel
e bem-alimentada.

Nada nos Desaparecidos
dos �ltimos tr�s anos.

O Centro Nacional
de Crian�as Desaparecidas

tem quatro crian�as
na mesma ra�a e idade,

mas nenhuma tem
uma cicatriz no abd�men.

Um menino morto
por motivos religiosos.

Devia ser parente
do homicida.

Recolha o DNA dos pais
das 4 crian�as, por garantia.

Um cara que d� aula
de ocultismo na Academia

confirmou que a Santeria
usa este tipo de vela.

Era originalmente praticada
por escravos vindos da �frica,

que, obrigados a se converter
ao cristianismo,

davam nomes de santos
aos seus deuses.

Como sabe tudo isso?

Traficantes do Caribe
e da Am�rica do Sul

praticavam Santeria.

Rogavam pragas,
jogavam terra de t�mulo...

Perdi a conta das galinhas
mortas que achei.

Matar galinhas est� longe
de matar crian�as.

Que a Santeria s� parou
de fazer h� um s�culo.

O que n�s temos:

um praticante de Santeria
pode ter cometido o crime.

''lmportadora Martinez''.

Olivia, Elliot,
podem visit�-lo?

lMPORTADORA MARTlNEZ
TER�A-FElRA, 9 DE DEZEMBRO

-Sim, n�s fizemos isto.
-Para quem?

� uma longa lista.

Forne�o velas para centenas
de lojas e igrejas.

H� como saber para onde
foi uma vela espec�fica?

Qual �! Vendemos
milhares todo m�s.

Tente nos ajudar, n�o queremos
incomodar seus clientes.

Posso ver a vela novamente?

Tiveram sorte, esta �
a nossa nova Santa Cec�lia.

Ela foi uma das primeiras
m�rtires crist�s.

Tentaram cortar
sua cabe�a...

E falharam, eu sei.
Pode ver isso para n�s?

Claro.

Certo, vamos ver
o que temos aqui.

Aqui vamos n�s.

At� agora, foram enviadas
para tr�s compradores.

Um em Miami,
um em Nova Orleans,

e um em Nova York.

Centro de Estudos de Santeria.

Muito obrigada.

lsto � um ultraje!

A Santeria �
uma religi�o pac�fica,

n�o somos assassinos.

N�o estamos
acusando voc�.

Sr. Odufemi, temos algumas
perguntas sobre as velas

que comprou
da lmportadora Martinez.

Compramos no atacado

e vendemos a pre�o
de custo para os membros.

Precisamos da lista
dos seus membros.

Por qu�? N�o temos nada
a ver com a morte do menino.

Com todo respeito,

sua religi�o tem um hist�rico
de sacrif�cios humanos.

Algum de voc�s � cat�lico?

Eu sou.

Bom,

sua lgreja o ensina
que, quando comunga,

est� comendo o corpo
e o sangue de Cristo.

lsso faz de voc� um canibal?

Trata-se de homic�dio,
e n�o de tradi��o religiosa.

Nossa lgreja baniu sacrif�cios
humanos na d�cada de 30.

N�o houve nenhum desde ent�o.

-Voc�s sacrificam animais.
-Humanamente.

E, como deve saber,

a Suprema Corte declarou
que os rituais s�o legais.

Senhor, n�o dou a m�nima
para os seus rituais legais.

Uma vela vendida aqui
estava a poucos metros

de uma crian�a mutilada.

Sem um mandado,
n�o vou lhes dar a lista.

Por que n�o? Se sua lgreja
baniu sacrif�cios humanos,

seus membros n�o t�m
nada a temer.

Exceto serem perseguidos
por causa da sua intoler�ncia.

Agora, posso lev�-los
at� a porta,

ou v�o sair
por conta pr�pria?

Ele foi bem hostil.

Eu seria hostil, se voc�
acusasse minha religi�o

de matar criancinhas.

Precisamos da lista
dos membros.

Pelo que disseram, ele n�o
disse que tem uma lista.

Nos ponha l�,
e a encontramos.

Antes de pisar na Constitui��o
e na liberdade de culto,

precisamos de ind�cios
concretos.

A vela do crime
era do centro do Odufemi.

Mas tamb�m s�o vendidas
em Miami e Nova Orleans.

N�o h� prova de que a vela
do parque veio do centro.

E isso � uma reuni�o
de escoteiros que terminou mal?

H� sangue em vasilhas
e uma vela.

� Santeria.

Casey, falamos
com as outras igrejas,

e elas ainda n�o venderam
nenhuma vela.

Ainda n�o � o suficiente
para um mandado.

A quantidade de sangue
no parque n�o era grande.

Se voc� mata uma crian�a
e retira seu sangue,

precisa de um local
com privacidade.

Vamos l�, doutora,
nos d� uma m�ozinha.

Falem com alguns vizinhos
do Centro de Santeria,

tentem encontrar algu�m
que ap�ie sua teoria.

EDlF�ClO kERN STREET
QUARTA-FElRA, 10 DE DEZEMBRO

N�o quero parecer
preconceituosa,

mas, para mim,
isso � vodu.

M�sica alta,
tambores tocando...

Sei que cada um tem
a sua cultura, mas...

acho que n�o deviam
envolver osjovens nisso.

J� viu crian�as
entrando ali?

� um entra-e-sai. �s vezes,
at� 22h, no meio da semana!

Lembra-se de ter visto alguma
crian�a na segunda-feira?

Um monte delas,
todas com menos de 8 anos.

N�o deviam envolver crian�as
nisso, � uma vergonha!

O Centro? Acontecem coisas
bem esquisitas por l�.

Nos d� um exemplo.

Uma noite dessas,
eu estava fechando,

-e ouvi uns gritos.
-Que tipo de gritos?

Eu imaginei que fosse
um animal,

pois sempre levam
galinhas e bodes.

Mas, quando vi ojornal,
eu pensei:

''Talvez tenha sido o menino
que acharam no parque.''

Os detetives encontraram
v�rias testemunhas.

Comportamentos estranhos
n�ojustificam um mandado.

Uma testemunha viu crian�as
entrando no Centro

na noite em que
a v�tima morreu.

Uma crian�a chama a aten��o;
um grupo, n�o.

H� aulas regulares
parajovens no Centro.

Nessa mesma noite,
outra testemunha ouviu gritos.

S�o os depoimentos
de uma senhora branca e...

Qual a nacionalidade
da outra testemunha?

� um latino, como muitos
praticantes de Santeria.

Acha que os testemunhos
foram motivados por racismo?

N�o seria a primeira vez
nesta cidade

que algu�m tem problemas
com um vizinho de outra cor.

Um garoto de 7 anos
est� morto.

Algu�m cortou sua garganta,

o pendurou e o deixou
sangrar como um porco.

A vela encontrada do lado
do corpo � do Centro.

Com todo respeito,
Excel�ncia,

n�s temos ind�cios
suficientes.

Est� bem, conseguiu
o seu mandado.

Espero que isso n�o se torne
uma ca�a �s bruxas.

Vamos testar o sangue no ch�o,
mas deve ser animal.

Encontramos carca�as
de galinha no lixo.

N�o h� listas nas gavetas
ou no computador.

Deu sumi�o nela depois
da nossa �ltima visita?

Claro que n�o,
eu conhe�o a lei.

E se conhecessem
a nossa religi�o,

saberiam que um fiel
jamais faria isso.

Por que est�
t�o certo disso?

A crian�a foi
encontrada no lago.

E o que isso prova?

O lago � regido
por lemanj�.

Ela � um orix�, o equivalente
africano a uma santa,

e � a m�e protetora
de todas as crian�as.

Matar uma crian�a em nome
dela seria uma blasf�mia.

Talvez se trate
de um herege.

Pode ser que na �frica ainda
pratiquem sacrif�cios humanos,

mas n�o neste pa�s.

Algum imigrante entrou
para a congrega��o?

Alguns poucos
da �frica Ocidental, mas...

n�o s�o camponeses,
s�o pessoas instru�das.

-�timo.
-Benson.

Eles n�o v�o se importar
de falar comigo.

Eu quero essa lista.

Estarei aqui em cada servi�o,
falando com ela e com ele,

e com quem entrar
por aquela porta.

E mando os Deptos. de Prote��o
aos Animais e Sanit�rio

virem visit�-lo
ao menos uma vez por dia.

-Vamos indo.
-Eu quero aquela lista.

Est� bem.

lsso � chantagem.

Era a Warner,
ela tem algo para n�s.

SALA DA M�DlCA-LEGlSTA
QUARTA-FElRA, 10 DE DEZEMBRO

Atrav�s do exame da pele
e do cabelo de uma pessoa,

sabemos a que subst�ncias
foi exposta e quando.

-Como um teste de drogas?
-Exato.

Cada �rea geogr�fica da Terra
tem sua assinatura qu�mica.

Enviei o cabelo da v�tima
para uma an�lise

de is�topos de hidrog�nio
e nitrog�nio,

e os n�veis dos is�topos
correspondem a Nova York.

Pode nos dizer h� quanto
tempo ele estava aqui?

Pela taxa de crescimento
do cabelo, quatro semanas.

-E antes disso?
-Os ossos podem nos dizer.

Pode saber onde ele vivia
atrav�s dos seus ossos?

Atrav�s da an�lise dos n�veis
de estr�ncio no esqueleto.

Esta aqui � uma radiografia
do quadril do menino.

E um gr�fico demonstrando
o estr�ncio nos seus ossos.

Eu consultei
um antrop�logo legista.

Ele comparou as taxas
do menino

com a de outras amostras
geol�gicas do mundo.

Ele achou uma coisa.

�frica. Pode ser
mais espec�fica?

Nig�ria.
Rochas pr�-cambrianas

s� encontradas em um raio
de 160km de Benin,

possuem os mesmo n�veis
de estr�ncio no menino.

Parece que ele morou
l� a vida toda.

Ele veio para NY e, em menos
de um m�s, estava morto.

Por isso n�o foi
registrado como desaparecido.

Ele foi trazido aqui
para ser sacrificado.

Ent�o, a v�tima chegou
da Nig�ria h� umas 4 semanas.

O que elimina
o Centro de Santeria;

n�o h� novos membros
da Nig�ria.

E todos os filhos
dos fi�is est�o bem.

Ele podia estar
aqui legalmente.

Vamos checar se h� algum
registro na lmigra��o.

DPTO DE lMlGRA��O E ALFANDEGA
QUlNTA-FElRA, 11 DE DEZEMBRO

Os EUA acolhem 2.800
imigrantes da Nig�ria por ano.

Mais de 200 por m�s.
Quantas crian�as?

No m�s passado, dez meninos
da idade da v�tima.

Podemos chec�-los?

Depois que ligaram,
eu enviei nosso pessoal

para os endere�os
constantes nos registros.

Todas as crian�as
est�o bem.

Ent�o, nosso menino
entrou ilegalmente.

O que n�o seria
uma surpresa.

A terceira maior fonte
de riqueza do crime nos EUA,

depois de drogas e armas,
� o tr�fico de seres humanos.

-No mundo todo.
-Nos Estados Unidos.

Quinze mil crian�as s�o
traficadas para c� todo ano,

muitas delas da �frica.

Bom, o governo nigeriano
est� fazendo algo a respeito?

H� uma mulher que trabalha
no consulado, kema Mabuda,

que combate passionalmente
o seq�estro de crian�as.

Uma morte ritual�stica
de uma crian�a? Que terr�vel!

J� se deparou com algo
assim antes?

Entendam que a maioria
dos nigerianos tem estudo,

mas temos a maior
popula��o da �frica.

Em �reas mais remotas,
as tradi��es persistem.

Ent�o, sacrif�cios humanos
ainda acontecem?

� poss�vel.

Centenas de crian�as somem
do meu pa�s todo ano,

assim como da Tail�ndia
e da Alb�nia.

Elas v�m parar aqui
ou na Europa.

-Para rituais?
-N�o, tr�fico de escravos.

Trabalham em pequenas f�bricas,
como dom�sticas,

ou s�o exploradas
sexualmente.

S�o seq�estradas ou vendidas
por suas pr�prias fam�lias

em troca at� mesmo
de uma televis�o.

Seu governo tem registros
de crian�as desaparecidas?

Dentro do poss�vel.

Quase metade da popula��o
tem menos de 16 anos.

Estabelecemos uma liga��o
da v�tima com Benin.

Alguma crian�a desapareceu
naquela �rea no �ltimo m�s?

Nenhum menino dessa idade,
mas aconteceu uma coisa.

Uma de nossas telefonistas
recebeu, h� dois dias,

a liga��o de uma menina falando
sobre seu irm�o desaparecido.

-Ela disse o nome dele?
-Ajani.

Ela desligou o telefone antes
de conseguir mais informa��es.

Podemos descobrir
de onde veio a liga��o

se pudermos checar
seus registros telef�nicos.

Garantem que s� usar�o
essas informa��es

-na investiga��o?
-Sim.

Tragam os formul�rios
necess�rios, e eu os assino.

Estou surpreso que o consulado
tenha concordado.

Metade da popula��o
da Nig�ria � mu�ulmana.

Acha que nosso governo cederia
a eles os nossos registros?

Mabuda sabe que n�o queremos
seus segredos de Estado.

Oito liga��es foram dadas

por volta da hora em que
a irm� do Ajani ligou.

Vamos dividir isso,
n�o vai demorar muito.

Esse deve ter ligado para ter
informa��es sobre um saf�ri.

S� pode morar
gente branca aqui.

�, n�o deve haver muitos
nigerianos nesta quadra.

-Pois n�o?
-Detetives Munch e Tutuola.

Queremos falar com o senhor
ou a senhora Laymon.

N�o est�o em casa, mas deixem
um cart�o de visita.

Conhece um menino
chamado Ajani?

Lamento, ter�o que voltar
mais tarde.

Como � o nome dela?

-Tenho que ir agora.
-Nada disso.

Voc�s n�o t�m o direito
de entrar aqui!

Se n�o quiser passar a noite
no xadrez, afaste-se.

Como se chama?

Est� tudo bem. Ligou
para saber do seu irm�o?

Estamos aqui para ajudar voc�.
Me diga o seu nome.

Na'lmah.
Encontraram Ajani?

Vamos para um local seguro,
e falaremos sobre isso.

Vamos.

SERVl�O SOClAL DA lNF�NClA
QUlNTA-FElRA, 11 DE DEZEMBRO

Eu trabalho de 6h
� meia-noite.

Eu n�o posso sair, a n�o ser
que os ricos estejam comigo.

Como soube que era
o seu irm�o?

A madame estava
assistindo ao notici�rio.

Eu ouvi quando disseram
que acharam um garoto.

Disseram que ele tinha
uma marca.

Bem aqui, igual � de Ajani,
quando ele caiu da �rvore.

Como veio parar
neste pa�s?

Homens. Apareceram
na nossa vila.

Disseram � minha m�e
que iam me levar

para uma escola maravilhosa
na Am�rica.

Ajani implorou a ela
que o deixasse vir comigo.

Na'lmah, quando veio
para os Estados Unidos,

onde esses homens
deixaram voc�s?

Em um quarto grande,
sem janelas, com muitas camas.

As pessoas vinham
e olhavam para n�s.

Eu tinha esperan�a de ficar
junto com meu irm�o,

mas a madame
s� quis a mim.

Mantiveram-na em um por�o,
e ela n�o podia fugir.

Podemos prender os Laymon
por c�rcere privado.

Logo que encontrarmos
a m�e dela,

enviaremos o corpo
de Ajani para casa.

O que Munch conseguiu
com a empregada?

Ela disse que o sr. Laymon
est� em Zurique.

E a madame?

Em um evento de caridade
no Hotel Windsor Garden.

Ela n�o deve saber que
a caridade come�a em casa.

Quero parabenizar
as integrantes

do Comit� de Exposi��o
de Flores:

Nancy Forner, Karen Stern
e Sheyna Smith.

Senhoras,
levantem-se, por favor.

De chap�u rosa,
na segunda mesa � direita.

E um agradecimento especial

� nossa consultora de estilo,
Alison lntrieri...

-Marian Laymon?
-Sim?

Pol�cia. Por favor,
venha conosco.

N�o vou dejeito nenhum!

Vai, sim, ou vamos
arrastar voc�.

-N�o fale assim comigo...
-Marian Laymon,

est� presa por viola��o
do C�digo dos EUA,

T�tulo 18, Se��o 1 .584.

Quer me dizer
o que isto significa?

Est� presa por reduzir
crian�as � condi��o escrava.

lmagino que n�o saiba que
Lincoln aboliu a escravatura.

Minha cliente quer
esclarecer o mal-entendido.

N�o h� mal-entendido,
ela tinha uma escrava.

-Ela � uma dom�stica!
-N�o � o que Na'lmah diz.

Ela � uma mentirosa.

Eu devia t�-la demitido,
mas tive pena da pobre menina.

A sra. Laymon
abriu sua casa

para uma menina
de origem carente

e deu um emprego a ela.
lsso n�o � crime.

-Como a encontrou?
-Ela foi recomendada.

Por quem?

Um oper�rio que trabalhou
l� em casa um dia,

n�o me lembro
do seu nome.

Talvez se lembre
de quanto paga a ela.

Eu dou a ela
casa e comida.

Por 18 horas de trabalho
por dia?

� mais do que ela teria
no seu pa�s.

E como ela veio
do pa�s dela?

A sra. Laymon n�o tem
nada a ver com isso.

Mas sabia que ela estava
aqui ilegalmente.

Detetives, sabemos
como � dif�cil

determinar a situa��o
de um imigrante.

N�o tem desculpa. Abrigar
imigrantes ilegais � crime.

Ent�o, metade
da Park Avenue � criminosa.

N�o ligo a m�nima para o que
voc� e seus amigos fazem;

escravid�o �
um crime federal.

Voc� vai passar 10 anos
na cadeia,

e isso n�o �
qualquer porcaria.

Se cooperar conosco, vamos
recomend�-la aos federais.

Se n�o, garanto que n�o vai
gostar da moda na pris�o!

O que podemos oferecer
a voc�s?

O nome da pessoa
que lhe vendeu Na'lmah.

Euj� disse
que n�o a comprei!

Chega disso, estou farto.

Ele vai ficar livre,
e voc� vai para a cadeia.

-Podem fich�-la.
-Esperem! Esperem!

-Marian...
-Est� bem! Eu...

Eu paguei uma taxa,
mas n�o lembro o nome dele.

Como se comunicava
com ele?

Eu tinha um n�mero
de telefone, mas...

a pessoa a quem dei o n�mero
disse que n�o existe mais.

Devia ser
de um celular pr�-pago.

Onde pegou Na'lmah?

Eu fui a um armaz�m,
em Long lsland.

O cara que alugou o dep�sito
pagou 6 meses adiantado.

-N�o peguei o nome dele.
-N�o verificou seu cr�dito?

� s� um dep�sito.
Se eles pagam, � deles.

Se n�o pagam, n�s trancamos
e leiloamos suas coisas.

� aqui.

Parece que ele ficou
sem dinheiro.

Esse cadeado n�o � nosso,
ele pagou mais um m�s.

Alicate.

Acendam as luzes.

Meu Deus!

Est� tudo bem,
viemos ajudar voc�s.

O nome dele � Ajani.

Olhem bem para a foto.

Algu�m o viu aqui?

Algum de voc�s o conhece?

Eu conhe�o.

Ele chorou quando
foi separado da irm�.

Quem o levou?
Uma mulher ou um homem?

Eu n�o me lembro.
Vieram muitas pessoas.

Eles faziam a gente
dar voltas

e olhavam nossas m�os,
para ver se somos fortes.

Olhem bem, meninos.
Tentem se lembrar.

Eu sei que voc�s
podem me ajudar.

Ele era meu amigo. A cama dele
era do lado da minha.

Certo, como voc� se chama,
querido?

kwasi.

lsso � muito importante,
kwasi.

Lembra-se da pessoa
que levou o Ajani?

Ele era muito bom,
nos trouxe balas.

-Era branco ou negro?
-Branco.

E o que ele disse?

Que tinha poderes m�gicos
e ia nos trazer sorte,

como o boneco do Ajani.

-Que boneco?
-Ajani trouxe de casa.

O homem gostou

e disse que daria muitos
bonecos ao Ajani,

para dar sorte,
se Ajani fosse com ele.

Est� bem.
�timo.

Obrigado.

A pessoa por tr�s disso
deixou os meninos � morte

depois que descobriu
o que houve com Ajani.

A lmigra��o est�
entrevistando os meninos,

tentando descobrir
algo sobre os traficantes.

O menino falou algo mais
sobre quem levou Ajani?

S� que era um homem branco
e que deu balas a eles.

Pelojeito como Ajani
foi morto,

quem o matou
conhecia Santeria

ou sabia imit�-la
muito bem.

Se o ritual de Santeria
� um disfarce,

o que estaria encobrindo?

O tr�fico de crian�as
n�o � s� para trabalho,

mas para explora��o sexual.

Ent�o, temos um pervertido

que usou Ajani
como escravo sexual.

Quando se cansou dele,
mutilou o seu corpo

para parecer um sacrif�cio

e se livrar de provas
de viol�ncia sexual.

Ele sabia sobre o boneco
do Ajani.

Deve ser algu�m que estudou
folclore africano.

Voltem ao Centro de Santeria.

S� conversamos com Odufemi
sobre seus fi�is.

Perguntem se ele vendeu velas
a um homem branco.

Fin, fa�a uma visita
a Na'lmah.

Aquele boneco deve significar
algo mais do que sorte.

SERVl�O SOClAL DA lNF�NClA
SEXTA-FElRA, 1 2 DE DEZEMBRO

Qual � o significado
do boneco?

N�o � um boneco,
� um ikenga.

Minha m�e deu um para mim
e um para Ajani,

para nos proteger
na viagem.

Ela mesma fez o saquinho,

para que eu pudesse
pendur�-lo perto do cora��o.

Ela fez um saquinho
para Ajani tamb�m?

lgual ao meu.

Onde ela conseguiu
esses ikengas?

Meu tatarav� talhou eles.
Est� vendo esta marca?

Mam�e disse que eles
parecem irm�o e irm�.

Est�o cuidando bem
de voc� aqui?

Est�o.

Disseram que logo irei
morar com uma fam�lia,

mas eu queria voltar
para a minha m�e.

Ainda n�o a encontramos.

Um vizinho disse que ela
foi a Lagos procurar voc�s.

Fique com ele.

Para dar sorte e ajudar voc�
a achar a minha m�e.

A Santeria tem fi�is brancos
por toda a cidade, mas...

n�o nesta casa
em particular.

Tem certeza de que n�o vendeu
velas a um homem branco?

Acreditem, eu me lembraria.

Talvez, algum funcion�rio seu
tenha vendido.

� poss�vel.

Tivemos uma exposi��o
de artistas locais,

e alguns brancos compraram
gravuras e estatuetas.

Algu�m comprou velas?

Eu n�o vendi nada naquele dia,
mas vou checar.

Algu�m comprou duas
est�tuas senegalesas

e uma caixa de velas
Santa Cec�lia.

O nome � Maggie Shaye.

GALERlA MAGGlE SHAYE
SEXTA-FElRA, 1 2 DE DEZEMBRO

Eu compro muita coisa,
detetive.

Estou sempre procurando
arte primitiva interessante.

E as velas?
Voc� as vende aqui?

N�o. Eu acendo algumas aqui
e outras em casa.

Elas s�o baratas,
e gosto do aroma.

Por que est� me perguntando
sobre as velas?

Elas fazem parte
de uma investiga��o.

Estamos falando com d�zias
de outros compradores.

S� para registro, estava aqui
na galeria segunda ou ter�a?

N�o, eu estava comprando
pe�as em Gana.

Ent�o, descobri
um artista maravilhoso

e voltei de viagem
um m�s antes.

S� cheguei
na ter�a-feira � noite.

Eu achei esta est�tua
na sua mesa. Posso compr�-la?

Lamento, detetive,
mas n�o est� � venda.

O ikengafoi um presente
de boas-vindas do meu marido.

Sabe onde ele o conseguiu?

Na feira da Rua 1 25.

Muitos africanos vendem
seus objetos tribais l�.

Pode me dar o telefone
do seu marido?

Sei que a minha esposa
ia adorar um destes.

Consegue encontrar o Allan
no escrit�rio.

Ele d� aulas
de Hist�ria da Arte na Hudson.

Eu n�o estou
entendendo.

O que um presente
para a minha mulher

tem a ver
com uma investiga��o policial?

N�o podemos falar
sobre isso no momento.

Conhece bastante
a arte africana?

Na verdade, n�o.

Minha especialidade s�o
pinturas tibetanas em areia.

Mas sabia que o boneco
era valioso?

Eu n�o tinha id�ia,
at� a minha mulher me falar.

O homem que o vendeu disse
que era um s�mbolo tribal.

-Reconheceria esse homem?
-Acho que sim.

Eu poderia ir at� a feira
com voc�s no s�bado.

Ele deve estar l�.
� conveniente para voc�s?

-Seria �timo, muito obrigado.
-Sem problemas.

Se se trata de contrabando
de antiguidades,

eu realmente gostaria
que isso acabasse.

Participo ativamente
da campanha

que quer devolver
os M�rmores de Elgin � Gr�cia.

M�rmores de Elgin, o cacete.

Ele � o nosso cara,
esperto como de costume.

A esposa dele vai ficar
fora por dois meses,

ele resolve se divertir
e compra um garoto.

Ent�o, a mulher liga e diz:
''Estou voltando amanh�.''

Shaye entra em p�nico, pois
tem que se livrar de Ajani.

E monta um ritual de Santeria
para nos confundir.

A mulher trabalha
com arte africana,

ele d� aula
de Hist�ria da Arte.

� bem prov�vel que soubesse
sobre os ikengas.

Mas por que ele simplesmente
n�ojogou o boneco fora

ou o deixou no parque
com o corpo?

� um trof�u. Ele tem prazer
em v�-lo na mesa da esposa.

A irm� do Ajani guardava
seu boneco em um saquinho.

Onde est� o saquinho
deste aqui?

Para isso Deus inventou
mandados de busca.

Os ikengas garantir�o
nosso acesso

� casa e ao escrit�rio
de Shaye.

RESlD�NClA DOS SHAYE
SEGUNDA-FElRA, 15 DE DEZEMBRO

J� vimos o ch�o, a banheira...

tudo.
Apague a luz.

-lsso tudo � sangue?
-N�o, �gua sanit�ria.

Foi limpo h� pouco tempo,
e com muito cuidado.

Espere,
isso n�o faz sentido.

Se tinha sangue aqui,
devia estar no concreto.

N�o, n�o necessariamente.

O concreto ainda � recente.

Se revestiram com emuls�o
pol�mera, nem sangue passa.

-Alguma coisa?
-Nem um fio de cabelo.

Se Ajani esteve aqui,
n�o vamos prov�-lo.

Stabler.
Nada aqui. E voc�s?

Por enquanto, nada.
A gente se fala.

''Os Rituais de Santeria''.

O professor andou fazendo
seu dever de casa.

Deve conter um cap�tulo
sobre sacrif�cios.

A seguran�a disse que queriam
as chaves dos arquivos?

Obrigado.
Quem � voc�?

Sou assistente de pesquisa
do professor Shaye.

Ele me pediu
que os ajudasse,

digam o que
est�o procurando.

Uma sacolinha bordada.
Pano azul, bordado vermelho.

Por que n�o
disseram logo?

O dr. Shaye me deu
de presente.

-Onde est� o prof. Shaye?
-Est� dando aula.

Em 990 a.C., quando
os tibetanos tangut

conquistaram
a China Ocidental,

foi o in�cio de um...
de um...

grande salto em sua
civiliza��o, e um f�rtil

per�odo para sua...

Desculpem, detetives,
estou no meio de uma aula.

Tudo bem,
pode terminar no carro.

Allan Shaye, est� preso pelo
homic�dio de Ajani Haruna.

Tem o direito
de ficar calado.

Tudo o que disser poder�
ser usado contra voc�

no tribunal.

Tem direito a um advogado.

Se n�o puder pagar,
designaremos um para voc�.

Eu n�o preciso
de advogado.

Eu nem sequer sei
por que estou aqui.

-� por isso que est� aqui.
-Uma sacolinha?

O ikenga que dei
para a minha mulher veio nela.

lsso n�o prova nada.

Pode pensar o que quiser.

A m�e de Ajani
fez o saquinho.

� exatamente igual ao que fez
para a irm� dele.

Quem � Ajani?

O menino que voc� matou
e esquartejou.

Eu lhe disse,

comprei o ikenga
de um vendedor de rua.

Ele deve ser o assassino.
Por que n�o v�o atr�s dele?

Ent�o, isso tudo foi uma
grande coincid�ncia c�smica?

Por acaso, comprou
uma pe�a tribal

igual a uma usada
pela irm� do menino morto.

Por acaso, sua mulher
comprou uma vela

igual � que foi encontrada
ao lado do corpo.

N�o sou muito inteligente.
Voc�, sim, � um homem culto.

Acreditaria nisso?

Sim, porque foi isso
que aconteceu.

Ent�o, por que havia �gua
sanit�ria no ch�o da sua casa?

Mandei limpar a casa,
estava imunda.

Com o sangue
de Ajani Haruna.

Eu quis arrumar as coisas
para a volta da minha esposa.

Acha que a deixaria voltar
para um pardieiro?

Vou dizer o que eu acho,
seu pervertido.

Sua mulher o surpreendeu
ao dizer que ia voltar,

e voc� teve
que se livrar do Ajani.

Mas n�o podia larg�-lo
em qualquer lugar,

pois ele denunciaria voc�.

Ent�o, voc� o matou

e fez parecer que era
um ritual religioso.

N�o vai conseguir se esconder
atr�s da sua instru��o.

Eu consigo farejar voc�.

N�o passa de um verme que se
excita transando com meninos.

lsso � loucura! Ele n�o �
um molestador de crian�as

e, certamente,
n�o � um assassino.

Voc� parece ter
muita certeza disso.

Deixe-me perguntar
uma coisa.

O que acha disto?

Um deles, o seu marido
deu a voc�;

o outro, pertencia � irm�
do menino que foi morto.

Voc� est� errada.
Deve haver d�zias iguais...

Voc� acredita mesmo nisso?
Digo, voc� � a expert.

Duas est�tuas,
mesmas marcas,

ambas talhadas
pela mesma pessoa...

Ambas vinham dentro
de sacolinhas feitas � m�o

pela m�e das crian�as.

Para que pudessem levar
seus protetores consigo...

Na segunda, quando liguei
para Allan de Londres,

dizendo que ia voltar
mais cedo,

pensei que ele fosse
ficar feliz.

Ele brigou comigo.

Disse que eu tinha que ter
avisado com anteced�ncia,

perguntou como ia arrumar
a casa em menos de 1 2 horas...

Eu perguntei a ele
por que estava t�o irritado.

Ele se acalmou imediatamente,
pediu desculpas.

-Mas eu fiquei pensando...
-O qu�?

Se ele n�o estava
tendo um caso,

se eu n�o os tinha
interrompido.

Reconhece estas coisas?

A vela. � igual
� que comprei no Centro,

antes de viajar
para a �frica.

Eu perguntei ao Allan
por que estava faltando uma.

Ele disse que tinha usado...

-E as vasilhas...
-O que t�m as vasilhas?

N�o, eu n�o posso.

Maggie, se n�o
nos ajudar agora,

outra crian�a pode morrer.

Quando liguei de Londres,

Allan perguntou onde eu
guardava as chaves do dep�sito.

Eu guardo algumas pe�as l�.
Era onde as vasilhas estavam.

E onde ele fica?

No por�o...
embaixo da galeria.

Detetives,
h� sangue aqui.

Tem certeza?

Desta vez, duvido
que seja �gua sanit�ria.

Parece um rastro.

Vai at� aquela caixa.

''Para Allan Shaye,
Centro de Pesquisa Tibetano.

katmandu, Nepal.''

Espero que n�o seja
o que penso que �.

Uma caixa sofisticada...

Chame o m�dico-legista.

Por quanto tempo
v�o me manter aqui?

Vai embora logo,
para o Corredor da Morte.

Sua esposa disse que �
uma caixa marroquina.

Voc� a comprou
de uma fam�lia em Marrakesh.

Parece-lhe familiar?

Desculpe, mas n�o deu
para mandar para o Tibete.

Quero que conhe�a a promotora
dejusti�a, dra. Novak.

Voc� tem duas op��es.

Coopera e passa o resto
da vida na pris�o;

ou morre
com uma inje��o letal.

Devo me sentir intimidado?

Ningu�m foi executado em NY
nos �ltimos 40 anos.

Voc� est� certo, mas tendo
em vista o crime que cometeu,

oj�ri estar� disposto
a romper com esta tradi��o.

Ent�o, v� em frente,
prof. Shaye,

arrisque-se.

A vida � sua.

-Quer ver o que tem dentro?
-N�o, �...

Eu vou cooperar.

Por que fez isso?

Eu n�o podia me arriscar
a ver os membros boiando

no Rio East.

E teria arruinado sua farsa
de Santeria, certo?

Como achou o Ajani?

Atrav�s de um cara
chamado Bosuh.

-Quem � ele?
-Diz que � um facilitador.

Ele mexe os pauzinhos
para que as pessoas

enviem coisas
internacionalmente.

''Coisas''?
Quer dizer ''crian�as''.

Como entra em contato
com esse Bosuh?

Por telefone celular.
Posso lhes dar o n�mero.

Se o telefone estiver errado,
n�o tem acordo.

Est� certo, falei com ele
na semana passada.

Ele disse que um novo
carregamento chegaria amanh�.

Martin Bosuh,
cidad�o nigeriano.

No momento, nos EUA,
com visto de trabalho.

Vai e vem aproximadamente
uma vez por m�s.

Ele est� na mira
da lnterpol:

escravos, drogas, tudo
que envolve o mercado negro.

Checamos o celular.
Ativo, pr�-pago,

mas n�o d� para rastrear.

� melhor termos um plano
antes de ligar.

O cara abandonou 1 2 crian�as
para morrer de fome.

Sabe que estamos
na cola dele.

Acho que a �nica forma
de pegar esse cara

� fingindo que queremos
comprar uma crian�a.

Se eu mandar voc�
e o Elliot,

ele vai perceber de cara
que s�o policiais.

Pode ser que n�o suspeite
de algu�m de seu pr�prio pa�s.

LANCHONETE DO FREDDY
TER�A-FElRA, 16 DE DEZEMBRO

Sr. e sra. Robinson,

o que exatamente
est�o procurando?

Minha mulher
quer uma garota

que saiba cozinhar,
limpar e arrumar a casa.

Eu n�o suporto
empregadas americanas.

Elas roubam, mentem,
n�o sabem o seu lugar.

E o trabalho do meu marido
requer discri��o.

Entendo.

Ela precisa ser
respeitadora, quieta

e, acima de tudo,
obediente.

lsso � o mais importante.

Voc� tem o que
n�s estamos procurando?

Pode ser.

Qual � seu tipo de neg�cio,
sr. Robinson?

� da minha conta.

Seu marido � um homem
de poucas palavras.

H� quanto tempo
est�o casados?

-Sete anos.
-�, sete anos.

Se posso fazer
uma sugest�o,

talvez queiram
uma menina maisjovem,

que possam treinar
como quiserem.

Entre 5 e 6 anos?

Fechado.

Me d�em licen�a um minuto,
enquanto ajeito as coisas.

Ele descobriu.
Espere aqui.

Ei!

N�o...

Pare!
Pol�cia!

Eram crian�as,
seu doente filho-da-m�e!

Fin!

Fin!

Chega, chega, chega!
Para tr�s!

Saia de cima dele!
Vamos!

Martin Bosuh,

voc� est� preso
por seq�estro qualificado.

Vire-se.

Nos diga onde est�o
as crian�as

e, talvez, ojuiz leve
isso em considera��o.

N�o tenho nada para falar.

S�o 10 anos para cada
crian�a daquele armaz�m.

Eu n�o acho. Tenho isto aqui
para negociar.

Voc� caiu enquanto
tentava escapar da pol�cia.

Por favor, detetive.

Outro africano agredido
por um policial violento?

N�o acho que
seu secret�rio de pol�cia

queira mais publicidade
negativa...

Veio me bater de novo?
Eu n�o tenho medo de voc�.

-Devia ter medo dela.
-O que uma mulher pode fazer?

Arrancar os meus olhos?

Posso deportar voc�.
Seu passaporte est� cancelado.

Esta � a vice-c�nsul
da Nig�ria, kema Mabuda.

Tenho alguns amigos
l� na Nig�ria,

talvez eu deva
lhes fazer uma visita.

Pe�a a eles
para visitarem voc�

na pris�o de kirikiri,

enquanto aguarda
a sua execu��o.

� um pelot�o
de fuzilamento, n�o �?

�, mas os guardas acham
que � f�cil demais.

Ent�o, eles amarram voc�
a um poste, debaixo do sol.

O pelot�o come�a a atirar
nos seus calcanhares

e, depois, vai subindo
pelo seu corpo, bem devagar.

Quando podemos
coloc�-lo no avi�o?

E se eu contar a voc�s
o que querem saber?

Eu pedirei toler�ncia.

H� um caminh�o chegando
esta noite...

Pol�cia!
Saia do caminh�o!

-M�os para cima!
-Agora!

Vamos!
Saia da cabine!

Agora!
Desce, vamos!

Afaste-se do caminh�o!
V� para l�.

Para l�.

Vamos abrir.

Est� tudo bem.

Podem se aproximar.

N�o vamos machucar voc�s,
somos da pol�cia.

Venham!

Podem vir.

Levem-nos para
o Servi�o Social da lnf�ncia.

Cuide bem deles,
est�o muito longe de casa.